segunda-feira, 4 de julho de 2011

Escândalo atinge trinca dirigente do PR

Marcelo Camargo/Folhapress

Escândalo atinge trinca dirigente do PR


Se Dilma Rousseff resolver demitir o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, por conta das suspeitas de cobrança de propina em favor do PR na pasta, será difícil encontrar um substituto no partido.

Isso porque as acusações do "mensalão do PR" atingem de uma vez só as três principais alas em que se encontra dividido o partido: a do próprio Nascimento, a do senador Blairo Maggi (MT) e a do cacique Valdemar Costa Neto (SP).

Por mais que, na nota que emitiu, Nascimento tenha se preocupado mais com se esquivar de responsabilidades do que em prestar esclarecimentos sobre o que acontecia em sua pasta, seu chefe de gabinete foi afastado, o que mostra que Dilma ao menos desconfia de que o ministro pudesse estar a par das irregularidades denunciadas.

Maggi, ex-governador de Mato Grosso, foi o responsável por impor Luiz Pagot, antes seu principal secretário, como chefe do Dnit, a despeito de uma inédita resistência dos senadores a seu nome. Antes da votação de sua indicação, circularam inúmeros dossiês contendo acusações por sua atuação no próprio Senado, como servidor, e como secretário. O senador tucano Mário Couto (PSDB) chegou a fazer greve de fome contra a sua nomeação.

Já Costa Neto é o dirigente principal do PR, posto que não deixou de ocupar depois de virar réu no escândalo do mensalão. Era ele o padrinho do ex-diretor da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, também apeado no escândalo.

Com a septicemia que acomete o PR, PMDB, PT e PSB já se movimentam para herdar o ministério caso Dilma decida defenestrar Alfredo Nascimento, o que deve ser decidido entre segunda e terça-feira.

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