sábado, 15 de outubro de 2011

BC na mira da CVM: Quem vazou? Quem lucrou?



BC na mira da CVM: Quem vazou? Quem lucrou?Foto: Divulgação

UM ESCÂNDALO DE GRANDES PROPORÇÕES PODE TER OCORRIDO NO BRASIL; A COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, DE MARIA HELENA SANTANA, INVESTIGA MOVIMENTAÇÃO ATÍPICA NO MERCADO NA REUNIÃO DO COPOM, DE ALEXANDRE TOMBINI, EM AGOSTO; BANQUEIRO CACCIOLA FOI PRESO POR INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA DO BC, QUE SILENCIA

15 de Outubro de 2011 às 07:01
247 – Um escândalo financeiro de grandes proporções pode ter ocorrido no Brasil. Nesta sexta-feira, a Comissão de Valores Mobiliários soltou uma nota explosiva. A autarquia investiga movimentações atípicas, de mercado, registradas na semana de agosto em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual. A reunião aconteceu em 31 de agosto. Procurada, a CVM respondeu que “não comenta investigações em curso”.
Naquele mês, com a inflação em alta, o mercado financeiro inteiro em peso esperava por uma elevação da taxa de juros – ou, ao menos, por sua manutenção. Surpreendentemente, o Banco Central, presidido por Alexandre Tombini, reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, alegando que a crise internacional reduziria a demanda doméstica no Brasil.
Sabe-se agora que algumas instituições financeiras estavam excessivamente compradas em fundos DI – como sabiam que a taxa iria baixar, compraram papéis com o juro maior, às vésperas do Copom. E é por isso que a CVM investiga movimentações atípicas. A dúvida, agora, é: houve informação privilegiada? Quem passou a informação? Quem recebeu?
Caso Cacciola
Da última vez que se soube de informações privilegiadas no Banco Central, quase se derrubou um governo. Salvatore Cacciola, que recebia informações privilegiadas dos irmãos Bragança, sócios de Francisco Lopes, ex-presidente do BC, na consultoria Macrométrica, repassava ao Banco Marka informações privilegiadas sobre a taxa de juros. Foi assim que Cacciola conseguiu obrigar o BC a vender dólares subsidiados para o Marka na crise da desvalorização do real em 1999, num dos maiores escândalos do governo FHC.
Agora, na era Dilma, será que o problema se repetiu? A piada que se faz, no mercado financeiro, é que pelos menos um grande banco de investimentos parece ter tido um sonho com a queda abrupta dos juros em agosto.
Silêncio
O Banco Central não quis se pronunciar sobre a investigação que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está fazendo sobre movimentações atípicas de instituições financeiras às vésperas da reunião da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em 31 de agosto, quando a taxa de juros básica, a Selic, foi reduzida em 0,5 ponto porcentual. O BC também não informou se recebeu alguma notificação da CVM sobre o assunto.
Uma fonte do governo disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, há alguns anos tem cobrado que a CVM acompanhe mais de perto as movimentações do mercado às vésperas do Copom e também quando há anúncio de outras medidas do governo, como na área cambial. O ministro, segundo essa fonte, reforçou essas recomendações ao órgão, especialmente a partir da crise financeira internacional de 2008. Ainda de acordo com esse integrante do governo, essa cobrança já suscitou outras investigações por parte da CVM, embora tenham sido mantidas em sigilo.

Concurso Miss Bumbum: é ou não é sexismo?



Concurso Miss Bumbum: é ou não é sexismo?Foto: Divulgação

CONCURSO REÚNE 27 CANDIDATAS E A ELEIÇÃO SERÁ FEITA POR INTERNAUTAS (ASSISTA A VÍDEO), NUMA DISPUTA QUE CONSOLIDA A IMAGEM DO BRASIL COMO PARAÍSO SEXUAL

15 de Outubro de 2011 às 07:02
247- Sexismo ou, apenas, um concurso de beleza? Difícil acreditar na segunda hipótese, simplesmente porque o que internautas do Brasil inteiro começaram a julgar desde a segunda-feira 10 é, nada menos, do que apenas e tão somente o bumbum de 27 candidatas - uma representando cada Estado da Federação.

A primeira edição do concurso Miss Bumbum Brasil 2011 está sendo organizada pelo sitewww.missbumbumbrasil.com.br. Quem quiser acessar pode votar, sem restrições de um voto por computador. Vale, portanto, torcida organizada. 
No final da votação, as dez primeiras colocadas disputarão a etapa final no dia 3 de dezembro, em São Paulo. A grande vencedora receberá R$ 5 mil, a segunda, R$ 3 mil e a terceira, R$ 2 mil.
A primeira polêmica do concurso questionou as formas da paulista Graciella Carvalho, 25 anos, candidata ao título pelo Maranhão. Ela está passando por uma verdadeira saia justa. Graci foi acusada por algumas concorrentes de ter colocado prótese de silicone nas nádegas. A organização do concurso proíbe modelos com bumbum artificial. Para comprovar que todas suas formas são naturais, a concorrente apresentou uma foto de uma radiografia que comprova não ter implantes. “Vou esfregar o resultado na cara de quem me acusou. Meu bumbum é resultado de muita malhação, dieta, disciplina e dedicação! Querem me destruir. Silicone, só nos seios: coloquei 520 ml em cada um”, respondeu a participante a coluna. 
Entre as candidatas estão musas conhecidas do público masculino como Ana Minerato, que representa o Corinthians no concurso “Gata do Paulistão”. A corintiana é a candidata do Estado de São Paulo na competição. A representante do Espírito Santo, Tatiane Ferreira, é igualmente, digamos, famosa. Ela nunca participou de concursos de beleza, mas ficou conhecida em redes sociais ao promover o evento em Angola.
E por incrível que pareça, a organização do concurso não recebeu nenhuma crítica relevante sobre o evento.
Assista abaixo o vídeo de apresentação das candidatas:

Decretada prisão do ex-chefe da lei seca no Rio que atropelou 4



Decretada prisão do ex-chefe da lei seca no Rio que atropelou 4Foto: Divulgação

EX-SUBSECRETÁRIO ESTADUAL DO GOVERNO E EX-COORDENADOR DA LEI SECA ALEXANDRE FELIPE VIEIRA MENDES ATROPELOU QUATRO PESSOAS (E MATOU UMA DELAS) EM AGOSTO DESTE ANO

Por Agência Estado
15 de Outubro de 2011 às 07:03Agência Estado
Fernando Porfírio_247 - A Justiça do Rio recebeu nesta sexta-feira (14) denúncia contra Felipe Vieira Mendes, ex-subsecretário estadual do governo e ex-coordenador da Lei Seca. Agora, o ex-responsável pela política da Lei Seca no Rio é réu em ação penal. A justiça ainda decretou a prisão preventiva de Felipe. Ele atropelou quatro pessoas em agosto. Uma das vítimas morreu após ser atropelada em Itaipu, em Niterói.
Felipe Vieira é acusado pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio doloso; três lesões corporais, sendo uma delas de natureza grave; e omissão de socorro. Os crimes ocorreream em momentos distintos, na noite de 25 de agosto, em Niterói.
Na decisão, o juiz da 3ª Vara Criminal de Niterói, Peterson Barroso Simão, justificou a prisão preventiva dizendo ser necessária por ter havido, por parte do ex-secretário, tentativa de intimidação dos policiais militares que atenderam à ocorrência. Ainda de acordo com o magistrado, há risco de que a intimidação continue durante o processo, comprometendo os depoimentos que serão colhidos.
“Em liberdade, o denunciado poderia fazer o que já fez: solicitar recursos da máquina pública tal como ocorreu ao chamar o caminhão-reboque, bem como influenciar a colheita de provas por conta própria ou de terceiros”, completou o juiz. Após o atropelamento, servidores tentaram retirar o veículo do acusado do local do crime com o reboque destinado à Operação Lei Seca.
No decreto de prisão, a Justiça também levou em conta o fato do ex-coordenador da Lei Seca dirigir seu veículo, visivelmente embriagado, atropelando três pessoas de uma mesma família.
Felipe Vieira fugiu sem prestar socorro às vítimas. Em seguida, atropelou uma quarta pessoa, que morreu. O juiz Peterson Simão destacou ainda que o Judiciário não pode ser menos rigoroso quando as vítimas são pessoas simples e humildes, pois sabe que o valor da vida humana é igual para todos.
De acordo com a denúncia, distribuída à 3ª Vara Criminal, Mendes dirigia um Pajero, em "zigue-zague", quando atropelou Silvana Braga de Souza e seus dois filhos, de 5 e 2 anos, em Itaipu, Região Oceânica da cidade. Na mesma noite, o denunciado atropelou Ermínio Costa Pereira, de 58 anos, que morreu de politraumatismo e traumatismo cranioencefálico.
Ainda segundo a denúncia, o ex-subsecretário deixou os locais dos acidentes sem prestar socorro às vítimas. Ele acabou batendo num poste e fugiu. De acordo com os laudos periciais e testemunhas ouvidas durante as investigações, foi constatado que Felipe dirigia em alta velocidade e sob efeito de álcool.
Ele apresentou-se à delegacia somente no dia seguinte aos atropelamentos, após quase 12 horas, no entender do Ministério Público, justamente para dificultar a constatação de seu estado etílico pelo exame de alcoolemia.

Blatter quer República Federativa da Fifa



Blatter quer República Federativa da FifaFoto: Divulgação

A DEPENDER DA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE FUTEBOL, ENTRE OS DIAS 12 DE JUNHO E 13 DE JULHO DE 2014, ESTE PAÍS SERÁ GOVERNADO POR SEU PRESIDENTE, JOSEPH BLATTER; CONGRESSO COMEÇOU NESTA SEMANA A DEBATER A LEI GERAL DA COPA, QUE PERMITE FLEXIBILIZAR CONCESSÃO DE VISTO E CRIAR TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO

15 de Outubro de 2011 às 07:01
Rodolfo Borges_247 – O nome é Brasil, mas pode chamar de República Federativa da Fifa. A depender da Federação Internacional de Futebol, entre os dias 12 de junho e 13 de julho de 2014, este país será governado por seu presidente, Joseph Blatter. Pelo menos é o que prevê a Lei Geral da Copa, que começou a ser discutida no Congresso Nacional nesta semana. Se for aprovada do jeito que foi encaminhada aos parlamentares, a lei permitirá que a Fifa instale no Brasil tribunais arbitrais paralelos à nossa Justiça e que estrangeiros entrem no país sem visto.
Em seu artigo 26 (capítulo III), a lei garante que “serão concedidos, sem qualquer restrição quanto à nacionalidade, raça ou credo, vistos de entrada para” (...) ”espectadores que possuam ingressos ou confirmação de aquisição de ingressos válidos para qualquer Evento”. A legislação considera “documentação suficiente para obtenção do visto de entrada ou para o ingresso no território nacional o passaporte válido (...) em conjunto com qualquer instrumento que demonstre a sua vinculação com os Eventos”.
Para Henrique Sartori, especialista em Direito Internacional, essa medida, entre outras propostas pela Fifa, é temerária. “Podemos enfrentar imigração e trabalho ilegal. É uma questão da ordem publica”, alerta. “O Brasil tem uma lei específica sobre vistos e sobre trânsito de estrangeiros bem aparada e constituída. Nesse caso, a melhor opção seria conceder esses visto através de planos de trabalho específicos, em parceria com embaixadas e consulados”, sugere o professor do Instituto Millenium .
O aumento da atuação do Estado brasileiro também seria a melhor solução, na opinião do especialista, como alternativa à criação de tribunais de exceção temporários durante a Copa. A Fifa exige agilidade para a Justiça durante o evento esportivo, mas o modelo de varas especiais adotado durante a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, causou polêmica ao produzir condenações relâmpago e reservar tratamento diferente a negros e brancos. “O melhor nesse caso seria firmar convênios para descolar unidades móveis, colocando juizados a serviço do evento”, comenta Sartori.
E as polêmicas da legislação sobre a qual os parlamentares devem se debruçar até o início do próximo ano não param por aí. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apontou que a Lei Geral da Copa permite que a federação estipule uma cláusula penal nos contratos com os torcedores para o caso de desistência ou cancelamento do ingresso comprado, o que significa que a federação pode imputar penas (como prisão e multa) ao consumidor. Também entram nessa roda a questão da meia-entrada e da liberação da venda de bebidas nos estádios. Tudo isso já motivou a apresentação de dezenas de emendas parlamentares.
África do Sul
Para os especialistas, seria um exagero comparar o caso do Brasil com o da África do Sul – a quem a Fifa conseguiu impor a maioria de suas exigências. “No Brasil, o peso é outro. Nosso nível institucional é diferente. As instituições são mais fortes”, garante Sartori, que pondera, contudo, que é importante atender aos anseios da Fifa, nem que seja apresentando alternativas. Alemanha, Japão, França e Estados Unidos, que receberam as últimas Copas, conseguiram atender ás exigências sem abrir mão de sua soberania. Será que nós conseguimos?