quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Por que a RPC/Globo mantém contrato com o Ibope, mesmo o instituto errando todas as pesquisas?

Se o Ibope erra todas e está mais comprometido com o tucano Beto Richa do que noiva em véspera de casamento, por que raios a RPC mantém contrato com o instituto de Carlos Augusto Montenegro? Que há por trás desta inabalável parceria? Outro questionamento levantado por leitores: por que a RPC não divulga os números do Ibope junto com o Datafolha no mesmo telejornal, como fizera até as eleições de 2010? Por quê? “O iBeto não reflete a onda pela volta de Requião ao Palácio Iguaçu”, diz o deputado Antônio Anibelli Neto, o Anibelinho.
Se o Ibope erra todas e está mais comprometido com o tucano Beto Richa do que noiva em véspera de casamento, por que raios a RPC mantém contrato com o instituto de Carlos Augusto Montenegro? Que há por trás desta inabalável parceria? Outro questionamento levantado por leitores: por que a RPC não divulga os números do Ibope junto com o Datafolha no mesmo telejornal, como fizera até as eleições de 2010? Por quê? “O iBeto não reflete a onda pela volta de Requião ao Palácio Iguaçu”, diz o deputado Antônio Anibelli Neto, o Anibelinho.
O instituto de Pesquisa Ibope, conhecido no Paraná como “iBeto”, além do governo do estado, mantém um sólido contrato com a RPCTV (Globo) para divulgar as sondagens eleitorais.
O diabo é que o “iBeto” errou todas os levantamentos, sempre em favor de quem paga. Vide o caso de 2012, quando apontava ida de Luciano Ducci (PSB) para o segundo turno e terceiro lugar para Gustavo Fruet (PDT).
Também por erros que foram classificados como “fraude eleitoral” o Ibope, ou iBeto, motivou a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa do Paraná. Errou feito igualmente em Foz do Iguaçu e Ponta Grossa.
Mesmo investigado e sem credibilidade, o Ibope foi contrato por R$ 4,6 milhões pelo governo Beto Richa (PSDB) e tchan, tchan, tchan… O tucano disparou na pesquisa na RPC.
“O iBeto não reflete a onda pela volta de Requião ao Palácio Iguaçu. A vontade das urnas falará mais alto em 5 de outubro, pois é o mesmo instituto que dizia que perderíamos a convenção do PMDB para o Beto Richa”, disse o deputado Antônio Anibelli Neto, o Anibelinho.
Ora, se o Ibope erra todas e está mais comprometido com o tucano Beto Richa do que noiva em véspera de casamento, por que raios a RPC mantém contrato com o instituto de Carlos Augusto Montenegro? Que há por trás desta inabalável parceria?
Outro questionamento levantado por leitores: por que a RPC não divulga os números do Ibope junto com o Datafolha no mesmo telejornal, como fizera até as eleições de 2010? Por quê?
Para quem não se lembra, o Ibope/RPC afirma que Richa tem 43% das intenções de voto, Requião 26% e Gleisi 14%.
Já o Datafolha, que divulgou pesquisa em 15 de agosto, a disputa pelo governo do estado está tecnicamente empatada entre Richa (39%) e Requião (33%). Gleisi está em terceiro com 11%.
Como dizia o velho Leonel Brizola, algo de errado há nisso…
http://www.esmaelmorais.com.br/2014/08/por-que-a-rpcglobo-mantem-contrato-com-o-ibope-mesmo-o-instituto-errando-todas-as-pesquisas/

Morte de Eduardo Campos: Assessor de Richa tem 48 horas para explicar acusação contra PT

Júlio Jacob Júnior, assessor do governador Beto Richa (PSDB) e presidente da Copel Participações S/A, terá 48 horas para se explicar sobre acusação que fez contra o PT no caso da morte do ex-presidenciável Eduardo Campos; “Reafirmo, suspeito sim de sabotagem, típica de fanatísmos como vários radicais do PT”, escreveu ele nas redes sociais, o que causou forte reação dos internautas; decisão é da juíza Letícia Marina Conte, da 4ª Vara Criminal de Curitiba, que acolheu nesta quarta-feira (27) parecer do Ministério Público.
Júlio Jacob Júnior, assessor do governador Beto Richa (PSDB) e presidente da Copel Participações S/A, terá 48 horas para se explicar sobre acusação que fez contra o PT no caso da morte do ex-presidenciável Eduardo Campos; “Reafirmo, suspeito sim de sabotagem, típica de fanatísmos como vários radicais do PT”, escreveu ele nas redes sociais, o que causou forte reação dos internautas; decisão é da juíza Letícia Marina Conte, da 4ª Vara Criminal de Curitiba, que acolheu nesta quarta-feira (27) parecer do Ministério Público.
No Paraná, o cadáver do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB) continua insepulto.
A juíza Letícia Marina Conte, da 4ª Vara Criminal de Curitiba, acolheu nesta quarta-feira (27) parecer do Ministério Público que dá prazo de 48 horas para que o advogado Júlio Jacob Júnior, assessor do governador Beto Richa (PSDB) e presidente da Copel Participações S/A, explique a acusação que fez ligando o PT a atentado contra o ex-governador pernambucano (clique aqui).
O quiproquó se deu no dia do acidente aéreo que vitimou o socialista, dia 13 de agosto, quando Jacob acusou o PT pelas redes sociais:
“Reafirmo, suspeito sim de sabotagem, típica de fanatísmos como vários radicais do PT”, escreveu o assessor de Richa.
Diante da grave acusação, o diretório estadual do PT do Paraná ingressou no dia seguinte (14) com uma interpelação criminal. O objetivo dos petista é dar oportunidade de Jacob “reafirmar” ou “recuar” das acusações que fez contra o partido. Se confirmar, será processado criminalmente por calúnia e difamação (clique aqui).
http://www.esmaelmorais.com.br/2014/08/morte-de-eduardo-campos-assessor-de-richa-tem-48-horas-para-explicar-acusacao-contra-pt/

“Richa é o patrão do Ibope no Paraná”, acusa Requião

Advogado Luiz Fernando Delazari, em nome do senador Roberto Requião, protocolou nesta sexta (28) um pedido de providências ao procurador Gilberto Giacóia para que investigue o instituto de pesquisa Ibope; chefe do Ministério Público do Paraná poderá abrir investigação contra a empresa que faz levantamento de intenção de votos para o Palácio Iguaçu e, ao mesmo tempo, presta serviço ao governo Richa; Requião afirma que o referido instituto “possui um patrão”, o Governo do Estado, o que por si só compromete a lisura de qualquer pesquisa por ele divulgada; abaixo leia a integra do pedido.
Advogado Luiz Fernando Delazari, em nome do senador Roberto Requião, protocolou nesta sexta (28) um pedido de providências ao procurador Gilberto Giacóia para que investigue o instituto de pesquisa Ibope; chefe do Ministério Público do Paraná poderá abrir investigação contra a empresa que faz levantamento de intenção de votos para o Palácio Iguaçu e, ao mesmo tempo, presta serviço ao governo Richa; Requião afirma que o referido instituto “possui um patrão”, o Governo do Estado, o que por si só compromete a lisura de qualquer pesquisa por ele divulgada; abaixo leia a integra do pedido.
O procurador de Justiça do Paraná, Gilberto Giacóia, chefe do Ministério Público, recebeu nesta quinta-feira (28) um pedido de providências do senador Roberto Requião, candidato ao governo do Paraná, contra o instituto de pesquisa Ibope.
No documento protocolado hoje à tarde, Requião relata que o Ibope tem contratos no valor de R$ 4.631.040,00 com o governo do estado e faz pesquisas sobre a corrida eleitoral para o cargo de governador.
Para Requião, o referido instituto “possui um patrão”, o Governo do Estado, o que por si só compromete a lisura de qualquer pesquisa por ele divulgada.
Na reclamação ao Ministério Público, o candidato do PMDB diz que o Datafolha apresentou um resultado e o Ibope outro totalmente diferente por causa da relação comercial com o candidato/cliente.
Segundo o advogado Luiz Fernando Delazari, a campanha peemedebista pede que Giacóia investigue os termos do contrato entre o Ibope/CELEPAR; apontar seus objetivos; verificar o que foi pago até o momento e a que título; constatar se foram realizadas pesquisas do cenário eleitoral ao longo do período contratado; verificar se de fato o contrato atende ao interesse público ou a particular; e, investigar a possível fraude na pesquisa eleitoral realizada e divulgada no dia 25 de agosto de 2014.
http://www.esmaelmorais.com.br/2014/08/richa-e-o-patrao-do-ibope-no-parana-acusa-requiao/

Mesmo com jogo de compadres no JN, imagem de Marina pode ter sido abalada


Marina respondia olhando para a câmera com gestos calculados, sem reações naturais a perguntas incômodas. Bom treinamento de mídia melhora comunicação. Mas se perde autenticidade, corrói a imagem
por Helena Sthephanowitz publicado 28/08/2014 11:04, última modificação 28/08/2014 12:05
JN
Calculismo: palavras e gestos com sotaque de ensaiados
A candidata à presidência Marina Silva (PSB) foi a entrevistada desta quarta-feira (27), na bancada do Jornal Nacional. Apesar das perguntas de William Bonner e Patrícia Poeta terem parecido incômodas à primeira vista, uma olhar atento ao programa permite notar algo próximo de um "jogo de compadres", como dois times que combinam previamente o resultado bom para ambos.
O telejornal tinha de manter o estilo de interrogatório aplicado aos outros candidatos para não ser acusado de ser parcial. Mas o conteúdo das perguntas e as interrupções foram bem mais leves com Marina. Duas de três perguntas formuladas foram sobre o mesmo tema: contradições no discurso da ética e do que ela chama de “nova política”.  Bonner evitou atingir diretamente a candidata. As réplicas e tréplicas feitas pelo apresentador  também foram sobre o mesmo tema, sem se aprofundar nas questões. Perguntas sobre economia, tema comum aos outros entrevistados, ficaram de fora. Bonner evitou a pergunta que todos queriam ouvir. “A senhora vai terminar Belo Monte ou não?"
As perguntas até serviram como "vacina" para a candidata abordar os assuntos de interesse dela, que já vinham sendo cobrada a falar. Diferentemente de Aécio, Campos e Dilma, Bonner não tocou no assunto economia. Marina foi poupada de ter de explicar sobre as medidas amargas propostas por seus gurus econômicos e sobre suas intensas relações com o mercado financeiro, inclusive com a banqueira Neca Setúbal, herdeira e acionista do banco Itaú, que coordena seu programa de governo.
A pergunta mais incômoda foi sobre o "avião fantasma" usado na campanha por ela e que matou Eduardo Campos. Bonner perguntou se o pagamento feito por laranjas e sem registro de doações ou pagamentos à Justiça Eleitoral não era coisa da velha política. Marina enrolou, evitou explicações objetivas e procurou isentar-se e defender seu partido de responsabilidade. Tentou encerrar o assunto dizendo que o caso estava sob investigação pela Polícia Federal. Bonner insistiu, mas não muito. Praticamente repetiu a pergunta sem aprofundar nas suspeitas de caixa dois. Mesmo assim Marina sofreu desgaste em seu discurso sobre ética.
Questionada sobre qual seria a diferença entre a sua postura e a de políticos em geral quando confrontados com uma denúncia, Marina afirmou que o seu “compromisso com a verdade” não se tratava de “retórica”. Ela disse ainda que não tentava “tangenciar ou se livrar do problema”. Até ser confrontada pelos apresentadores do JN, Marina se recusava a responder a perguntas sobre o caso. Quando questionada, passava a palavra para o seu candidato a vice, Beto Albuquerque.
A segunda pergunta foi sobre a candidata ter ficado em terceiro lugar nas eleições de 2010 no Acre, seu estado natal. A apresentadora Patrícia Poeta perguntou se quem a conhecia não votava nela. Marina disse "é difícil ser profeta em sua própria terra", porque ela teve que confrontar interesses, ao lado de Chico Mendes. “Cheguei a ficar quatro anos sem poder andar na metade do meu Estado”, disse. “Mas não podia trocar o futuro das próximas gerações pelas eleições.” A explicação não convenceu muito, porque a carreira política dela foi alavancada justamente por ter lutado ao lado de Chico Mendes. Ela foi vereadora, deputada estadual e senadora duas vezes após confrontar os interesses. Nada disso explica ter perdido seu eleitorado em 2010.
A última pergunta repetiu o tema da tal "nova política", questionada por fazer "alianças entre diferentes" que ela condena nos outros. Bonner citou a escolha do vice Beto Albuquerque, que votou pela liberação do cultivo de transgênicos e a favor do uso de pesquisas com células-tronco embrionárias, de forma contrária às posições de Marina. Ela praticamente confirmou o que Bonner insinuou. Quando os outros fazem alianças ela chama de velha política. Quando ela faz a mesma coisa vira "nova política". Marina, ainda classificou como lenda a versão de que é contra o plantio de transgênicos. No entanto, em seu perfil na Wikipédia, Marina postou: “Durante sua administração no Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva acabou perdendo a luta histórica contra os transgênicos”.
As contradições desvios das respostas de seu assuntos abalam um pouco a imagem da candidata por mostrar antigas práticas que não batem com o discurso do novo. E há um outro elemento que pode ter desagradado parte dos telespectadores. Marina estava muito bem treinada no uso da câmera. Sempre respondia olhando para a câmera e fazendo gestos com as mãos, típicos do treinamento de mídia. Foi fria e calculista nas respostas, sem reações naturais diante de perguntas incômodas. O bom treinamento de mídia, que pode ser uma virtude para melhorar a comunicação com o eleitor, se perder a autenticidade corrói a imagem da candidata. Afinal, ninguém quer eleger uma atriz.
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/08/marina-silva-jogo-de-compadres-no-jn-pode-ter-abalado-a-imagem-8320.html

Garotinho “zoa” sumiço do “Aezão” no Rio. E sumiu mesmo: Aécio tem 11%, diz Ibope


27 de agosto de 2014 | 23:48 Autor: Fernando Brito
dilmagarotinho
Hoje, na visita feita por Dilma Rousseff ao restaurante popular em Bangu, zona Oeste do Rio, o candidato do PR, Anthony Garotinho, não perdeu a chance de fazer uma gozação contra seus arqui-inimigos Sérgio Cabral, Jorge Picciani (presidente do PMDB) e Eduardo Cunha.
— Cadê o Aezão? Onde está aquele pessoal? Por onde anda o Jorge Picciani (presidente estadual do PMDB e criador do “Aezão”)? — provocou Garotinho, usando ironia ao citar nomes de deputados do PMDB que disputam novo mandato. — Fiquei sabendo que deu a maior ventania lá em Saquarema e caíram todas as placas que tinham o Paulo Melo com o Aécio. Deu outra ventania em Jacarepaguá e caíram as placas de Brazão e Eduardo Cunha com Aécio. Esse pessoal é assim…
E é verdade.
Há três semanas, numa esquina próxima à minha casa, os contratados da candidatura do filho de Sérgio Cabral agitavam bandeiras com Aécio. Sumiram as bandeiras.
A classe média da Zona Sul bandeou-se para Marina e sobraram, segundo o Ibope, 11% das intenções de voto.
Dilma tem 38% e Marina, 30%.
O apoio de Garotinho, embora a Presidenta tenha de produzir o milagre de equilibrar-se entre quatro candidatos que, ao menos oficialmente, a apóiam, é o mais significativo para Dilma: ele tem o eleitorado de perfil mais popular e, junto com Marcelo Crivella, segura o voto evangélico que Marina Silva atrai.
Ambos têm também um eleitorado de talhe popular, que coincide com o de Dilma.
E, ao contrário do que muita gente de esquerda acha – por conta da rejeição enorme que ele tem na classe média – não acho impossível Garotinho ganhar a eleição aqui.
Não deixo meus ressentimentos pelo que fez a Brizola interferirem em minha avaliação eleitoral.
Ao contrário de Pezão, Crivella e Lindbergh , a  Garotinho sobra ousadia.
E e em eleição  com candidatos chochos, que não se definem claramente, ousadia pode ser um diferencial decisivo.
PS. E agora à noite, o Ibope de Minas mostra que também lá Aécio vai mal, muito mal. De uma vantagem, no início do mês, de dez pontos sobre Dilma entre os mineiros (41% a 31%) o ex-governador mingou para 34% contra inabalados 31% da Presidenta.  Marina tem 20%.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=20539

Justiça obriga Globo a cobrir campanha de Padilha


28 de agosto de 2014 | 01:37 Autor: Fernando Brito
padilha
Deu na Folha que o Tribunal Regional Eleitoral paulista determinou que a Globo registre, diariamente, as atividades do candidato petista ao Governo do Estado. Até agora, a Globo só publicava uma vez por semana a agenda de Padilha, sob o argumento de decidiu só dar cobertura aos candidatos que atingissem 6% nas pesquisas.
Por isso, só tinham reportágens diárias  Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf (PMDB).
Como o Ibope e a Globo são uma espécie de simbiose, o candidato não sobe nas pesquisas porque não é mostrado e não é mostrado porque não sobe nas pesquisas, como na propaganda de biscoito.
É claro que, embora sejam  ruins suas perspectivas, a candidatura Padilha subirá, pelo próprio tamanho que tem o PT no Estado.
Mas é, de fato, terrível que tenhamos uma mídia que precisa ser compelida a cobrir a candidatura do maior partido  do país, com todas as suas deficiências, ainda mais quando dela participa um ex-presidente da República, Lula.
É jornalístico e não cobrir, resumindo a uma nota semanal, é antijornalismo.
O que, vindo da Globo, não chega a ser notícia.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=20546

Não houve empréstimo de avião. Estadão confirma: Eduardo Campos participou da compra


28 de agosto de 2014 | 03:11 Autor: Fernando Brito
uberaba
Novamente, o Estadão confirma,  com bom trabalho de seus repórteres, as informações que este blog tinha conseguido reunir e publicar, com os poucos meios de que dispõe.
No final da noite de ontem, Ricardo Brant e Andreza Matais publicam que o ex-governador Eduardo Campos aprovou, pessoalmente, a aquisição do Cessna do grupo AF Andrade, como já tinha ficado claro por uma publicação da Folha, no dia seguinte ao acidente, quando ainda não havia elementos para que a reportagem pudesse ver o quanto obscuro era o negócio.
Portanto, não houve empréstimo de avião dos empresários a Eduardo Campos: o ex-governador participou diretamente da compra do aparelho, dando a palavra final para sua aquisição, segundo os próprios empresários que estariam vendendo o aparelho.
João Carlos Lyra Pessoa de Mello, da JCL Factoring, marcou com os donos da AF Andrade o dia 8 de maio. Diz o jornal que “de Congonhas, o jato partiu com o ex-governador para Uberaba (MG), com o piloto da AF Andrade, Fabiano Peixoto. No dia, Campos visitou a 80ª Expo Zebu, em agenda de pré-campanha”.
Mas há mais fatos sendo confirmados.
Na noite de ontem, a Polícia Federal confirmou, com mais detalhes, o que havia sido informado aqui no sábado: Campos estendeu os incentivos fiscais dados à empresa Bandeirantes Companhia de Pneus.
Segundo o Valor: “O decreto do ex-governador eliminou limites de importação de pneus à empresa, estabelecidos na gestão anterior à de Campos.”
O dono da Bandeirantes é o próximo personagem que vai surgir: Apolo Santana Vieira,  dono da Bandeirantes. Não é à toa que o aparelho em que voava Eduardo Campos antes ca compra do Cessna, era um Learjet da Bandeirantes que, ao ser matriculado na Anac, teve escolhido o prefixo  (PP) ASV.
Este prefixo estava desativado desde 1966, quando pertencia a um Handley Page  HP-100 Herald, da então Sadia Transportes Aéreos, que viria a se tornar a Transbrasil.
E foi solicitado por causa das iniciais: Apolo Santana Vieira.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=20550

Por que a elite apóia o caminho para lugar nenhum? Para perdermos o rumo, é claro


28 de agosto de 2014 | 09:22 Autor: Fernando Brito
plunctplactzum
O publicitário Hayle Gadelha – que, apesar de marqueteiro, é um caráter de primeira – preparou, a partir das reflexões do professor Roberto Moraes, e manda-me uma análise da distribuição do eleitorado entre Marina Silva e Dilma Rousseff, tomando por base os números do Ibope, que a ele também fizeram franzir as sobrancelhas.
Mas, vá lá.
Reparem que curioso: os índices de Marina, além da esperada vantagem entre os evangélicos, são muito maiores entre os brancos e os de melhor renda.
Ela, a candidata que se definiu como negra ao TSE e tem origem pobre.
Embora eu não creia que seu crescimento vá se consolidar, por suas próprias fraquezas intrínsecas, a começar da notória  incapacidade de agregar de Marina e pelo embrulho em  ela que se meteu nessa aliança “programática”  com Eduardo Campos, é sintomática a sua “adoção” por parcelas expressivas  da classe média que ascendeu com Lula e seguiu assim com Dilma.
Deixo que Gadelha, mais tarde, no seu blog, comente esta distribuição eleitoral.
Fixo-me nisso: a dificuldade do PT – menos que a  de Lula, aliás – em politizar a questão econômica.
Na desídia ou negligência da esquerda em associar a ascensão social ao desenvolvimento nacional e a um projeto de país autônomo.
Porque a direita sempre  agita a ideia dos cortes de gastos e da entrega do país como caminho do progresso, um progresso que traga a modernidade (para ela), embora isso não tenha feito senão alienar o país e  aprofundar nossos abismos sociais.
Em 2006 e em 2010, sem sombra de dúvidas, o discurso nacionalista esteve no centro do enfrentamento com o PSDB.
Embora não fosse da tradição petista, foi ele o cerne da decisão política da população em dar continuidade ao projeto político personificado por Lula.
Parece-me que há uma inibição incompreensível em voltar a este tema, agora aparentemente limitado pelas dificuldades econômicas que reduzem este discurso a um “o Brasil está preparado para crescer”.
E crescerá com o discurso que nos sugere Marina Silva?
Ela segue desfilando sua beatitude sem ser cobrada de respostas objetivas, diretas.
Ela quer manter o controle estatal sobre o petróleo, que agora – com o pré-sal –  tem tudo para ser uma das molas do nosso progresso econômico? Ou irá adotar o discurso de que “é sujo, é poluente” enquanto os países ricos o queimam a rodo?
Vamos investir, com responsabilidade e firmeza na ampliação de nossa capacidade de gerar energia hidrelelétrica ou vamos acender velas?
Abriremos estradas, portos, ferrovias ou nos paralisaremos e vamos nos desenvolver com “a confiança dos investidores”, naturalmente alimentados por ganhos itaúticos?
Não se debate, nestas eleições, ao contrário do que se debateu em 2006 – pela negativa à privatização – e em 2010, pela esperança de Brasil, um projeto de nação.
Vocês notaram que as propostas de Marina Silva, além de repetirem a lenga-lenga neoliberal na economia (“tripé”, “autonomia do BC”, etc) não vão a lugar nenhum?
Até porque prometer mais e melhor educação, saúde, segurança e respeito ao meio-ambiente, desde que me entendo por gente, nunca deixou de estar na campanha de qualquer candidato.
Marina  foca sua proposta no diálogo. Muito bem, mas sobre o quê?
E em que ambiente se desenvolveria este diálogo, sob os apetites de um Congresso sedento ante um governo sem forças próprias e de uma mídia cuja submissão ao financismo beira a vassalagem?
Essa é a opção que será feita, mas que não está sendo compreensivelmente explicada à população.
A história da prioridade ao “diálogo” e do “há gente boa em todos os partidos” é como aquelas “comissões de alto nível” que se nomeia quando se quer chegar a lugar algum.
O conservadorismo brasileiro precisa não de um governo que faça, mas de um governo que não faça.
Porque, não fazendo, tudo se conserva como está e está, naturalmente, bom para quem está ganhando e dominando.
Como resumiu Diego Mainardi, hoje, é preciso mudar os bandidos.
Só o que ele não diz é que isso é necessário para que o crime continue a ser praticado.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=20510

A Veja se preocupa com quem vai ser Presidente. Do Banco Central, não do Brasil


28 de agosto de 2014 | 11:16 Autor: Fernando Brito
banqueiros
No melhor estilo daquele William Bonner do Maranhão, que perguntou ao candidato Flávio Dino se ele ia “implantar o comunismo” no Estado,a chamada de capa da Veja, esta manhã, adverte contra o perigo que “facções ideológicas mais perigosas” do PT trazem ao país porque…um site de campanha ligado ao  partido publicou “um texto na noite de terça-feira com potencial de fazer tremer bancos, investidores, empresas e o próprio eleitor.”
O que teria feito o tal site – o Muda Mais, várias vezes citado aqui – para provocar tamanho terremoto?  Defendeu uma ditadura? Sugeriu uma invasão soviética?  Pregou a estatização dos nacos ou das multinacionais?
Não, apenas defendeu que valha o que está escrito na Constituição Brasileira e que vem sendo praticado há décadas, dentro da lei e da hierarquia dos poderes: que o Presidente da República, eleito pelo povo,  tenha o poder de indicar quem vai dirigir o Banco Central!
Exatamente como indicaram todos os presidentes anteriores – o “querido” Fernando Henrique Cardoso, inclusive  -  e nunca fizeram, por isso, “tremer bancos, investidores, empresas e o próprio eleitor”.
Lula e Dilma, aliás, foram extremamente cuidadosos – muito além da conta, eu diria – nas suas indicações. Ele, com Henrique Meirelles, que dispensa apresentações, e ela com Alexandre Tombini, funcionário do Banco concursado e membro da diretoria de Meirelles por cinco anos.
Aliás, nenhum dos dois – ao contrário de FHC – demitiu nenhum presidente do BC.
Agora, se o Presidente da República não pode orientar, sugerir e apontar os grandes objetivos da política econômica, melhor elegermos um rei ou rainha da Inglaterra e entregarmos o comando do país ao mercado de capitais.
Como fez, aliás, Fernando Henrique quando o real foi por água abaixo após as eleições de 98 e ele pediu emprestado a George Soros o economista Armínio Fraga para “arrumar a casa” a juros cavalares de 45% ao mês.
É por isso que o “mercado” não se assusta com Marina. Como já garantiu sua Ministra-Chefe de Tudo, Maria Alice Itaú Setúbal, o BC terá autonomia.
Nada além da frase de Mayer Amschel Bauer, que mudou seu sobrenome para Rothschild:
“”Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis.
Traduzindo: o que chamam de autonomia é  um presidente do BC  escolhido pelos bancos e que a eles prestará contas.
Viva a democracia!
 PS. O artigo da Veja é sensacional. Termina lembrando – vejam a semelhança – as críticas do site  ao presidente da CBF, José Maria Marin, aquela triste figura. Srá que querem uma figura semelhante para o Banco Central?
http://tijolaco.com.br/blog/?p=20560

A ideia do novo na política brasileira, por Wagner Iglecias



Um dos argumentos mais usados pelos mais diversos políticos na História brasileira é chamar para si e para seu grupo a perspectiva do novo. Parte-se do pressuposto de que a estrutura política existente está carcomida e é preciso inaugurar uma nova era. Sob a vanguarda do grupo político que se auto-intitula portador da novidade, obviamente. O mais recente exemplo é aquilo que parece ser o principal slogan de campanha da candidata Marina Silva (PSB), que diz querer ser presidente da república para inaugurar a “nova política”.
Mas o fenônemo não é exatamente inédito e nem recente. E nem é só brasileiro. Regimes socialistas mundo afora pretenderam criar o “novo homem”. No que não foram bem sucedidos, como se viu depois. Nos anos 1930 o então presidente dos USA, Franklin Delano Roosevelt, lançou o “New Deal”, amplo programa econômico de inspiração keynesiana destinado a tirar aquele país da depressão econômica. Aqui, na mesma época, tivemos a inauguração do Estado Novo, período mais duro da ditadura de Getúlio Vargas, no qual de fato foram lançadas as bases do Brasil moderno, industrial e urbano, que a partir de 1937 finalmente adentrava ao século XX e deixava para trás o seu perfil de velha fazenda agro-exportadora. Perfil talvez recuperado mais recentemente, conforme atestam os dados da nossa Balança Comercial.
O século XX brindou o país ainda com a “Nova República”, de José Sarney, a partir de 1986, pela qual se dizia que uma nova época estava se iniciando, deixando para trás os 21 anos de ditadura militar e inaugurando uma nova dinâmica nas relações entre Estado e sociedade civil. Naufragada na inflação e em denúncias de corrupção e fisiologismo, ela foi substituída pelo “Brasil Novo”, de Fernando Collor de Mello, entre 1989 e 1992. Brasil Novo que acabou quando Collor sofreu o processo de impeachment pelo Congresso Nacional, também por conta de denúncias de corrupção.
Diante dos vários insucessos no combate à inflação ao longo do século passado a ideia de novo também foi usada na economia. O Brasil teve os chamados “Cruzeiro Novo”, entre 1967 e 1970, e “Cruzado Novo”, entre 1989 e 1990, criados após reformas monetárias destinadas a combater a corrosão do valor das cédulas de dinheiro diante de processos inflacionários galopantes. Ambas as medidas mostraram-se fracassadas pouco depois.
Marina Silva apenas repete o que tantos outros já fizeram no passado. Anuncia uma “nova política”, mas por seu discurso tão similar ao de tantos outros políticos, e por seu tão heterogêneo arco de apoios no meio partidário e na sociedade civil, parece ser uma candidata tão tradicional quanto tantos outros, de hoje e do passado. Tomara que este humilde escriba esteja enganado, e que não estejamos diante, novamente, de um museu de grandes novidades, como diria não o novo, mas o eterno Cazuza.
Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. 
http://jornalggn.com.br/noticia/a-ideia-do-novo-na-politica-brasileira-por-wagner-iglecias