Gigante mundial, Siemens ilustra necessidade de cerco a corruptores
Multinacional alemã demite presidente de filial brasileira por 'graves contravenções', entre as quais estaria o pagamento de propina. De passagem pelo Brasil, deputada grega acusa empresa de corromper autoridades na Grécia e reclama que corruptor recebe tratamento diferenciado em escândalos. Segundo ministro da CGU, organismos internacionais tentam, mas não conseguem engajar empresas na luta contra a corrupção.
André Barrocal
BRASÍLIA – A multinacional alemã Siemens, uma das maiores do mundo, demitiu na terça-feira (11) o presidente da filial brasileira, Adilson Primo, por “graves contravenções de diretrizes” da companhia. Entre as contravenções, suspeita-se de desvio de dinheiro da empresa e do pagamento de propina a agentes públicos.
Dias antes da demissão, a deputada socialista grega Sofia Sakorafa estivera no Brasil, a participar de detabes sobre a crise da dívida pública do país dela. Numa entrevista, acusara a multinacional de corromper políticos na Grécia e criticara algo que ela considera comum – mas errado - no mundo todo: uma certa vista grossa contra os corruptores privados.
“A gente fala de corrupção, mas nunca de corruptores. Tem sempre alguém que corrompe”, dissera Sofia, na tradução de um brasileiro que a acompanhara na entrevista, concedida na Câmara dos Deputados. “Vamos chegar ao ponto de falar o nome das empresas. A Siemens, maior empresa alemã, pagou propina na Grécia.”
Frequente representante brasileiro em encontros globais que debatem combate à corrupção, o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, diz que há uma “grande preocupação dos organismos internacionais de engajar o setor privado nesse luta” e de incentivar “posturas de integridade corporativa”.
Mas, afirma o ministro, nenhum país conseguiu adotar medidas concretas contra a tentação corruptora das empresas.
No Brasil, o governo pretende coibir a corrupção ativa aprovando no Congresso lei que pune empresas corruptoras com sanções civis e administrativas. Um ano e meio depois de ter recebido o texto, a Câmara dos Deputados instalou na semana passada a comissão especial que vai examinar e votar o projeto.
O presidente da comissão, João Arruda (PMDB-PR), e o relator, Carlos Zarattini (PT-SP), dizem que pretende votar o projeto até o fim do ano.
Dias antes da demissão, a deputada socialista grega Sofia Sakorafa estivera no Brasil, a participar de detabes sobre a crise da dívida pública do país dela. Numa entrevista, acusara a multinacional de corromper políticos na Grécia e criticara algo que ela considera comum – mas errado - no mundo todo: uma certa vista grossa contra os corruptores privados.
“A gente fala de corrupção, mas nunca de corruptores. Tem sempre alguém que corrompe”, dissera Sofia, na tradução de um brasileiro que a acompanhara na entrevista, concedida na Câmara dos Deputados. “Vamos chegar ao ponto de falar o nome das empresas. A Siemens, maior empresa alemã, pagou propina na Grécia.”
Frequente representante brasileiro em encontros globais que debatem combate à corrupção, o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, diz que há uma “grande preocupação dos organismos internacionais de engajar o setor privado nesse luta” e de incentivar “posturas de integridade corporativa”.
Mas, afirma o ministro, nenhum país conseguiu adotar medidas concretas contra a tentação corruptora das empresas.
No Brasil, o governo pretende coibir a corrupção ativa aprovando no Congresso lei que pune empresas corruptoras com sanções civis e administrativas. Um ano e meio depois de ter recebido o texto, a Câmara dos Deputados instalou na semana passada a comissão especial que vai examinar e votar o projeto.
O presidente da comissão, João Arruda (PMDB-PR), e o relator, Carlos Zarattini (PT-SP), dizem que pretende votar o projeto até o fim do ano.
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