Senador Aloysio Nunes Ferreira quer apurar se a demissão de Gleisi Hoffmann de Itaipu, no governo do ex-presidente Lula, foi ou não ilegal; ela, atual ministra da Casa Civil, recebeu todas as verbas rescisórias, mesmo saindo a pedido
O senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) e o deputado federal Duarte Nogueira (SP), ambos do PSDB, pediram hoje ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investigue a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suspeitas de crime de peculato e improbidade administrativa.
Os parlamentares da oposição querem que os dois e o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, sejam investigados por suspeitas de irregularidades no processo de demissão de Gleisi da estatal, ocorrido em 2006, na véspera do início da campanha eleitoral. A ministra saiu da Itaipu e lançou sua candidatura ao Senado. Mas recebeu indenização da estatal como se tivesse sido demitida, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo.
"Ao invés de solicitar seu afastamento, o que seria de se esperar, ou melhor, a ação que obrigatoriamente deveria ter sido tomada, a ministra Gleisi foi demitida pelos demais representados, demonstrando, assim, uma unidade de desígnios cujo resultado final foi a lesão aos cofres da União de valor superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais)", alegam os parlamentares na representação protocolada na Procuradoria.
De acordo com eles, a ministra recebeu valores aos quais não tinha direito. "Apenas uma conclusão é plausível, os representados, com unidade de desígnios, forjaram a demissão de Gleisi Hoffmann no afã de beneficiá-la, indevidamente, com dinheiro público", sustentam. O senador e o deputado querem que Lula seja investigado por ter sido o responsável pela demissão de Gleisi, conforme divulgado no Diário Oficial. "Acontece que o ex-presidente Lula já tinha pleno conhecimento da candidatura de Gleisi e, portanto, não deveria ter assinado sua demissão sem ser a pedido", afirmam.
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