domingo, 5 de fevereiro de 2012

Movimento “Somos Todos Pinheirinho”



do Movimento “Somos Todos Pinheirinho”, enviado por e-mail
Pessoas em várias cidades do mundo estão agindo em rede para mostrar sua indignação  pelos acontencimentos no Brasil. São brasileiros e pessoas de várias nacionalidades buscando pressionar para que a situação das famílias em Pinheirinho não caia no esquecimento facilmente.
Tem havido atos em várias cidades, como Berlin, Madrid, Paris, Buenos Aires. Outros devem acontecer em outras cidades.
LISBOA
Foi realizado, ontem, dia 1 de fevereiro, em frente ao Consulado brasileiro, em Lisboa, uma manifestação contra a violência de Estado e privada que está a ocorrer no Brasil. Cerca de 50 pessoas, brasileiras e portuguesas, distribuíram um manifesto e recolheram assinaturas para um abaixo- assinado destinado à presidente Dilma Rousseff e ao cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Renan Paes Barreto.
O manifesto, divulgado pela organização do protesto, repreende as desocupações, realizadas no dia 22 de janeiro, no Bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, em São Paulo, onde cerca de 1600 pessoas foram desalojadas. Também, denuncia o que vem ocorrendo em outras desapropriação em diversas regiões do Brasil, por conta da Copa do mundo, de 2014 e dos jogos Olímpicos, de 2016. Critica, ainda,  “a legitimação da violência como um processo de segregação social”.
Diversas pessoas uniram-se à mobilização, integrando-se ao grupo. Os manifestantes aproveitaram para criticar a atuação de alguns meios de comunicação, que, apesar de terem grande representatividade e trabalhadores na capital portuguesa, não compareceram ao ato.
O cCônsul do Brasil, ao sair do Consulado, deparou-se com os manifestantes, aceitou o manifesto e o abaixo-assinado e declarou que o governo federal já havia divulgado a sua posição em relação à ocorrido em Pinheirinho. Um secretário do Consulado,  que não quis se identificar, entregou uma matéria divulgada pelo jornal Diário de Pernambuco, que reafirma a declaração dada pelo Cônsul. Após a entrega dos documentos, o protesto continuou com uma caminhada pelo centro de Lisboa,  denunciando a violência e as desocupações no Brasil.
MADRI
Nós, brasileiros residentes em Madrid, ao tomarmos conhecimento da violenta ação de reintegração de posse executada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo juntamente com a Prefeitura de São José dos Campos  contra a Comunidade de Pinheirinho, decidimos realizar um ato em Solidariedade a Pinheirinho em frente à Embaixada do Brasil em Madrid no dia 27/01/2012.
Inconformados com as brutais imagens da invasão, assim como com a destruição de casas e bens, a ausência de medidas sociais dignas de realojamento desses cidadãose a atual situação em que se encontram, decidimos também formalizar aos órgãos competentes a grave violação dos direitos humanos sofrida por essa comunidade.
No dia 27/01/2012, assim que chegamos à frente da Embaixada do Brasil em Madrid para o Ato,  fomos impedidos de realizá-lo naquela  calçada  por ordem da Polícia Nacional da Espanha. Porém, conseguimos nos reunir do outro lado da rua, onde acendemos velas e estendemos uma faixa em solidariedade a Pinheirinho.
Solicitamos um diálogo com o embaixador, mas fomos recebidos pelo secretário com o qual tivemos uma conversa de esclarecimento sobre o ocorrido com Pinheirinho e de como a embaixada poderia intermediar nosso contato com o governo federal para formalizarmos a denúncia. Acordamos que encaminharemos um documento de denúncia através da Embaixada dirigida a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Como cidadãs e cidadãos brasileiros (as) estamos preocupados com a vida dos nossos concidadãos e estamos articulados e mobilizados no exterior para denunciar a crescente violência policial e as violações dos direitos humanos no Brasil.
BERLIM
BUENOS AIRES
manifestação hoje em Buenos Aires foi bastante produtiva. Reunimos cerca de 30 pessoas entre brasileiros e argentinos e coletamos umas 80 assinaturas para nossa carta. Nos reunimos no Obelisco, ficamos lá uma hora e meia num sol de rachar (semana que vem nossa proposta é fazê-lo no fim da tarde) e caminhamos um pouco pelo centro até chegar na embaixada. Lá deixamos alguns cartazes, tiramos umas fotos e nos dispersamos, já nos preparando pro ato da semana que vem. Não tivemos nenhum problema com a polícia. Aqui as manifestações são muito comuns.

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