sábado, 10 de setembro de 2011

Basquete do Brasil se classifica para Londres e acaba com tabu

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A MAR DEL PLATA

A seleção brasileira masculina de basquete despertou de um pesadelo que em 2012 completaria 16 anos. O time se classificou para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, ao vencer a República Dominicana neste sábado, por 83 a 76.

A partida histórica, que arrancou lágrimas de todos os jogadores e até do tarimbado técnico Rubpén Magnano, aconteceu no ginásio Islas Malvinas, em Mar del Plata (Argentina), pela semifinal do Pré-Olímpico, que dá duas vagas para Londres-2012.

Na outra semifinal, Argentina enfrentaria Porto Rico na noite de hoje.

Andres Stapff/Reuters
Marcos Vinicius tenta passar pela marcação de Benjamin, da República Dominicana
Marcos Vinicius tenta passar pela marcação de Benjamin, da República Dominicana

A última participação brasileira em uma Olimpíada foi em Atlanta-1996, quando o cestinha Oscar Schmidt, 53, ainda defendia a equipe.

De lá para cá, o Brasil falhou por três ciclos olímpicos consecutivos, mesmo contando com uma das mais talentosas gerações que a modalidade já produziu no país.

Apesar do longo período ausente, o Brasil continua sendo o segundo mais frequente em Olimpíadas.

Em Londres, completará sua 14ª participação em 18 eventos, desde Berlim-1936. Os Estados Unidos, já classificados para 2012 por terem sido campeões mundiais no ano passado, vão para sua 17a. participação olímpica.

Curiosamente, a vaga brasileira para em Londres veio sem que o time contasse com suas principais estrelas.

O ala-armador Leandrinho, do Toronto Raptors, da NBA, e o pivô Nenê, do Denver Nuggets, anunciaram que não estariam em Mar del Plata com a seleção. Alegaram, sem muitas justificativas, motivos pessoais e físicos para não se apresentarem.

O também pivô Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, chegou a se apresentar ao técnico Rubén Magnano, mas ainda não está recuperado da cirurgia no tornozelo direito, a qual se submeteu em fevereiro, nos EUA.

Com um elenco limitado tecnicamente, mas unido e raçudo, e um treinador campeão olímpico, o Brasil conseguiu superar as ausências.

Hoje, fez uma partida digna de entrar para a história, por só ter sido decidido no minuto final.

A vitória serviu também como revanche, porque os dominicanos foram os únicos a vencer o Brasil na competição. Na terceira rodada da primeira fase, por 79 a 74.

A seleção joga neste domingo a final, a contragosto de jogadores e comissão técnica, que consideram a vaga olímpica mais importante do que um troféu de campeão do torneio.

Além disso, está classificada para a Olimpíada seguinte, em 2016, porque o Brasil é o país sede.

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