Líderes da oposição na Câmara e no Senado prometem obstruir as votações em plenário nesta semana e fazer uma nova ofensiva para garantir as assinaturas necessárias para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar suspeitas de corrupção em ministérios do governo de Dilma Rousseff.
O movimento é uma resposta ao loteamento de parentes de líderes políticos do PMDB em cargos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), empresa pública subordinada ao Ministério da Agricultura.
Reportagem publicada neste domingo pela Folha aponta que receberam cargos na estatal um filho do senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB na Casa, a ex-mulher do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder da legenda na Câmara, um neto do deputado federal Mauro Benevides (CE) e um sobrinho de Orestes Quércia, ex-presidente do PMDB de São Paulo.
As nomeações ocorreram após o peemedebista Wagner Rossi assumir a direção da Conab, em junho de 2007. Rossi, homem de confiança do vice-presidente Michel Temer, é o atual ministro da Agricultura. Assinou de punho próprio várias dessas nomeações.
"Não vamos votar nenhuma matéria no plenário em protesto às ações do governo para evitar uma investigação. Vamos radicalizar com o objetivo de ajudar a sensibilizar a classe política", disse à Folha o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA). Ele afirmou que o partido vai encaminhar para o Ministério Público as denúncias envolvendo a pasta da Agricultura.
O congressista reconhece que a criação de uma CPI seria o "único instrumento" para investigar as denúncias já feitas, mas afirma que a câmara está "blindada" diante da ampla base governista na Casa.
"É importante verificar se isso ocorre em muitos ministérios. Depois do mensalão, uma outra forma utilizada para agradar a base foi distribuir nacos [do governo] aos partidos, de porteira fechada. E isso levou a uma corrosão endêmica dentro da maioria desses ministérios", disse o líder tucano na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP).
O senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado, disse que faltam apenas duas das 27 assinaturas necessárias para abertura de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) na Casa.
A intenção inicial era investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, mas Torres afirmou ontem que a Agricultura (e outras pastas) também podem ser alvo de atuação do grupo.
"Está na hora de se fazer uma grande CPI pra apurar tudo o que está acontecendo e dar uma resposta firme à sociedade sobre loteamento de cargo, nepotismo, corrupção. É uma tradição [de irregularidades] que tem que ser extirpada", afirma o senador.
"O PMDB não é o PR. Se começar a mexer com o PMDB, [o governo] pode começar a sofrer problemas graves de atrito na base", avalia o presidente do PPS, Roberto Freire.
O movimento é uma resposta ao loteamento de parentes de líderes políticos do PMDB em cargos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), empresa pública subordinada ao Ministério da Agricultura.
Reportagem publicada neste domingo pela Folha aponta que receberam cargos na estatal um filho do senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB na Casa, a ex-mulher do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder da legenda na Câmara, um neto do deputado federal Mauro Benevides (CE) e um sobrinho de Orestes Quércia, ex-presidente do PMDB de São Paulo.
As nomeações ocorreram após o peemedebista Wagner Rossi assumir a direção da Conab, em junho de 2007. Rossi, homem de confiança do vice-presidente Michel Temer, é o atual ministro da Agricultura. Assinou de punho próprio várias dessas nomeações.
"Não vamos votar nenhuma matéria no plenário em protesto às ações do governo para evitar uma investigação. Vamos radicalizar com o objetivo de ajudar a sensibilizar a classe política", disse à Folha o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA). Ele afirmou que o partido vai encaminhar para o Ministério Público as denúncias envolvendo a pasta da Agricultura.
O congressista reconhece que a criação de uma CPI seria o "único instrumento" para investigar as denúncias já feitas, mas afirma que a câmara está "blindada" diante da ampla base governista na Casa.
"É importante verificar se isso ocorre em muitos ministérios. Depois do mensalão, uma outra forma utilizada para agradar a base foi distribuir nacos [do governo] aos partidos, de porteira fechada. E isso levou a uma corrosão endêmica dentro da maioria desses ministérios", disse o líder tucano na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP).
O senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado, disse que faltam apenas duas das 27 assinaturas necessárias para abertura de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) na Casa.
A intenção inicial era investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, mas Torres afirmou ontem que a Agricultura (e outras pastas) também podem ser alvo de atuação do grupo.
"Está na hora de se fazer uma grande CPI pra apurar tudo o que está acontecendo e dar uma resposta firme à sociedade sobre loteamento de cargo, nepotismo, corrupção. É uma tradição [de irregularidades] que tem que ser extirpada", afirma o senador.
"O PMDB não é o PR. Se começar a mexer com o PMDB, [o governo] pode começar a sofrer problemas graves de atrito na base", avalia o presidente do PPS, Roberto Freire.
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