Ministro dos Transportes anuncia sindicância interna no órgão
GABRIELA GUERREIRO
ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA
ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA
O Ministério dos Transportes determinou nesta segunda-feira a abertura de sindicância interna para apurar as denúncias de superfaturamento em obras e pagamento de propina por servidores da pasta e de órgãos ligados ao ministério. A comissão, que será integrada por três servidores do Ministério dos Transportes, vai ter o prazo de 30 dias para concluir os trabalhos.
Em nota para anunciar a sindicância, o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) se coloca "à disposição" do Congresso para "prestar os esclarecimentos desejáveis" sobre as denúncias.
"São esclarecimentos desejáveis ao pleno afastamento de quaisquer suspeitas que possam pairar sobre a atuação da pasta", afirmou.
A oposição vai tentar convocá-lo para esclarecer as denúncias reveladas pela revista "Veja".
O ministro também pediu a convocação do Conselho de Administração da Valec (Empresa de Engenharia, Construção e Ferrivias) para deliberar sobre o afastamento do diretor-presidente da empresa, José Francisco das Neves, até que as investigações sejam concluídas.
Por ser uma empresa pública, sem ligação direta com a pasta, o ministro pediu que seu conselho decida sobre o afastamento de Neves.
Outra medida do ministério foi pedir à CGU (Controladoria-Geral da União) para instaurar auditoria sobre contratos colocados em suspeita na pasta. Nascimento pede que a CGU "conceda todo o apoio necessário ao trabalho da comissão de sindicância" que vai atuar na pasta.
"Tais medidas tornam efetiva a determinação do ministro dos Transportes de esclarecer as denúncias. Ele conta com o apoio da presidente Dilma Rousseff para que conduza tais investigações com autonomia, rigor e rapidez", diz a nota.
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