quinta-feira, 11 de agosto de 2011

No Ceará, Dilma afirma que não irá se pautar por pesquisas

FÁBIO GUIBU
DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE (CE)


A presidente Dilma Rousseff comentou, nesta quinta-feira (11), a queda na sua avaliação pessoal e de diversas áreas do governo, apontada na pesquisa CNI/Ibope divulgada na quarta-feira (10). Dilma disse ser "importante saber que ocorreu essa variação", mas afirmou que não irá se pautar por pesquisas.

"Ela sobe, ela desce e a gente vai tocando. Vejo assim com muita tranquilidade", disse.

A presidente afirmou ainda estar muito "preocupada" e "atenta" à crise internacional e que é preciso "preservar o mercado interno" de seus efeitos. Segundo ela, há uma "turbulência" no mundo.

Em entrevista a rádios do Ceará, a presidente disse que para preservar o mercado interno é preciso proteger o consumo, promover o crescimento da economia e fazer a inclusão social.

"Estou muito preocupada e atenta. O governo federal em peso está atento para esta crise internacional", disse.

"De 2003 até hoje, colocamos dentro do mercado interno brasileiro, como consumidores, uma Argentina, com 39,5 milhões de pessoas. Nós transformamos em consumidores uma Argentina. Agora, queremos protegê-los. Para protegê-los, temos que proteger nosso consumo, nosso mercado interno, o crescimento da nossa economia, a inclusão social", disse a presidente.

Na entrevista, Dilma não foi questionada nem comentou sobre a crise política no governo federal, que vem sofrendo uma série de acusações de corrupção.

SAÚDE

Durante a entrevista, Dilma disse que o governo irá anunciar em breve, em parceria com os Estados, um programa de atendimento domiciliar para pacientes em recuperação. Segundo ela, a ideia é montar uma estrutura para o acompanhamento desses pacientes em casa.

A presidente explicou que o programa tentará aliviar a pressão dos hospitais para desocupar leitos.

"Vai para a casa e o Estado e governo [federal] garantem essa assistência", disse.

A presidente disse também que o governo federal irá incentivar a formação de médicos no interior. Segundo a presidente, o Brasil formou poucos médicos nos últimos anos e há dificuldade na contratação desses profissionais.

Dilma disse que está sendo feita uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação para ampliação dos cursos de medicina, inclusive nas extensões das universidades no interior. A ideia é manter o novo médico formado em sua região.

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