quarta-feira, 25 de julho de 2012

Mulheres de Cachoeira (atual e ex) vão à CPI em dias diferentes


Mulheres de Cachoeira (atual e ex) vão à CPI em dias diferentes Foto: Edição/247

 

Dirigentes da comissão confirmaram que Andressa Mendonça e a ex Andréa Aprígio estão convocadas; declarações de amor entre o contraventor e a atual companheira roubam a cena na conclusão dos depoimentos dos réus do escândalo, que preferiram o silêncio na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia



Goiás247 - Depois de dois dias de depoimentos na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia no processo da Operação Monte Negro, oportunidade em que o romance entre Carlinhos Cachoeira e Andressa Mendonça acabou por roubar a cena em oitivas onde prevaleceu o silêncio dos réus, a atual companheira do contraventor voltará à cena em agosto, desta feita em depoimento na CPMI instalada no Congresso Nacional.

Andressa falará na comissão no dia 7 de agosto. No dia 8 será a vez da ex-mulher do bicheiro, Andréa Aprígio. As duas foram escaladas em dias diferentes justamente para evitar constrangimentos.

Musa da CPMI, Andressa Mendonça voltou hoje a ser o centro das atenções mesmo no circunspecto ambiente da Justiça Federal. Tudo porque Carlinhos Cachoeira resolveu corresponder às constantes declarações de amor da companheira (eles ainda não oficializaram casamento).

Na única manifestação hoje, o bicheiro disse ao juiz Alderico Rocha que quer se casar no primeiro dia após deixar o presídio da Papuda.

Depois de ter dito que virou um "leproso jurídico", o contraventor disse que "ama" a "esposa" e declarou: "Ela me deu uma nova vida. Eu te amo tá? Queria fazer essa declaração em público". Andressa se emocionou: "Eu também", respondeu.

A CPMI do Cachoeira completou nesta quarta-feira (25) três meses, sem que deputados e senadores encontrassem um norte para as investigações. Os trabalhos estão suspensos desde o início do recesso parlamentar, em 18 de julho.

A tendência é Andressa fugir da maioria dos questionamentos, mas pode utilizar o espaço, orientada por advogados, para tentar sensibilizar a opinião pública em face da depressão que teria consumido os dias de Carlinhos Cachoeira.

André Aprígio, a ex-mulher e que tem no seu nome grande parte dos bens do contraventor, deverá permanecer em silêncio.

Além delas, os membros da comissão também devem colher o depoimento de Joaquim Gomes Thomé Neto e Rubmaier Ferreira de Carvalho.

Força da internet já assusta mídia tradicional


Força da internet já assusta mídia tradicional Foto: Edição/247

Nesta semana, Veja circula com oito páginas do Ministério da Educação e uma dos Correios; no entanto, blogueiro da Abril, Reinaldo Azevedo, condena publicidade em meios que fazem “um troço parecido com jornalismo”; nesta quarta-feira, foi arquivado o inquérito contra Erenice Guerra, aquela que Veja ajudou a detonar, com um amontoado de mentiras



247 – José Serra comprou uma briga inglória. Ao propor uma ação judicial contra a publicidade oficial em blogs de dois jornalistas que o criticam, Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif, tudo o que ele conseguiu foi uma hashtag #SerraCensor que despontou entre os assuntos mais comentados do dia, além de um artigo de seu porta-voz informal, Reinaldo Azevedo.

O blogueiro da Abril publicou artigo em que condena publicidade em sites que fazem “um troço parecido com jornalismo” (leia mais aqui). Mas disse, no entanto, que veículos tradicionais, como Veja, por exemplo, não devem renunciar à publicidade oficial – já que ela está aí. Veja, de fato, não renuncia a ela. Na edição desta semana, seu maior anunciante é o Ministério da Educação, com oito páginas. Além disso, há também uma página dos Correios.

O movimento de Serra e Reinaldo, na verdade, não ocorre isoladamente. Trata-se de algo organizado. Antes deles, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tratou do tema numa coluna no Estado de S. Paulo. Depois, foi seguido por Eugênio Bucci, que, além de consultor de Roberto Civita, presidente da Abril, foi também citado na decisão do juiz Tourinho Neto que quase soltou Carlos Cachoeira – na decisão, Tourinho, sabe-se lá por que, determinou que o contraventor, em liberdade, não poderia se aproximar de dois jornalistas: Policarpo Júnior e o próprio Bucci.

Enquanto estiveram no poder, os tucanos jamais se incomodaram com a questão da publicidade oficial. Andrea Matarazzo, braço direito de Serra, foi um ministro da Secretaria de Comunicação de FHC muito querido por donos de empresas de mídia. Reinaldo Azevedo, quando foi empresário, teve apoio da Nossa Caixa e do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, mas o projeto da revista Primeira Leitura acabou naufragando.

O que os incomoda, na verdade, é a nova realidade da informação no Brasil e no mundo. Antes, havia quatro ou cinco famílias relevantes no jogo da informação no Brasil. E os barões da mídia mantinham uma postura aristocrática, cuja cornucópia era alimentada por boas relações no setor público.

Hoje, com a internet, há muito mais vozes. O novo mundo é polifônico. E não apenas os governos, mas também as empresas privadas, já estão abraçando essa nova realidade. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo, a publicidade na web é muito maior do que nos jornais impressos. Na rede, a relação investimento/retorno é muito mais eficiente, além de mais transparente.

Um troço parecido com jornalismo

A investida do PSDB, com apoio de Reinaldo Azevedo, no entanto, veio em má hora. Nesta quarta-feira, os jornais noticiaram o arquivamento da denúncia contra a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, por absoluta falta de provas.

Antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2010, Veja fez uma denúncia sobre a entrega de malas de dinheiro na Casa Civil, a partir de um diz-que-diz em off, e a Folha de S. Paulo denunciou um lobby bilionário no BNDES feito por um personagem que não passaria pela catraca de segurança da sede do banco na Avenida Chile, no Rio de Janeiro.

Não era jornalismo. Era um troço parecido com jornalismo, que ajudou a levar as eleições presidenciais de 2010 para o segundo turno.

Pode-se discutir a qualidade do jornalismo na internet, assim como nos veículos impressos.
Mas o que a mídia tradicional busca é apenas uma reserva de mercado. E demonstra medo crescente diante da força da internet.

O resto é conversa fiada.

Juízes obtêm mais poderes sobre crime organizado



Juízes obtêm mais poderes sobre crime organizadoFoto: Edição/247

PRESIDENTE DILMA SANCIONOU HOJE LEI QUE LEVARÁ TRIBUNAIS E MP A ADOTAREM MAIS MEDIDAS DE SEGURANÇA A MAGISTRADOS E PROMOTORES; PUBLICAÇÃO DO TEXTO OCORRE UM ANO APÓS EXECUÇÃO DA JUÍZA PATRÍCIA ACIOLI, COM 16 TIROS; MEDIDA DEVE ABRANGER CASOS COMO O DE MOREIRA LEITE (DIR.), QUE DEIXOU INVESTIGAÇÃO SOBRE CARLOS CACHOEIRA APÓS SOFRER AMEAÇAS

25 de Julho de 2012 às 11:43
Renata Giraldi _Repórter da Agência Brasil, Brasília - O Ministério Público e os tribunais terão 90 dias para adotar uma série de medidas de segurança com o objetivo de garantir o andamento e julgamento dos processos envolvendo organizações criminosas. A Lei 12.694, aprovada pelo Congresso Nacional, foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. O texto está publicado na edição de hoje (25) do Diário Oficial da União.
A iniciativa ocorre um ano depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, de 47 anos, em Niterói no Rio de Janeiro. A juíza foi morta por dois homens encapuzados que dispararam pelo menos 16 tiros. Patrícia Acioli investigava o crime organizado na região. O caso ganhou repercussão nacional porque os magistrados classificaram o crime de atentado à democracia.
No texto, publicado hoje, os juízes, integrantes do Ministério Público e seus parentes poderão receber proteção especial, se considerarem que estão sob ameaça. A proteção especial poderá ser feita pela Polícia Judiciária, por órgãos de segurança institucional e agentes policiais. "A prestação de proteção pessoal será comunicada ao Conselho Nacional de Justiça ou ao Conselho Nacional do Ministério Público, conforme o caso", diz o texto.
A decisão permite que o juiz responsável por processos envolvendo organizações criminosas tome medidas como revogação de prisão e transferência de suspeitos para penitenciárias de segurança máxima.
Pelo texto, é compreendida como organização criminosa a associação de três ou mais pessoas, que dividem tarefas com o objetivo de obter vantagens mediante prática de crimes. A associação em organizações criminosas pode levar a quatro anos de prisão. Para definir as medidas de segurança, o magistrado pode convocar um colegiado.
A lei prevê ainda que os tribunais tomem medidas para reforçar a segurança dos prédios da Justiça em caso de ameaças ao processos em julgamento. Pelo texto, poderão ser reforçados o controle de acessos das pessoas aos prédios e instalados sistemas de detectores de metais e de câmeras de vigilância.
Além disso, os veículos usados nas ações de investigações e julgamento dos casos de organizações criminosas poderão ter temporariamente ter placas especiais para a impedir a identificação dos usuários.

Vítima de Veja e Folha, Erenice é inocentada




Vítima de Veja e Folha, Erenice é inocentadaFoto: Montagem/247

EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL, ELA FOI DERRUBADA POR REPORTAGEM DE VEJA QUE DIZIA QUE FUNCIONÁRIOS DO PLANALTO RECEBIAM PROPINA DENTRO DA CASA CIVIL E POR OUTRA DA FOLHA QUE APONTAVA LOBBY BILIONÁRIO NO BNDES EM FAVOR DE UM ESTRANHO PERSONAGEM CHAMADO RUBNEI QUÍCOLI; ERA TUDO MENTIRA

25 de Julho de 2012 às 07:18
247 – Tida como braço direito e “irmã” da presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi alvo de um tiroteio pesado durante a campanha presidencial de 2010. Contra ela, havia canhões apontados pela revista Veja e pela Folha de S. Paulo.
Da Abril, partiu uma das mais estranhas reportagens da história recente. Chamava-se “Caraca, que dinheiro é esse?” e relatava entregas de pacotes de até R$ 200 mil, dentro da Casa Civil, que era comandada por Erenice Guerra. Tudo a partir de relatos em off. Eurípedes Alcântara, publicou até um editorial chamado “O dever de publicar”, em que afirmava que o papel da imprensa era ter coragem de noticiar – mesmo que pudesse vir a ser acusada de tentar influir em resultados eleitorais. Mais recentemente, soube-se que Veja engavetou uma entrevista com José Roberto Arruda, também no período eleitoral, porque o ex-governador do Distrito Federal acusava o ex-senador Demóstenes Torres de tentar obter vantagens no GDF.
Da Folha, as acusações também foram inacreditáveis. Um sujeito que se apresentava como consultor, chamado Rubnei Quícoli, mas tinha extensa ficha criminal, afirmava que o filho de Erenice lhe cobrava uma propina de 5% para liberar um empréstimo bilionário no BNDES para uma empresa de fundo de quintal.
Para evitar danos maiores à campanha presidencial, Erenice Guerra foi demitida, ainda que as acusações fossem totalmente inconsistentes.
Nesta quarta-feira, no entanto, a mesma Folha que ajudou a derrubá-la noticia que o inquérito foi arquivado pela Justiça Federal. O motivo: falta de provas.
Este caso chegou até a ser abordado pelo ex-presidente Lula, numa crítica recente ao comportamento eleitoral de parte da imprensa. “Erenice foi execrada, acusada de tudo quanto é coisa”, disse ele. “Quando terminou a campanha, o acusador em Campinas retirou a acusação na primeira audiência e a imprensa, que a massacrou, não teve coragem sequer de pedir desculpas à companheira Erenice”.
Na reportagem desta quarta-feira, a Folha reconhece que “o escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo para levar a eleição ao segundo turno”.

A truculência reiterada de Serra


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 Aqui vai um apanhado da truculência de José Serra, a partir da contribuição de vocês.
1.    Inspirado por José Serra, o diretório nacional do PSDB entrou com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), questionando a publicidade da Caixa Econômica Federal (CEF) no Blog Luís Nassif Online.
2.    Recentemente, a Burson Mursteller considerou o Blog um dos 4 jornalísticos mais influentes do Twitter e o único independente.
3.    O Blog tem conteúdo analitico e informativo. Grande parte do conteúdo é constituído de clipping de jornais, sugeridos pelos leitores.
4.    No dia em que foi noticiada a representação, a análise dos últimos 300 posts do Blog revelavam o seguinte: 8 apenas foram sobre o mensalão, todos decorrência da decisão recente do TCU (Tribunal de Contas da União) de considerar regulares as contas do BB no período Pizolatto; cinco deles, reprodução de matérias de jornais; duas deles, de leitores analisando o papel dos ministros do TCU; outros dois, minimizando o relatório do TCU: um, a nota do próprio TCU, outra, matéria do Globo informando que o Procurador Geral da República não se deixaria influenciar pela decisão do TCU. Em relação às eleições, 11 posts, dentre os últimos 300: desses, 6 de jornalões e portais; um de site de esquerda; dois do blog, sobre a tropa de choque de Serra e sobre a foto ridícula dele no skate; dentre os 11, um do Globo com Serra acusando os blogs.
5.    O que Serra pretende é calar qualquer voz crítica em relação a ele, como usualmente faz com jornalistas da própria velha mídia.
6.    No mesmo dia, era possível identificar publicidade da mesma CEF e de outras estatais em blogs claramente militantes pró-Serra, como os da Veja.
Quanto a Serra, um apanhado de como atua em relação aos críticos:
1.    Por pressão de Serra, a TV Cultura não renovou meu contrato em 2008 devido a comentários no meu blog sobre os maus resultados da Sabesp. Na época critiquei os gastos da Sabesp com uma campanha publicitária veiculada em todo o país, incompatível para uma empresa de saneamento estadual. A não renovação do contrato foi cumprida por Paulo Markun e Gabriel Priolli.
2.   O apresentador Heródoto Barbeiro foi afastado da TV Cultura por ter feito uma pergunta sobre pedágio a Serra, durante um Roda Viva. No programa, Serra mente, diz que o pedágio da Ayrton Senna baixou pela metade. Não explicou que a cobrança, que antes era em apenas uma direção, passou a ser nas duas.
3.    Depois de ter siodo instrumento de Serra para meu afastamento, o próprio chefe de jornalismo Gabriel Priolli foi afastado por ter feito uma pauta sobre pedágio.
4.    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - a quem Serra deve sua carreira - foi duramente atacado pelo historiador Marco Antonio Villa (praticamente único intelectual militante que ainda se alinha com Serra) dias depois de ter declarado que o candidato do PSDB à presidência, em 2014, seria Aécio Neves. Clique aqui.
5.    Em fins de 2009, publiquei um artigo sobre o estilo de administrar de Serra, mostrando sua total inapetência para gestão. O Secretário de Comunicação Social procurou jornais do interior paulista - que republicam a coluna - ameaçando com cortes de verbas.
6.    Minha irmã Maria Inês Nassif foi alvo de uma pressão pesada da Secretaria de Comunicação Social do governo Serra - a mando do próprio governador - por ter se pronunciado, em coluna no Valor Econômico, contra o instituto da delação na lei antifumo. Dias e dias de pressão até que o Valor aceitou pubicr artigo do Secretário de Justiça acusando-a de fazer lobby da indústria do cigarro.
7.     A jornalista Márcia Peltier foi destratada por Serra, com palavras duras, por ter feito perguntas julgadas impertinentes pelo candidato.
8.    Destrata ao vivo repórter da rádio Capital que perguntou sobre as novas pesquisas políticas em 2010.
 9.    Esse mesmo comportamento se observou em entrevista concedida por ele à rede RBS, no Rio Grande do Sul.
10. A resposta ríspida à repórter da TV Brasil que perguntou sobre problemas de água em São Paulo.
11.    O portal Brasilianas não faz militância politica: trata de política públicas. A Sala de Gestão, que está para ser lançada, contém parcerias já firmadas, entre outros, com os governos de Minas Gerais e Pernambuco, através de seus governadores Antonio Anastasia (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), o que demonstra o pluralismo do projeto.
12. Desde que os métodos de Serra se tornaram conhecidos, tornei-me um crítico acerbo de seu estilo de gestão e de fazer política. Até por débito com a opinião pública, por ter acreditado em Serra anteriormente. Reitero que, hoje em dia, o predomínio de Serra sobre o PSDB ajudou no afastamento de toda uma geração de intelectuais de peso que historicamente apoiaram o partido. Aliás, o maior mal que o estilo truculento de Serra provoca, é contra seu próprio partido.