quarta-feira, 22 de junho de 2011

Recondução de Kravchychyn ao CNJ sob questionamento da CCJ.


Denúncia de juiz adia recondução de Kravchychyn

Demóstenes Torres levanta queixas de Donizetti Nunes


Os senadores presentes à reunião desta terça-feira (21/6) da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) decidiram adiar para a próxima semana decisão sobre a recondução de Jefferson Kravchychyn para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), informa a Agência Senado. Os parlamentares querem esclarecer denúncia apresentada contra o advogado, que foi indicado ao CNJ pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Segundo a agência, o adiamento da decisão sobre Kravchychyn visa dar aos senadores mais tempo para esclarecer denúncias enviadas por um desembargador de Minas Gerais e apresentadas pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O indicado da OAB é acusado de ter violado sigilo e divulgado seu voto à imprensa antes da conclusão de processo envolvendo o desembargador, que tramitava no conselho. Ele nega a acusação.

O noticiário do Senado não identifica o magistrado. Trata-se de questionamento feito pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais Elpídio Donizetti Nunes, ex-presidente da Anamages (Associação Nacional dos Magistrados Estaduais).

O desembargador alega ter havido "vazamento de informação" de dados sobre sua vida privada pelo gabinete de Kravchychyn. O conselheiro foi relator de procedimento administrativo cujo julgamento resultou na decisão unânime de determinar ao TJ-MG a exoneração da ex-mulher do magistrado, Leila Donizetti Freitas Santos Nunes, do cargo de provimento em comissão de assessor judiciário. Segundo o CNJ, a nomeação foi citada em acordo formalizado durante a separação judicial do casal.

Donizetti Nunes também enviou requerimento ao presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, pedindo a abertura de procedimento contra o conselheiro.

Na reunião da CCJ, Demóstenes também questionou Kravchychyn quanto à manutenção de seu nome e foto em site de seu escritório de advocacia, do qual o conselheiro diz ter se licenciado quando assumiu no CNJ. Para o senador, ao manter seus dados no site, o indicado "dá a impressão de estar captando clientes para os filhos", que assumiram o escritório. O indicado negou qualquer participação no escritório.

O senador solicitará ao desembargador que envie à CCJ comprovação da denúncia, antes da votação da indicação, marcada para a próxima quarta-feira (29/6).

Extraido bo blog do Frederico Vasconcelos na Folha online.

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