Adversários históricos dos petistas no Estado, Renan e Collor disputam controle do partido de olho nas eleições municipais
Izabelle TorresIMPASSE
Collor tenta emplacar candidatura de Galba Novaes, mas Renan resiste
Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL) sempre tiveram o PT como inimigo político em Alagoas. Do lado oposto da trincheira, os petistas jamais tinham deixado de condenar as forças políticas representadas por Collor e Renan. Mas o partido chegou à tamanha inanição no Estado que, hoje, amarga o desgaste de ver sua única prefeita, Sânia Tereza, da cidade de Anadia, presa por assassinato. Sobra, agora, ao PT local um dilema que contraria todo seu passado de confronto político-ideológico. A dúvida hoje é saber a qual dos dois caciques alagoanos os dirigentes do partido vão se aliar.
Desde a última semana, Renan e Fernando Collor travam uma briga de bastidores em torno do comando da legenda. No centro da disputa entre os dois senadores está a filiação do vereador Galba Novaes (PRB) ao PT. Candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Fernando Collor em 2010, Galbinha – como é conhecido – é o nome defendido por ele para a disputa à Prefeitura de Maceió no próximo ano. Collor já ofereceu a adesão de Galba ao presidente do diretório estadual do PT, Joaquim Brito. Diante da oferta, o petista se entusiasmou com a possível candidatura com amplas chances de vitória, já que Galba foi o segundo mais votado na eleição à Câmara Municipal, em 2008. O problema é que Brito não apita o jogo sozinho. Ele depende politicamente de Renan, cujo apoio abriu portas para o petista e lhe garantiu a ascensão política.
Nos últimos dias, persistia a dúvida. Brito concorda com a estratégia de Collor de viabilizar Galbinha. Mas ainda não recebeu sinal verde de Renan. O silêncio deixou o jogo paralisado e tem irritado Collor. Sem o apoio de Renan, a filiação de Galba ao PT pode ser inócua politicamente para ele. No fim das contas, é Renan quem avaliza ou não a candidatura de Galba à Prefeitura de Maceió. Hoje, o peemedebista controla o partido no Estado. Na última hora, Renan pode puxar o freio anunciando apoio a outro candidato do PT ou articular uma aliança ditada por ele entre petistas e outras legendas. Neste caso, mesmo filiado ao PT, que é o que Collor deseja, Galba se tornaria um peso morto no partido. “Nossa meta é formar uma ampla aliança com o apoio do prefeito Cícero Almeida. Estamos tentando construir acordos”, diz o presidente estadual da legenda. Resta saber se Renan vai abrir uma brecha para Collor ganhar espaço no PT do Estado. O temor dos aliados de Renan é que ele acabe sendo engolido politicamente por Collor num futuro próximo. “Não podemos dar asas a cobra”, alerta uma pessoa próxima a Renan. Enquanto isso, o PT se vê refém das conveniências políticas dos dois caciques. E, quem diria, no horizonte, enxerga como única tábua de salvação um acordo com forças políticas que sempre combateu.
Desde a última semana, Renan e Fernando Collor travam uma briga de bastidores em torno do comando da legenda. No centro da disputa entre os dois senadores está a filiação do vereador Galba Novaes (PRB) ao PT. Candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Fernando Collor em 2010, Galbinha – como é conhecido – é o nome defendido por ele para a disputa à Prefeitura de Maceió no próximo ano. Collor já ofereceu a adesão de Galba ao presidente do diretório estadual do PT, Joaquim Brito. Diante da oferta, o petista se entusiasmou com a possível candidatura com amplas chances de vitória, já que Galba foi o segundo mais votado na eleição à Câmara Municipal, em 2008. O problema é que Brito não apita o jogo sozinho. Ele depende politicamente de Renan, cujo apoio abriu portas para o petista e lhe garantiu a ascensão política.
Nos últimos dias, persistia a dúvida. Brito concorda com a estratégia de Collor de viabilizar Galbinha. Mas ainda não recebeu sinal verde de Renan. O silêncio deixou o jogo paralisado e tem irritado Collor. Sem o apoio de Renan, a filiação de Galba ao PT pode ser inócua politicamente para ele. No fim das contas, é Renan quem avaliza ou não a candidatura de Galba à Prefeitura de Maceió. Hoje, o peemedebista controla o partido no Estado. Na última hora, Renan pode puxar o freio anunciando apoio a outro candidato do PT ou articular uma aliança ditada por ele entre petistas e outras legendas. Neste caso, mesmo filiado ao PT, que é o que Collor deseja, Galba se tornaria um peso morto no partido. “Nossa meta é formar uma ampla aliança com o apoio do prefeito Cícero Almeida. Estamos tentando construir acordos”, diz o presidente estadual da legenda. Resta saber se Renan vai abrir uma brecha para Collor ganhar espaço no PT do Estado. O temor dos aliados de Renan é que ele acabe sendo engolido politicamente por Collor num futuro próximo. “Não podemos dar asas a cobra”, alerta uma pessoa próxima a Renan. Enquanto isso, o PT se vê refém das conveniências políticas dos dois caciques. E, quem diria, no horizonte, enxerga como única tábua de salvação um acordo com forças políticas que sempre combateu.
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