Cientistas criam método que identifica células tumorais sem precisar tirar amostras de tecidos
Mônica TarantinoINTERCÂMBIO
Wallace ensinou o método para colegas brasileiros. E conheceu
a técnica inovadora de diagnóstico de endometriose
Os instrumentos usados para examinar o sistema digestivo, como os endoscópios, estão sendo reinventados. A associação desses aparelhos a novas tecnologias está permitindo a identificação de células cancerígenas sem precisar extrair amostras do tecido sob suspeita. “Estamos assistindo ao começo das biópsias virtuais”, disse à ISTOÉ Michael Wallace, da Clínica Mayo, (EUA), e um dos criadores do método.
A nova tecnologia é fruto da união do endoscópio a uma sonda laser de fibra óptica de 2,5 milímetros de diâmetro. Enquanto a endoscopia tradicional gera imagens de regiões do esôfago para avaliar sua aparência, por exemplo, a adição dessa sonda ao endoscópio restringe o campo de visão e amplia mil vezes a imagem de uma única célula. “As imagens tornam fácil distinguir a célula cancerosa da sadia”, diz Wallace. Outra vantagem do método é poder ser aplicado depois da operação, com o paciente ainda na mesa, para checar se não restaram células malignas após a retirada do tumor.
Sessenta centros médicos nos EUA e instituições na França e Alemanha oferecem a técnica para examinar lesões pré-cancerosas de esôfago e intestino. O método ainda não está disponível no Brasil. “Os aparelhos para esse exame chegarão em um ano”, diz Lucio Rossini, chefe da ecoendoscopia da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo. Na semana passada, Wallace deu o primeiro curso de formação sobre o método a médicos brasileiros, realizado na Santa Casa. E aproveitou para aprender a técnica avançada de diagnóstico de pontos de endometriose no intestino criada por Rossini, que permite espiar mais profundamente o órgão de forma menos dolorosa para a paciente.
O que também já chegou aos hospitais de primeira linha do País é um exame para rastrear a existência de micrometástases em áreas próximas ao pulmão – o ultrassom endobrônquico (Ebus). É um exame necessário para avaliar o grau desse tipo de câncer. Nesse caso, um tubo flexível segue pela traqueia levando um microaparelho de ultrassom para espiar os brônquios e uma região de quatro centímetros ao redor deles. A última novidade é a adição de agulhas muito finas a esse procedimento, para aspirar amostras do interior dos tumores e analisar qual terapia aplicar nos pacientes. E, para dar mais um passo, Wallace está testando a combinação dessas agulhas finas com o método que aumenta mil vezes as células para avaliar o interior dos tumores de pâncreas. “É o que chamamos de biópsia por imagem molecular”, diz o pesquisador.
A nova tecnologia é fruto da união do endoscópio a uma sonda laser de fibra óptica de 2,5 milímetros de diâmetro. Enquanto a endoscopia tradicional gera imagens de regiões do esôfago para avaliar sua aparência, por exemplo, a adição dessa sonda ao endoscópio restringe o campo de visão e amplia mil vezes a imagem de uma única célula. “As imagens tornam fácil distinguir a célula cancerosa da sadia”, diz Wallace. Outra vantagem do método é poder ser aplicado depois da operação, com o paciente ainda na mesa, para checar se não restaram células malignas após a retirada do tumor.
Sessenta centros médicos nos EUA e instituições na França e Alemanha oferecem a técnica para examinar lesões pré-cancerosas de esôfago e intestino. O método ainda não está disponível no Brasil. “Os aparelhos para esse exame chegarão em um ano”, diz Lucio Rossini, chefe da ecoendoscopia da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo. Na semana passada, Wallace deu o primeiro curso de formação sobre o método a médicos brasileiros, realizado na Santa Casa. E aproveitou para aprender a técnica avançada de diagnóstico de pontos de endometriose no intestino criada por Rossini, que permite espiar mais profundamente o órgão de forma menos dolorosa para a paciente.
O que também já chegou aos hospitais de primeira linha do País é um exame para rastrear a existência de micrometástases em áreas próximas ao pulmão – o ultrassom endobrônquico (Ebus). É um exame necessário para avaliar o grau desse tipo de câncer. Nesse caso, um tubo flexível segue pela traqueia levando um microaparelho de ultrassom para espiar os brônquios e uma região de quatro centímetros ao redor deles. A última novidade é a adição de agulhas muito finas a esse procedimento, para aspirar amostras do interior dos tumores e analisar qual terapia aplicar nos pacientes. E, para dar mais um passo, Wallace está testando a combinação dessas agulhas finas com o método que aumenta mil vezes as células para avaliar o interior dos tumores de pâncreas. “É o que chamamos de biópsia por imagem molecular”, diz o pesquisador.
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