domingo, 20 de maio de 2012

Em entrevista ao "Fantástico", Xuxa diz ter sofrido abuso sexual


Em entrevista que foi ao ar no "Fantástico" deste domingo (20), a apresentadora Xuxa disse ter sofrido abuso sexual "até os 13 anos".

Ao falar sobre seu engajamento em campanhas contra a palmada e os abusos, Xuxa declarou: "Eu abracei essas causas todas porque eu vivi isso. Na infância, até a minha adolescência, até os 13 anos, eu vivi isso. Pelo fato de eu ser muito grande, eu chamar a atenção, eu fui abusada".

O depoimento foi dado ao quadro "O que Vi da Vida". "Não foi uma pessoa, foram várias pessoas que fizeram aquilo, em momentos diferentes", disse. "Me sentia suja, me sentia errada. Se eu não tivesse o amor da minha mãe, eu teria ido embora. Só que eu não falei para a minha mãe, eu não tinha coragem. A maioria das crianças não fala."

"Eu me lembro do cheiro", disse. "E não sei quem foi." Mais adiante, porém, ela comenta que um dos abusadores era namorado de sua avó e outro, melhor amigo de seu pai, "que queria ser meu padrinho".

"Até hoje, se você me perguntar por que que aconteceu, eu ainda acho que foi minha culpa. Mas a gente não pode pensar assim, porque a criança não sabe."

A apresentadora disse que o sofrimento a fez querer "lutar pelas crianças".

Na mesma entrevista, ela também falou brevemente sobre os relacionamentos com Pelé e Ayrton Senna. "Vivi um amor que foi rápido, porque ele era muito rápido", disse, em referência ao piloto.

Xuxa contou, ainda, que chegou a visitar Michael Jackson em sua casa, em Neverland, e que o astro a pediu em casamento --e ela recusou.
Alex Palarea/AgNews
A apresentadora Xuxa
A apresentadora Xuxa

#VejaTemVagaParaPauteiro está bombando no twitter



Sobrinha de Cachoeira conseguiu o almejado emprego, falado na Veja.

A revista Veja virou alvo de mais uma piada pelos tuiteiros, neste sábado.

Na capa desta semana, a revista oferece o elixir mágico do emprego perfeito. Juntando ao fato da revista ter perdido o pauteiro Carlinhos Cachoeira, desde quando foi preso, os tuiteiros criaram a "hashtag" #VejaTemVagaParaPauteiro

"Como fazer o emprego correr atrás de você" - diz a revista.

Bom, eu não leio a Veja, mas levando em conta a parceria editorial Veja-Cachoeira, posso imaginar que seja assim:

Peça ao titio Cachoeira para pedir uma boquinha no governo de Minas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Com a sobrinha do bicheiro deu certo. Ela conseguiu ser nomeada para um cargo de chefia no governo tucano.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/05/vejatemvagaparapauteiro-esta-bombando.html

E agora, Reinaldo Azevedo?


Revista Exame (dos donos da Veja) escolheu Delta a 3ª melhor empreiteira do Brasil



http://goo.gl/ZnYi9

Pouco tempo antes da Operação Monte Carlo da Polícia Federal importunar a parceria Veja-Cachoeira, a última edição anual "Melhores e Maiores" da revista Exame escolheu a empreiteira Delta como a 3ª melhor empresa do Brasil no ramo de construção.

A revista Exame é uma publicação da Editora Abril, dos mesmos donos da revista Veja.

A edição anual 2011 da revista apontou a empreiteira Delta como a 3ª melhor do Brasil. Isso foi há apenas um ano atrás, época em que o jornalista de revista Veja, Policarpo Júnior, costumava almoçar com Carlinhos Cachoeira, e o jornalista sabia das ligações da Delta com o bicheiro, segundo interceptações telefônicas da Polícia Federal.

Como se vê, a Delta gozava de uma reputação semelhante à de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) nas páginas das revistas do chefão Roberto Civita, antes da Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

Hoje, com a prisão de Cachoeira, o que se observa é uma "mudança de opinião". Da noite para o dia a Delta virou "a pior empresa do Brasil" nas páginas da Veja, o que leva a perguntar: os leitores da Exame e da Veja foram enganados nos anos anteriores?

Outro desdobramento dos fatos é a indicação de haver um racha nos bastidores da parceria Veja-Cachoeira com a empreiteira, após a demissão de seu diretor Cláudio Abreu, também preso com Cachoeira, e que mantinha encontros com o diretor da Veja, Policarpo Júnior.

A revista Veja continua leal à seu pacto de proteção a Carlinhos Cachoeira, pois continua o poupando de uma reportagem de Policarpo Júnior contando o que via quando frequentava a cozinha da organização criminosa (*). Mas o que se nota é um racha entre o núcleo Veja-Cachoeira-Claudio Abreu com a cúpula da matriz da Delta.

Em 2001 e 2002, Exame escolheu a Delta como a nº 1, a melhor empresa de construção 

Na publicação do Perfil Institucional 2006/2007 da empreiteira, é citado o "reconhecimento na mídia", com  página inteira dedicada à revista Exame. Lá mostra que a publicação da Editora Abril a coloca sempre entre as 10 melhores empreiteiras. No ano de 2001 e 2003, foi escolhida a melhor de todas, ocupando o 1º lugar. Nos anos de 2005 e 2007 ocupou o 2º lugar.

CLICK NA IMAGEM PARA AMPLIAR
fontePerfil Institucional 2006/2007   

(*) Jornalista pode contar fatos, o que viu e o que vivenciou, sem dizer quem forneceu informações em "off", não violando quebra de sigilo da fonte. O compromisso do jornalista é tão somente não contar quem forneceu a notícia, e nunca ocultar a própria notícia. Por isso Policarpo podeira dizer muito do que sabe, sem ferir nenhuma regra do jornalista em preservar as fontes que pedem anonimato.

Herrera rechaça Fantástico e vira ídolo no Twitter


Herrera rechaça Fantástico e vira ídolo no TwitterFoto: Wagner Meier/Folhapress

Autor de três contra o São Paulo, atacante se recusou e pedir musiquinha ao programa da Globo e ganhou centenas de fãs na rede social


247 – Por esta, a Globo não esperava. Herói da vitória de virada do Botafogo sobre o São Paulo, o atacante argentino Herrera não aceitou o convite, feito logo após o encerramento do jogo, para pedir uma musiquinha de fundo para seus gols, a serem exibidos no programa Fantástico. A atitude despertou uma legião de fãs no Twitter. Não há, afinal, cachê para os profissionais que pedem musiquinhas à Globo...

Abaixo, texto a respeito publicado no portal UOL:

UOL Esporte - Já é tradição em todo domingo com futebol pelos campos do Brasil: quem marca três gols tem direito a pedir uma música para tocar no programa Fantástico, da TV Globo. O atacante argentino Herrera, no entanto, não seguiu o protocolo e dispensou o pedido após marcar três vezes na vitória do Botafogo sobre o São Paulo, na primeira rodada do Brasileirão.

O jogador entrou no segundo tempo do duelo no estádio do Engenhão e foi protagonista na vitória por 4 a 2 sobre com três gols. Ao ser abordado pelo repórter da TV Globo, o jogador, porém, não quis pedir nenhuma música.

"Música para quê? Não quero pedir nenhuma música não", disse. Diante da insistência do repórter, Herrera tirou o corpo fora de novo. "Vai ficar só na minha cabeça mesmo", avisou o argentino.
E a repercussão da negativa de Herrera nas redes sociais foi imediata. A tag "#chupaglobo" ficou entre as mais citadas no Brasil no Twitter assim que o jogo terminou e muitos dos usuários da rede social apoiaram a atitude do atacante.

João da Costa vence as prévias do PT no Recife

 

João da Costa vence as prévias do PT no RecifeFoto: Fernando Silva/Pref. Recife

O RESULTADO AINDA NÃO FOI OFICIALIZADO PELOS DIRETÓRIOS MUNICIPAL E ESTADUAL, MAS JÁ É DE CONHECIMENTO DE TODOS A VITÓRIA DO PREFEITO JOÃO DA COSTA NAS PRÉVIAS QUE INDICAM O CANDIDATO PETISTA NA SUCESSÃO DO RECIFE; DISPUTA ABRE PRECEDENTE PERIGOSO PARA 2014, NO PLANO FEDERAL

20 de Maio de 2012 às 19:22
PE247 - Ainda não é oficial. Mas as informações de momento indicam que o prefeito João da Costa venceu as prévias petistas contra o secretário estadual de Governo, Maurício Rands, pela indicação do partido na sucessão do Recife.
A disputa abriu uma fissura no PT pernambucano. Isso porque, para muitos, João da Costa tinha assegurado seu direito à reeleição – o que foi contestado pelo ex-prefeito João Paulo e pelo secretário Maurício Rands. O caso pernambucano poderia – e ainda pode – abrir um precedente em relação a 2014. Será que Dilma pode vir a ter seu direito à reeleição contestado por Lula ou outras figuras do PT?
Leia, abaixo, reportagem anterior do 247 sobre o caso.
Prévias do PT em Recife projetam Dilma X Lula
247 – As prévias do PT para a escolha do candidato do partido a prefeito em Recife ocorreram neste domingo 20, mas já se sabe que irão terminar na Justiça. Tanto o atual prefeito João da Costa como seu concorrente Maurício Rands, secretário estadual de Governo, adiantaram que não aceitarão, sem espernear, uma derrota. Apesar de estarem desde agora envolvidas em polêmica, as tumultuadas prévias recifenses estão sendo vistas como uma antecipação do que pode acontecer, nacionalmente, com o PT em 2014. Lá, a depender de uma série de fatores, entre os quais as condições de temperatura e pressão da economia, a candidatura 'natural' à reeleição da presidente Dilma poderá ser contestada dentro do partido, e o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vir a ser inserido numa cédula para definição interna do concorrente à Presidência.
A possibilidade de uma disputa entre o criador e a criadora se reproduziu, quase à perfeição, nas prévias do Recife. Ali, a disputa interna mostrou que o dogma de que o petista que estiver num cargo majoritário com direito à reeleição tem preferência sobre os demais está ultrapassado. É, exatamente, o caso do prefeito João da Costa, que cumpre seu primeiro mandato e, em tese, seria beneficiado pela regra de poder tentar, automaticamente, a reeleição. Esse direito adquirido, porém, foi contestado pelo ex-prefeito João Paulo, que cumprira, antes dele, dois mandatos seguidos, mostrara grande popularidade e escolhera o técnico Costa para o suceder. Um roteiro em tudo semelhante ao vivido por Lula e que resultou no surgimento de Dilma para a política nacional.
Tal qual Lula, que ainda demonstra dificuldade em 'desencarnar' do cargo de persidente, João Paulo se mostrou insatisfeito com as tarefas do dia a dia da vida parlamentar em Brasília. Ele quis tentar a volta à Prefeitura, e obteve até o respaldo de Lula para o caminho de retorno. No entanto, desistiu de assumir uma pré-candidatura, mas não se conformou em permitir a tentativa de reeleição de Costa. Lançou, assim, seu correligionário Rands para tentar tomar o lugar do antigo pupilo.
A quebra de precedente quanto a não contestação da tentativa automática de reeleição por quem está no cargo, verificada no Recife, é, sem dúvida, um estímulo à mudança do quadro interno do PT até 2014. Tudo vai depender do desempenho da economia. Por mais que Dilma e Lula se mostrem próximos e íntimos politicamente, é fato que a presidente buscará um segundo mandato, assim como se sabe o quanto Lula igualmente deseja mais uma passagem sua pela Presidência. Recuperado de uma doença que poderia ter lhe custado a vida, nada indica que ele terá paciência para esperar um segundo período de quatro anos para sua sucessora e só então tentar voltar. Para ele,o quanto antes, melhor. Se a crise chegar, a economia declinar e a moda das prévias pegar no PT, tudo indica que, no caso de ocorrerem eleições internas para definir o candidato em 2014, Dilma e Lula estarão em cantos opostos da mesma cédula.

PGR finaliza denúncia contra Arruda



PGR finaliza denúncia contra ArrudaFoto: Montagem/247

COM QUASE TRÊS ANOS DE ATRASO, PROCURADORIA DEVE DENUNCIAR EX-GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, QUE FOI PRESO E PERDEU O MANDATO SEM RESPONDER A PROCESSO

20 de Maio de 2012 às 06:42
247 – O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, viveu uma situação curiosa nos últimos anos. Foi preso, na Operação Caixa de Pandora, quando um vídeo em que pegava R$ 50 mil das mãos do policial Durval Barbosa foi divulgado, e logo depois perdeu o mandato, ainda em 2009.
Desde então, a Procuradoria Geral da República não conseguiu apresentar uma denúncia formal contra ele, associando tal vídeo a atos de corrupção praticados em seu governo. O motivo: as imagens são anteriores à posse, em 2007, de Arruda como governador do Distrito Federal.
Neste domingo, a Folha de S. Paulo informa que a denúncia foi finalmente concluída pela PGR. Leia o texto de Leandro Colon:
Ficou pronta a denúncia que levará à Justiça os envolvidos no maior escândalo de corrupção da história do Distrito Federal, o mensalão do DEM, que levou à queda do governador José Roberto Arruda em 2010.
Pelo menos 25 pessoas devem ser denunciadas ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Responsável pelo inquérito, a subprocuradora-geral Raquel Dodge, da equipe do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quer entregar a denúncia até junho.
No dia 24 de abril, ela recebeu o último lote de informações que pediu ao governo do DF: um documento referente a pagamentos feitos a empresas de tecnologia que repassaram dinheiro a políticos envolvidos no escândalo.
Essas empresas eram contratadas para prestar serviços ao governo do Distrito Federal. A subprocuradora dirá que os repasses comprovam que o esquema foi alimentado por recursos públicos.
A denúncia incluirá Arruda e integrantes de seu governo, como o vice Paulo Octávio e o ex-secretário Durval Barbosa, que delatou o esquema. Os donos das empresas também serão acusados.
O ex-governador deve responder pelas supostas práticas de corrupção passiva e formação de quadrilha.
O caso estourou em novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora. Vídeos gravados por Durval Barbosa revelaram a distribuição de dinheiro a políticos, entre eles o próprio Arruda, que acabou cassado pela Justiça Eleitoral por ter deixado seu partido, o DEM.
ATRITOS
O inquérito se arrastou até agora em razão de um conflito entre o Ministério Público Federal e a PF, ambos personagens hoje de uma outra crise, desta vez envolvendo as investigações sobre os negócios de Carlinhos Cachoeira.
A PF encerrou a Operação Caixa de Pandora em abril de 2010 e, em agosto do mesmo ano, enviou a Raquel Dodge o relatório final. Desde então, não houve mais cooperação.
A polícia apontou indícios de vários crimes cometidos e descreveu Arruda como o chefe da "organização criminosa" no relatório.
O Ministério Público Federal não gostou do trabalho da PF. Na sua avaliação, a investigação terminou precocemente, sem associar, por exemplo, o dinheiro entregue aos políticos à sua origem nos contratos públicos.
Além disso, segundo membros da Procuradoria, a polícia não indiciou os deputados distritais que apareceram recebendo dinheiro, Leonardo Prudente, Júnior Brunelli e Eurides Brito.
Eles sempre negaram envolvimento com corrupção, mas estarão na denúncia do Ministério Público Federal, segundo a Folha apurou.
Após o desentendimento com a PF, Raquel Dodge passou a usar peritos do próprio Ministério Público para avançar como queria. Em conversas reservadas, integrantes da PF dizem que a procuradora não dialoga com a polícia e a responsabilizam pela demora nos trabalhos.
O inquérito no STJ tem 60 mil páginas distribuídas em 233 volumes. Relator do caso, o ministro Arnaldo Esteves Lima disse conhecê-lo pouco. "Estive com o processo apenas uma vez, para providências rotineiras", afirmou.
Ele minimiza a polêmica sobre a demora na apresentação da denúncia.
"Atribuo isso à complexidade do material", afirmou. "É um enorme volume, que acaba sendo relevante."
O advogado de José Roberto Arruda, Nélio Machado, atribui o atraso à falta de provas. "Isso demonstra a fragilidade da acusação", disse. "Desconheço a denúncia, mas acho que virá muito mais por força da pressão do que pelo conteúdo."
O ex-governador ficou dois meses preso em 2010. Hoje vive em São Paulo, com a mulher, Flávia, e articula voltar à política em 2014.

Casal Gurgel também engavetou caso de racismo, diz Gaspari



Casal Gurgel também engavetou caso de racismo, diz GaspariFoto: Marlene Bergamo/Folhapress

VÍTIMA FOI ESTUDANTE MARCO PAULO DOS SANTOS, QUE TERIA SIDO OFENDIDO PELO MINISTRO DO STJ ARI PARGENDLER

20 de Maio de 2012 às 07:00
247 – O caso do senador Demóstenes Torres (sem partido/GO) não foi o único processo engavetado pelo casal Roberto Gurgel-Claudia Sampaio. Segundo o colunista Elio Gaspari, ambos também esconderam no fundo da gaveta um processo movido por um estudante negro contra um ministro do STJ. Leia:
A Procuradoria-Geral tarda, e tarda
Em outubro de 2010 o estudante Marco Paulo dos Santos, um negro evangélico de 24 anos, era estagiário no Superior Tribunal de Justiça, foi à agência do Banco do Brasil que funciona no prédio e esperava sua vez para usar um terminal. Pela sua narrativa, havia um senhor operando a máquina e ele aguardava sua vez atrás da linha demarcatória. A certa altura, o cidadão voltou-se, dizendo: "Quer sair daqui?" Marco explicou-lhe que estava no lugar adequado, mas não convenceu: "Como eu não saí, ele se apresentou: 'Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido. Isso aqui para você acabou". Pargendler teria puxado o crachá do rapaz para ver seu nome. Uma hora depois, Marco recebeu uma carta de demissão por ter cometido "falta gravíssima de respeito".
Marco Paulo deu queixa na 5ª Delegacia da Polícia Civil, e uma testemunha corroborou sua versão. Pargendler, presidente do "Tribunal da Cidadania", não se pronunciou. O processo contra o doutor por agressão moral foi remetido ao Supremo Tribunal Federal, sob sigilo. Felizmente, o ministro Celso de Mello tirou-o do segredo e remeteu os autos à Procuradoria-Geral da República, para que verificasse "a exata adequação típica dos fatos narrados neste procedimento penal". No dia 17 de dezembro de 2010 o processo foi para as mãos da subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques. Cadê?
Quando completou-se um ano de espera, Marco Paulo disse ao repórter Frederico Vasconcelos que "entregou o caso nas mãos de Deus". Fez muito bem, porque, em condições normais, a Procuradoria teria cumprido sua tarefa em dois meses.
No dia 7 de março a doutora Sampaio Marques devolveu o processo e, a dia 14 de abril, ele foi redistribuído para o procurador-geral Roberto Gurgel, seu marido. Explicação? Nem pensar.
Eremildo é um idiota e, ao lembrar que a Operação Vegas ficou para com o doutor Gurgel durante quase três anos, convenceu-se de que não se deve falar do caso de Marco Paulo, pois isso é coisa de "pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão".

Para Merval Pereira, CPI foi tiro no pé do PT



Para Merval Pereira, CPI foi tiro no pé do PTFoto: DIVULGAÇÃO

COLUNISTA DO GLOBO DIZ QUE PARTIDO NÃO CONSEGUIU EMPASTELAR O MENSALÃO NEM CRIMINALIZAR A REVISTA VEJA E "TOLHER A LIBERDADE DE IMPRENSA"

20 de Maio de 2012 às 07:11
247 – O colunista Merval Pereira, principal articulista das Organizações Globo, argumenta, neste domingo, que o PT pode ser o grande derrotado da CPI do Cachoeira. O partido teria fracassado nas tentativas para empastelar o mensalão, criminalizar a imprensa e emparedar o procurador-geral da República. Segundo ele, o PMDB não estaria disposto a embarcar na aventura petista de tolher a liberdade de imprensa. Detalhe: João Roberto Marinho, um dos donos da Globo, pressionou o vice-presidente Michel Temer e vários deputados do PMDB a evitar a convocação de Policarpo Júnior, de Veja, e de Roberto Civita, da Abril.
Leia trechos da coluna “Tiro no pé”:
Tiro no pé
Merval Pereira
O flagrante da mensagem do deputado petista Cândido Vacarezza garantindo imunidade ao governador do Rio, Sérgio Cabral, é mais uma confirmação de que essa CPI do Cachoeira está se revelando o maior erro dos últimos tempos do grupo político que está no poder.

Convocada estranhamente pela maioria governista, a CPI tinha objetivos definidos pelo ex-presidente Lula e pelo exministro José Dirceu: apanhar a oposição com a boca na botija nas figuras do senador Demóstenes Torres e do governador de Goiás, Marconi Perillo, e desestabilizar o Procurador- Geral da República, Roberto Gurgel, responsável pela acusação dos mensaleiros no julgamento do Supremo Tribunal Federal.

De passagem, queriam certos petistas criminalizar a revista “Veja” para criar um clima político que favorecesse a aprovação de uma legislação de controle da mídia, como vêm tentando, sem sucesso, desde o início do governo Lula.

Por enquanto, está dando tudo errado. A tentativa de constranger os ministros do Supremo resultou numa reação do Judiciário, que se viu impelido a não deixar dúvidas sobre sua independência.

A vontade de procrastinar o julgamento, quem sabe deixando-o para o próximo ano, quando dois novos ministros estarão no plenário para substituir Cezar Peluso e Ayres Britto, ficou tão explícita que o revisor do processo, o ministro Ricardo Lewandowski, viu-se na obrigação de anunciar que pretende apresentar seu voto ainda no primeiro semestre, permitindo que o julgamento comece logo em seguida.

Até mesmo uma frase banal, que queria dizer outra coisa, teve o efeito de levantar suspeitas.

Quando Lewandowski disse que o julgamento ocorreria “ainda este ano” sabe-se agora que não estava pensando em outubro ou novembro, mas a partir de junho, como fez questão de esclarecer.

Com relação à imprensa, todos os esforços do senador Collor de Mello, o “laranja” da tramoia petista, têm sido em vão, e as relações do PT com o PMDB estão azedando, na definição de Vaccarezza, porque o PMDB não está disposto a embarcar nessa aventura petista de tolher a liberdade de imprensa.

Dirceu nega acordão entre PT e oposição na CPI



Dirceu nega acordão entre PT e oposição na CPIFoto: Edição/247

SEGUNDO O EX-MINISTRO DA CASA CIVIL, QUE FOI PROCURADO PELO PRESIDENTE DA ABRIL NA ÚLTIMA SEMANA, OS QUE APOSTAM EM PIZZA IRÃO SE SURPREENDER COM OS DESDOBRAMENTOS DA COMISSÃO

20 de Maio de 2012 às 07:31
247 – O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que, na semana passada, foi procurado pelo presidente da Abril, Fabio Barbosa, em busca de uma possível pacificação, nega que tenha havido acordo na CPI do Cachoeira para evitar que a comissão entre em temas mais polêmicos. Leia, abaixo, artigo de Dirceu, publicado em seu blog:
CPMI: versão adotada pela mídia do ‘acordão’ PT-PMDB-PSDB é um equívoco
A mídia adotou uma linha equivocada ao insistir que houve um acordão entre PT-PMDB-PSDB na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o caso Carlos Cachoeira. Segundo tal versão o objetivo de pretenso acordo seria, entre outras coisas, o de não convocar os governadores até agora citados nos grampos do bicheiro e seu círculo de relações. Pretende-se vender a falsa ideia de que algo que mal começou teria terminado em pizza.

Minha avaliação é outra. Entendo que o roteiro adotado pela Comissão de Inquérito é correto e objetivo: estudar todos os autos e áudios, ouvir os delegados responsáveis pelos inquéritos que deram origem à CPI – como já fez –, convocar os auxiliares dos governadores e da Delta. É o caminho certo para decidir se, em seguida, convoca ou não os três governadores, como quer o PSDB, ou apenas Marconi Perillo, como querem PT e PMDB.

O prosseguimento da linha de trabalho adotada pela CPI mista do Congresso vai permitir, também, que se tome decisões sobre a convocação ou não de procuradores e jornalistas. Se se investiga ou não a revista VEJA e sua relação com o esquema Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres.

Diversionismo

Não podemos e não devemos nos deixar levar por incidentes como o da não convocação dos governadores nesta semana e o torpedo do deputado Cândido Vaccarezza para o governador Sérgio Cabral – um incidente incapaz de definir o destino de uma CPMI. É um erro confundir tais incidentes com indícios, provas e elementos para investigar o crime organizado e suas ramificações nos três poderes do país.

Há indícios sim, e são muito fortes, sobre a participação decisiva no esquema criminoso de um senador que foi líder do DEM e da oposição. Um senador que foi membro do Ministério Público e que se apresentava como representante das demandas corporativas dos procuradores e do Judiciário, seja junto ao Legislativo, seja diante do Executivo.

Também são ridículas, risíveis mesmo, as tentativas de apresentar a relação do governador de Goiás com Carlos Cachoeira no mesmo nível das do Governador do Rio de Janeiro com o controlador da Delta. Em Goiás o crime organizado capturou o Estado e, neste caso, os elementos, indícios e provas já existentes mais do que justificam um investigação pela CPMI.

Mais diversionismo

Não vamos esquecer que no início do noticiário sobre a operação Monte Carlo, lá atrás, certa mídia fez de tudo para trazer de volta o caso Waldomiro Diniz. Naquela ocasião, a citação do meu nome era permanente, às vezes com mais destaque que a própria CPMI. Mas, com o aparecimento da participação do senador Demóstenes Torres no esquema, esta sim uma verdadeira bomba atômica que deixou muita gente desnorteada, a manobra diversionista ficou desmoralizada.

Depois vieram as tentativas de envolver membros do Governo Federal, como Olavo Noleto e até o ministro Alexandre Padilha. Depois, outra tentativa diversionista, pretendendo-se desviar o foco principal da CPMI para Brasília e a empresa Delta. E agora, finalmente, essa polêmica sobre a convocação dos governadores.

Indícios há, e são muitos. Insisto que a CPMI deve manter seu plano de trabalho. Aí sim, tendo as informações, vai decidir por exemplo se convoca ou não os jornalistas. Não adianta que certa mídia levante o argumento surrado da ameaça à liberdade de imprensa diante dos indícios que já apareceram.

Falou-se, por exemplo, em mais de 200 telefonemas entre o diretor da revista VEJA em Brasília e a dupla Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres. Na troca de informações pela publicação de matérias de interesse de um esquema criminoso. No conluio para o uso de gravações obtidas ilegalmente. São coisas que precisam ser esclarecidas. E as informações já estão lá, nos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo. É preciso levantá-las em sua totalidade e, em seguida, divulgá-las.

E também não vamos nos esquecer da tentativa de aumentar ainda mais a confusão e a cortina de fumaça, insistindo com a versão de que o necessário esclarecimento da decisão da Procuradoria Geral da República de não investigar o esquema Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres em 2009, como afirmou a Polícia Federal, seria algo envolvendo o PT e relacionando-o com o julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal, chamada de mensalão.

Se a CPMI seguir seu roteiro de buscar e dar transparência a todas as informações, nada do que a mídia está prevendo acontecerá. Ao contrario, será uma das CPIs mais importantes dos últimos 30 anos e cumprirá um papel extraordinário na vida política do país.

Caos no transporte aperta Serra e acende Haddad



Caos no transporte aperta Serra e acende Haddad Foto: Folhapress

ACIDENTE NO METRÔ ESTA SEMANA DESPERTOU CANDIDATO DO PT; "PSDB PROMOVEU O APAGÃO DOS TRANSPORTES", ATACOU; EX-GOVERNADOR TUCANO CLASSIFICOU CRÍTICA COMO "EXPLORAÇÃO ELEITORAL"; GOVERNADOR ALCKMIN E SENADORA MARTA ENTRARAM NA BRIGA; SITUAÇÃO É COMO SE VÊ ACIMA

20 de Maio de 2012 às 06:20
247 – A campanha eleitoral para prefeito de São Paulo, em razão, literalmente, de um acidente de percurso, começou a pegar fogo. O choque de trens ocorrido na linha 3 do Metrô,  na quarta-feira 16, teve o poder de desalinhar os discursos e colocar frente a frente, com posições diametralmente opostas, os candidatos Fernando Haddad, do PT, e José Serra, do PSDB.
Desta vez, Haddad teve reflexo político e foi o primeiro a contextualizar o acidente que não deixou vítimas fatais, mas provocou pânico e levou cerca de 100 pessoas aos hospitais da região Leste. "Tem havido cortes nos recursos de manutenção, segurança e atualização de equipamentos", disse o ex-ministro, que relacionou o choque entre uma composição e um vagão parado com o desmoronamento, em 2007, das obras da estação Pinheiros. Aquele acidente provocou a morte de sete pessoas. Em artigo ao 247, a senadora Marta Suplicy se somou às críticas do candidato. "Desde 2007, foram quase 100 panes nas linhas do metrô e 124 nas linhas ferroviárias da CTPM", contabilizou. "A verdade pura e simples é que a situação do transporte público em São Paulo é de caos completo", completou (leia artigo aqui).
De pronto, Serra, bem ao seu feitio, não quis enfrentar frontalmente a questão e procurou adequá-la ao seu discurso de superioridade. "Não faremos comentários, pois consideramos que acidentes não se prestam à exploração eleitoral". A manifestação soou como algo do tipo 'não contem comigo para debater agora as causas do ocorrido', em razão da falta de compromisso em tratar de um fato, sem dúvida, importante para a cidade. Num momento anterior, Serra, ainda timidamente, tocou de modo transverso na questão dos investimentos públicos em Transportes. "Na Cidade do México, quem faz o metrô é o governo federal. Aqui é o Estado e a Prefeitura", disse, reclamando. Haddad não ficou calado: "Lula e Dilma nunca se recusaram a atender nenhum pedido de Serra e Alckmin. É que eles não querem o governo federal em São Paulo, porque têm mentalidade tacanha".
Nas contas divulgadas pelos petistas, as últimas administrações tucanas, incluidas as de Serra no governo e na Prefeitura, entregaram 25 quilômetros de linhas. Segundo informa o jornal Folha de S. Paulo, a campanha de Serra determinou a distribuição de tabelinhas com valores de investimentos feitos pelos tucanos no Metrô e na Companhias Metropolitana de Trens Urbanos como munição para rebater os ataques petistas.
Nessa briga, o governador Geraldo Alckmin resolveu entrar de sola. "O PT não colocou nenhum centavo no sistema de transportes de São Paulo. Nenhum centavo", repetiu. "O PT só tem crítica e aleivosias como essa". Ele adotou a seguinte linha de argumentação: "Lamento que a política venha para essa baixeja eleitoral. [É uma tentativa] de tirar casquinha de quem não contribui com nada para o sistema metroferroviário", disse.
A guerra de números, de adjetivos e de propostas promete ser um dos temas dominantes da campanha, talvez o principal.

CPI em ritmo de tartaruga



CPI em ritmo de tartarugaFoto: Montagem/247

LEVANTAMENTO APONTA QUE INVESTIGAÇÃO CONDUZIDA PELO SENADOR VITAL DO REGO (PMDB/PB) E PELO DEPUTADO ODAIR CUNHA (PT/MG) É A MAIS LENTA EM VINTE ANOS; PELA PRIMEIRA VEZ, 15 DIAS DEPOIS DO INÍCIO, NENHUM DEPOIMENTO FOI TOMADO

20 de Maio de 2012 às 06:18
247 – A CPI do caso Carlos Cachoeira é a mais lenta dos últimos vinte anos no Brasil. O levantamento foi feito pela Folha de S. Paulo, numa reportagem de Breno Costa. Quinze dias depois de seu início, até agora nenhum depoimento foi tomado. O primeiro está marcado para a próxima terça-feira, com a oitiva de Carlos Cachoeira. Leia o texto da Folha:
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
Com potencial para envolver parlamentares e três governadores, a CPI do Cachoeira chega a quase um mês de existência com a marca de comissão mais lenta dos últimos 20 anos entre as destinadas a investigar corrupção.
Folha analisou outras dez grandes comissões de inquérito criadas desde a CPI do Collor (1992). Nunca antes, em seus primeiros 15 dias de trabalho (descontados fins de semana, feriados e recessos), uma comissão ouviu tão poucos envolvidos e demorou tanto para tomar seu primeiro depoimento público.
Na última semana, a CPI foi alvo de acordo entre governo e oposição para limitar o alcance das investigações.
A primeira tomada de depoimento público, do empresário Carlinhos Cachoeira, está marcada para terça-feira. A previsão inicial era de que fosse na semana passada, mas seus advogados conseguiram no Supremo suspender a sessão alegando não terem tido acesso ao processo.
Mesmo que o depoimento tivesse ocorrido, o cenário da CPI em relação a comissões anteriores não mudaria.
Ainda que sejam contabilizados os depoimentos secretos dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, a produtividade da comissão é muito menor. Em média, no mesmo período, as outras CPIs tinham realizado oito depoimentos.
A CPI dos Bancos, criada em 1999 para investigar auxílio oficial dado ao banqueiro Salvatore Cacciola, tinha ouvido 17 pessoas. A do Banestado, que apurou esquema de envio de dinheiro ao exterior, havia feito 12 oitivas.
Mesmo as CPIs que contaram com blindagem mais explícita para conter maiores estragos ao Planalto, como a dos Cartões Corporativos (2008) e a da Petrobras (2009), foram mais céleres em suas primeiras semanas, com seis e sete depoimentos.
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), diz que a comissão é atípica, porque nasceu de uma operação da Polícia Federal, e "está num ritmo adequado".
"O governo está usando um rolo compressor", diz o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), eximindo de culpa a oposição, que atua para que o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) não seja convocado.