Mais um alvo para a “faxina” de Dilma Rousseff. Agora, é o todo-poderoso Paulo Bernardo, das Comunicações, suspeito de voar no avião da empreiteira Sanches Tripoloni, que doou recursos para a campanha da também ministra Gleisi Hoffmann
Mas, neste fim de semana, reportagem da revista Época levanta a suspeita de que o casal mantinha relações perigosas com a construtora. A começar pelo uso do jatinho particular de prefixo PR-AJT – não custa lembrar que a gota d´água para a demissão de Wagner Rossi, da Agricultura, foi o uso do avião da empresa Ourofino, ligada ao agronegócio.
O dono da aeronave PR-AJT, um King Air, é o empresário Paulo Francisco Tripoloni, dono da empreiteira. De acordo com a reportagem de Época, tanto Paulo Bernardo quando Gleisi Hoffmann usaram a aeronave – ela, quando não ocupava cargo público; ele, como ministro do Planejamento e responsável pela alocação das verbas federais.
Como ministro, Bernardo teria incluído a construção do Contorno Norte de Maringá entre as obras prioritárias do PAC. A obra, executada pela Sanches Tripolini, já custa o dobro do valor originalmente orçado.
Empresa inidônea
De acordo com o Tribunal de Contas da União, a Sanches Tripoloni é uma empresa considerada inidônea, em razão de outra obra executada no Paraná, a construção do contorno rodoviário de Foz do Iguaçu. Apesar disso, ela continuou recebendo recursos públicos – foram R$ 267 milhões no ano passado.
A empreiteira também doou recursos para campanhas eleitorais no ano passado. Foram R$ 7 milhões ao todo, dos quais R$ 510 mil para a de Gleisi Hoffmann ao Senado. Nem ele nem ela respondem sobre o uso do jatinho da empreiteira. Mas, nos próximos dias, parlamentares da oposição, encaminharão pedido de informações sobre quem voou no PR-AJT.
O governo Dilma, com menos de oito meses de vida, se tornou prisioneiro da “faxina”. E o PT, como se sabe, não é diferente nem melhor do que os outros partidos da base aliada.
E agora, Dilma?
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