Foto: JOSE CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Vaccarezza nega, entretanto, tentativa de desestabilizar o governo, apontada por José Dirceu
O Ministério do Turismo é comandado pelo PMBD, pelo ministro Pedro Novais. Entre os presos pela operação estão o secretário-executivo da pasta, Frederico da Silva Costa, e o secretário de Programas de Desenvolvimento de Turismo, Colbert Martins, ambos peemedebistas.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), apontou hoje “abuso de poder” e “tortura psicológica” nos métodos da Polícia Federal e do Ministério Público, que determinou as prisões, mas creditou isso ao “método pouco eficaz” da PF, que “existe há algum tempo”, e não à tentativa de acabar com a aliança entre PT e PMDB, como sugeriu Dirceu.
Para Vacarezza, as prisões de algumas pessoas foram decretadas sem “muita certeza” de seu envolvimento. “Houve abuso do juiz. Não pode fazer de uma prisão uma condenação de pessoas. Eu te garanto que nem todas as 38 pessoas com mandato de prisão estão envolvidas”, disse o petista.
Sem comentar a declaração de Dirceu, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) acha uma “bobagem” acreditar que exista uma trama na PF para desestabilizar o governo. “Houve abusos, mas imaginar que tem uma trama, pensada por um delegado, combinada com 200 policiais, para derrubar a presidente e um ministro é bobagem. Se fosse assim, nossa República estaria muito fragilizada”, alegou ao Brasil 247.
Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), não houve exageros na Operação Voucher e investigações nesse estilo devem ser apoiadas pelo governo. “O exagero é o roubo. A PF tem que ter apoio em ações dessa natureza, porque a impunidade é o que estimula a corrupção política”, disse.
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