Foto: Edição/247
O ENCONTRO ESTADUAL DOS TUCANOS NO ESTADO MOSTROU QUE O SENADOR MINEIRO ESTÁ REALMENTE DECIDIDO A DISPUTAR A PRESIDÊNCIA EM 2014. MAS MEMBROS DO SEU GRUPO POLÍTICO ESTÃO PREOCUPADOS: “O QUE FAZER COM MINAS SE O PSDB NÃO APRESENTAR UM NOME COMPETITIVO ATÉ LÁ? VAMOS ENTREGAR PARA O PT?”
Minas 247 - O encontro estadual do PSDB em Belo Horizonte, na sexta-feira, mostrou que o senador Aécio Neves está animado. Como nunca fizera antes, o ex-governador de Minas Gerais incorporou o papel de candidato à presidência da República e tratou de enfraquecer o discurso de que não se expõe tanto como oposicionista: criticou fortemente o PT e a corrupção que alega estar entranhada no governo federal. No fim, aos gritos de “Aécio, presidente”, bradou: “É hora de Minas governar o Brasil” (leia mais aqui).
Aécio realmente quer disputar a sucessão de Dilma Rousseff, mas a pedra no meio do seu caminho rumo ao Palácio do Planalto encontra-se justamente em Minas Gerais. Apoiadores muito próximos do senador estão preocupados com o futuro do grupo político no estado. “Se correr o bicho pega, se ficar…”, diz um deles. “Seria ótimo o Aécio presidente, mas como ficaremos em Minas?”
Sem se identificar, eles estão preocupados, em primeiro lugar, com o governo de Antonio Anastasia, também do PSDB. Cria de Aécio, de quem foi secretário e vice-governador, ele enfrenta dificuldades na administração. Sem o apoio irrestrito da imprensa mineira - pelo menos na proporção que havia no governo Aécio -, Anastasia está sem espaço para aparecer muito, pois falta dinheiro no orçamento.
Um governo extremamente popular seria fundamental para a construção de um nome no PSDB para a disputa do governo mineiro em 2014. Sem Anastasia e sem Aécio, tucanos e aliados não sabem a quem apelar. O trunfo do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), está mais distante, dado o acordo nacional feito entre Lula e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na prática o “dono” do PSB; e o acordo estadual entre o mesmo Lula e o presidente dos socialistas em Minas, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia.
Extremamente decidido a enfim tentar a presidência, ainda que perca, Aécio sabe que só a incógnita sobre o futuro do seu grupo em Minas poderá demovê-lo dessa ideia. Os tucanos, até agora, não têm nomes competitivos e/ou confiáveis para o estado em 2014. Pelo andar da carruagem e os dias que passam mais rápido do que deveriam, dificilmente conseguirão criar esse nome até lá. “Só que o Aécio está aí”, afirma um dirigente da base aecista no estado. Precisa explicar mais?
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