Bruno Siffredi, do estadão.com.br, e Tânia Monteiro, da Agência Estado
A presidente, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira, 15, na cerimônia de posse do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que fará tudo o que estiver ao seu alcance para coibir abusos na atuação da Polícia Federal (PF) e disse que seu governo quer “uma Justiça eficaz, célere, mas sóbria e democrática”.
Dilma destacou em seu discurso que o Brasil “é um país de pessoas de bem, honestas, que abominam o crime e prezam a legalidade”. Ela disse que, nos últimos anos, o País passou a ter um Ministério Público “com muita independência e autonomia” e prometeu combater a corrupção “com firmeza”.
“Onde ocorrerem malfeitos, onde o crime organizado atuar, nós iremos combater com firmeza, utilizando todos os instrumentos de investigação e punição, sempre contando com a isenção do Ministério Público, com a eficiência da Polícia e com o poder de decisão do Judiciário”, afirmou Dilma.
“Mas tenho o dever de afirmar que farei tudo o que estiver ao meu alcance para coibir abusos, excessos e afrontas à dignidade de qualquer cidadão que venha a ser investigado”, acrescentou. “O meu governo quer uma Justiça eficaz, célere, mas sóbria e democrática, senhora da razão.”
Embora não tenha se queixado diretamente de ninguém no discurso proferido há pouco, a presidente tem demonstrado insatisfação com o comportamento da PF no caso que envolve a prisão de servidores do Ministério do Turismo ligados a líderes políticos. As prisões provocaram a ira de parlamentares da base aliada no Congresso.
Roberto Gurgel foi reempossado no cargo nesta segunda-feira, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. A presidente disse que a recondução de Gurgel à Procuradoria-Geral da República (PGR) “é mais uma expressão da maturidade de nossa democracia e da solidez das nossas instituições”.
A recondução de Gurgel para um segundo mandato foi aprovada pelo Congresso no início deste mês. Na ocasião, Gurgel foi cobrado por ter arquivado as representações de partidos de oposição que pediam a abertura de inquérito para apurar o aumento do patrimônio e as atividades da empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.
Assista às imagens da cerimônia:
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