quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PF deve abrir inquérito contra Ricardo Teixeira



PF deve abrir inquérito contra Ricardo TeixeiraFoto: MARCOS DE PAULA/AGÊNCIA ESTADO

SEM A PROTEÇÃO DE PROTÓGENES QUEIROZ, QUE ERA SEU CONSULTOR NA PF E HOJE É DEPUTADO, O PRESIDENTE DA CBF PODE SER INVESTIGADO POR EVASÃO DE DIVISAS

13 de Outubro de 2011 às 09:40
247 – Não anda nada fácil a vida do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira. Além de viver às turras com o governo federal e de ter passado por um recente problema cardíaco, ele deverá se tornar alvo de um inquérito sobre evasão de divisas.
De acordo com o blog do jornalista Políbio Braga, um dos mais influentes do Rio Grande do Sul, até o final da semana a Polícia Federal vai instaurar inquérito para investigar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, por suspeita de remessa ilegal de dinheiro ao Brasil e lavagem de dinheiro.
A abertura de inquérito foi pedida à PF no final de setembro pelo procurador do Ministério Público Federal do Rio Marcelo Freire. A investigação será feita pela Delegacia de Combate a Crimes Financeiros, mas ainda não foi designado o delegado que ficará encarregado do caso.
Teixeira poderá ser chamado à PF para prestar esclarecimentos. Ao fim das investigações, o inquérito volta ao Ministério Público Federal, que decidirá se apresentará ou não denúncia contra Teixeira à Justiça. O prazo de conclusão de um inquérito é de 30 dias, mas pode ser prorrogado.
A investigação vai se concentrar em denúncias feitas pela emissora britânica BBC de que Teixeira, junto com outros dois integrantes do comitê executivo da Fifa, supostamente receberam propina da ex-parceira de marketing da Fifa ISL nos anos 1990. A ISL faliu em 2001.
Sem proteção
Até recentemente, Ricardo Teixeira contava com um aliado dentro da Polícia Federal. Era o delegado Protógenes Queiroz, que circulava pela noite paulistana com o chefão da CBF, sendo apresentado como “Dr. Queiroz”. Protógenes tinha até cargo na CBF – era consultor para assuntos de segurança, numa espécie de dupla militância, uma vez que, em vez de investigar a entidade, era parceiro dela. Assim como Ricardo Teixeira, Protógenes também possui uma conta na Suíça, que foi declarada ao Tribunal Superior Eleitoral.

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