terça-feira, 16 de setembro de 2014

Aécio só tem uma saída: dedicar-se a Minas Gerais

Candidato tucano ao governo mineiro, Pimenta da Veiga corre risco de derrota
Se perder no próprio Estado, Aécio fica fragilizado dentro do PSDB para 2018
Os 19% do tucano na eleição presidencial são insuficientes para sonhar com 2º turno
Vanderlei Almeida/AFP - 10.set.2014
O resultado divulgado hoje pelo Ibope sobre a disputa para governador de Minas Gerais não deixa opções para o candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves: o tucano está quase obrigado a retornar para seu Estado natal para não sofrer uma derrota humilhante entre os mineiros.
Segundo o Ibope, o candidato do PT a governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, tem 43% de intenções de voto. O nome do PSDB, Pimenta da Veiga, tem apenas 23%, ou seja, 20 pontos a menos do que o petista.
É verdade que Aécio Neves está com honrosos 19% na pesquisa presidencial Ibope, mas continua muito distante de Dilma Rousseff (PT) e de Marina Silva (PSB). Ocorre que esses 19% são a mesma pontuação que o tucano tinha no final de agosto no Ibope. Ou seja, ele não saiu do lugar.
O que ainda dá algum alento ao PSDB é o fato de os mineiros continuarem honrando a fama de esconderem o jogo até a última hora. Na pesquisa Ibope, 10% dizem que vão votar em branco ou nulo. E outros 17% declaram ainda não terem decidido –apesar de faltarem só 19 dias para a eleição.
Aécio está em um distante terceiro lugar na disputa presidencial. Se sofrer uma derrota na disputa pelo governo de Minas Gerais, o tucano ficará fragilizado em seu próprio partido.
Em 2018, o PSDB novamente tentará disputar a Presidência da República –o tamanho da votação de Aécio e o seu desempenho em solo mineiro é que vai determinar se ele terá chances de ser candidato novamente.
Tudo considerado, sobra para Aécio nesta fase final do ciclo eleitoral se concentrar em Minas Gerais para tentar reverter o cenário que é, por enquanto, péssimo para o tucano em seu próprio Estado.
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http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2014/09/16/aecio-so-tem-uma-saida-dedicar-se-a-minas-gerais/
P.S do blog. 
Não interessa mais a Folha e a chamada grande imprensa que Aécio continue a sonhar com um segundo turno e para isso jogue pesado contra Marina e a desidrate eleitoralmente reassumindo sua vaga para uma disputa com Dilma. A razão é que a mídia joga com a certeza de que somente Marina teria condições de vencer Dilma num segundo turno. Aécio dedicar-se-ia a Minas Gerais para impedir uma vitória de Dilma no Estado e Marina venceria em São Paulo tornando a disputa muito mais favorável as pretensões da candidata da Nova Política. Essa é a contabilidade que os barões da mídia fazem nesse exato momento de indefinições. As eleições estão abertas a todas possibilidades, menos as de Aécio chegar a um segundo turno para disputar com Dilma. Para mídia Marina cumpriria melhor esse papel.

Porta-voz de Marina volta a criticar política do pré-sal


O coordenador de campanha de Marina Silva afirmou que não se pode imaginar que "temos a capacidade de responder a tudo"
 
 
Jornal GGN - O coordenador de campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, criticou o modelo de exploração do pré-sal, baseado no regime de partilha, em que a exploração de todas as áreas é controlada pela Petrobras.
 
"Interessa muito o desenvolvimento brasileiro, mas não pode ser de caráter doutrinário, imaginando que nós temos a capacidade de responder a tudo", disse Feldman, em encontro com empresários em São Paulo.
 
Da Folha de S. Paulo
 
Situação financeira da Petrobras não permite controle da exploração do petróleo nessas áreas, afirma Feldman
 
Por Mariana Carneiro e Samantha Lima
 
Executivos do setor se queixaram do modelo a emissários de Marina; política 'doutrinária' é errada, diz coordenador
 
Uma das principais bandeiras do governo do PT, o modelo de exploração do petróleo do pré-sal foi alvo de críticas da campanha da candidata Marina Silva (PSB).
 
Em encontro com empresários em São Paulo, nesta segunda-feira (15), o coordenador da campanha, Walter Feldman, fez críticas ao marco regulatório do pré-sal e chamou a política de conteúdo local de "doutrinária".
 
Aprovado em 2010, durante o governo Lula, o regime de partilha determina que a exploração de todas as áreas do pré-sal seja controlada pela estatal. A Petrobras tem que ser sócia com, no mínimo, 30% de cada área. O objetivo é garantir que a riqueza seja extraída por uma empresa brasileira.
 
O problema é que a estatal está numa situação financeira ruim, provocada pelo represamento do preço da gasolina e pelo aumento das importações do combustível.
 
Ela tem a maior dívida entre as petroleiras do mundo e por isso não consegue aumentar seus investimentos, travando o setor. Grandes empresas globais de petróleo, como Shell, BP e Statoil, têm investimentos no Brasil.
 
"A própria Petrobras se diz com dificuldades de responder a essa demanda", disse Feldman. "É a operadora única e, ao que parece, discorda disso, o que é inédito."
 
Nesta segunda-feira, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, também criticou o monopólio da Petrobras na exploração do pré-sal.
 
"A figura do operador único não é benéfica para a Petrobras nem para a indústria brasileira. Precisamos de multiplicidade de atores."
 
Para o setor, ao permitir que outras empresas operem, o governo atrairia mais investimentos. Segundo o IBP, o pré-sal receberá R$ 1 trilhão em investimentos até 2020.
 
Emissários de Marina se encontraram com executivos do setor na semana passada. Segundo Feldman, eles se queixaram da política de conteúdo local --60% dos componentes feitos no Brasil.
 
Ele indicou que a exigência tem que ser alterada. "Interessa muito o desenvolvimento brasileiro, mas não pode ser de caráter doutrinário, imaginando que nós temos a capacidade de responder a tudo", afirmou.

http://jornalggn.com.br/noticia/porta-voz-de-marina-volta-a-criticar-politica-do-pre-sal

PSB soube da transação irregular de avião 2 dias após morte de Campos


Jornal GGN - Reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta terça-feira (16) aponta que o PSB de Marina Silva soube da transação irregular do avião que levava Eduardo Campos e mais seis pessoas apenas dois dias após o acidente fatal no litoral paulista, em 13 de agosto. O partido havia informado à imprensa, em comunicado oficial, que ficou “alheio” à negociação de compra do equipamento, que atravessa um imbróglio que pode prejudicar a prestação de contas do PSB ao Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com o periódico, dois dias depois da queda do jato Cessna, dirigentes pessebistas foram chamados a uma reunião num hotel de São Paulo com Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Luiz Piauhylino. Na ocasião, os empresários explicaram que a legenda teria problemas para declarar as despesas com a aeronave ao TSE. O motivo explicado era a “transação irregular”, segundo afirmou ao jornal um dos participantes da reunião.
Os empresários teriam detalhado a dirigentes do PSB que estavam pagando parcelas do jato comprado da AF Andrade, “mas que a transferência da propriedade não estava concretizada porque a Cessna Finance não tinha aprovado as garantias oferecidas por Lyra e Apolo. Com isso, afirmaram, não seria uma tarefa fácil resolver as pendências relacionadas à regularização da aeronave, e o partido deveria se preparar para enfrentar questionamentos sobre a legalidade do uso do avião e da operação de compra”, informa O Globo.
Duas semanas após o encontro, o PSB sustentou que não tinha conhecimento dos detalhes da compra. O candidato a vice-presidente ao lado de Marina Silva, Beto Albuquerque, chegou a dizer que a sigla não deve satisfações sobre a transação irregular. Segundo ele, quando você pega carona em um táxi, você não pergunta ao motorista se os documentos estão todos em dia.
Ainda de acordo com a reportagem, Eduardo Campos passou a ser cobrado pelo contrato de aluguel ou empréstimo da aeronave quando o uso dela foi intensificado, já durante a campanha oficial. Há relatos de uso do jato em maio, na pré-campaha. “Está tudo bem”, “está tudo sob controle”, “fiquem tranquilos”, respondia sempre que abordado sobre o tema, segundo relato de dirigentes do partido ao O Globo.
Após mais de um mês da tragédia que matou o presidenciável, o PSB ainda não conseguiu resolver a questão. A aeronave não foi declarada na segunda prestação parcial de contas de Eduardo Campos enviada à Justiça Eleitoral no dia 3, nem na do comitê financeiro da campanha presidencial. Marina disse que se tratava de “um empréstimo que seria ressarcido pelo comitê financeiro”. Não ocorreu até agora.
http://jornalggn.com.br/noticia/psb-soube-da-transacao-irregular-de-aviao-2-dias-apos-morte-de-campos

DILMA DEFENDE "MUDA MAIS" E COMERCIAL SOBRE BC

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Presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça (16) o site "Muda Mais", que teve o pedido de veiculação suspenso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE); "Eu acho que pode ser que as pessoas não gostem do que nós falamos. Agora é uma opinião, e crime de opinião no Brasil é algo ultrapassado, eu fui para a cadeia por crime de opinião, e sei perfeitamente que, na democracia, a opinião é algo que deve ser acolhido", afirmou Dilma; sobre o parecer do procurador Rodrigo Janot que pede a suspensão de uma propaganda eleitoral do PT que trata da autonomia do Banco Central, ela ressaltou que "estamos externando uma opinião, e essa opinião tem que ser respeitada"

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, defendeu hoje (16) o site do partido, que teve o pedido de veiculação suspenso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ela, o PT estava apenas emitindo a sua opinião, que tem que ser respeitada. Mais cedo, o ministro Herman Benjamin, do TSE, determinou que o site mudamais.com fosse retirado do ar imediatamente por ser uma página irregular de propaganda eleitoral. Até o fechamento desta reportagem, o portal ainda não havia saído do ar.
"Eu acho que pode ser que as pessoas não gostem do que nós falamos. Agora é uma opinião, e crime de opinião no Brasil é algo ultrapassado, eu fui para a cadeia por crime de opinião, e sei perfeitamente que, na democracia, a opinião é algo que deve ser acolhido", afirmou Dilma, em entrevista com jornalistas no início da noite no Palácio da Alvorada.
Dilma também comentou o parecer do procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, que pede a suspensão de uma propaganda eleitoral do PT que trata da autonomia do Banco Central. No pedido, o procurador alega que a publicidade tem "aptidão de criar, artificialmente, estados mentais, emocionais ou passionais do público". Segundo Dilma, é democrático o pedido de Janot, já que cada um tem que fazer a sua parte, mas garantiu: "nós estamos externando uma opinião, e essa opinião tem que ser respeitada."
A candidata comemorou os dados divulgados hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU), segundo os quais a fome não é mais um problema estrutural brasileiro. Para Dilma, os números demonstram que o sonho de uma geração tirar o país do mapa da fome foi alcançado, e as políticas de proteção social foram responsáveis pelos avanços. "Há uma correlação muito forte entre o Bolsa Família e a redução da fome e da miséria no Brasil, da redução da sub alimentação", disse, destacando que o próximo passo é garantir a educação de qualidade para todo mundo.
"Tem gente tão pobre que não sabe que tem direito a certos programas sociais. […] Nós corremos atrás deles", explicou Dilma, referindo-se à busca ativa feita para incluir outras cerca de 300 mil famílias no Programa Bolsa Família. Para ela, a porta de saída do Bolsa Família é a porta de entrada no mundo do trabalho e do empreendedorismo. "Entrada [esta] que estamos procurando cada vez mais garantir via Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego] e por meio do empreendedorismo, o sonho da pessoa de ter seu próprio negócio. O grande desafio foi realizar esse sonho da redução da desigualdade."
Após a entrevista, a candidata viajou para Aparecida, em São Paulo, onde participa nesta noite, ao lado dos demais postulantes à Presidência, de debate promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/153697/Dilma-defende-Muda-Mais-e-comercial-sobre-BC.htm

PSB soube da transação irregular de avião 2 dias após morte de Campos

Jornal GGN - Reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta terça-feira (16) aponta que o PSB de Marina Silva soube da transação irregular do avião que levava Eduardo Campos e mais seis pessoas apenas dois dias após o acidente fatal no litoral paulista, em 13 de agosto. O partido havia informado à imprensa, em comunicado oficial, que ficou “alheio” à negociação de compra do equipamento, que atravessa um imbróglio que pode prejudicar a prestação de contas do PSB ao Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com o periódico, dois dias depois da queda do jato Cessna, dirigentes pessebistas foram chamados a uma reunião num hotel de São Paulo com Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Luiz Piauhylino. Na ocasião, os empresários explicaram que a legenda teria problemas para declarar as despesas com a aeronave ao TSE. O motivo explicado era a “transação irregular”, segundo afirmou ao jornal um dos participantes da reunião.
Os empresários teriam detalhado a dirigentes do PSB que estavam pagando parcelas do jato comprado da AF Andrade, “mas que a transferência da propriedade não estava concretizada porque a Cessna Finance não tinha aprovado as garantias oferecidas por Lyra e Apolo. Com isso, afirmaram, não seria uma tarefa fácil resolver as pendências relacionadas à regularização da aeronave, e o partido deveria se preparar para enfrentar questionamentos sobre a legalidade do uso do avião e da operação de compra”, informa O Globo.
Duas semanas após o encontro, o PSB sustentou que não tinha conhecimento dos detalhes da compra. O candidato a vice-presidente ao lado de Marina Silva, Beto Albuquerque, chegou a dizer que a sigla não deve satisfações sobre a transação irregular. Segundo ele, quando você pega carona em um táxi, você não pergunta ao motorista se os documentos estão todos em dia.
Ainda de acordo com a reportagem, Eduardo Campos passou a ser cobrado pelo contrato de aluguel ou empréstimo da aeronave quando o uso dela foi intensificado, já durante a campanha oficial. Há relatos de uso do jato em maio, na pré-campaha. “Está tudo bem”, “está tudo sob controle”, “fiquem tranquilos”, respondia sempre que abordado sobre o tema, segundo relato de dirigentes do partido ao O Globo.
Após mais de um mês da tragédia que matou o presidenciável, o PSB ainda não conseguiu resolver a questão. A aeronave não foi declarada na segunda prestação parcial de contas de Eduardo Campos enviada à Justiça Eleitoral no dia 3, nem na do comitê financeiro da campanha presidencial. Marina disse que se tratava de “um empréstimo que seria ressarcido pelo comitê financeiro”. Não ocorreu até agora. 
http://jornalggn.com.br/noticia/psb-soube-da-transacao-irregular-de-aviao-2-dias-apos-morte-de-campos

SITE MUDA MAIS ACUSA MARINA SILVA DE CENSURA

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Em nota publicada nesta noite, o site Muda Mais, coordenado pelo jornalista Franklin Martins, reage à decisão judicial que determinada sua retirada do ar e acusa a candidata Marina Silva, do PSB, de censura; "Fomos pegos de surpresa com a postura de Marina Silva e sua tentativa de censura ao Muda Mais", diz o texto; "Marina precisa entender que na democracia ninguém fala sozinho. Tentar calar o Muda Mais é tentar calar o debate político"; hashtag #MarinaCensura bomba no Twitter

247 - O site Muda Mais, coordenado pelo jornalista Franklin Martins, acaba de divulgar uma nota sobre a decisão judicial que determina sua retirada do ar. Leia abaixo:
Marina foge do debate e quer calar o Muda Mais
O Muda Mais acredita que o amplo debate de ideias, posicionamentos e propostas é crucial para a democracia. Acreditamos também que a internet é o meio mais democrático e criativo de fazer o debate politico eleitoral. É o canal de comunicação que quebrou o monólogo da grande mídia, permitindo a milhares de pessoas que expusessem suas vozes e opiniões, antes abafadas. E esse poder de comunicação digital deve ser usado com discernimento, respeito e compromisso com a verdade.
Por isso mesmo, o Muda Mais sempre teve o caráter de levar o debate para as redes, se baseando na honestidade dos fatos, em uma boa apuração e na checagem das informações que servem ao diálogo franco e aberto. Uma de nossas principais diretrizes é a disputa no campo político entre projetos de país, sem agressões pessoais ou infundadas a ninguém, ataques desrespeitosos ou mentiras. Nossa postura tem sido, inclusive, a de apontar boatos e artificialidades construidas - mesmo quando elas agem em benefício da nossa candidata. 
Temos lado, e sempre deixamos isso claro: defendemos, baseados em informações verdadeiras, o projeto de país em que acreditamos, e apontamos as incongruências dos projetos de nossos adversários. Esse foi o tipo de debate que estabelecemos com Aécio, com Eduardo Campos e, agora, com Marina Silva.
Fomos pegos de surpresa com a postura de Marina Silva e sua tentativa de censura ao Muda Mais. Justamente da candidata que afirma ser representante da nova política, que fala em democratizar o debate público e que, assim como Dilma,  tem na internet um importante espaço de participação. Foi, no entanto, justamente Marina Silva quem deu uma prova de que não quer o debate, ao entrar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido para retirada do Muda Mais do ar.
Vamos proceder à defesa jurídica de todos os pontos que foram questionados, e não vamos deixar que posturas anti-democráticas nos calem. É importante que todos saibam, inclusive nossos adversários: não se cala a internet - a produção, o  acesso a informações na web e seu caráter democrático . O Muda Mais carrega em si o espírito da rede. Não se cala a verdade, ela vai continuar circulando pela Internet, entre os militantes e entre aqueles que reconhecem a revolução social que o Brasil trilhou nos últimos 12 anos, sob os governos de Lula e Dilma.
Vamos continuar fazendo o contraponto na política. Marina precisa entender que na democracia ninguém fala sozinho. Tentar calar o Muda Mais é tentar calar o debate político.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/153688/Site-Muda-Mais-acusa-Marina-Silva-de-censura.htm

PGR quer proibir críticas de Dilma ao BC independente de Marina


 
Em geral regrado, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot avançou além das chinelas ao deduzir que a crítica à proposta de Marina Silva, de Banco Central independente, configuraria alguma forma de terrorismo.
 
A independência do BC é uma discussão mundial, diretamente ligada à questão da apropriação da política econômica pelo mercado - que está na raiz da grande crise de 2008. A questão da apropriação das agências reguladoras pelo mercado é tema recorrente na literatura econômica mundial.
 
A campanha de Marina poderá alegar que, com Lula, o mercado tomou conta do BC. E, com Dilma, nenhum dos dogmas de mercado foi arranhado. Há amplo espaço para críticas recíprocas que ajudem a trazer mais luz sobre um dos temas centrais da discussão política e econômia mundiais.
 
Impedir a discussão sobre independência de BC mata uma oportunidade única de dar visibilidade ao tema.
 
Do Estado de S. Paulo
 
 
Por Ricardo Brito
 
Foco do procurador-geral Eleitoral são inserções com ataques à proposta de autonomia do Banco Central defendida pela candidata do PSB
 
O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, defendeu a suspensão das propagandas veiculadas pela campanha da presidente Dilma Rousseff que criticam a proposta da adversária Marina Silva de conceder autonomia operacional ao Banco Central (BC). Em parecer encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira, Janot considerou as peças irregulares ao reconhecer que eles pretendem criar "artificialmente na opinião pública estados mentais, emocionais ou passionais". Tal conduta é proibida pelo Código Eleitoral. A manifestação de Janot pode ser acatada pelo TSE no julgamento do mérito das três ações da campanha de Marina que questionaram a propaganda. O caso deve ser analisado nos próximos dias.
 
Os advogados da candidata do PSB recorreram na semana passada ao tribunal contra a campanha sob a alegação de que a chapa de Dilma pratica "verdadeiro estelionato eleitoral" ao distorcer a proposta da adversária, uma vez que induz à percepção de que os bancos seriam os responsáveis pela condução da política de controle de juros e de inflação. Os advogados da candidata do PSB sustentam que a propaganda cria uma "cenário de horror" com a implantação da autonomia do BC ao chegar ao "absurdo terrorismo" de que a medida esvaziaria os poderes do presidente da República e do Congresso.
 
A propaganda, que foi ao ar nos dias 9, 11 e 12 de setembro e também em inserções durante o dia, mostra uma família sentada ao redor de uma mesa de refeição e mostra a comida sendo retirada aos poucos dos comensais à medida que um narrador fala das supostas consequências da autonomia do BC. Na semana passada, o TSE negou três pedidos de liminares apresentados pela defesa de Marina para suspender a propaganda. Contudo, Rodrigo Janot é a favor que o tribunal impeça a veiculação da campanha no julgamento do mérito.
 
"A cena criada na propaganda impugnada é forte e controvertida, ao promover, de forma dramática, elo entre a proposta de autonomia ao Banco Central e quadro aparente de grande recessão, com graves perdas econômicas para as famílias", afirmam os pareceres de Janot. Para ele, é inquestionável que a crítica meramente política é inerente à campanha eleitoral e constitui típico discurso de embate. "Seus limites, entretanto, não podem ser ultrapassados, a ponto de criar um cenário ad terrorem ou tendencioso, apto a gerar estados emocionais desapegados de experiência real", completaram.
 
Rodrigo Janot, que também é procurador-geral da República, manifestou-se contrariamente a outro pedido da chapa de Marina: conceder direitos de resposta à candidata do PSB no horário eleitoral reservado à campanha de Dilma. Para Janot, as peças não prejudicaram a candidatura de Marina. Ele disse que "a afirmação, ainda que controvertida, se insere no contexto de opinião pessoal acerca de um plano de governo" e que a visão de que a autonomia do BC signifique a entrega aos banqueiros de um grande poder de decisão sobre a vida das pessoas "não constitui inverdade flagrante, apta a ensejar direito de resposta".

http://jornalggn.com.br/noticia/pgr-quer-proibir-criticas-de-dilma-ao-bc-independente-de-marina

A Insustentável Leveza de Marina, por André Calixtre


marina de branco
Artigo do Brasil Debate
Por André Calixtre*
No plano simbólico, a candidatura de Marina tem-se valido de sua história absolutamente fantástica de vida para seduzir o eleitor dos grandes centros urbanos brasileiros.
Busca trazer os povos da floresta amazônica para o centro do debate da política, cuja estrutura de poder “não coercitivo”, apontada nos estudos clássicos de Pierre Clastres nas décadas de 1960 e 1970, sobreviveu como modo de vida em constante conflito com a modernização conservadora promovida pelo “poder coercitivo” (tipicamente ocidental) do regime militar.
Assim como Lula soube projetar sua marcante experiência da origem sertaneja nordestina para o centro da industrialização paulistana e mover um dos maiores processos de desenvolvimento econômico de nossa história recente – como recentemente publicou Eliane Brum em um instigante artigo sobre as diferentes trajetórias simbólicas de Lula e Marina –, a trajetória simbólica de Marina está sendo oferecida ao eleitor como o substrato de uma “Nova Política”, em contraponto à continuidade do legado de Lula.
Legado este que por Lula foi depositado em outra trajetória de vida que é Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar o posto máximo de comando da nação.
A projeção de Marina dá-se sobre a leveza do povo da floresta, capaz de subverter valores duros da sociedade ocidental pautada pelo poder coercitivo e cognitivo do valor, cujo caráter está presente em tal ordem nos grandes centros urbanos que se apresenta como leis imutáveis, tão imutáveis que parecem suprimir as possibilidades libertadoras da vida urbano-industrial.
O modo generoso de Marina se apresenta como uma verdadeira ilusão ao eleitor dessas classes médias, negando conflitos internos de uma sociedade tipicamente capitalista para, como um cacique, resolver o destino de todos sem a inexorável necessidade de comando e obediência. Abusando mais de Milan Kundera, Marina é puro kitsch.
O paradoxo que rompe a leveza de Marina é que ela trouxe Clastres para o centro da política, mas ele não veio sozinho, chegou acompanhado de Adam Smith.
A inconsistência que considero mais importante na plataforma de Marina é a combinação entre aprofundamento do Estado de Bem-Estar com o exótico encontro entre a antropologia da “Sociedade contra o Estado” com a apologia da infalibilidade do mundo privado mercantil para produzir uma ação política efetivamente transformadora.
Essa incongruência aflora especialmente na parte econômica do programa de governo marinista, quando se define o Estado como antígeno da Sociedade – o cerne do pensamento liberal, cujas consequências inviabilizam a execução de um programa de governo dito progressista na questão social.
Por o Estado ser considerado “fora” da sociedade, a realização social seria refratária às instituições estatais, estabelecendo um caminho de permanente desmonte destas últimas.
O problema é que subjacente a essa separação está a economia de mercado – sempre operando para gerar desigualdades, cuja condição periférica da especificidade brasileira torna essa dinâmica ainda mais concentradora e excludente.
A visão neoliberal contaminou pontos fundamentais do programa de Marina. Na política externa, adere-se a uma perspectiva burocrática, estamental, da “diplomacia não ideológica”, um mito conservador mesmo para os tempos do Barão, tão velho quanto a formação do Estado brasileiro.
A negar mecanismos permanentes de consulta à sociedade civil, como a proposta do Conselho de Política Externa, Marina enterrou qualquer perspectiva modernizadora da política externa. Nas relações de trabalho, o apoio ao discurso das terceirizações está alinhado às demandas históricas do empresariado de desmonte branco da Consolidação das Leis Trabalhistas, e muitos outros pontos.
O aceno de Marina feito aos mercados, portanto, não se resume à política macroeconômica – foi muito além –, atingiu a visão de mundo da candidatura, a visão liberal de mundo. Leitora que é de Hannah Arendt, Marina deveria ter percebido que essa confluência liberal é exatamente o motor da desconstrução do espaço da Ação pelo avanço indiscriminado do Trabalho (como fetiche), aquilo que Arendt nomeou “artificialização do mundo”.
A “Nova Política”, que deveria ser uma leitura de Marina inspirada nos autores críticos da democracia liberal, como Arendt e Zygmunt Bauman, consistiria no reposicionamento do homem no centro da Ação, deslocando a sua face artificial e fetichista criada pela sociedade do valor. O antagonismo do campo político de Marina aponta para o inverso disso.
O liberalismo, ao abandonar a sociedade à própria sorte do mercado e ao privatizar persistentemente as esferas públicas de sociabilidade, tem o papel histórico de reforçar o deslocamento entre homem político e homem mercadoria, portanto de corroer as bases de um novo encontro da política.
Paradoxalmente, a ideologia máxima do liberal está em acreditar que a sociedade de mercado seria essencialmente igualitária, como se a introdução do antígeno Estado provocasse, sempre, distorções, sendo válida apenas quando na ausência do mercado, nas condições em que a presença do Estado torna-se um “mal necessário”.
O Estado, na “Nova Política”, deveria ser peça central da transformação do homem, desmercantilizando necessidades coletivas e deslocando-as para fora do circuito da acumulação.
Essa perspectiva – que foi abraçada com todas as forças pelo pensamento social-democrata e formou a base de nossa Constituição Federal de 1988 – está também presente em setores progressistas do ambientalismo, apoiadores de Marina, que veem em sua candidatura a possibilidade de expandir direitos coletivos socioambientais.
Nada mais justo; no entanto, a adesão ao liberalismo em sua radicalidade destruirá esses direitos, pois se perde o Estado, único instrumento capaz de dirigir o processo de ascensão civilizacional ante a barbárie do mercado. Smith é o algoz de Clastres.
* André Calixtre é mestre em Economia Social do Trabalho e doutorando em História Econômica, ambos pelo programa de Desenvolvimento Econômico do Instituto de Economia da Unicamp
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http://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/a-insustentavel-leveza-de-marina-por-andre-calixtre

Banco Central, democracia e independência, por Kerche e Feres


Por Fábio Kerche e João Feres Júnior
Um dos pontos mais controversos do programa de governo da candidata Marina é a proposta de independência do Banco Central. A ideia, embora não detalhada, é que a autonomia assegurada pelos governos petistas não seria suficiente para proteger os diretores da instituição contra ingerências políticas dos governantes. A solução seria uma independência institucionalizada, garantindo mandatos aos diretores e ao presidente do BC.
A campanha da presidente Dilma faz duras críticas à ideia. O argumento é que um Banco Central independente retiraria questões importantes como a taxa de juros da influência dos atores eleitos, transferindo esse poder para “técnicos” pouco accountable e que isso interessaria aos banqueiros e aos especuladores.
Para completar esse debate, alguns articulistas escreveram que a candidatura do PT não poderia criticar a proposta de Marina porque o presidente Lula teve como presidente do Banco Central um ex-banqueiro, Henrique Meirelles e que, de alguma forma, PT e Marina não seriam tão diferentes assim.
Os jornalistas estão errados. O fato de um banqueiro ter assumido a presidência do BC no governo Lula não é a mesma coisa do que um banqueiro (ou mesmo um cidadão qualquer) assumi-la em um hipotético governo Marina. A diferença entre autonomia e independência no mundo da política não é apenas uma questão semântica, mas de concepções diversas da democracia e do papel do Estado. Senão, vejamos.
Em Estados complexos, é comum observar agências com um alto grau de autonomia frente aos políticos eleitos. Tal delegação de tarefas e de responsabilidades, geralmente, é uma tentativa de proteger esses atores de interesses políticos momentâneos e de grupos de interesse, ou de garantir mais agilidade nas decisões. Mas delegação não é o mesmo que abdicação. Ou seja, os políticos eleitos delegam poderes, mas não necessariamente abrem mão de todas as formas de controle sobre esses agentes. O fato de não haver uma interferência cotidiana por parte dos políticos em uma agência autônoma, não significa, necessariamente, que ela seja independente. A não interferência pode ser justamente porque os atores não-eleitos estão observando as orientações dos políticos. Nesse caso, por que interferir?
A possibilidade de demissão é um dos mais importantes instrumentos de controle por parte dos políticos em relação às agências com alto grau de autonomia. O temor de perder o cargo é um forte incentivo para que o dirigente de uma instituição autônoma observe os desejos daquele que o indicou e que pode demiti-lo. O fato de um ator possuir mandato marca bem a diferença entre autonomia e independência.
Voltemos ao caso Meirelles. O presidente Lula indicou o ex-banqueiro para presidente do Banco Central e poderia demiti-lo quando o assim o desejasse. O fato de não tê-lo feito, significa que as decisões foram tomadas em sintonia com os desejos do ex-presidente da República. Lula não precisava interferir cotidianamente nas decisões do BC, garantindo autonomia, mas em caso de profundo descontentamento, poderia fazê-lo. O presidente da república é accountable pelas decisões do Banco Central, porque, em última instância, foi sua responsabilidade manter a diretoria da instituição.
Em um modelo como o proposto por Marina, não é racional que o presidente do BC se preocupe com o presidente da República, Congresso e, no limite, com os eleitores. Assim, a sociedade brasileira estaria sujeita às políticas do presidente do banco central até o final do seu mandato, e isso a despeito da economia estar sendo bem ou mal conduzida. O político eleito, quando desagrada seus eleitores, perde a próxima eleição. Já o presidente do Banco Central, nesse caso, não teria que prestar satisfações a ninguém.
Há uma razão muito importante para manter o controle do presidente eleito sobre o presidente do Banco Central, não eleito. O mercado financeiro, os grandes bancos privados, as grandes empresas e o poder econômico em geral têm grande interesse nas políticas do Banco Central.
Esse interesse não raro difere daquele da maioria da população. A finalidade máxima de um agente de mercado é maximizar seu lucro, e isso é natural, já a do Banco Central é gerir a economia de maneira benéfica para a população brasileira. Não bastasse isso, o poder econômico tem muitos caminhos para fazer representar seus interesses frente aos Estado e a seus agentes: lobbies, pressão sobre políticos e funcionários públicos, entidades de classe e negociações diretas com o Estado. O cidadão comum, contudo, tem menos instrumentos,  e é por isso que os políticos eleitos são tão importantes para representar seus interesses. Retirar dos cidadãos esse canal de controle sobre uma agência pública crucial para o funcionamento do país é um duro golpe contra a democracia.
O programa de Marina é recheado de palavras de ordem em prol da melhoria da qualidade da representação e da accountability. Medidas concretas como a independência do Branco Central, contudo, vão em sentido diametralmente contrário.
Fábio Kerche é mestre e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo
João Feres Junior é cientista político e coordenador do Manchetômetro

http://jornalggn.com.br/noticia/banco-central-democracia-e-independencia-por-kerche-e-feres

Neca Setubal e a despolitização das eleições


Um dos fenomenos que marcaram a eleição presidencial passada foi o estranho papel que a filha de José Serra desempenhou. Ela não disputava nenhum cargo eletivo e mesmo assim acabou sendo colocada no centro da disputa e sua vida pessoal foi intensamente discutida pelos jornalistas. Ela também foi muito usada pelo candidato tucano em sua propaganda eleitoral.
O mesmo fenômeno se repete este ano, mas a pessoa colocada no centro da disputa foi a herdeira do Banco Itaú. Neca Setubal não esconde seu apoio a Marina Silva e faz questão de ser filmada e fotografada ao lado de sua candidata. Ela é atacada pelos adversários da candidata do PSB e defendida na grande imprensa por vários jornalistas influentes.
É assim que a eleição perde o foco. Ao invés de discutir as propostas dos candidatos os eleitores são levados a debater a vida privada de pessoas ligadas aos mesmos que são irrelevantes do ponto de vista eleitoral. Rapidamente o Pré-Sal, reserva de petróleo que poderá financiar a educação das gerações futuras de brasileiros, se torna um assunto menos importante do que a roupa que Neca Setubal usou, o que ela disse ou por que foi injustamente atacada.
A política externa raramente é tema das eleições. E no entanto deveria ser do interesse de todos os brasileiros, já que o que o Brasil faz no exterior afeta ou pode afetar diretamente as vidas das pessoas comuns dentro do país. A motivação pessoal ou empresarial que levou Neca Setubal a apoiar Marina Silva é bem menos importante para o futuro dos brasileiros do que a preservação do Mercosul, o aprofundamento das relações do Brasil com os países que compõe o BRICS e a estratégia brasileira para equilibrar as relações mundiais de poder valorizando o multilateralismo e as soluções negociadas dos conflitos internacionais.
Os brasileiros não deveriam ter sido convocados a decidir sobre a vida pessoal da filha de José Serra nas últimas eleições. Afinal, assim como foi elevada a condição de tema eleitoral ela desapareceu da cena pública e política nos 4 anos subsequentes. Nestas eleições não deveríamos ser conduzidos a debater a vida privada de Neca Setubal. Afinal, ela somente será notícia nos próximos anos se o Itaú falir e ela for obrigada a responder pela dívida fiscal do Banco com seu patrimônio pessoal (algo muito improvável).
A Política diz respeito ao bem estar público. Os interesses privados das pessoas ligadas aos candidatos deveriam ser considerados irrelevantes nas disputas eleitorais exceto quando forem capazes de produzir danos ao patrimônio público.  No entanto, por força da guerra de palavras os atores secundários das disputas eleitorais acabam quase sempre dificultando a discussão sobre os temas de interesse geral.
Neca Setubal se elevou à condição de tema eleitoral ao aparecer ostensivamente ao lado de Marina Silva, cuja campanha parece estar financiando. É justo que seus motivos sejam questionados. É injusto, porém, que a dona do Itaú seja transformada num item da disputa eleitoral mais importante do que o Pré-Sal e do que a política externa brasileira.
O Itaú é e continuará sendo apenas um pequeno Banco perto da Petrobras, empresa que tem tudo para se transformar na maior companhia mundial do seu ramo nos próximos anos caso o Pré-Sal brasileiro não seja entregue à exploração das empresas multinacionais (Aécio Neves) ou tenha sua exploração interrompida (Marina Silva). Os interesses econômicos internos ligados à atual política externa do Brasil são de longe muito mais importantes do que a roupa ou a saúde financeira de Neca Setubal e os lucros do pequeno Banco dela.
Desviar a atenção dos 140 milhões de eleitores brasileiros destas duas questões públicas (petróleo e política externa) para a vida privada irrelevante de Neca Setubal é uma excelente maneira de reduzir a Política nas eleições presidenciais. Quem ganha algo fazendo isto e por que? Esta meus caros é a verdadeira pergunta.


P.S Luis S

Sofisma novo

Exceto que ninguem falou da roupa dela em nenhum lugar relevante. O autor do texto ou inventa ou da destaque a algum comentario menor como se fosse a regra e ai sai a atacar o exemplo escolhido a dedo. E' uma das muitas formas de manipular um debate: coloca palavras nao-ditas na boca do outro e ai critica o que nao foi dito.
E o texto vai mais uma vez atras da estrategia de 'vitimizacao'. (Nao vou nem comentar o ridiculo de que nao se devia haver discutido o tema da filha do Serra - suspeita de corrupcao - na campanha anterior)
Neca Setubal pode apoiar quem quiser. Seja como educadora, seja como banqueira. Entretanto, quando ela toma papel de relevancia central numa candidatura que pretende dar independencia ao Banco Central - favorecendo entre outros o Banco de que e' herdeira - entao ela se abre para este tipo de questionamento.
E nao adianta dizer que nunca participou da administracao do Itau, porque TODA A SUA RENDA vem dos resultados do banco e portanto, administradora ou nao, seus interesses estao permanentemente vinculados aos da empresa.
Alem disso, o problema nao e' ela. Ou apenas ela. Ela e' apenas mais um exemplo do grupo de empresarios que apoia Marina - todos com interesses comerciais claramente atendidos pelas propostas da candidata.
O apoio e' legitimo. Mas a critica ao apoio tambem e'. Querer fazer-se de coitadinho, pelo jeito, e' contagioso e ha uma epidemia na ala marineira...
http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/neca-setubal-e-a-despolitizacao-das-eleicoes-por-fabio-de-oliveira-ribeiro