terça-feira, 20 de setembro de 2011

Maria do Rosário fala sobre a comissão da verdade


"Foi-se o tempo em que políticas sociais não deviam ter monitoramento e resultados objetivos"

 

Em entrevista exclusiva, a ministra Maria do Rosário, titular da Secretaria dos Direitos Humanos, fala sobre a Comissão da Verdade

 
Juliana Dal Piva

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A gaúcha de Veranópolis chegou ao primeiro escalão do Palácio do Planalto pisando firme e com sotaque carregado. No comando da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, 44 anos, trouxe consigo mais de 20 anos de experiência na luta contra a exploração sexual infantil, além de sua atuação na Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Vai precisar dessa bagagem. Depois de eleita deputada federal pelo Rio Grande do Sul pela terceira vez, assumiu a pasta com a difícil tarefa de tocar a criação da Comissão da Verdade.

Encontrou dificuldades nos dois extremos: de um lado, militares tentando impor limitações jurídicas ao projeto e, de outro, os familiares das vítimas lutando para ampliar o alcance da Comissão. A poucos dias da possível votação do projeto, ficou no meio do caminho.

“A resistência ao projeto como está não contribui para o avanço da matéria”, disse a ISTOE. Mesmo assim, avisa que as pessoas poderão se surpreender com o poder que a Comissão terá. De tudo o que pretende realizar a frente da SDH, Maria do Rosário elege sua principal meta: fazer a população entender que direitos humanos não é salvo-conduto para a ação dos bandidos.

ISTOÉ – O projeto da Comissão da Verdade que será votado é aquele que a senhora gostaria de ver aprovado?

Maria do Rosário - Desde 1995, temos uma comissão aqui na secretaria que fez um reconhecimento de todas as pessoas torturadas, mortas e desaparecidas pela ação da ditadura militar, mas ela não teve os instrumentos para ir mais afundo nas circunstâncias dessas mortes. Hoje eu vejo que estamos diante de uma possibilidade singular. A resistência ao projeto como está não contribui para o avanço da matéria, ainda que tenham reivindicações que possam ser consideradas justas. Eu não participei da redação, mas as pessoas podem se surpreender com o poder que terá essa comissão para buscar a verdade e a memória no Brasil. Já a responsabilização criminal, esbarra em outra situação...

ISTOÉ – Na Lei de Anistia?

Maria do Rosário - Sim. E hoje não diz respeito ao Poder Executivo analisá-la. Como governo, eu tenho que desencadear o processo.

ISTOÉ – Então não existe possibilidade de mexer na lei?

Isso diz respeito ao Supremo ou ao próprio parlamento. O instrumento real e possível, que dá um passo muito significativo, é a aprovação da Comissão da Verdade. O futuro será estabelecido pelo Supremo, pelo parlamento e pela própria Comissão da Verdade.

ISTOÉ – Com a troca de ministros na Defesa, o processo ficou mais lento?

Maria do Rosário - Eu conversei com o Celso Amorim e ele me relatou que a construção da comissão com as diversas áreas das Forças Armadas está bem resolvida.O Congresso não tem perspectiva de segurar o projeto. O presidente da Câmara, Marco Maia, vai convocar um encontro logo. Então, eu não tenho uma expectativa de prazo, pois o assunto está sendo tratado não como uma questão do governo, mas uma demanda da democracia. Conversei com todos os lideres no Congresso e o ministro Nelson Jobim também tinha feito esse trabalho. Fizemos tudo de forma integrada, sem hierarquia.

ISTOÉ – Sua relação com Nelson Jobim era difícil?

Maria do Rosário - Era de respeito. Eu cheguei aqui para fazer um trabalho e ele tinha o dele. Não concordo com as declarações que ele deu [sobre as ministras Gleisi Hoffman e Ideli Salvatti, mas isso não apaga as contribuições que ele deu ao Brasil.

ISTOÉ – E a chegada de Celso Amorim?

Maria do Rosário - Acredito que se mantivermos a mesma base de relação que tínhamos, será respeitosa, porque eu não escolho ministro. Quem escolhe é a presidente Dilma. Eu trabalho com a equipe que ela escolheu. Todos trabalhamos para ela e para o Brasil, mas tenho apreço pelo Celso Amorim.

ISTOÉ – Recentemente a Secretaria elaborou um relatório sobre exploração sexual infantil baseado no Disque Direitos Humanos, o Disque 100. É um pedido da presidenta?

Maria do Rosário - Todas as denúncias que chegam orientam a formulação das políticas nacionais e o direcionamento das ações nos Estados. O mapeamento é parte de um diagnóstico que nós estamos fazendo para definir as políticas públicas do próximo período. A presidenta tem prioridade no tratamento da violência contra criança.

ISTOÉ – Cerca de 70% das denúncias estão concentradas nas sedes da Copa. O que a Secretaria fará quanto a isso?

Maria do Rosário - Faremos um trabalho nacional, mas entre as situações de vulnerabilidade que vamos tratar estão justamente também cidades onde haverá grandes eventos.Estamos fazendo uma agenda especifica, com trabalho integrado à Casa Civil. Eu só não posso te apresentar o programa já concluído, mas estamos trabalhando nele para o próximo período.

ISTOÉ – Qual é o próximo passo?

Maria do Rosário - Estamos trabalhando fortemente para garantir que os Conselhos Tutelares sejam eficientes e que os conselheiros tenham apoio de políticas públicas. Vamos articular essas ações em contato com municípios e estados. Nós estamos criando escolas voltadas para a formação de conselheiros em 15 estados, mas queremos chegar a todo o País.

ISTOÉ – Existe a previsão de projetar um banco de DNA de criminosos para crimes sexuais?Maria do Rosário - Não avançamos nesse sentido e não temos isso no diagnóstico.

ISTOÉ – A senhora tem conhecimento dos casos de desaparecimento ou sequestros relacionados a crimes sexuais?

Maria do Rosário - É verdade que muitas vezes uma criança ou adolescente vai para as ruas porque dentro de casa ele vivencia situações de intolerância. Mas também é verdadeiro que em casos de desaparecimento precisamos trabalhar com uma possibilidade real de sequestro dessas crianças. Existe ainda a situação em que ela (a criança) sai de casa por qualquer motivo e na rua cai nas redes criminosas.

ISTOÉ – Esse tipo de desaparecimento está sendo tratado pelo Ministério, então?

Maria do Rosário - Sim, muito. A questão está conectada a exploração sexual e a morte de meninas e meninos no Brasil. É um assunto tão importante que há algumas semanas lançamos uma portaria que instaurou o Comitê Nacional de Crianças Desaparecidas. Essa rede é responsável por formular políticas eficientes, nossa base de dados tem que ser única. Temos dificuldades no preenchimento de informações por parte dos Estados e muitas diferenças na forma como cada Estado configura as situações de desaparecimento e exploração sexual. Queremos organizar uma reunião com todos os secretários de Segurança Pública de todo o Brasil para tratarmos esse problema e ao mesmo tempo instalar um protocolo único para que saúde, polícia, assistência social e conselho tutelar, enfim, para que todos possam analisar o que é uma situação de desaparecimento, o que é uma situação de exploração sexual e quando uma questão se transforma na outra.


ISTOÉ – A senhora tem conhecimento de que muitos casos não são sequer relatados como exploração sexual e aparecem apenas como desaparecidos?

Maria do Rosário - Eu tenho que concordar que a notificação é precária. Como ministra posso dizer que nosso cadastro nacional dos desaparecidos ainda não funcionou. E que o nosso desafio é requalificar imediatamente o instrumento, remeter aos Estados para preenchimento para conseguirmos investigar o desaparecimento das crianças como a lei diz e para além das fronteiras.Esse crime tem um viés de gênero inegável.

ISTOÉ – A senhora tem fama de durona nos bastidores. Isso corresponde à realidade?

Maria do Rosário - Ah, que bom (risos). Com os gestores temos que ser firmes mesmo. Foi-se o tempo em que políticas sociais não deviam ter monitoramento e resultados objetivos. Ao fim de cada programa devemos apresentar resultados. Acredito que devemos ter profunda sensibilidade em relação aos que sofrem as violações, mas também é preciso propor a eles que reajam em defesa de seus direitos, sem uma lógica de vitimização permanente, sem tutela. As pessoas precisam ser agentes de mudança de suas próprias vidas. Por isso, procuramos fazer com que as vítimas estejam integradas e nós temos que oferecer o apoio necessário para elas serem agentes dessa transformação.

ISTOÉ – Como é a sua relação com Dilma?

Maria do Rosário - A presidenta é exigente e eu considero isso uma virtude. Ela não aceita programas que não tenhamos absoluta condição de resolver. Ou seja, não podemos só falar. É a cobrança dela. No entanto, a presidenta tem destacado que a nossa pasta é uma pasta articuladora. Isso tem possibilitado ações de governo para que todos os ministérios tenham as portas abertas para nós. O fato de a ministra Gleisi ter assumido a Casa Civil está sendo muito importante. Há uma proximidade maior, não que não existisse antes, mas é que a ministra faz parte desse trabalho. Para ter ideia, a ministra Gleisi vai participar das reuniões de Conselho junto conosco no próximo período.


ISTOÉ – Ministra, a senhora já se posicionou a favor da aprovação da PEC 438 que confisca terras onde for constatado trabalho escravo. O que trava a aprovação?

Maria do Rosário - Sinceramente, o que trava hoje essa aprovação é a bancada ruralista. Mas podemos ter uma mudança de postura, inclusive para que esta bancada livre-se da pecha de ser a bancada do trabalho escravo. A presidenta destacou isso. Agora, está nas mãos do parlamento. Eu sou favorável e já conversei até com o setor ruralista. O agronegócio não deve confundir sua atuação com o trabalho escravo.

ISTOÉ – Qual será seu maior desafio a frente da SDH?

Maria do Rosário - Existe uma necessidade do País não perceber direitos humanos como “coisa de bandido”. Essa é a construção do senso comum. Queremos colocar os direitos humanos como um princípio civilizatório, um direito de todas as pessoas. É fundamental para o Brasil perceber os direitos humanos em todas as camadas para uma melhor inclusão e integração social. Só assim entenderemos a violência banalizada do nosso cotidiano.

ISTOÉ – Como fazer isso?

Mobilizando todos os segmentos com os quais nós trabalhamos, todos os fóruns e a própria sociedade mais diretamente através de seus conselhos.
Nós temos vários fóruns, hoje podemos citar 13 fóruns nacionais que são das mais diversas áreas.

ISTOÉ – É sua meta para o mandato?

Maria do Rosário - A meta é de que esses segmentos interajam com a sociedade como um todo, valorizem a participação social e construam os direitos humanos como direito de todos e todas. Se isso se der no plano conceitual, pretendo depois de quatro anos ter um sistema de proteção integrado no Brasil.

Palestina busca reconhecimento na ONU

 

Entenda o processo, que pode representar uma mudança radical no Oriente Médio


Terra

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A admissão da Palestina como Estado-membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas (ONU) é o principal tema da 66ª edição da Assembleia Geral (AG) da organização, que acontece nesta semana, em Nova York. A votação pode representar uma mudança radical no Oriente Médio, onde há décadas os palestinos buscam o reconhecimento frente aos judeus de Israel, Estado erigido pela ONU após a Segunda Guerra Mundial.

Para que um novo Estado venha compor o quadro de membros da ONU, um representante do candidato deve entregar um requerimento oficializando a candidatura ao Secretário-Geral das Nações Unidas. No presente caso, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, comprometeu-se em entregar o pedido a Ban Ki-Moon no dia 22, segundo dos cinco dias da Assembleia (21, 22, 23, 26 e 27 de setembro). O discurso de Abbas na Assembleia Geral pelo reconhecimento da Palestina está marcado para o dia 23.

Após a entrega, o pedido deve receber o aval do Conselho de Segurança (CS) da ONU, formado pelos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) e pelos dez membros rotativos (atualmente Alemanha, África do Sul, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Colômbia, Gabão, Índia, Líbano, Nigéria e Portugal). Como nas outras decisões importantes que passam pelo CS, a admissão de um novo membro precisa ser aprovada por 9 dos 15 membros, mas não pode ser vetada por nenhum dos cinco membros permanentes. Os Estados têm também a opção de abstenção, que não anula a aprovação dos demais.

Se aprovada pelo CS, a candidatura chega ao quórum da AG, que, após apresentações e discussões, vota sobre o pedido. Considerada uma questão de algo grau de importância, a admissão de um novo Estado-membro requer a maioria qualificada da assembleia, isto é, voto positivo de pelo menos dois terços dos Estados-membros. Atualmente com 193 membros, a maioria qualificada é atualmente atingida com 129 votos.

Caso o pedido seja vetado, a AG ainda pode optar por discutir a questão e enviá-la de volta ao Conselho, requirindo-lhe uma nova apreciação do tema. Embora a AG seja considerada o principal órgão deliberativo da ONU, o CS tem predominância em temas considerados mais sensíveis, geralmente envolvendo guerras ou situações de conflito.

Em julho deste ano, a ONU aceitou o Sudão do Sul como seu 193º membro, poucas semanas depois de o país africano ter aprovada sua separação do Sudão. Na última década, três outros países foram aceitos como Estados-membros da ONU: Timor-Leste e Suíça, em setembro de 2002, e Montenegro, em 2006. Fundada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial, a ONU reúne os membros anualmente na Assembleia Geral.

A ANP espera encontrar no Conselho de Segurança as maiores dificuldades devido ao poder de veto dos Estados Unidos, que têm mantido a política de solução do conflito na Palestina através do diálogo com Israel. Atualmente, a Palestina participa da ONU com uma missão permanente de membro observador.

Coro dos descontentes

Em discurso transmitido pela televisão em Ramallah, o presidente palestino Mahmoud Abbas prometeu levar adiante o pedido de adesão do Estado da Palestina à ONU no dia 23 de setembro. "Após meu discurso (na Assembleia Geral), apresentarei o pedido de adesão ao secretário-geral para que o transmita ao presidente do Conselho de Segurança", disse o líder palestino na última sexta-feira. Abbas espera o reconhecimento do Estado no território definido pelas fronteiras anteriores à guerra de 1967, tendo Jerusalém Oriental como capital.

No entanto, a população nas principais cidades da Cisjordânia, Ramallah e Belém, ainda não sabe como a iniciativa do governo deve afetar a vida cotidiana. "Com certeza ficaríamos felizes de ter um Estado reconhecido na ONU, mas acho que na prática não mudaria em nada", disse Ahmad Z. (os entrevistados preferiram preservar seus sobrenomes), 22 anos, estudante de Direito da Universidade de Birzeit, em Ramalah. "Não resolveríamos o problema da ocupação israelense nos territórios palestinos e o direito de retorno dos refugiados", completou Ahmad. Sua colega Reen M., 23 anos, diz que não apoia a iniciativa do presidente. "Somente um grupo específico saírá ganhando com este passo. A maioria das pessoas vai sofrer mais com o aumento da crise econômica", disse a jovem muçulmana com um véu azul.

Já o estudante de Engenharia, Saad O., 23 anos, diz que ainda não sabe se é contra ou a favor da proposta, pois não recebeu informação suficiente da Autoridade Palestina (AP). Todos os dias ele se desloca de Jerusalém Oriental a Ramallah para ir às aulas no campus de Birzeit, e reclama que "sua vida já está ficando pior". "Levamos mais tempo para cruzar o check-point, porque há mais controle", diz. No sábado, o exército israelense aumentou a segurança na área entre a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Segundo a Rádio de Israel, uma força adicional de 1.500 soldados foi distribuída para prevenir atritos entre os palestinos e israelenses em assentamentos.

Em Belém, a população também tem dúvidas. O taxista Mohamed H., 58 anos, está preocupado com a situação econômica e teme que muitos amigos percam o emprego em Jerusalém Oriental. De acordo com o Escritório Central de Estatísticas Palestino (PCBS, na sigla em inglês), em 2009, de um total de 475.500 trabalhadores palestinos assalariados, 262.100 trabalhavam na Cisjordânia, 144.100 em Gaza, 58.500 em Israel e 10.800 em assentamentos judaicos. "E como vai ficar o preço da gasolina? A gente já compra a gasolina de Israel e a Autoridade Palestina joga um imposto em cima para poder se sustentar. É capaz que a gasolina fique ainda mais cara.", diz o taxista.

O diretor do "Centro para Aproximação entre Povos", George Rishmawi, explica que a Autoridade Palestina não detalhou seu plano e esclareceu a população nos últimos meses através de comícios ou mesmo distribuição de folhetos para não acabar com a "margem de manobra política". "Se eles publicassem a agenda, não poderiam mudá-la depois nos bastidores", explicou em seu escritório em Beit Sahour, no subúrbio de Belém.

Em vez de adotar a estratégia de pedir reconhecimento do país no Conselho de Segurança da ONU, onde poderá receber o veto dos Estados Unidos, Abbas ainda pode recorrer à Assembleia Geral.

"Estaremos dispostos a abrir mão do pedido ao Conselho de Segurança se, em troca, os países europeus nos apoiarem na Assembleia Geral", disse o embaixador palestino na Alemanha, Saleh Abdel-Shafi, segundo o jornal Ynet. Neste caso, a Autoridade Palestina poderia obter o reconhecimento como país não-membro, com status de observador.

Economia

Segundo Rishmawi, a AP vive sob pressão para continuar as negociações com Israel. "Se cancelarem o investimento estrangeiro, as importações israelenses e a ajuda financeira dos Estados Unidos através da USAID, eles morrem. Terão que se manter com os impostos locais", afirmou.

O vice-chanceler de Israel, Danny Ayalon, disse ontem em uma Conferência nas Nações Unidas que Israel tem interesse em continuar colaborando para o desenvolvimento econômico palestino, mas esta posição poderia mudar caso os palestinos declarem um Estado de forma unilateral.

"Uma assistência e cooperação futuras podem ser severamente e irreparavelmente comprometidas se a liderança palestina continuar neste caminho de contravenção de todos os acordos assinados, que também regula as relações econômicas entre Israel e a Autoridade Palestina", afirmou Ayalon.

Transparência no voto de deputados opõe PT e PSDB


Transparência no voto de deputados opõe PT e PSDB
 
Foto: FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR

 

 

Projeto pelo voto aberto entre parlamentares em Brasília, para todos os assuntos, será discutido hoje na Câmara; Candido Vacarezza, líder do governo, é contra; à frente do PSDB, Duarte Nogueira é a favor; água e azeite, noite e dia



20 de Setembro de 2011 às 17:50

Evam Sena_247, em Brasília – Sob a iniciativa do PSOL, deputados federais vão lançar amanhã a Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto, que defende o fim das votações secretas para a cassação de parlamentares. O movimento ganhou forças depois que a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi absolvida da cassação pelo Plenário da Câmara.

Apesar de contar com a adesão de 191 deputados, a iniciativa já nasce morta. A Frente vai pressionar para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 349/01, que acaba com o sigilo do voto no Congresso. Engavetada desde 2006 na Câmara, ela já chegou a ser aprovada em primeiro turno, depois do escândalo do mensalão, quando 15 deputados foram alvos de representações no Conselho de Ética. Na época, em voto aberta, a PEC recebeu 383 votos a favor, nenhum contra e duas abstenções.
Para ser aprovada em segundo turno, porém, a PEC precisa receber 3/5 dos votos dos deputados federais, o equivalente a 308. Na cassação de Jaqueline, 451 deputados compareceram à votação secreta, 265 votaram favoráveis à deputada; 166, contra e 20 se abstiveram. Só basta comparar os números.

Segundo Valente, o objetivo principal da frente é mostrar para a sociedade quem são os deputados favoráveis ao voto secreto. Líderes partidários que representam metade dos deputados se dizem favoráveis ao voto aberto para cassações de mandato (PT, DEM, PDT, PPS, PR, PP, PRTB, PSOL e PHS). O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), que inicialmente se posicionou a favor do sigilo, depois anunciou a adesão do partido à frente parlamentar.

Para o líder do governo na Câmara, Candido Vacarezza (PT-SP), o voto secreto evita a pressão de grupos favoráveis ou contrários a cassações. “Não são os eleitores que vão pressionar, mas grupos que querem a cassação”, disse.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que iniciou o movimento, já apresentou requerimento para que a PEC 349/01 seja incluída na pauta, e para isso, deve ser objeto de acordo entre os líderes. A questão é que o que os líderes só orientam, e os deputados é que votam.

Na votação sobre o futuro de Jaqueline Roriz, pesou a favor dela o argumento de que o crime teria sido cometido antes de ela assumir o mandato de deputada federal, em 2011. A deputada foi gravada em vídeo de 2006, recebendo um pacote de dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. Ela disse que o dinheiro foi para caixa 2 de campanha.

A maioria que absolveu Jaqueline, o fez em auto proteção, para não abrir um precedente para cassação por crimes cometidos antes do mandato. Muitos se enxergam no lugar de Jaqueline daqui a alguns anos. A mesma lógica, do “corporativismo”, guiará os deputados na hora de votar a PEC pelo fim do voto secreto. E como a votação da PEC pode ser aberta, ela corre o risco de nem entrar em pauta.
Até hoje, a maioria dos casos de cassação na Câmara dos Deputados foi em épocas de escândalos que mobilizaram toda a opinião pública, como os Anões do Orçamento, em 1993, quando foram cassados 14 deputados, e o Mensalão, quando três deputados perderam seus mandatos.

Entre os convidados para o lançamento da frente parlamentar estão representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

PF desmancha esquema de fraudes em Minas Gerais

                           

PF desmancha esquema de fraudes em Minas Gerais
 
Foto: LUCAS PRATES/Agência Estado

 

 

Fraudes envolvendo a transferência de terras públicas resultaram na demissão do secretário de Estado de Regularização Fundiária de Minas Gerais, Manoel Costa



Por Agência Estado


20 de Setembro de 2011 às 18:59


Agência Estado

A Polícia Federal desmanchou hoje um esquema de fraudes envolvendo a transferência de terras públicas que resultou na demissão do secretário de Estado de Regularização Fundiária de Minas Gerais, Manoel Costa, anunciada hoje à tarde pelo governo mineiro.

Costa e servidores do Instituto de Terras (Iter-MG) são acusados de falsificação de documentos públicos e particulares, falsidade ideológica, corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
O esquema incluía até mesmo estratégia de especular - tarefa a cargo de mineradoras, empresas de exploração florestal, cooperativas de silvicultores e grileiros, que se faziam passar por corretores de imóveis - para valorizar terras públicas que seriam griladas no Norte de Minas. Servidores coniventes legalizavam as terras.

Em nota, o governo de Minas informou que colabora com o Ministério Público e com a Justiça, e vai tomar as medidas necessárias para o ressarcimento de eventuais danos ao tesouro público.

Estudantes baianos cercam Lula, que desconta no PFL

                           

Estudantes baianos cercam Lula, que desconta no PFL
 
Foto:

 

 

"Tem dinheiro para a Copa, mas não tem para a Educação", questionaram os estudantes da UFBA, onde o ex-presidente recebeu o título de doutor honoris causa; Lula preferiu mirar na oposição e disse que é "piada o PFL falar em honestidade"



20 de Setembro de 2011 às 15:47

Victor Longo_Bahia247, com Agência Estado - O presidente Lula já recebeu em Salvador o título de cidadão honoris causa da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas nem tudo são flores durante a visita do hiperpopular ex-presidente à boa terra. Estudantes da UFBA estão na Reitoria da universidade, localizada no bairro do Canela, protestando contra a presença do presidente e reivindicando mais investimento para a educação. Depois de alguns minutos sem conseguir entrar no Salão Nobre da Reitoria, onde Lula recebe a condecoração, os alunos conseguiram driblar a segurança da UFBA e tiveram acesso ao local.

Entre as reivindicações do grupo estão o aumento acervo bibliográfico da Universidade, a reforma da residência universitária do Canela, a abertura imediata da residência universitária de Ondina. Eles pedem também que 10% do PIB sejam destinados à Educação. Além disso, são contrários à privatização dos serviços públicos e exigem mais segurança em todos os campus da universidade. "Já estamos reivindicando há uma semana, mas aproveitamos a presença do presidente para ser ouvidos", disse ao Bahia 247 o estudante de Enfermagem Ruan Vergne, membro do Diretório Acadêmico do curso.

Ainda em Salvador, o ex-presidente comentou as denúncias de corrupção que vêm atingindo ministros e outros colaboradores do governo federal e chamou de "piada" as acusações provenientes da oposição.
Segundo o ex-presidente, a "corrupção só aparece quando é investigada" e a presidente Dilma Rousseff "está correta" na condução dos casos. "Ninguém pense que ficará impune se fizer alguma coisa errada", afirmou. "Se ela souber, ela vai passar a vassoura", brincou.

Para Lula, porém, há casos em que caberia uma defesa mais enérgica por parte dos acusados. "Político tem de ter casco duro", disse, ao se referir à saída do ex-ministro do Turismo, Pedro Novais. "Se o político tremer a cada vez que alguém disser alguma coisa errada dele, se ele não enfrentar a briga para provar que estava certo, as pessoas vão sair (do governo) mesmo."

De acordo com ele, o tema corrupção não deve estar no centro da preocupação do governo. "Eu não me assusto, porque a corrupção passou a ser o único tema da direita do Brasil", acredita. "De repente, você vê o PFL falando em honestidade. Aí, você não sabe se é piada..."
Reportagem: Matheus Morais e Camila Vieira_Bahia 247

Vinte anos nas capas da 'Veja'


 

Selecionamos 123 capas da revista, de 1993 a 2010. Elas formam uma narrativa surpreendente, quase uma história em quadrinhos da história política do período. FHC é o presidente dos sonhos da publicação. Sério, compenetrado e trabalhador, fez uma gestão exemplar e não está para brincadeiras. O ex-metalúrgico, por sua vez, brinca a bola e é um demagogo que merece apenas um chute no traseiro.

O presidente Lula sofreu impeachment em agosto de 2005. Quase ninguém se lembra dele. Era um trapalhão barrigudo, chefe de quadrilha e ignorante.

A história seria assim, se o mundo virtual da revista Veja fosse real. Selecionamos 123 capas da revista, de 1993 a 2010. Elas formam uma narrativa surpreendente, quase uma história em quadrinhos da história política do período. FHC é o presidente dos sonhos da publicação. Sério, compenetrado e trabalhador, fez uma gestão exemplar. O ex-metalúrgico, por sua vez, é um demagogo que merece apenas um chute no traseiro.

A visão de Veja é a visão da extrema direita brasileira. Tem uma tiragem de um milhão de exemplares e é lida por muita gente. Entre seus apreciadores está, surpreendentemente, o governo brasileiro. Este não se cansa de pagar caríssimas páginas de publicidade para uma publicação que o achincalha com um preconceito de classe raras vezes visto na imprensa.

Freud deve explicar. Clique no link abaixo para ver a sequência. Vale a pena.

As capas de Veja

Indícios de calote nas metas da Fundação Roberto Marinho com o Ministério do turismo

Do blog os amigos do presidente Lula



A Fundação Roberto Marinho fez um convênio com o Ministério Turismo, e recebeu R$ 17 milhões dos cofres públicos de 2009 até o primeiro semestre deste ano (confira aqui).

Com o dinheiro, a ONG ligada à TV Globo deveria qualificar 80 mil profissionais, autônomos e estudantes de turismo, gastronomia e hotelaria, em cursos on-line de inglês e espanhol, para a Copa de 2014.



Esse projeto recebeu o nome de Olá, Turista! e já encerrou suas atividades.

No entanto não existe na internet inteira, nem no site da ONG (sem qualquer prestação de contas com transparência), nem nos sites de controle do governo federal, nem no TCU, nenhuma prestação de contas disponível (pelo menos até o momento) para o cidadão saber como esses R$ 17 milhões foram gastos e se de fato foram treinadas 80 mil pessoas, ajudando a combater a corrupção e o desvio do dinheiro público.

Mas o twitter oficial do projeto "Olá, Turista!" traz uma informação alarmante: para quem deveria ter treinado 80 mil pessoas, estava com dificuldades em encontrar guias de turismo que fizeram o curso:


Está na hora da CGU auditar e o TCU examinar com rigor estas contas. E, se confirmadas as suspeitas, exigir o dinheiro de volta aos cofres públicos de convênios se propondo a treinar dezenas de milhares de pessoas, e só treinam uns "gatos pingados".

Após decisão do STJ, provas de quatro operações da PF estão sob forte ameaça



Saiu no Estadão:

 


Defesa de personagens como os ex-governadores José Roberto Arruda (DF) e Pedro Paulo Dias (AP) recorre à Justiça e aponta similaridade com interceptações da Boi Barrica, anuladas pela corte


Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA – Quatro grandes operações da Polícia Federal estão em risco no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão da corte de anular as provas da Operação Boi Barrica fez crescer a mobilização de importantes bancas de advocacia do eixo Rio-São Paulo-Brasília em favor dos réus apanhados nas operações Voucher, Navalha, Mãos Limpas e Caixa de Pandora. Em todos esses casos, já há no STJ recursos nos mesmos moldes do que obteve sucesso e anulou a Boi Barrica.


Entre os personagens acusados de corrupção e desvio de dinheiro público que esperam fulminar as provas obtidas pela Polícia Federal estão os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido), preso na Operação Caixa de Pandora, e do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), apanhado pela Operação Mãos Limpas, além dos envolvidos na Operação Voucher, que derrubou a cúpula do Ministério do Turismo.


“Pedi a anulação de todo o inquérito. A maior prova da inocência do meu cliente (José Roberto Arruda) é que até hoje o Ministério Público não o denunciou”, afirmou o criminalista Nélio Machado. Ele alega vícios no processo, entre os quais grampos ilegais e espera que a jurisprudência do STJ contribua para o descarte das provas. “Toda decisão que reconhece ilegalidade e abuso na coleta de provas gera jurisprudência nova”, enfatizou.


Segundo Machado, Arruda sofreu devassa completa em sua vida, a partir dos grampos ilegais de um criminoso – o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa, delator do esquema conhecido como “mensalão do DEM”. “As demais interceptações estão fora de contexto e derivam de uma prova inicial viciada”, acrescentou. A seu ver, embora não possa fazer analogia com o caso de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), cuja decisão não conhece integralmente, ele disse que “foram violadas as garantias constitucionais” do ex-governador Arruda.


Boi Barrica. No caso da Boi Barrica, os ministros da 6.ª Turma do tribunal consideraram ilegais interceptações telefônicas feitas durante as investigações, o que no entender do STJ contamina as provas contra os réus, entre os quais Fernando Sarney, acusado de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.


Aguardam ansiosos na fila os réus da Operação Voucher, que pôs na cadeia, em agosto, a cúpula do Ministério do Turismo. “A Justiça e a polícia não podem passar por cima da lei e sair ampliando o tempo e o leque de interceptações como se fossem filhotes”, criticou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, que atuou na defesa do ex-secretário executivo do Turismo Frederico Silva da Costa, o Fred, preso e apontado como cabeça do esquema.


O advogado aponta “fraude na interpretação do áudios” de conversa telefônica em que Fred ensina o empresário Fábio de Mello a montar um instituto para receber recursos públicos e ressalta que “o importante é a fachada”.

Navalha
O STJ tinha acabado de confirmar a súmula vinculante: rico não pode ser sequer investigado, quanto mais preso ou algemado.
A súmula foi primeiro escrita, no recesso, quando o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*) deu dois HCs Canguru ao banqueiro condenado Daniel Dantas, no espaço record de 48 horas (um feito comparável aos de Usain Bolt).
De lá para cá, os tribunais superiores parecem confirmar aquela tese notavel de um assessor de Daniel Dantas, registrada no horário nobre do jornal nacional: o problema é na primeira instância, porque lá em cima ele tem “facilidades”.
A notícia do Estadão é um bálsamo para os planos do Padim Pade Cerra para 2014.
Ele sempre quis o Arruda para Vice, como testemunha vídeo inesquecível de Alexandre Maluf Garcia: vote num careca e leve dois.
Depois, o destino o levou para o Álvaro Dias – aquele plagiador do PiG – e o Índio da Costa, que ninguém sabe por onde anda (como se interessasse saber).
Fica então assim combinado.
O STJ fecha a Polícia Federal.
Os criminosos do colarinho branco vão celebrar com um baile no mesmo salão nobre em que o Conjur lança suas edições especiais !
Os criminosos e seus doutos advogados.
Viva o Brasil !


Em tempo: quando a PF do ministro Zé (clique aqui para entender por que o chamam de Zé) Cardozo vai apurar o que aconteceu no Hotel Naoum, em Brasília ? Vai esperar achar o áudio do grampo ? Tá com medo da Veja ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

Preferido de Alckmin, Covas hesita sobre eleição


 

Alexandre Rezende/Folhapress



O governador Geraldo Alckmin tem deixado mais clara nas últimas semanas sua preferência pelo secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, para ser o candidato do PSDB a prefeito no ano que vem.
Um gesto mais aberto em favor de Covas dependerá, no entanto, de o governador e seu entorno sentirem mais "firmeza" da parte do neto de Mário Covas para enfrentar a disputa.

Especialistas em marketing próximos ao PSDB já avaliaram as possibilidades da candidatura do secretário: morou com o avô no Palácio dos Bandeirantes, está à frente de uma pasta bem vista pelo eleitor, segue o perfil "jovem" que tem dado o tom das pré-candidaturas até aqui. "Tem fotos ótimas dele com o avô", adianta um interlocutor.

Mas tudo isso esbarra no fato de que o próprio Covas hesita em aceitar o desafio. Em várias ocasiões, ele demonstra medo de sair para uma disputa que promete ser encarniçada tão cedo --tem 31 anos e a atual passagem pelo secretariado é sua primeira experiência executiva, após um mandato de deputado estadual.

Se Covas demonstrar mais apetite pela candidatura, aliados de Alckmin acreditam que ele deverá agir internamente para mobilizar a cúpula do PSDB de forma a evitar a realização de prévias e fazer a escolha dentro de um colégio eleitoral menor.

Caso contrário, a aposta é que Alckmin deverá manter certa distância do processo, o que pode ajudar na realização das prévias, hipótese em que o secretário de Energia, José Aníbal, passa a ser visto como favorito.

Em mensagem, Kadafi critica ataques da Otan na Líbia

                           

Em mensagem, Kadafi critica ataques da Otan na Líbia
 
Foto: DIVULGAÇÃO


Em sua primeira fala pública em semamas, ditador líbio diz que o que acontece no país "é uma farsa"; áudio foi veiculado nesta terça-feira pela emissora síria Arrai



Por Agência Estado


20 de Setembro de 2011 às 10:03


Agência Estado
O líder em fuga da Líbia, Muamar Kadafi, denunciou os recentes eventos na Líbia, em mensagem de áudio veiculada nesta terça-feira pela emissora Arrai, sediada na Síria. "O que está ocorrendo na Líbia é uma farsa que pode apenas continuar graças aos ataques aéreos [da Otan], que não durarão para sempre", disse Kadafi em sua primeira fala pública em semanas.

Kadafi se referiu aos ataques aéreos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que têm ajudado os rebeldes a tomar posições que eram do regime. Acredita-se que Kadafi esteja escondido na Líbia, apesar de membros de sua família terem fugido para Argélia e Níger, após combatentes rebeldes tomarem Trípoli em 23 de agosto.

"Não exultem nem acreditem que um regime foi deposto e outro imposto com a ajuda de ataques aéreos e marítimos", afirmou Kadafi no breve áudio. É a primeira gravação divulgada dele desde 8 de setembro, quando ele negou que tivesse fugido para o Níger. Regularmente, porém, o ex-líder envia mensagens à emissora através de seu porta-voz Mussa Ibrahim.

Kadafi, seu filho Seif al-Islam e o ex-chefe de inteligência Abdullah al-Senussi são procurados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), sob suspeita de supostos crimes contra a humanidade.
Também nesta terça-feira, combatentes rebeldes informaram que capturaram o aeroporto e um forte em Sabha, no sul do país, a 800 quilômetros de Trípoli. Além disso, há confrontos em duas cidades ao norte, Sultana e Sirta.

Nos Estados Unidos, autoridades de vários países se preparam para reuniões nos intervalos da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, a fim de discutir o futuro da nova Líbia. As informações são da Dow Jones.

Reforma ministerial pode virar presentinho de Natal


Reforma ministerial pode virar presentinho de Natal
 
Foto: DIVULGAÇÃO

 

 

Presidente Dilma está inclinada a antecipar para dezembro a troca de ministros; é o que o PMDB quer; ministros Lupi (Trabalho) Negromonte (Cidades) e Florence (Desenvolvimento Agrário) são candidatíssimos a entrar na dança

Por Agência Estado


20 de Setembro de 2011 às 10:46


Agência Estado

Evam Sena_247, em Brasília – A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, já avisou. A presidente Dilma Rousseff vai realizar uma reforma ministerial entre janeiro e fevereiro do ano que vem, se adiantando ao prazo para a chamada desincompatibilização, período em que ministros que vão disputar as eleições municipais de 2012 deverão deixar os cargos.

O PMDB, insatisfeito com o espaço que ocupa no governo, 5 dos 38 ministérios, com orçamentos e capilaridades não tão grandes quanto na gestão anterior, quer antecipar a reforma anunciada. Para dezembro. O primeiro sinal de Dilma em atenção a essa posição foi o convite feito por ela, por meio do vice-presidente Michel Temer, para que o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), pré-candidato a prefeitura de São Paulo, assumisse o Ministério do Turismo com a saída de Pedro Novais (PMDB-MA).

O vice-presidente, que comandava as negociações, negou de pronto, com vistas às eleições de 2012. A avaliação do Planalto, porém, é que o Turismo é uma pasta pequena para convencer o vice-presidente da desistência de um candidato próprio na maior capital do país, e que a oferta de um ministério “mais robusto” poder mudar o cenário.

Nesse caso, entraria na negociação o Ministério da Educação. Chalita foi secretário estadual de Educação durante o governo de Geraldo Alckmin de 2003 a 2007. À margem das disputas internas no PT e das pesquisas de intenção, na contabilidade de Dilma é dada como certa a saída de dois ministros para disputar as eleições. Fernando Haddad (PT-SP) deixaria a Educação para concorrer à Prefeitura de São Paulo e Iriny Lope (PT-ES) sairia da secretaria especial das Mulheres para disputar a Prefeitura de Vitória.

Com o convite a Chalita, Dilma agrada aos petistas de São Paulo - que tentam fazer aliança com o PMDB e tirar o aliado da disputa - e, especialmente, o ex-presidente Lula, principal cabo eleitoral de Haddad. A presidente ganharia pontos também entre os peemedebistas, ao dar mais poder ao partido na Esplanada. E traria para perto um político com quem tem afinidade. Ainda no PSB, Chalita foi grande articulador da campanha de Dilma com a igreja Católica.

NA MIRA – Cotados para sair na próxima reforma há ministros envoltos em denúncias de corrupção, sem o apoio de seus próprios partidos ou aqueles cujo trabalho não agrada a presidente. Nessa lista está o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT-SP), cuja meta de geração de 3 milhões de emprego em 2011 já se vê naufragada.

Herdado do governo Lula, Lupi não tem relação próxima com Dilma, com quem se encontrou poucas vezes a sós. O pedetista teve seu poder diminuído com a transferência da função de negociação com as centrais sindicais para o ministro Gilberto Carvalho (PT), da Secretaria-Geral da Presidência. Sobre ele, pesam denúncias de contratos irregulares entre a Fundação Pró-Cerrado e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e uso de jatinhos da fundação. O ministro também já conta com insatisfações dentro do partido, com oposição do deputado Brizola Neto (RJ) e do senador Cristovam Buarque (DF).

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, é o que tem menores condições de se sustentar no cargo. Ele é acusado de apresentar emendas parlamentares, quando deputado pelo PP-BA, e de liberar recursos para emendas que beneficiaram seus redutos eleitorais e empresas que fizeram suas doações de campanha. Vítima de disputa interna no PP, o ministro foi acusado também de pagar mensalinho para correligionários em troca de apoio.

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, não teve um só momento de segurança no cargo desde que tomou posse. Ela já não contava com o apoio do PT, que gostaria de ter levado o ministério, e ficou ainda mais fraca depois de mudanças na política cultural adotada no governo Lula. Um dos principais carros-chefes da gestão anterior, os Pontos de Cultura, acumula R$ 60 milhões de atraso nos pagamentos. Coordenadores nomeados por ela mesma já pediram demissão e outros ameaçam sair.

Alheio ao assunto sobre o qual é responsável, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, vem sendo alijado das decisões da sua pasta. Conhecido como “o ministro-fantasma”, ele é ignorado não só pelos movimentos sociais, que negociam com Gilberto Carvalho ou com o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lisboa Lacerda, como pelo governo. Indicado pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), Florence não participou da elaboração do Plano Brasil Sem Miséria, do qual seu ministério é um dos executores, e já foi interrompido por Dilma em reunião sobre dívidas de assentados.

Há quem cogite que Dilma aproveitará a reforma ministerial para atrair o PSD para o governo. O presidente nacional do futuro partido, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, já declarou que a legenda “não é de centro, nem direita, nem de esquerda” e que não tem interesse por cargos no governo. Mas com a suspeita de que terá a quarta maior bancada na Câmara dos Deputados, Kassab terá poder político para indicar um ministro e, com isso, ganhar visibilidade para seu projeto eleitoral em 2014.

Haddad ganha poderosa CNB e dribla Marta no PT

Haddad ganha poderosa CNB e dribla Marta no PT
Foto: Divulgação

 

 

Maior corrente do PT, que tem Lula e Dilma, fecha apoio ao ministro da Educação na disputa pela Prefeitura de SP; senadora fica isolada e já se busca “saída honrosa”; rolo compressor vai massacrar prévias; 247 adiantou o lance; Haddad está pimpão!



20 de Setembro de 2011 às 11:11


247 – Maior ala do PT, da qual o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff são integrantes, a Construindo um Novo Brasil desfechou ontem um duro golpe contra a pré-candidatura da senadora Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo ao aderir integralmente ao nome do ministro da Educação, Fernando Haddad. A possibilidade de realização de prévias dentro do partido para a escolha do candidato também ficou mais remota, apesar de estarem marcadas para o dia 27 de novembro. Com o posicionamento da corrente, que controla 60% do Diretório Nacional do PT e 30% do Diretório Municipal da legenda, a decisão pela consulta às bases deverá ser anulada.

Sob forte influência de Lula, que lançou e carrega a candidatura Haddad por onde vai, a CNB fez reunião ontem pela manhã para se definir diante da disputa. O ministro fez um discurso na medida certa para os ouvidos de seus interlocutores, chamando a CNB de “centro gravitacional” do PT. Ele próprio é integrante da ala Mensagem ao Partido, da qual fazem parte o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo. O momento decisivos, na reunião, foi o convencimento do deputado Ricardo Berzoini, que estava reticente em apoiar Haddad, mas acabou cedendo. O próprio Lula, agora, pretende liderar a campanha interna contra prévias no PT.

Os adversários de Haddad já reconheceram que ele ganhou uma vantagem difícil de ser superada, com a decisão de apoio da CNB. “É um passo importante para a candidatura dele”, reconheceu a Bernardo Melo Franco, da Folha de S. Paulo, o pré-candidato Carlos Zaratini. A senadora Marta Suplicy ainda não se manifestou.

Leia abaixo, reportagem de 247 "Marta contra Todos para barrar operação Haddad", publicada em 16 de setembro:


Marco Damiani_247 – A julgar pelas pesquisas, o PT terá uma eleição com grandes chances de vitória em São Paulo, em outubro do próximo ano, a partir de uma candidata favorita. Mas também pelo que mostram os levantamentos de opinião, o PT poderá largar na última fila, com um verdadeiro azarão que jamais disputou um cargo público pelo voto.

Entre esses extremos, o partido está sendo levado a escolher a segunda opção. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vacila um segundo em manifestar e reafirmar seu apoio ao ministro Fernando Haddad, dono de 2% de intenções de voto no último Datafolha, sem qualquer sinal de ceder à pré-candidata Marta Suplicy, senadora eleita no ano passado, ex-prefeita e senhora de 31% no mesmo levantamento.

“Você é mais importante no Senado”, disse Lula a Marta, no único diálogo travado entre os dois nos últimos meses, em seu escritório no Instituto da Cidadania, quando ouviu da senadora a disposição dela de ir até o fim em sua intenção de concorrer à Prefeitura.

Hoje, Lula carrega seu candidato Haddad a tiracolo na festa, às 17h00, dos cinco anos de inauguração da Universidade do ABC. Três semanas atrás, ele esteve com o ministro num encontro de outro tipo. Na casa do empresário Josué Gomes da Silva, em São Paulo, o ex-presidente foi o centro de uma reunião com cerca de 20 empresários, aos quais apontou Haddad como o homem a ser apoiado. Política e financeiramente. A Josué, filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto este ano, Lula demonstrou sua vontade de tê-lo como vice na chapa de Haddad. Seria a repetição do modelo que, com ele, deu certo: um petista na cabeça, um empresário para ampliar o eleitorado natural do partido. Até aqui, porém, o presidente da Coteminas declina da ideia.

Todos esses movimentos ainda não fizeram Haddad decolar, mas é certo que estão testando ao limite o ânimo e a capacidade de reação de Marta. “Já vi Lula virar resultados de encontros do PT apenas tendo de chamar prefeitos de lado para trocar votos que pareciam cristalizados”, lembra Marta quando está entre os seus correligionários. “Ninguém pode com a força e o prestígio de Lula dentro do partido, mas a questão é que eu nunca estive tão bem como agora, tanto em vontade como em apoio da população, além de ter uma obra a apresentar”, completa ela.

Com efeito, além de liderar todas as pesquisas, em todas as simulações possíveis e, ainda, apresentar uma taxa de rejeição menor do que a costumeira, Marta é vista como uma super star dentro de seu próprio partido. Nos encontros que a legenda está desenvolvendo com a militância nos bairros da capital, ela é sempre a mais aplaudida, disputada para conceder autógrafos e tirar fotografias. Mas isso pode não adiantar nada, reconhecem os que trabalham pela candidatura da prefeita. A própria Marta duvida de suas chances nas prévias já marcadas pela direção do PT.

É a presidente Dilma que poderá atuar como aliada de Marta em seu desejo de obter a candidatura. “Faça o que for melhor para você, mas tenha atenção ao Lula”, disse Dilma à senadora quando Marta levou a ela o desejo de concorrer. Agora, porém, essa frase dúbia é pouco para as necessidades da pré-candidata. Marta olha para o seu lado e não vê aliados que possam conter o desejo de Lula por Haddad. Um deles, o líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza, se esforça para ajudá-la, mas igualmente começa a se pronunciar à maneira em cima do muro, sem se comprometer demais com ela. O ex-secretário geral José Dirceu, certamente o político mais influente, depois de Lula, dentro do PT, há pouco tempo nem considerava Marta como pré-candidata. O presidente da legenda, Rui Falcão, principal auxiliar de Marta em sua gestão municipal e candidato a seu vice na derrotada campanha de reeleição, igualmente não pode lhe dar apoio. Afinal, como presidente da legenda, terá de exercer o velho e confortável papel de magistrado. Os que sempre lhe fizeram oposição interna, em contrapartida, já saem a campo com desenvoltura. “A experiência de Lula em eleições tem de ser levada em consideração”, disparou o ministro Aluizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, ao comentar o Datafolha que dava Marta estourada. Em 2010, quando concorreu ao governo estadual, Mercadante afastou-se de Marta e orientou seu grupo a jogar mais tintas na candidatura de Netinho de Paula, do PCdoB, em lugar de realçar a nominada pelo seu partido. “A verdade é que Marta ganhou a eleição para o senado praticamente sozinha”, diz um interlocutor da pré-candidata.

Além de recorrer a Dilma, mas sem criar o constrangimento de contrapor a presidente a Lula, Marta pretende divulgar a ideia da confecção de um amplo programa de governo, aberto a contribuições da sociedade, de modo a ampliar seu lastro social. Ela vem sendo aconselhada a carregar a bandeira da conciliação e da unidade para anular o esforço lulista de emplacar Haddad. No entanto, quando apresentado a essa estratégia, o ex-tesoureiro do PT e raposa felpuda do partido Delúbio Soares abriu um sorriso. Como amigo de Marta, ele disse: “Esqueçam esse negócio de unidade, o PT é um partido de briga. Se quiserem vencer, tem de ir ‘pro pau’”. Será a disposição para o desgate que ir à briga significa que vai determinar se a senadora levará adiante sua promessa de “ir até o fim” com sua vontade de ser prefeita outra vez. Se vacilar, será difícil convencê-la a trabalhar de verdade por Haddad, que contará apenas com Lula e um partido cujas bases mal o conhecem para chegar onde Marta chegou. Uma eleição para ser ganha, seria, assim, perdida.

Tropa de Elite 2 é aposta do Brasil para o Oscar 2012

Tropa de Elite 2 é aposta do Brasil para o Oscar 2012
 
Foto: DIVULGAÇÃO

 

 

Depois de o primeiro filme perder no ano passado para "Lula, o filho do Brasil", segundo longa protagonizado por Wagner Moura sai como candidato brasileiro à competição mais importante do cinema. Assista ao trailer



20 de Setembro de 2011 às 12:02

Agência Brasil - O filme Tropa de Elite 2, de José Padilha, é a produção que vai representar o Brasil na disputa por uma das cinco vagas reservadas para concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro na festa do Oscar 2012 – 84ª Premiação Anual, promovida pela Academy of Motion Pictures Arts and Sciences. O anúncio foi feito nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. Tropa de Elite, primeiro longa-metragem a abordar a corrupção e a truculência policial, realizada pelo cineasta carioca, perdeu a disputa nacional no ano passado para o filme Lula, o filho do Brasil, que não chegou a ser selecionado para a categoria de melhor filme estrangeiro.

A escolha foi feita pela Comissão Especial de Seleção, que se reuniu na manhã desta terça-feira, durante cerca de uma hora, no Palácio Capanema, na capital fluminense. Ao todo, a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura recebeu 15 inscrições de longas-metragens interessados em concorrer à premiação. As demais produções brasileiras inscritas foram: A Antropóloga, de Zeca Nunes Pires; As Mães de Chico Xavier, de Glauber Filho e Halder Gomes; Assalto ao Banco Central, de Marcos Paulo; Bruna Surfistinha, de Marcus Baldini; Estamos Juntos, de Toni Venturi; Família Vende Tudo, de Alain Fresnot; Federal, de Erik de Castro; Vips, de Toniko Melo; Histórias Reais de um Mentiroso Vips, de Mariana Caltabiano; Lope, de Andrucha Waddington; Malu de Bicicleta, de Flávio Ramos Tambellini; Mulatas! Um Tufão nos Quadris, de Walmor Pamplona; Quebrando o Tabu, de Fernando Grostein Andrade; e Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra.

A Comissão Especial de Seleção é formada pela secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Dourado Santana; pelo presidente da Associação Brasileira de Cinematografia, Carlos Eduardo Carvalho Pacheco; pelo ministro do Departamento Cultural do Itamaraty, George Torquato Firmeza; e pelos representantes da Academia Brasileira de Cinema, Jorge Humberto de Freitas

Peregrino, Nelson Hoineff, Roberto Farias e Silvia Maria Sachs Rabello.

Edição: Juliana Andrade

Dilma recebe hoje prêmio internacional por Serviço Público

Dilma recebe hoje prêmio internacional por Serviço Público
 
Foto: ED FERREIRA/AGÊNCIA ESTADO

 

 

Presidente será homenageada em Nova York por Instituto que premia as personalidades que colaboram para os avanços intelectuais e científicos do mundo



20 de Setembro de 2011 às 12:19

Agência Brasil – A presidenta Dilma Rousseff será homenageada hoje (20) em Nova York. Ela receberá o prêmio na categoria Serviço Público, concedido pelo Instituto Woodrow Wilson International Center for Scholars. O órgão premia as personalidades que colaboram para os avanços intelectuais e científicos no mundo.

O prêmio – nas categorias Serviço Público e Cidadania Corporativa – é concedido a políticos, empresários, líderes de organizações cívicas, artistas e pesquisadores que atuam para melhorar o mundo. A inspiração para a homenagem são as orientações pregadas pelo ex-presidente norte-americano Woodrow Wilson (1913 -1921), que recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Desde anteontem (18) Dilma está em Nova York, onde abrirá amanhã (21) a 66ª Assembleira Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Hoje, ao longo do dia, ela se reúne com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do México, Felipe Calderón. Em pauta os impactos da crise econômica mundial.

Ontem (19), Dilma participou de dois grandes eventos – um destinado à discussão sobre doenças crônicas não transmissíveis e outro sobre a presença das mulheres em discussões políticas. Bem-humorada, a presidenta confessou que “dá um frio na barriga” fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.

“Sempre dá um frio na barriga. Qualquer um que vai falar para um público de pouco mais de algumas pessoas fica emocionado. Esse é o momento em que você tem de representar o que está fazendo. Tenho de representar o Brasil. Então, é uma emoção muito grande”, disse ela.

Nasce o tablet brasileiro

                           

Nasce o tablet brasileiroFoto: DIVULGAÇÃO

 

 

Positivo, de Hélio Rotenberg, lança o Ypi, que significa ‘primeiro’ em tupi-guarani. É o primeiro tablet desenvolvido no Brasil e que será vendido abaixo de R$ 1 mil; produto conta com incentivos fiscais e representa vitória do Movimento Preço Justo, que já se aproxima de 700 mil adesões


20 de Setembro de 2011 às 10:55


247 - Na manhã desta terça-feira 20, a Positivo Informática, maior fabricante de computadores do País, lançou o primeiro tablet criado e desenvolvido por brasileiros, para brasileiros. Trata-se do Ypy, palavra que, em tupi-guarani, significa "primeiro". O anúncio foi feito pelo presidente da companhia Hélio Rotenberg. "Buscamos o nome para expressar a brasilidade do produto", disse ele.

Segundo Rotenberg, a Positivo começou a estudar o mercado de tablets há dois anos, em função do sucesso do iPad, da Apple. "Mas sabíamos que tínhamos que fazer algo totalmente novo e diferente", diz ele. Uma das novidades é a oferta de conteúdos e serviços no ecossistema Mundo Positivo, cujas notícias, na internet, são alimentadas pelo Brasil 247.

Um dos grandes diferenciais do Ypy, que chega às lojas em outubro, é o preço. O aparelho de sete polegadas será vendido por R$ 999,99, abaixo do preço do Galaxy Tab, da Samsung, hoje vendido a cerca de R$ 1.499. Outro é o acordo assinado com o Google, que traz para o Ypy 200 mil aplicativos do Android Market. Além disso, o tablet oferecerá jornais, músicas e filmes em português. "Também queremos fomentar muito a indústria brasileira de aplicativos", diz Rotenberg.

Preço justo

O Ypy é o primeiro tablet produzido no Brasil, a contar com incentivos do PPB, o processo produtivo básico, que faz parte do regime de incentivos fiscais aprovado pelo governo federal para a produção de tablets. Tais incentivos foram aprovados após o Manifesto Preço Justo, liderado pelo Brasil 247 e pelo colunista Felipe Neto, que já recolheu praticamente 700 mil adesões, de pessoas que clamam por eletrônicos mais baratos no Brasil.

Do ponto de vista técnico, o Ypy oferece uma tela capacitiva multitoque de alta resolução e formato 4:3, adequado para o consumo de conteúdos regionais, especialmente livros, revistas e jornais. O teclado virtual é totalmente em português, com teclas "ponto br" e cedilha. O Ypy 7 pesa 420 gramas e tem 11,8 milímetros de espessura. O Ypy 10, que virá na sequência, irá operar com o sistema Android 3.2, o Honeycomb.

O aparelho também trará embarcados conteúdos de artistas, como Paula Fernandes e Ivete Sangalo, além de jogos, como o Angry Birds.