quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Discovery exibe programa sobre caso Isabella Nardoni


Um dos crimes que mais abalaram a opinião pública brasileira, o assassinato da menina Isabella Nardoni, vai abrir a terceira temporada do "Instinto Assassino", no Discovery Channel.
A série é focada na ciência forense e revela as técnicas empregadas por peritos, investigadores e detetives, além de fazer uso de reconstituições das cenas dos crimes e da investigação.
No caso do programa sobre Isabella, o programa terá entrevistas inéditas com a perita Rosângela Monteiro, responsável pelo laudo sobre a cena do crime, e com o investigador Luis Alberto Spinola, envolvido diretamente no caso.
Outro caso brasileiro a ser mostrado nesta temporada é o do assassinato de Patrícia Aggio Longo, em 1998, cuja responsabilidade foi atribuída ao então esposo e promotor, Igor Ferreira da Silva.
Os demais outro episódios serão com crimes cometidos em outros países da América Latina.
O Brasil também terá destaque na série "Catástrofes Aéreas", que mostrará na estreia o acidente com a aeronave A330 da Air France, que partiu do Rio de Janeiro rumo a Paris, causando a morte de 228 pessoas.
Veja a chamada do programa sobre o caso Isabella:
*
INSTINTO ASSASSINO
Estreia da terceira temporada
QUANDO segunda-feira (27), às 23h
CATÁSTROFES AÉREAS
Estreia da série
QUANDO quinta-feira (1º), às 23h

Ex-superitendente da PF é absolvido no caso dos jogos do Pan




O ex-superintendente da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, foi absolvido da acusação de ter superfaturado a compra de equipamentos de segurança para os Jogos Panamericanos realizados no Rio de Janeiro em 2007. Então, Corrêa era secretário nacional de Segurança Pública e havia comprado sem licitação equipamentos no valor de R$ 170 milhões de um consórcio liderado pela Motorola. Os procuradores apontavam um sobrepreço de R$ 18 milhões na aquisição. O delegado Odécio Carneiro, na época coordenador-geral de Tecnologia e Informação da PF, também era réu na ação, que correu em segredo de Justiça. Na sentença, o juiz federal Antonio Claudio Macedo da Silva ponderou que a existência de sobrepreço não foi confirmada pelo Tribunal de Contas da União e, além disso, Corrêa e Odécio Carneiro não poderiam ser apontados como os responsáveis pela compra dos equipamentos.

Felipe Patury

Heraldo diz que PHA não é racista



Paulo Henrique Amorim não foi condenado pelo crime de racismo ou dano moral como pleiteado por Heraldo Pereira de Carvalho no montante de R$ 300.000,00. Na ação promovida por Heraldo Pereira de Carvalho, as partes em audiência designada para 15 de fevereiro de 2012, conciliaram perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível da Circunscrição Especial de Brasília – DF, Daniel Felipe Machado, constando da sentença que homologou o acordo que o jornalista Paulo Henrique Amorim não ofendeu a moral do autor da ação ou atingiu a sua honra com conotação racista, fatos esses reconhecidos por Heraldo Pereira de Carvalho, tanto assim que concordou e assinou o termo de audiência. Em razão da conciliação levada a efeito, Paulo Henrique Amorim fará doação a instituição de caridade correspondente a 10% do montante pedido pelo jornalista Heraldo Pereira de Carvalho.


Paulo Henrique Amorim

O homem que processou o Brasil é condenado à prisão


Depois de passar 30 anos em busca de uma indenização que estima em R$ 1 bilhão, Wolf Gruenberg foi condenado a nove anos de cadeia por formação de quadrilha, denunciação caluniosa e falsidade ideológica.

MARIANA SANCHES

O LITIGANTE Wolf Gruenberg, fotografado na sede do Banco de la República Oriental del Uruguay, em São Paulo. “Sou um perseguido, e meus inimigos usam o Estado brasileiro para me atingir”, diz ele (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)
A Justiça Federal de Porto Alegre (RS) condenou o empresário Wolf Gruenberg a nove anos, cinco meses e 22 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica de documento particular e denunciação caluniosa. A sentença impõe ainda pena de cinco anos de prisão a Betty Gruenberg, mulher de Wolf. Dois funcionários do casal também foram condenados. O juiz José Paulo Baltazar Junior determinou, na mesma sentença, que os réus paguem multas cujos valores variam de R$ 39 mil a R$ 4,7 milhões. A sentença foi divulgada em 14 de fevereiro. ÉPOCA publicou a história de Wolf Gruenberg em 10 de fevereiro.
A condenação é o desfecho da Operação Mãos Dadas, detonada pela Polícia Federal em 2008, quando o casal Gruenberg foi preso em sua casa, em Porto Alegre, acusado de ludibriar a Justiça para obter uma indenização que supera R$ 1 bilhão a ser pago pela União.
O juiz Baltazar Junior ordenou a prisão preventiva de Wolf. E fixou o valor de R$ 30 milhões como pagamento de fiança, caso Wolf queira recorrer em liberdade. De acordo com a sentença assinada pelo juiz, "no presente caso, é necessária a imposição de fiança, pois esta constitui forma de vincular o réu ao processo, assegurando a aplicação da lei penal em eventual manutenção da condenação, bem como para garantir o pagamento da multa imposta".
Para garantir o pagamento das dívidas de empresas da família Gruenberg ao Fisco o juiz determinou o bloqueio dos bens do casal Gruenberg. O montante soma cerca de R$ 29 milhões.
O advogado da família Gruenberg, José Francisco de Fyschinger , disse que “a absurda rapidez com que a sentença foi publicada após o oferecimento dos extensos memoriais das defesas técnicas leva a uma conclusão segura: o magistrado (Baltazar Junior), infelizmente, é suspeito. No caso presente, fica muito clara a parcialidade, à vista da rapidez desproporcional com que [foram] examinados os memoriais. Tudo leva a crer que algumas deliberações foram tomadas depois de o magistrado ter sido procurado pela Revista Época”. Wolf vai recorrer da decisão.

O Que Aconteceu Com A Imprensa Brasileira Nos Últimos 50 Anos


O regime militar batia pesado
Um novo trecho de “Minha Tribo: o Jornalismo e os jornalistas”
É interessante o que aconteceu no jornalismo brasileiro nos últimos 50 anos, quando o país se modernizou economicamente.
Na época da ditadura militar, os donos das grandes empresas mantinham perfil baixo. Por motivos óbvios: havia risco. Ditaduras têm relação sempre áspera com o jornalismo. A exceção conspícua aí era Roberto Marinho, da Globo.  Ele era “absolutamente confiável”,  para os militares. Podia dizer que “dos seus comunistas” cuidava, e era verdade. Os comunistas que trabalhavam com Roberto Marinho não escreviam nada que pudesse alimentar sua causa.
Os demais donos não gozavam da mesma confiança dos militares. Os Mesquitas, que tinham apoiado a Revolução de 1964, exigiram depois que os militares voltassem logo para os quartéis. Mas os generais tinham gostado do poder, e terminaram por censurar o Estadão por muitos anos. Na Folha, sob Octavio Frias de Oliveira, você teve um jogo duplo. Frias não era um “pensador” como os Mesquitas.
Durante muitos anos ele manteve um jornal que era seu gesto de confraternização com o regime, a Folha da Tarde.  Iniciei minha carreira nele. Você parecia às vezes estar não numa redação, mas num quartel.  Antogio Aggio Filho, o editor-chefe, era de extrema-direita. O secretário de redação, Rodrigão, era militar. O redator-chefe, Torres, tinha livre trânsito no Dops. Não vi isso, mas contavam na redação que Torres uma vez subira numa cadeira para defender a morte de guerrilheiros – ou terroristas, como eles os chamava. A meu lado, na redação, trabalhavam um coronel, apelidado exatamente assim, Coronel. Era discreto, simpático. Guardo boas lembranças das conversas supérfluas que travávamos ali no fechamento.
Aggio foi posto no cargo de diretor da Folha da Tarde em 1969 por Frias, segundo quem a decisão se devia à competência do jornalista e não a seu trânsito com os militares. Ele varreu da redação as pessoas de esquerda. O jornalista Jorge Okubaro, que mais tarde se tornaria editorialista do Estadão, viveu a transição. “Alguns foram demitidos sob alegação de incompetência, mas o verdadeiro motivo da demissão foi o fato de terem, em algum momento, feito ou participado de alguma manifestação que os caracterizava como de esquerda, seja pelas conversas pessoais, seja pelos textos que eventualmente publicaram”, lembra Okubaro.Em 1984, quando a democracia já era visível, Aggio foi demitido.
A Folha era relativamente preservada. Mesmo assim, Frias uma vez pediu a meu pai que escrevesse um editorial no qual dissesse que não havia presos políticos. Todos os presos seriam iguais. Papai não topou, e pagou o preço do congelamento. Ter jornalistas importantes em cargos de destaque era conveniente, na ditadura, para os momentos mais complicados. Quando o regime imprensou a Folha depois que o cronista Lourenço Diaféria escreveu que o povo “mijava” na estátua do Duque de Caxias, uma absoluta verdade como sabe quem a conhece, Frias pôde oferecer a cabeça de Claudio Abramo, o diretor de redação, para apaziguar as coisas.
Terminada a ditadura, o quadro mudou. Ter redações sob o comando deixou de ser um risco. Passou a ser o que é sempre em situações normais: fonte de prestígio e status.
Os jornalistas deixaram de ser um escudo. Foi quando eles, lenta, segura e gradualmente, foram perdendo espaço e voz nas corporações.  A voz dos donos foi avultando. Sem entender esse processo, ninguém conhece compreender o que aconteceu com a mídia brasileira no último meio século.
Daí a semelhança no tom mesmo de empresas aparentemente tão diferentes, como a Folha e a Globo. De Arnaldo Jabor  a Clóvis Rossi,  de Ali Kamel a Merval Pereira, os colunistas reproduzem com mínimas variações o pensamento do estabislihment. Os jornalistas, como indivíduos independentes de suas empresas, só voltariam a encontrar microfone com a internet. O mundo digital, com sua anarquia incontrolável, romperia o domínio das opiniões. Mais do que por razões econômicas, que existem de resto, este é o principal motivo pelo qual a internet incomoda tanto as grande empresas.

Paulo Nogueira

Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo.

Mitos e Equívocos na Privatização de Aeroportos



As avaliações sobre a recente privatização de três aeroportos brasileiros tem misturado duas coisas: a questão política, enfatizada pela maior parte da oposição e retomada pelo PT, e a da forma e conteúdo do processo.
Ao contrário do que se propalou, as privatizações dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas (Viracopos) não são as primeiras dos governos do PT. Basta lembrar as espetaculares privatizações na área do petróleo, lideradas pelo megainvestidor Eike Batista, sob a cobertura da lei aprovada no governo FHC —alterada recentemente para pior— e as na geração e transmissão de energia elétrica.
Outra ação privatizante digna de menção foi nas estradas federais, que fracassou, não obstante o clima de comemoração na época.
Fez-se a concessão de graça, pôs-se pedágio onde não havia, mas os investimentos não chegaram, as estradas continuaram ruins e o governo federal só faz perdoar as faltas dos investidores.
Um modelo furado, que pretendia ser opção vantajosa ao adotado por São Paulo, com vistas a dividendos eleitorais em 2010.
O padrão petista de privatização chega ao dinheiro público. O governo faz concessões na área elétrica e as subsidia, via financiamentos do BNDES e reduções tributárias. Não se trata de dinheiro do FAT, mas tomado pelo Tesouro à taxa Selic, repassado ao BNDES a custo bem inferior.
Outro exemplo é o da importante e travada Ferrovia Transnordestina. O governo está pagando quase toda a obra, com dinheiro subsidiado, mas a propriedade da concessão é privada. Quem banca a diferença? O contribuinte, é lógico.
Quem faz a filantropia? Os governos petistas, cujas privatizações são originais, ao incluirem grandes doações de capital público ao setor privado.
O outro grande exemplo —felizmente, ainda virtual— é o do trem-bala Rio-SP, projeto alucinado que poderá custar uns R$ 65 bilhões, a maior parte de recursos diretos ou indiretos do governo federal e até mesmo dos estados, via renúncia fiscal, ou dos municípios, que teriam de fazer grandes obras urbanas.
O governo quer bancar também os riscos operacionais do empreendimento: se houver número insuficiente de passageiros, o Tesouro comparecerá para evitar prejuízo para o empreendedor privado!
Para alguns representantes extasiados da oposição, com as concessões dos aeroportos, "finalmente o PT se rendeu à privatização", como se este governo e o anterior já não tivessem promovido as outras que mencionamos.
Poderiam sim ter lembrado do atraso de pelo menos cinco anos na entrada do setor privado na atividade aeroportuária —atraso ocorrido quando a agora presidente comandava a infraestrutura do Brasil.
As manobras retóricas do petismo são toscas. O primeiro argumento, das cartilhas online e de grandes personalidades do partido, assegura que não houve “privatização” de aeroportos, mas “concessão”.
Ora, no passado e no presente, os petistas chamavam e chamam as “concessões” tucanas (estradas em São Paulo, telefonia, energia elétrica, ferrovias, etc.) de “privatização”.
O PT argumenta ainda que a Infraero mantém 49% das ações de cada concessionária. Isso é vantagem? Em primeiro lugar, a estatal está pondo bastante dinheiro para formar o capital das empresas sob controle privado (sociedades de propósito específico, SPEs) que vão gerir os aeroportos.
Além disso, vai se responsabilizar por quase metade dos recursos investidos, sem mandar na empresa.
Mais ainda: pagará 49% da outorga (preço de compra da concessão) de cada aeroporto. O total de outorgas é de R$ 25 bilhões, número comemorado na imprensa e na base aliada.
Metade disso virá do próprio governo, via Infraero! Isto sem contar os fundos de pensão de estatais, entidades sob hegemonia do PT, que predominam no maior dos consórcios, ganhador do aeroporto Franco Montoro, de Guarulhos. Tais fundos detêm mais de 80% do grupo privado que comandará o empreendimento!
A justificativa de que a Infraero obterá os recursos para investimentos e outorgas da própria concessão é boba —até porque ela já está investindo nas SPEs e vai sacrificar seus retornos. De mais a mais, quais retornos?
As outorgas são obrigatórias, enquanto as receitas são duvidosas. A receita líquida do aeroporto de Guarulhos foi de R$ 347 milhões em 2010. A bruta, 770 milhões. A outorga dessa concessão será paga em 20 parcelas anuais de R$ 820 milhões...
Mesmo que a receita líquida duplicasse, de onde iriam tirar o dinheiro para os investimentos? No caso de Brasília, a outorga exigirá cerca de 94 % da receita líquida...
Com razão, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), favorável como eu às concessões, ponderou: "Com o que sobra é possível entregar a qualidade desejada? Difícil. Difícil até mesmo operar com os baixos níveis atuais, pois sobrará para as concessionárias muito menos dinheiro do que a Infraero tem hoje."
O que poderá acontecer? As possibilidades são várias: mudanças nos contratos, revisão para cima de tarifas, atrasos nos investimentos necessários, subsídios do governo e prejuízos para os cotistas dos fundos.
Tudo facilitado pela circunstância de que a privatização (um tanto estatizada) tirará o TCU do controle e transparência de gastos com aeroportos...
Existe ainda um erro elementar e pouco notado.
Para todos os consórcios que entraram no leilão foi exigida a participação de uma operadora internacional de aeroportos. Mas os consórcios onde estavam as boas operadoras perderam a licitação. E as operadoras internacionais dos grupos que ganharam são de segunda linha...
A presidência da República reclamou disso, como se não fosse o governo o responsável. O correto teria sido as operadoras internacionais serem introduzidas depois da licitação. Cada consórcio vencedor convidaria então uma operadora, a ser aprovada previamente pelo governo como condição para a homologação da concorrência.
É uma sugestão que pode ser adotada nos futuros leilões. Por ora, fica o leite derramado...

José Serra é ex-governador e ex-prefeito de São Paulo

Comandante do Exército manda retirar nota contra ministros




O Globo
Incomodado com o teor da nota divulgada no último fim de semana pelos clubes militares com críticas a ministros do governo Dilma, o comandante do Exército, Enzo Perri, determinou que o texto fosse retirado do ar. Segundo oficiais do Exército, as críticas feitas pelos militares da reserva não foram bem recebidas pela cúpula da Força. Perri desautorizou qualquer manifestação no sentido.
A nota cobrava da presidente Dilma Rousseff uma manifestação diante de declarações da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e nova ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci. O texto “O manifesto” foi assinado pelos presidentes do Clube Militar, Renato Cesar Tibau Costa, do Clube Naval, Ricardo Cabral e do Clube da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista, todos já na reserva.
"Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos", dizia a nota.
Os militares reclamavam de Maria do Rosário ter defendido que vítimas da ditadura recorressem à justiça para punir seus agressores, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal já assegurou que a Lei da Anistia continua valendo para todos os casos.
O texto já saiu do site do Clube Militar. O site chegou a vincular uma nova nota de apenas uma frase, mas ela também não está mais disponível. O novo texto dizia "Com relação à nota Manifesto Interclubes Militares de 16/02/2012 os presidentes dos clubes militares desautorizam o referido documento", dizia .

Leandro Fortes: Racista é a PQP, não PHA!



Publico a seguir texto do meu amigo Leandro Fortes com o qual concordo em gênero, número e grau. Há gente celebrando o acordo realizado entre Amorim e o repórter Heraldo Pereira, da TV Globo, como uma vitória contra o racismo. E uma derrota da “blogosfera progressista”. Coisa de gente ingênua, esperta ou tonta mesmo.
Aliás, é bom esse pessoal que anda reproduzindo certos conteúdos da internet começar a prestar atenção a quem está servindo. Um certo site, que mais parece marca de sapato da Vulcabras, seria o grilo falante na rede do esquema de um certo orelhudo.
Você não sabe quem é o orelhudo? Pergunta para o Mino Carta. Ele te conta. Não conhece a Vulcabras? Bem, aí eu não posso te ajudar. Mas fique atento.
Racista é a PQP, não PHA!
Paulo Henrique Amorim, assim como eu e muitos blogueiros e jornalistas brasileiros, nos empenhamos há muito tempo numa guerra sem trégua a combater o racismo, a homofobia e a injustiça social no Brasil. Fazemos isso com as poderosas armas que nos couberam, a internet, a blogosfera, as redes sociais. Foi por meio de pessoas como PHA, lá no início desse processo de abertura da internet, que o brasileiro descobriu que poderia, finalmente, quebrar o monopólio da informação mantido, por décadas a fio, pelos poderosos grupos de comunicação que ainda tanto fazem políticos e autoridades do governo se urinar nas calças. PHA consolidou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) e muitos outros com humor, inteligência e sarcasmo, características cada vez mais raras entre os jornalistas brasileiros. Tem sido ele que, diuturnamente, denuncia essa farsa que é a democracia racial no Brasil, farsa burlesca exposta em obras como o livro “Não somos racistas”, do jornalista Ali Kamel, da TV Globo.
Por isso, classificar Paulo Henrique Amorim de racista vai além de qualquer piada de mau gosto. É, por assim dizer, a inversão absoluta de valores e opiniões que tem como base a interpretação rasa de um acordo judicial, e não uma condenação. Como se fosse possível condenar PHA por racismo a partir de outra acusação, esta, feita por ele, e coberta de fel: a de que Heraldo Pereira, repórter da TV Globo, é um “negro de alma branca”.
O termo é pejorativo, disso não há dúvida. Mas nada tem a ver com racismo. A expressão “negro de alma branca”, por mais cruel que possa ser, é a expressão, justamente, do anti-racismo, é a expressão angustiada de muitos que militam nos movimentos negros contra aqueles pares que, ao longo dos séculos, têm abaixado a cabeça aos desmandos das elites brancas que os espancaram, violentaram e humilharam. O “negro de alma branca” é o negro que renega sua cor, sua raça, em nome dessa falsa democracia racial tão cara a quem dela usufrui. É o negro que se finge de branco para branco ser, mas que nunca será, não neste Brasil de agora, não nesta nação ainda dominada por essa elite abominável, iletrada e predatória – e branca. O “negro de alma branca” é o negro que foge de si mesmo na esperança de ser aceito onde jamais será. Quem finge não saber disso, finge também que não há racismo no Brasil.
Recentemente, fui chamado de racista por um idiota do PCdoB, partido do qual sou, eventualmente, eleitor, e onde tenho muitos amigos. Meu crime foi lembrar ao mundo que o vereador Netinho de Paula, pagodeiro recentemente convertido ao marxismo, havia espancado a esposa, em tempos recentes. E que havia dado um soco na cara do repórter Vesgo, do Pânico na TV. Assim como PHA agora, fui vítima de uma tentativa primária de psicologia reversa cujo objetivo era o de anular a questão essencial da discussão: a de que Netinho de Paula era um espancador, não um negro, informação esta que sequer citei no meu texto, por absolutamente irrelevante. Da mesma forma, Paulo Henrique Amorim se referiu a Heraldo Pereira como negro não para desmerecer-lhe a cor e a raça, mas para opinar sobre aquilo que lhe pareceu um defeito: o de que o repórter da TV Globo tinha “a alma branca”, ou seja, vivia alheio às necessidades e lutas dos demais negros do país, como se da elite branca fosse.
Não concordo com a expressão usada por PHA. Mas não posso deixar de me posicionar nesse momento em que um jornalista militante contra o racismo é acusado, levianamente, de ser racista, apenas porque se viu na obrigação de fazer um acordo judicial ruim. Não houve crime, sequer insinuação, de racismo nessa pendenga. Porque se pode falar muita coisa sobre Paulo Henrique Amorim, menos, definitivamente, que ele é racista. Qualquer outra interpretação é falsa ou movida por ma fé e vingança pessoal de quem passou a ser obrigado, desde o surgimento do blog “Conversa Afiada”, a conviver com a crítica e os textos adoravelmente sacanas desse grande jornalista brasileiro.

Ala do PT quer Haddad ‘light’


Agora que a aliança com o PSD do prefeito Gilberto Kassab subiu no telhado, o conselho político da campanha de Fernando Haddad se reúne no sábado para traçar uma correção de rota na estratégia.

A principal divergência entre os membros do colegiado é: agora que a aliança parece remota a campanha de Haddad deve voltar a ser de oposição à gestão Kassab, com ataques na campanha?
Uma ala próxima a Lula e influente junto ao candidato defende que não.

Pelo raciocínio desse grupo –que é o mesmo que apostou na aliança com o PSD–, se Haddad adotar o caminho de bater em Kassab optará por ser um candidato petista “tradicional”. “Para esse papel, a Marta era melhor candidata”, pondera um membro do conselho político.

A linha que o grupo lulista defende é que Kassab adote um tom ”light”, propositivo, e que o papel de bater em Kassab caiba aos candidatos a vereador do PT.

Para eles, o candidato tem um perfil capaz de ampliar o eleitorado petista para setores antes hostis ao partido, mesmo sem o suporte do PSD. Mas se adotar o discurso raivoso e de disputa entre as gestões Serra/Kassab e Marta Suplicy, vai repetir a divisão da cidade que impôs duas derrotas seguidas ao PT, em 2004 e 2008.

Para Lula, sua presença vai suprir falta de Marta


Em conversa com um dos operadores da campanha do PT em São Paulo, Lula tratou de Marta Suplicy. Lamentou o distanciamento da senadora em relação à candidatura do seu pupilo Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. Mas disse acreditar que o alheamento de Marta tem efeito eleitoral negligenciável.
Para Lula, a presença dele nos palanques e na propaganda televisiva de Haddad vai “compensar” a eventual ausência da “amiga” ilustre. Acha, de resto, que a maioria dos eleitores de Marta tem forte identificação com o PT. Crê que a aversão da senadora não vai alterar a “fidelidade” desse eleitorado.
Parte do PT de São Paulo compartilha das impressões de Lula. Outra parte concorda apenas parcialmente. Ninguém enxerga o afastamento de Marta como um desastre. Mas um pedaço da legenda avalia que Haddad, por ora um nanico nas pesquisas, não pode se dar ao luxo de dispensar o apoio de uma correligionária que já foi prefeita de São Paulo.
Um dos petistas que concordam com Lula recorda que Marta elegeu-se prefeita, em 2000, sob condições “extraordinárias”. Foi ao segundo turno contra Paulo Maluf. Atraiu para sua canoa todas as forças antimalufistas. Teve o apoio inclusive do PSDB. Governador à época, Mario Covas forçou o tucanato a apoiá-la.
Na eleição seguinte, prossegue o petista que ecoa Lula, Marta candidatou-se à reeleição. Perdeu para o tucano José Serra. Quatro anos depois, perdeu de novo, dessa vez para Gilberto Kassab, ainda filiado ao DEM.
Foi para tentar esquivar-se de uma nova derrota, argumenta o companheiro, que Lula optou pela “novidade” Haddad em detrimento de Marta. Foi para potencializar as chances de seu escolhido que Lula correspondeu aos flertes de Kassab, noutro gesto incompreendido por Marta.
Seja como for, a preterição de Lula deixou mágoas indeléveis em Marta. Tomado pelas palavras, o causador do desgosto parece descrer da hipótese de superação. Por isso, prepara-se para remediar, ele próprio, o estrago.

Vídeo de bate boca sobre pinheirinho entre Suplicy e Aloísio Nunes



Serra tem cabo eleitoral com R$ 4,3 bi em caixa



Serra tem cabo eleitoral com R$ 4,3 bi em caixaFoto: Divulgação/Roberto Navarro

COLOCADO POR JOSÉ SERRA NA SECRETARIA DE FINANÇAS, MAURO RICARDO COSTA (CENTRO) REVELA POR QUE HÁ TANTO ASSÉDIO DE PT E PSDB EM TORNO DE GILBERTO KASSAB: PREFEITURA TERÁ 72% A MAIS PARA INVESTIR NA COMPARAÇÃO COM 2011; PARA ELE, SERRA VIROU “GRANDE PREFEITÃO” FORA DO CARGO E FARÁ BEM À CIDADE SE VOLTAR

23 de Fevereiro de 2012 às 18:03
247 – Está decifrado o poder de sedução do prefeito Gilberto Kassab na capital paulista. Cobiçado tanto por PT quanto por PSDB para as eleições deste ano, o fundador do PSD terá R$ 4,3 bilhões para investir neste ano eleitoral, 72% a mais que os R$ 2,5 bilhões investidos pelo município no ano passado. Os dados foram revelados pelo secretário de Finanças da prefeitura, Mauro Ricardo Costa, em entrevista publicada pelo Valor Econômico nesta quinta-feira. Costa foi secretário de Finanças de Serra em 2005 e 2006, acompanhou o tucano quando ele assumiu o governo estadual, em 2007, e torce para que Serra volte à prefeitura em 2013.
Com os bilhões a sua disposição, Kassab deve tentar melhorar a avaliação de sua gestão (aprovada por apenas 22% dos paulistanos), principalmente nas de pior popularidade, como a saúde – está planejado o início da construção de três hospitais e de dois centros de diagnósticos até o fim do ano. E, a depender do secretário Mauro Ricardo Costa, o candidato beneficiário dessas melhorias será José Serra. “É difícil separar o que é um e o que é outro”, disse o secretário na comparação entre os governo de Serra e de Kassab.
Para Mauro Ricardo Costa, Serra e Kassab “é uma gestão única”. “As pessoas por vezes criticam o Serra por ter saído antes do fim do mandato na prefeitura, mas o Serra passou a ser o grande prefeitão da cidade”, resume o secretário, para quem uma candidatura do tucano à prefeitura fará bem tanto a Serra quanto à cidade. Na descrição de Mauro Ricardo, o tucano “é obcecado por trabalho” e chegou a ter uma cama na prefeitura.

Madoff e Dantas, exemplos de fraude




Saiu no Blog do Nassif interessante observação sobre aquele que FHC chamou de “brilhante”:

Madoff, Daniel Dantas e os casos exemplares de fraudes

Enviado por luisnassif, qui, 23/02/2012 – 10:58

Por Muchacho


Nassif, por razões de estudo visitei tempos atrás uma página do equivalente ao nosso CFC (Conselho Federal de Contabilidade) no Reino Unido, a ACCA (Association of Chartered Certified Accountants). Ao pesquisar informações sobre fraudes, vejo o nome de Madoff acompanhado pelo nosso quase beatificado Daniel Valente Dantas, ou seja, para ACCA Madoff=Dantas, e ainda é citado como exemplo de caso.


De ACCA


Financial detectives


by Joseph T Wells

22 Dec 2009


Thanks to the behaviour exhibited by characters such as the notorious Bernard Madoff, fraud continues to plague the international business community. Recent scandals involving Siemens of Germany, Satyam Computer Services of India, and Daniel Dantas of Brazil indicate that fraud has become endemic in our financial world. And it shows no signs of slowing down. If anything, rapidly deteriorating economic conditions will only serve to encourage even more unscrupulous acts. Those with careers in fraud examination should not find themselves unemployed anytime soon.


Em tempo: sobre como Daniel Dantas passou bola para um agente da Polícia Federal, acompanhe o vídeo histórico, do jornal nacional (e Gilmar Dantas (*) lhe concedeu, mesmo assim, um segundo HC Canguru, 48 horas depois do primeiro). Sobre o texto original que associa Madoff (em cana) a Daniel Dantas (soltinho da Silva), veja o texto original em inglês de que trata o navegante do Nassif:

Financial detectives

by Joseph T Wells

22 Dec 2009


Thanks to the behaviour exhibited by characters such as the notorious Bernard Madoff, fraud continues to plague the international business community. Recent scandals involving Siemens of Germany, Satyam Computer Services of India, and Daniel Dantas of Brazil indicate that fraud has become endemic in our financial world. And it shows no signs of slowing down. If anything, rapidly deteriorating economic conditions will only serve to encourage even more unscrupulous acts. Those with careers in fraud examination should not find themselves unemployed anytime soon.

What is fraud?


Although no precise international legal definition exists, the term ‘fraud’ is generally used to describe a variety of acts – including deception, embezzlement, corruption, bribery, forgery, extortion, collusion, theft, conspiracy, misappropriation, concealment of material facts and false representation. In its broadest sense, fraud encompasses any crime for gain that uses deception as its mode of operation.


In general, fraud examiners work to resolve allegations of fraud. But their specific tasks are many and varied, depending on factors such as position, background, industry, and organisation type. A look at current job postings throughout the world shows that fraud examiners may perform audits, conduct financial analyses, interview witnesses and potential suspects, obtain documentary evidence, write investigative reports, present or testify to findings, research records, examine documents and transactions, occasionally conduct surveillance, and assist in the detection and prevention of fraud.


Tradução do google tradutor:


Graças ao comportamento exibido por personagens como o notório Bernard Madoff, a fraude continua a assolar a comunidade empresarial internacional. Os recentes escândalos envolvendo a Siemens da Alemanha, Satyam Computer Services da Índia, e Daniel Dantas do Brasil indicam que a fraude se tornou endêmica no nosso mundo financeiro. E não mostra sinais de abrandar. Se qualquer coisa, rápida deterioração das condições económicas só vai servir para incentivar atos ainda mais sem escrúpulos. Aqueles com carreiras no exame fraude não deverão encontrar-se desempregado em breve.O que é fraude?
Embora nenhuma definição internacional precisa existir, "fraude" o termo é geralmente usado para descrever uma variedade de atos - incluindo fraude, peculato, corrupção, suborno, falsificação, extorsão, conspiração, roubo, formação de quadrilha, apropriação indébita, ocultação de fatos relevantes e falsorepresentação. Em seu sentido mais amplo, a fraude inclui qualquer crime para o ganho que usa engano como seu modo de operação.
Em geral, os examinadores de fraude trabalhar para resolver acusações de fraude.Mas as suas tarefas específicas são muitas e variadas, dependendo de fatores tais como a posição de fundo, indústria tipo de organização, e. Um olhar sobre empregos actuais em todo o mundo mostra que os examinadores fraude pode efectuar auditorias, realização de análises financeiras, entrevistar testemunhas e suspeitos em potencial, obter provas documentais, escrever relatórios de investigação, apresentar ou testemunhar descobertas, os registros da pesquisa, examinar documentos e transações, ocasionalmente realizar a vigilância, e auxiliar na detecção e prevenção de fraude.

(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.