domingo, 5 de fevereiro de 2012

Um ano depois, onde está o médico-monstro?



Um ano depois, onde está o médico-monstro?Foto: FELIPE RAU/AGÊNCIA ESTADO

ROGER ABDELMASSIH DESAPARECEU DEPOIS DE TER SIDO ACONSELHADO PELOS ADVOGADOS JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA LIMA (FOTO) E MARCIO THOMAZ BASTOS, EX-MINISTRO DA JUSTIÇA; HOJE, A POLÍCIA NÃO TEM NENHUMA PISTA SOBRE O SEU PARADEIRO; PENA É DE 278 ANOS

05 de Fevereiro de 2012 às 13:31
247 – Em 2001, o então procurador Igor Ferreira da Silva foi condenado a 16 anos de prisão, depois de matar a esposa, que estava grávida. Fugiu, aconselhado pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, que depois se tornaria ministro da Justiça do governo Lula. Igor passou oito anos foragido, até ser finalmente preso.
Outro caso emblemático também passou pelas mãos de Thomaz Bastos. É o do “médico-monstro” Roger Abdelmassih, acusado de violentar dezenas de mulheres em sua clínica de fertilização artificial. Roger, multimilionário, também buscou os conselhos de Thomaz Bastos e de outro advogado, José Luiz de Oliveira Lima. Foi condenado a 278 anos de reclusão pelo estupro de 39 mulheres e, depois de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal, simplesmente desapareceu. Fugiu, evaporou.
Em entrevista à Folha de S. Paulo deste domingo, o delegado Waldomiro Milanesi, do departamento de capturas da polícia paulista, revela sua frustração. “Não temos nenhuma pista. Zero. O Abdelmassih era rodeado de pessoas que não têm interesse em denunciá-lo”, disse ele ao jornalista Vaguinaldo Marinheiro.
Especula-se que Roger Abdelmassih tenha fugido para o Líbano, seu país de origem, mas pessoas próximas a ele e familiares alegam não ter qualquer informação. O advogado José Luiz de Oliveira Lima não comenta se mantém ou não qualquer tipo de contato com o médico-monstro.
Nos seus dias de glória, Abdelmassih frequentou colunas sociais e foi figura frequente em revistas de celebridades. Tratando problemas de fertilidade numa das clínicas nobres de São Paulo, acumulou um patrimônio multimilionário. Mas muitos dos filhos gerados na clínica eram dele próprio – e não dos casais que o procuravam num momento de fragilidade emocional.

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