Qual a lógica para o PSDB encomendar uma pesquisa sobre eleições presidenciais hoje? Tem-se uma presidente no primeiro ano de mandato, um ambiente midiático relaticamente pacificado, um ex-candidato que vaga pelo eter como uma alma penada, e não se tem campanha eleitoral.
Só há uma explicação para essa pesquisa: exorcizar o partido do fantasma de Serra. Nas conversas privadas com lideranças tucanas, nacionais ou paulistas, há uma impaciência generalizada com a insistência de Serra em não admitir seu fim político. O papel de Serra, hoje em dia, resume-se a participar de qualquer evento em São Paulo, como se fosse governador - até de visitas de Dilma - e a coordenar o que sobrou do sistema de ataques à reputação na Internet.
Por Marco
Num cantinho do site de O Globo há a menção de uma pesquisa encomendada pelo alto tucanato. Se os candidatos de 2010 fossem os mesmos, um pleito presidencial hoje daria à presidenta Dilma Rousseff condições de ser eleita, com folga, já no primeiro turno. Veja também a menciona, mas omite os números.
Voltando a esses mesmos tucanos – divididos e confusos, procurando se apegar e adotar uma bandeira que não têm autoridade para empunhar… A própria pesquisa sobre as intenções de voto de eleições presidenciais, caso se dessem hoje, explica o estado catatônico do PSDB e de toda oposição: Dilma teria 59% dos votos, José Serra apenas 25%. Também perderia votos a candidatura de Marina Silva (ex-PV), de 19,3% para 15%.
Outro dado revelador da pesquisa que tem como objetivo orientar o tucanato: para os entrevistados, o governo FHC ganha o primeiro lugar em matéria de tolerância com a corrupção. Recentemente, em levantamento realizado para o mesmo PSDB, verificou-se nada menos do que 67% aprovam o programa Bolsa Família. Estudos encomendados pelo partido têm dito o que já sabemos há muito tempo:o distanciamento do discurso do partido das expectativas da população.
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