sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

JOAQUIM BARBOSA TEM JUSTIFICATIVA?

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GREENHALGH AO 247: “DIRCEU E DELÚBIO VIRARAM REFÉNS"

E se isto tivesse ocorrido na Venezuela?




Por: Atilio Boron

Na Aporrea, traduzido por Jair de Souza

No passado fim de semana as agências de notícias informaram sobre o atentado sofrido no domingo 23 de fevereiro por Aída Avella, a candidata presidencial da União Patriótica para as próximas eleições que terão lugar na Colômbia em 25 de maio.

Avella ia acompanhada por Carlos Lozano, candidato a senador por essa força política, quando transitavam numa caravana pelo Departamento de Arauca, fronteiriço com a Venezuela. Subitamente, seu veículo foi atacado por dois pistoleiros desde uma motocicleta de alta cilindrada, os quais dispararam com armas de grosso calibre tanto ao automóvel blindado em que se encontrava Avella e Lozano como aos de sua escolta.

Felizmente, não houve vítimas fatais a lamentar. Se os matadores tivessem atingido seu objetivo, Avella teria sido a terceira candidata presidencial da União Patriótica a ser liquidada e uma mais, provavelmente com Lozano, a engrossar a lista de uns 5.000 militantes da UP assassinados pela direita colombiana, no governo e fora dele.

A UP surgiu como resultado de uma negociação entre as FARC e o governo do presidente Belisario Betancur em princípios da década dos oitenta, fruto da qual foi feito um acordo, em 1984, para admitir a incorporação ao jogo institucional de uma força política partidária que possibilitasse a progressiva incorporação da guerrilha à legalidade política do país.

Assim se conformou a UP, que apresentou candidatos a todos os cargos em disputa.

Porém, esta iniciativa abriu as portas do inferno e tanto os paramilitares como os narcos e as próprias forças de segurança do Estado colombiano aproveitaram a vinda à superfície dos quadros e militância da esquerda – fossem eles guerrilheiros ou não – para perpetrar um genocídio político sem precedentes, exterminando aqueles que haviam confiado no que fora pactuado com Betancur e acreditaram que o estado de direito e a vontade de pôr fim ao conflito armado tinham finalmente sido implantados na Colômbia.

Como consequência deste banho de sangue foram assassinados os dois candidatos presidenciais apresentados sucessivamente pela UP em 1985 – Jaime Pardo Leal e Bernardo Jaramillo Ossa – aos quais se somaram 8 parlamentares, 13 deputados, 70 vereadores, 11 prefeitos, além de milhares de militantes de base desaparecidos ou mortos por esta sangrenta operação.

Esta história trágica não é suficientemente conhecida, mas constitui o pano de fundo das difíceis negociações travadas em Havana entre o governo colombiano e as FARC, cujos integrantes e simpatizantes se perguntam, à luz dos crueis ensinamentos da verdade histórica, se a coisa agora poderá ser diferente.

No entanto, o objetivo destas linhas não é resenhar este deplorável capítulo da história colombiana e sim ressaltar a infame manipulação da imprensa de direita – na Argentina como no resto do mundo – que silenciou o atentado sofrido por Avella, ao passo que difundia manchetes em oito colunas com suas mentiras e suas fotos forjadas sobre os incidentes e as mortes desencadeadas pela tentativa golpista na Venezuela.

Conclamo aos leitores tão somente a pensar como teria reagido a imprensa autoproclamada “livre e independente”, que nos manipula e desinforma, se um atentado similar tivesse ocorrido na Venezuela contra Henrique Capriles. A gritaria da SIP, da CNN, da NTN24 e de todas as cadeias de rádio e televisão, além da imprensa escrita, teria sido ensurdecedora.

E os Vargas Llosa, Montaner, Krauze e companhia nos teriam sufocado com suas filípicas condenações à “tirania chavista” e seu fustigamento criminoso praticado contra seus opositores.

Mas, nada disto aconteceu porque a Colômbia está midiática e politicamente blindada pelo império e seus comparsas regionais. A notícia, nos escassos casos em que foi exposta, foi relegada a uma breve nota nas páginas interiores de alguns jornais, ou a um fugaz flash no rádio ou na televisão.

Claro que a Colômbia é uma peça vital no xadrez do império na região: não à toa seu Ministro de Defesa, Juan Carlos Pinzón, elaborou um minucioso documento de 55 páginas dirigido a seus parceiros do Pentágono e da Casa Branca, incluindo o diretor da CIA, John Brennan, com os quais se reunirá nesta sexta-feira.

Escrito em inglês perfeito, para facilitar o trabalho de seus anfitriões, foi dado a conhecer à imprensa por algum funcionário do ministério.

Seu conhecimento permitiu comprovar, entre outras coisas, que Bogotá ratifica sua total submissão aos imperativos estratégicos dos Estados Unidos e a necessidade de reforçar a cooperação entre ambos países, tendo em conta os graves “desafios potenciais” que representam para a região governos como os da Nicarágua, Venezuela, Rússia e Irã.

Por isso um atentado como o sofrido por Avella não é notícia, enquanto que as tropelias dos opositores venezuelanos aparecem como a nobre cruzada de uns patriotas desejosos de pôr fim a uma tirania abjeta.

Com tal de atingir este objetivo supremo, deixa-se de lado qualquer limite ou escrúpulo moral.
Por isso o inverossímil Prêmio Nobel da Paz que ocupa a Casa Branca se permite exigir do presidente Maduro que ponha em liberdade aos sediciosos: quer dizer, não os manifestantes que protestam pacificamente, senão que aqueles que por meio da violência conspiram para derrubar um governo legítimo surgido das urnas (e que se cometessem o mesmo nos Estados Unidos passariam o resto de suas vidas numa prisão de segurança máxima), ao passo que mantém injustamente na prisão aos lutadores antiterroristas cubanos e aos presos de Guantánamo, enjaulados como se fossem animais ferozes e privados do mais elementar direito à defesa e a um juízo justo.

Disto tudo esta imprensa “livre e independente” não disse, e nem dirá, uma só palavra.

PS do Viomundo: A CNN en español é máquina do golpe 24 horas por dia, 7 dias por semana.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/atilio-boron-e-se-tivesse-acontecido-na-venezuela.html

Recondo: Barbosa fez conta de chegada

247 - O jornalista Felipe Recondo, a quem o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, mandou "chafurdar no lixo", afirma, em artigo publicado no site do Estadão, que o ministro calculou as penas dos condenados na Ação Penal 470 para que, uma vez, confirmado o crime de formação de quadrilha, todos fossem colocados no regime fechado. Por isso, o presidente do STF teria ficado tão revoltado com o voto do ministro Luís Roberto Barroso.

"Barroso não sabia dessa conversa ao atribuir ao tribunal uma manobra para punir José Dirceu e companhia e manter vivo um dos símbolos do escândalo: a quadrilha montada no centro do governo Lula para a compra de apoio político no Congresso Nacional. Barbosa, por sua vez, nunca admitira o que falava em reserva. Na quarta-feira, para a crítica de muitos, falou com a sinceridade que lhe é peculiar. Sim, ele calculara as penas para evitar a prescrição", afirma o jornalista.

Abaixo o texto na íntegra:

Análise: As operações aritméticas do ministro Joaquim Barbosa
Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo

Barbosa acabava de admitir abertamente o que o ministro Luís Roberto Barroso dizia com certos pudores. A pena para os condenados pelo crime de formação de quadrilha no julgamento do mensalão foi calculada, por ele, Barbosa, para evitar a prescrição. Por tabela, disse Barroso, o artifício matemático fez com que réus que cumpririam pena em regime semiaberto passassem para o regime fechado.

A assertiva de Barroso não era uma abstração ou um discurso meramente político. A mesma convicção teve, para citar apenas um, o ministro Marco Aurélio Mello. Em seu voto, ele reconheceu a existência de uma quadrilha, mas considerou que as penas eram desproporcionais. E votou para reduzi-las a patamares que levariam, ao fim e ao cabo, à prescrição. Algo que Barbosa há muito temia, como se verá a seguir.

Foi essa suposição de Barroso que principiou a saraivada de acusações e insinuações do presidente do STF contra os demais ministros. Eram 17h33, quando Barroso apenas repetiu o que os advogados falavam desde 2012 e que outros ministros falavam em caráter reservado.

Joaquim Barbosa acompanhava a sessão de pé, reticente ao voto de Barroso, mas ainda calmo. Ao ouvir a ilação, sentou-se de forma apressada e puxou para si os microfones que ficam à sua frente. Parecia que dali viria um desmentido categórico, afinal a acusação que lhe era feita foi grave. Elevar a pena de prisão imposta apenas com o fim de evitar a prescrição, dissimulando com isso a demora do tribunal para julgar o caso, é um ato arbitrário que se afasta do princípio de uma justiça imparcial e impessoal.

Mas Joaquim Barbosa não repeliu a acusação. Se o fizesse, de fato, estaria faltando com a sua verdade, não estaria de acordo com a sua consciência. Três anos antes, em março de 2011, Joaquim Barbosa estava de pé em seu gabinete. Não se sentava por conta do problema que ainda supunha atacar suas costas. Foi saber depois, que suas dores tinham origem no quadril.

A porta mal abrira e ele iniciava um desabafo. Dizia estar muito preocupado com o julgamento do mensalão. A instrução criminal, com depoimentos e coleta de provas e perícias, tinha acabado. E, disse o ministro, não havia provas contra o principal dos envolvidos, o ministro José Dirceu. O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fizera um trabalho deficiente, nas palavras do ministro.

Piorava a situação a passagem do tempo. Disse então o ministro: em setembro daquele ano, o crime de formação de quadrilha estaria prescrito. Afinal, transcorreram quatro anos desde o recebimento da denúncia contra o mensalão, em 2007. Barbosa levava em conta, ao dizer isso, que a pena de quadrilha não passaria de dois anos. Com a pena nesse patamar, a prescrição estaria dada. Traçou, naquele dia em seu gabinete, um cenário catastrófico.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 26 de março de 2011, uma matéria que expunha as preocupações que vinham de dentro do Supremo. O título era: "Prescrição do crime de formação de quadrilha esvazia processo do mensalão".

Dias depois, o assunto provocava debates na televisão. Novamente, Joaquim Barbosa, de pé em seu gabinete, pergunta de onde saiu aquela informação. A pergunta era surpreendente. Afinal, a informação tinha saído de sua boca. Ele então questiona com certa ironia: "E se eu der (como pena) 2 anos e 1 semana?".

Barroso não sabia dessa conversa ao atribuir ao tribunal uma manobra para punir José Dirceu e companhia e manter vivo um dos símbolos do escândalo: a quadrilha montada no centro do governo Lula para a compra de apoio político no Congresso Nacional. Barbosa, por sua vez, nunca admitira o que falava em reserva. Na quarta-feira, para a crítica de muitos, falou com a sinceridade que lhe é peculiar. Sim, ele calculara as penas para evitar a prescrição. "Ora!"

Felipe Recondo é repórter do jornal O Estado de S. Paulo em Brasília

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/131872/Recondo-Barbosa-fez-conta-de-chegada.htm

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sobre imprensa e jornalistas

Diálogo entre dois amigos do personagem principal de Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, sobre a imprensa do começo do século 20. 



A imprensa! Que quadrilha! Fiquem vocês sabendo que, se o Barba Roxa ressuscitasse, agora com os nossos velozes cruzadores e formidáveis couraçados, só poderia dar plena expansão a sua atividade, se se fizesse jornalista. Nada há tão parecido como o pirata antigo e o jornalista moderno: a mesma fraqueza de meios, servida por uma coragem de salteador; conhecimentos elementares do instrumento de que lançam mão e um olhar seguro, uma adivinhação, um faro para achar a presa e uma insensibilidade, uma ausência de senso moral a toda prova... E assim dominam tudo, aterram, fazem que todas as manifestações de nossa vida coletiva dependam do assentimento e da sua aprovação. Todos nós temos que nos submeter a eles, adulá-los, chamá-los gênios, embora intimamente os sintamos ignorantes, parvos, imorais e bestas... Só se é geômetra com seu placet, só se é calista com a sua confirmação, e se o sol nasce é porque eles afirmam tal coisa... E como eles aproveitam esse poder que lhes dá a fatal estupidez das multidões! Fazem de imbecis, gênios; de gênios, imbecis; trabalham para a seleção das mediocridades, de modo que... 

– Você exagera, objetou Leiva, o jornal já prestou serviços. 

– Decerto... Não nego... mas quando era manifestação individual, quando não era coisa que desse lucro; hoje, é a mais tirânica manifestação do capitalismo e a mais terrível também... É um poder vago, sutil, impessoal, que só poucas inteligências podem colher-lhe a força e a essencial ausência da mais elementar moralidade, dos mais rudimentares sentimentos de justiça e honestidade! São grandes empresas, propriedade de venturosos donos, destinadas a lhes dar o domínio sobre as massas, em cuja linguagem falam e a cuja inferioridade mental vão de encontro, conduzindo os governos, os caracteres para os seus desejos inferiores, para os seus atrozes lucros burgueses... Não é fácil a um indivíduo qualquer, pobre, cheio de grandes ideias, fundar um que os combata... Há necessidade de dinheiro; são precisos portanto capitalistas que determinem e imponham o que se deve fazer num jornal... 

Vocês vejam: antigamente, entre nós, jornal era de Ferreira de Araújo, de José do Patrocinio, de Fulano, de Beltrano. Hoje, de quem são? A Gazeta é do Gaffré, O País é do Visconde de Morais, ou do Sampaio, e assim por diante. E por detrás dela estão os estrangeiros, se não inimigos nossos, mas quase sempre indiferentes às nossas aspirações.

Barroso mostra didaticamente como Barbosa agiu contra lei

Barbosa, o black bloc

Lelê  Teles
LELÊ TELES 
Bom, parece que arrancaram a máscara do nosso heroi. E assim, de cara limpa, nenhum black bloc enfrenta ninguém
Desde que o julgamento da ação penal 470 se converteu em um reality show, alguns eminentes ministros, encantados com os holofotes, passaram a jogar para a plateia.

Barbosa, grande ator, roubou a cena desde então.

Ofendeu colegas, abusou de expressões de efeito midiático, fez caras e bocas, bateu boca e bateu, com muita força, o seu martelo.

O nosso Thor negro, poderoso, andava por aí, no farfalhoso frufru da toga, martelo em punho, cravando sentenças: chamou advogados de dormiocos preguiçosos; jornalista, de porco chafurdento; colega, de chicaneiro; e a revistaveja, por tudo isso, pelo conjunto da obra, o chamou de heroi.

Heroificado, Barbosa comprou um apê nos Esteites, terra de super herois, como se sabe. E como um super heroi moderno saiu a dar entrevistas, celebritante. Distribuiu autógrafos, marcou presença em eventos sociais, fez selfies, tirou fotos com fãs, desavisados e até com um bandido foragido, sempre risonho; foi a sambas, bares e até a um jogo de futebol, ao lado de Luciano Huck.
Lavou a égua.

Midiatificado, viciado no espetáculo e na bajulação, bateu o martelo com muita força e mostrou ter-se deixado trair pela emoção.

Fez de réus, inimigos; de colegas, adversários; da mídia, uma aliada.

Ordenou prisões no feriado e montou em excelente cenário: avião, veículos da Polícia Federal e todo mundo junto indo para a mesma penitenciária. Semiabertos foram trancafiados, tripudiou da enfermidade de um dos réus e foi condescendente com outro já convalescido.

Depois foi às compras na Europa, mas antes deu uma palestra em uma universidade nas estranjas, convidado para ninar um reitor com a sua conversa pra boi dormir. Os caras não lhe pagaram cachê e nem o café da manhã do hotel, tudo veio da viúva.

Assim, ele passou de um mero ator - sempre de pé e nunca de costas para a plateia - para um hábil roteirista e promissor autodiretor.

Aí vieram os Embargos Infringentes. Barbosa, o altivo, sofreu uma fragorosa goleada de 4x1. Ao sentir que perderia o jogo, foi pro ataque qual um legítimo black bloc.

Como se gritasse a plenos pulmões Não Vai Ter Copa, a barra passou a pesar para Barbosa, e o nosso heroi começou a desferir socos, cabeçadas e rabos-de-arraia, quebrar vidraças e tocar fogo no prédio público símbolo da burguesia, o STF.

Chamou Toffoli de hipócrita e acusou o fleumático Barroso de fazer política, veja você.

Mongicamente, Barroso, olhando para o bípede implume e togado - sempre de pé, por conta das hemorroidas (por que não se trata?) - afirmou: "Considero, com todas as vênias de quem pense diferentemente, que houve uma exacerbação nas penas aplicadas de quadrilha ou bando".

"Como é isso?", perguntou o surpreendido Barbosa. "É fácil fazer discurso político", afirmou o nosso candidato Joaquim, vendo que o outro tentava lhe roubar a cena.

Com mil diabos, parece que surgiu um deus ex machina por trás da cortina.

A certa altura, Barroso disse: "O discurso jurídico não se confunde com o discurso político. O STF é o espaço das razões públicas e não das paixões inflamadas".

Joaquim Barbosa inflamou-se e, como se tivesse em um campo de várzea, tratou o colega simplesmente de "Barroso", como se tivesse em uma discussão no quintal de casa com um compadre, quiçá se soubesse o apelido de Barroso o teria usado.

Ainda com toda a sua fleuma, Barroso disse que Joaquim sofria de déficit civilizatório.
Bom, parece que arrancaram a máscara do nosso heroi. E assim, de cara limpa, nenhum black bloc enfrenta ninguém.

Como um quixote às avessas, Barbosa achou que lutava contra moinhos de vento, deparou-se com gente de carne e osso, e sangue frio.

Talvez esse tenha sido o último ato de Barbosa nessa ópera bufa escrita por ele mesmo, só lhe resta ser o candidato da revistaveja e, depois, o ostracismo.
Como se vê, vai ter copa!

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/131649/Barbosa-o-black-bloc.htm
Não houve quadrilha no mentirão diz maioria de ministros do STF

Temos aqui apenas o primeiro passo de muitos outros que serão dados para se buscar a revisão desse julgamento que culminou na mais monumental farsa produzida por uma Suprema Corte de Justiça que abdicou de suas funções para julgar de acordo com os interesses espúrios e escusos da grande velha mídia nacional que hoje é quem determina o resultado de um julgamento no STF com base naquilo que publica seja falso ou verdadeiro para o histerismo de um público amoral, vil e corrupto que absorve acriticamente ipsis literris tudo que é escrito, sem o cuidado de buscar o contraditório, de fazer o contraponto, obrigação de qualquer um que se aventurar a dá opinião e a fazer juízo de valor sobre a conduta alheia sem saber do que fala apenas pelo prazer de acompanhar a manada. O mais deprimente é que são pessoas que têm formação superior, provando que grau de escolaridade não significa necessariamente ser bem informado. Esse estamento é o mais susceptível de manipulação tanto é que está a repetir sofisma, frases feitas, em pleno e total desconhecimento do processo histórico que não fosse pela sabedoria popular demonstrada em intenções de pesquisa estaria a produzir mais um Salvador da pátria depois de Jânio e Collor num espaço de tempo inferior a 50 anos ao querer eleger esse Torquemada falso moralista à presidência sem sequer preocupar-se com o retrovisor da história que não é tomada como balisa de aprendizado e sabedoria para não se repetir velhos erros.

JB PRECISA SAIR PARA QUE O STF RESTAURE A DIGNIDADE

BARBOSA, A MARIONETE DO GOLPE, MORREU PELA BOCA

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quem é Roberto Jefferson?

Daniel Mori
DANIEL MORI 
Apesar de ter ganhado notoriedade com o caso do mensalão, Roberto Jefferson é uma figurinha carimbada da política brasileira há anos
Roberto Jefferson ficou popularmente conhecido ao ser interrogado pela CPMI dos Correios, em 2005. Naquela comissão, instaurada para investigar irregularidades e fraudes na estatal, o então deputado federal (PTB-RJ) denunciou outro esquema, muito mais impactante, o Mensalão.
Jefferson foi interrogado pela CPMI, presidida pelo senador petista Delcídio Amaral. Seu nome aparecia em um vídeo em que Maurício Marinho, funcionário dos Correios, aparecia negociando propina com um suposto empresário interessado em participar de uma licitação. Na ocasião, Maurício mencionou ter o respaldo do chefe, o deputado Roberto Jefferson.

A CPMI, no entanto, teve seu desfecho, mas perdeu importância depois da denúncia feita pelo deputado. Roberto Jefferson passou de chefe das negociações de propina nos Correios para herói da República ao denunciar que o PT, chefiado por José Dirceu, pagava para que deputados dos partidos aliados: PTB, PP e PMDB aprovassem os projetos sociais do Governo Lula. O nome de 'mensalão' teria surgido em uma conversa de Jefferson com o deputado do PDT, Miro Teixeira. O pagamento de parlamentares para aprovar projetos não foi comprovado pelo STF, apenas os crimes de caixa 2 (que é crime sim, parafraseando a ministra Carmen Lúcia, do STF).

O PTB, do qual Roberto Jefferson era presidente, andava em crise em meados de 2004. Para entrar na coligação do então candidato Lula, o partido pediu ajuda financeira ao PT. R$ 4 milhões não declarados à Justiça Eleitoral foram pagos ao partido, fato admitido pelo ex-deputado.

Vida Política 

Apesar de ter ganhado notoriedade com o caso do mensalão, Roberto Jefferson é uma figurinha carimbada da política brasileira há anos. O pai e o avô eram políticos do PTB. A filha, Cristiane Brasil, é vereadora no Rio. Formado em Direito em 1979, Jefferson foi deputado de 1983 a 2005 (quando teve o mandato cassado).

Collor 

Uma característica do ex-deputado foi estar sempre na base aliada do Governo Federal. Esteve com Sarney e principalmente ao lado de Collor. Em 1992 foi o principal defensor de Fernando Collor, tanto no plenário, quanto nos meios de comunicação. Famoso por seu estilo agressivo, convidou o então deputado da oposição, José Dirceu (PT-SP), para a briga. Ali começava o relacionamento conturbado entre os dois, que culminou nas acusações de 2005.

CPI do Orçamento 

Em 1993, na base aliada de Itamar Franco, teve seu nome citado na CPI do Orçamento. Ele foi incluído numa lista de 37 deputados que cometiam fraudes no orçamento da União junto a prefeitos e empreiteiras responsáveis por obras em todo o país. Jefferson foi absolvido no início do processo, que terminou com 18 deputados cassados. Denúncias afirmam que ele supostamente teria embolsado sozinho R$ 470 mil.

Reeleição e declaração de bens 

Como de praxe, Roberto Jefferson se manteve aliado do Governo com a posse de Fernando Henrique Cardoso em 1995. Em 1997 votou a favor do projeto que permitiria a reeleição de cargos executivos no País. Muitos deputados da base aliada chegaram a afirmar que houve compra de votos para a aprovação. O caso não foi comprovado, mas também sequer foi investigado. A reeleição foi aprovada e o então presidente, FHC, foi reeleito.

Ainda em 1997, Jefferson, buscando mais um mandato de deputado, omitiu na declaração de bens ao Tribunal Regional Eleitoral a posse de dois apartamentos em Cabo Frio. Cerca de R$ 90 mil cada um.
Em 1990, Roberto Jefferson não declarou ao TER uma casa que possui até hoje em Petrópolis. Eleito mais uma vez em 1994, continuou sem declarar o imóvel, que só foi comunicado na eleição de 1998, no valor de R$ 82.276,73.

Deputado aposentado e herói dos tolos 

O depoimento de Roberto Jefferson na CPI dos Correios foi a base argumentativa da acusação na Ação Penal 470, o chamado Mensalão. Com isso, Jefferson ganhou o status de herói para a oposição e críticos do Governo Lula. Deu entrevistas, contou piadas e cantou nos programas do Jô e Superpop. Lançou um livro e recentemente gravou um disco: "On the Road".

Em 2005, mesmo ano de sua cassação, Jefferson teve sua aposentadoria publicada no Diário Oficial. O ex-deputado recebe R$ 18.477 dos cofres públicos.

Roberto Jefferson foi condenado a 10 anos de reclusão, mas teve pena reduzida a 7 anos por ter sido o delator do caso. No dia de sua prisão, a apresentadora do SBT Brasil, Raquel Sheherazade, pediu medalha de Honra ao Mérito ao ex-deputado pelos "bons serviços prestados ao Brasil".

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/131584/Quem-%C3%A9-Roberto-Jefferson.htm

Manobra de Gilmar e JB põe faca no pescoço de Teori



O que é o STF atual? Um esgoto a céu aberto, um lixo. Ali não tem nada de corte Suprema de justiça. Estamos diante de um tribunal cuja maioria de sua composição age como instrumento de um partido político de oposição que diferentemente do que se possa pensar, não são os partidos de oposição colocados em tal situação pelo voto do eleitor nas últimas três eleições, mas aquele formado no vácuo de uma oposição que não tem projeto, rumo e nem votos, o PIG ( Partido da Imprensa Golpista) capitaneado pela Rede Globo de Sonegação Fiscal que cresceu e transformou-se no maior império de comunicação da América latina graças ao seu apoio descarado a ditadura militar e seus satélites, Veja, Folha, Estadão, grupo RBS, Zero Hora et caterva. 


Ministros de uma corte de justiça e magistrados que têm poderes de determinar se um indivíduo deve ou não perder o bem mais supremo que acompanha sua existência, a liberdade, não têm que desenvolver estratégia para condenar alguém. 

O animus de condenar não deve está presente na consciência de um magistrado é tão somente consequência resultante das provas dos autos que falarão se o réu deve ou não receber uma sentença condenatória com privação de liberdade. Quando se divulga que dois ministros se reúnem para manobrar a favor da condenação dos réus da AP 470 com o fito de pressionarem os demais ministros da corte colegiada da qual são membros integrantes, fica abertamente escancarado que as provas são fracas, sequer existem. 

Porque se houvessem não se precisaria armar um expediente tão medieval, tão mesquinho, tão baixo, próprio do caráter pequeno desse Torquemada chamado Joaquim e desse falso moralista Gilmar, nacionalmente conhecido pela sua participação deplorável nos fatídicos dias que culminaram com a prisão do banqueiro Daniel Dantas, durante a operação Satiagraha objeto do livro Operação Banqueiro que expôs os métodos nada ortodoxo para livrar da cadeia um banqueiro envolto num imenso mar de suspeitas criminosas. 

Ainda mais quando se utilizam de um cargo que existe única exclusivamente para aplicar o direito. A justiça desse país hoje é aquilo que se escreve em páginas de jornais, seja verdadeiro ou falso. Isso é uma infâmia, um escárnio que enxovalha o STF.