quarta-feira, 20 de julho de 2011

Berlusconi diz que caso Ruby é afronta contra ele




DA ANSA, EM ROMA

Dois dias depois de ter se ausentado do Tribunal de Milão em audiência do caso Ruby -- adolescente marroquina de 17 anos que o chefe de Estado é acusado de prostituir--, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou que o processo é uma afronta.

O premiê disse que o Poder Judiciário é agressivo contra ele e que o processo Ruby, pelo qual responde por concussão e prostituição de menores, "é uma infâmia" e que estão tentando prejudicar sua imagem.

Berlusconi também falou a jornalistas sobre a investigação na qual foi incluído sobre supostas pressões sobre uma emissora estatal para suspender o programa televisivo "AnnoZero".

Dominic Ebenbichler - 28.abr.11/Reuters
Ruby posa num resort nas montanhas da Áustria; jovem marroquina é pivô do escândalo sexual de Berlusconi
Ruby posa num resort nas montanhas da Áustria; jovem marroquina é pivô do escândalo sexual de Berlusconi

Segundo ele, seu envolvimento no caso aconteceu unicamente por uma "desabafo plausível" de um funcionário da AGCom (agência reguladora das comunicações da Itália). Berlusconi foi surpreendido em interceptações telefônicas.

Os alvos da coação seriam o comissário da AGCom, Giancarlo Innocenzi, e o diretor da área de notícias da emissora pública Rai, Augusto Minzolini.

CASO RUBY

Tanto o premiê quanto Ruby negam que tenham mantido relações sexuais, mas a jovem admitiu que Berlusconi lhe pagou 7.000 euros após um primeiro encontro.

O primeiro-ministro é julgado de acordo com um procedimento particularmente rápido previsto pelo Código Penal italiano que se baseia em "provas evidentes".

O caso também contribuiu para enfraquecer Berlusconi nas pesquisas de opinião, que já vinham apontando queda de sua popularidade havia meses, como resultado da fraca economia e de crises como a do lixo, na cidade de Nápoles, no sul do país.

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