quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uma Singela Análise da Pesquisa CNI/IBOPE

Quando do nada, o Datafolha e depois o Ibope por tabela, deram a Serra uma vantagem Mandraque de dez ponto percentuais, disseram que era porque as enchentes em São Paulo haviam cessado e o eleitor do Sul do país majoritariamente preferia o candidato do PSDB, embora não houvesse nenhuma base que corroborasse os índices apresentados naquelas pesquisas. Pegos com as mãos na boca da butija, tiveram que rever os dados divulgados e trazê-los para uma realidade semelhante a que os outros dois institutos de pesquisas, Vox Populli e Sensus, vinham anunciando, a saber, que Dilma passara à frente de Serra no limite da margem de erro. Justificaram o que os outros dois institutos de pesquisas já identificavam como tendencia consistente, com o argumento de que Dilma tinha aparecido no programa do PT e isso a tornou conhecida do eleitor fazendo-a crescer na preferência dos pesquisados. Nos últimos dias Serra participou de dois programas partidários como protagonista, foi entrevistado pelo roda viva, sabatinado na folha e eis que ao invés de crescer caiu, demonstrando que há algo de obscuro e escuso no modo como o Ibope e Datafolha realizam suas pesquisas. Só vejo nisso tudo uma farsa e estou cada dia mais crente que a ação do Eduardo Magalhães ao ministério público eleitoral, que colocou a polícia federal no encalço destes institutos, seja a causa de agora a verdade que já se sabia aparecer tal como realmente é. Na pesquisa CNI/IBOPE Dilma pela primeira vez ultrapassa Serra em um momento crítico da campanha que nem sequer começou legalmente, colocando uma vantagem de cinco pontos percentuais sobre o seu principal adversário. Mais uma vez os fatos estão a demonstrar que o presidente tinha razão quando insistiu com os líderes de sua base partidária em fazer destas eleições um plebiscito, o eles contra nós, o tipo de afronta que melindrou o pré-candidato Ciro Gomes, obrigando-o a desistir de sua pré-candidatura, ainda que pela vontade própria teria seguido em frente não fosse a falta de apôio e resistência que encontrou dentro de seu partido. Esta só não será a eleição do jeito que Lula calculou por causa de Marina Silva que resolveu candidatar-se, dando sobrevida a Serra e uma tênue possibilidade de que a eleição seja levada para o segundo turno. Algo aparentemente difícil de acontecer pelo que indicam os números mais recentes do IBOPE, especialmente se considerarmos a pesquisa que realmente vale, a espontânea, aquela em que o entrevistado, sem ser perguntado, responde de livre vontade em qual candidato vai votar e que dá a Dilma 22% pontos percentuais, a Lula 20% pontos percentuais, a Serra 16% pontos percentuais e a Marina 3% percentuais. Observe que Lula não é candidato, logo os 20% pontos percentuais que detém, mais os 22% pontos percentuais de Dilma perfazem um total de 42% percentuais, contra 19% pontos percentuais de Serra e Marina, mais do que a soma necessária para decidir a eleição no primeiro turno. Dizem os especialistas que pesquisa é o retrato do momento e que conforme o humor do eleitor pode mudar. Algo assim já aconteceu. O que torna, porém, a eleição dramática para Serra é ele não ter conseguido desconstruir a candidata Dilma quando era desconhecida e tratada como um poste a ser carregado por Lula. Teve e ainda tem todo o apoio da mídia e do estabelicimento; conseguiu judicializar a campanha nos tribunais impedindo o presidente de dizer abertamente quem apoia; o tempo todo Dilma foi apresentada como uma inexperiente; mentirosa; terrorista; o presidente seguidas vezes multado por fazer campanha antecipada; monopolizou todas as atenções nos menores gestos que fazia e ainda assim só cai na preferência do eleitor. Até a sua exposição midíatica que parecia ser positiva, lhe trouxe percalços ainda maiores porquanto aumentou sua rejeição perante o eleitorado que na pesquisa anterior era de 25% e foi para 30%, num cenário em que o presidente Lula não pode dizer ainda para o eleitorado quem é sua candidata. Quando então o presidente puder falar no olho do eleitor que Dilma é aquela que ele apóia e começar a fazer campanha pra valer, em comícios e na televisão, só um milagre salvará Serra de um enorme vexame.

Sobre a Pesquisa CNI/IBOPE

Quando do nada, o Datafolha e depois o Ibope por tabela, deram a Serra uma vantagem Mandraque de dez ponto percentuais, disseram que era porque as enchentes em São Paulo haviam cessado e o eleitor do Sul do país majoritariamente preferia o candidato do PSDB, embora não houvesse nenhuma base que corroborasse os índices apresentados naquelas pesquisas. Pegos com as mãos na boca da butija, tiveram que rever os dados divulgados e trazê-los para uma realidade semelhante a que os outros dois institutos de pesquisas, Vox Populli e Sensus, vinham anunciando, a saber, que Dilma passara à frente de Serra no limite da margem de erro. Justificaram o que os outros dois institutos de pesquisas já identificavam como tendencia consistente, com o argumento de que Dilma tinha aparecido no programa do PT e isso a tornou conhecida do eleitor fazendo-a crescer na preferência dos pesquisados. Nos últimos dias Serra participou de dois programas partidários como protagonista, foi entrevistado pelo roda viva, sabatinado na folha e eis que ao invés de crescer caiu, demonstrando que há algo de obscuro e escuso no modo como o Ibope e Datafolha realizam suas pesquisas. Só vejo nisso tudo uma farsa e estou cada dia mais crente que a ação do Eduardo Magalhães ao ministério público eleitoral, que colocou a polícia federal no encalço destes institutos, seja a causa de agora a verdade que já se sabia aparecer tal como realmente é.