Prefeito de São Paulo e presidente do PSD federal, Gilberto Kassab não se farta de dizer que seu compromisso na sucessão da capital paulista é com o tucano José Serra, não com o PSDB. Como que decidido a demonstrar que fala sério, Kassab achega-se ao PT em vários municípios do interior de São Paulo.
No tricô de Kassab com o petismo, o ponto que chama mais atenção é o apoio do PSD ao prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, que vai às urnas de 2012 como candidato à reeleição. Na expressão de um líder do PT, o acerto está “consolidado”.
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Marinho não é um petista qualquer. Ex-presidente da CUT, mantém com Lula uma relação do tipo unha e cutícula. No governo do amigo, ocupou dois ministérios: o do Trabalho e o da Previdência. Hoje, é visto como a principal aposta de Lula para a sucessão estadual de 2014, contra as pretensões reeleitorais de Geraldo Alckmin.
Quer dizer: depois de roer a corda que estendera para Lula na capital, trocando o flerte com o petista Fernando Haddad pelo apoio ao tucano José Serra, Kassab se recompõe com o ex-soberano no seu berço sindical e político. De quebra, alimenta uma cobra cujo principal objetivo é picar Alckmin daqui a dois anos.
Como se fosse pouco, Kassab exibe seus pendores de homem-elástico da política noutras praças. Entre elas, Osasco. Ali, o aliado de Serra negocia o apoio do seu PSD à candidatura municipal do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, um petista que frequenta o processo do mensalão na condição de réu.
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