sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Com presença de Lula, petroleiros fazem ato em defesa do pré-sal no RJ

pré-sal 2

FUP e movimentos sociais farão ato dia 15/09 em defesa do pré-sal


Reunidos na sede da Federação Única dos Petroleiros, nesta sexta-feira, 05, os petroleiros junto com as centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, definiram a realização de um grande ato em Defesa do pré-sal, da Petrobrás e do Brasil, no próximo dia 15/09, às 10h, na Cinelândia, no Rio de Janeiro, com a presença do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ato está sendo construído pela FUP em conjunto com a CUT, CTB, UGT, MAB, MST, UNE, UBES, UEE, FETEERJ, UEE MPA E CNM, FAMERJ, FAFERJ, entre outros movimentos sociais.

O objetivo do ato é alertar a sociedade para os riscos que sofre o projeto de desenvolvimento em curso no país, em função dos ataques contra o pré-sal e a Petrobrás.

Em apenas oito anos, o pré-sal já produz mais de meio milhão de barris de petróleo por dia, gerando uma riqueza que será aplicada em educação e na saúde pública. Nos próximos 35 anos, isso significará R$ 1,3 trilhão em royalties que se destinarão à saúde e à educação dos brasileiros. Isso equivale a mais de dez vezes o atual orçamento do governo federal para essas áreas.

“Tudo isso só está sendo possível em função dos investimentos e da competência da Petrobrás. Nos últimos 12 anos, os governos Lula e Dilma fortaleceram a estatal para que ela cumprisse o seu papel de empresa pública, gerando empregos e renda para milhares de brasileiros.”, ressalta o Coordenador Geral da FUP, José Maria Rangel.

Só os investimentos da Petrobrás representam 13% do PIB do país. Mas nem sempre foi assim. Em 2000, a participação da indústria de petróleo no PIB era de apenas 3%. A Petrobrás quase foi privatizada nos anos 90 pelos mesmos setores que hoje atacam a empresa e que querem interromper os investimentos no pré-sal.
Por isso, as centrais sindicais e os movimentos sociais estão nas ruas, defendendo o pré-sal, a Petrobrás e o Brasil da ameaça de retrocesso. “Não permitiremos que este setor tão estratégico para o país caia novamente nas mãos dos que defendem a privatização do estado.”, ressalta Rangel.

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/com-presenca-de-lula-petroleiros-e-movimentos-sociais-fazem-ato-em-defesa-pre-sal.html

CLUBE MILITAR FECHA COM MARINA: "FIO DE ESPERANÇA"

MANCHETÔMETRO DE CAPAS: 18 PRÓ-DILMA, 234 CONTRA



:
Medição é do Laboratório de Estudos de Mídia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Lemep/UERJ); entre 1º de janeiro e ontem, nos jornais O Globo, Folha e Estadão, presidente Dilma Rousseff foi personagem de 1ª página 252 vezes; destas, 18 notícias em destaque foram consideradas positivas para a imagem dela, mas em 234 oportunidades a chamada de capa foi negativa; presidenciáveis Marina Silva e Aécio Neves desfrutaram de equilíbrio; em matéria de notícias econômicas, quase 20 notícias publicadas nas capas dos três jornais foram favoráveis à política econômica oficial – e perto de 500, contrárias; pessimismo vendido em larga escala afeta expectativas da população e busca influir diretamente no resultado eleitoral; números derrubam definitivamente mito da imparcialidade da mídia tradicional
247 - A campanha eleitoral de 2014 está servindo para acabar com um mito: o da mídia tradicional imparcial e equilibrada. De acordo com medição do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (Lemep), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, um forte desequilíbrio tem marcado a cobertura da movimentação dos presidenciáveis em campanha eleitoral e, também, antes dela.
Desde 1º de janeiro e até ontem, a quinta-feira 4, a presidente Dilma Rousseff foi personagem de 252 notícias veiculadas pelos jornais O Globo, da família Marinho, Folha de S. Paulo, do clã dos Frias, e O Estado de S. Paulo, dos Mesquita. Pelo critério de "valência", que aponta o efeito do modo de edição das informações sobre o prestígio do candidato, das 252 chamadas de capa – como também é chamada a primeira página de um jornal -, nada menos que 234 foram "negativas", enquanto apenas 18 se classificaram como "positivas".
Para Marina Silva, do PSB, e Aécio Neves, do PSDB, o tratamento tem sido bem diferente. O tucano experimentou, no mesmo período, 22 notícias de 1ª página a seu favor, contra 25 que podem ser chamadas de negativas. Uma relação que foi um pouco pior para Marina (16 chamadas positivas, contra 35 negativas). Nada semelhante ao verdadeiro massacre midiático sofrido pela presidente, como atestam os números.
A situação de desequilíbrio prossegue na cobertura da economia. O mesmo manchetômetro do Lemep/UERJ apurou que, entre janeiro e agosto, os destaques dos três jornais apontaram problemas macroeconômicos em quase 500 retrancas – como são chamadas nas redações as notícias em fase de edição – contra menos de 20 apontadas como positivas.
Em seu endereço eletrônico www.manchetometro.com.br, os pesquisadores ensinam que os critérios de valência das notícias dizem respeito "a sua orientação em relação ao assunto noticiado. Como define Aldé (2003), nos estudos de valência procura-se avaliar "o efeito potencial para cada candidato, procurando esclarecer se (a notícia) beneficia ou prejudica a candidatura em questão".
Abaixo, artigo do colaborador de 247 Ernesto Pereira, com análise sobre os efeitos nocivos do noticiário desequilibrado nas expectativas sobre a economia brasileira:
Há um pessimismo exagerado na economia? 
por Ernesto Pereira
Os índices de confiança dos agentes na economia, que vinham se recuperando após desabar em meados de 2013 com a onda de manifestações que se espalhou pelo país, inverteram o movimento e passaram a cair fortemente desde o início do ano. Não é fácil, todavia, justificar essa queda com base apenas na situação. Isso porque, se nos últimos meses nenhuma das variáveis centrais que afetam a lucratividade das empresas e a renda das famílias melhorou de forma expressiva, a maioria tampouco se deteriorou significativamente.
De fato, embora a um ritmo inferior ao do passado recente, as vendas no comércio, o volume de crédito e os salários continuaram crescendo. As taxas de desemprego se mantêm em níveis historicamente baixos. Os custos tributários em vários setores caíram e as taxas de juro, mesmo aumentando no último ano, são baixas em relação ao histórico do país. A inflação, apesar de flutuar acima do centro da meta para ela fixada, se situa em níveis semelhantes aos que vigoraram nos últimos anos. A taxa de câmbio, mesmo em patamar sobrevalorizado para muitos setores, permanece estável. A economia internacional, não obstante persistam agudas incertezas e alguns segmentos tenham sido especialmente afetados pela desaceleração argentina, vem se recuperando lentamente. Uma deterioração moderada dos índices de confiança não seria, assim, surpreendente, mas seu desabamento chama a atenção. Estariam os agentes excessivamente pessimistas?
Para responder, devemos notar que a queda forte e abrupta dos índices gerais de confiança que caracteriza esse pessimismo não se verificou, na mesma magnitude, naqueles índices ligados à experiência particular e concreta de cada agente. Isso pode ser visto, por exemplo, ao comparar o Índice de confiança do empresário industrial – ICEI/CNI em relação a sua própria empresa com o índice que busca captar a confiança desse mesmo empresário sobre a economia brasileira.
Se até o início de 2013 ambos os índices pareciam relativamente estáveis e flutuavam, como esperado, próximos um do outro, passaram desde então, e mais ainda em 2014, a se afastar, com o índice geral recuando significativamente mais que aquele que reflete as perspectivas das empresas e melhor espelha.
A  mesma situação se verifica ao comparar a evolução do Índice nacional de expectativa do consumidor – INEC/CNI com a de um de seus componentes, o da expectativa de compras de bens de maior valor. Ambos evoluíam, também como previsto, de forma semelhante até meados de 2013. Desde então, contudo, enquanto o índice de expectativa de compras, que tende a melhor refletir a percepção do consumidor sobre sua condição objetiva, se manteve estável, o índice geral de confiança na economia, que traduz essa condição de forma muito mais imperfeita, caiu consideravelmente.
Estes exemplos revelam o afastamento entre, por um lado, os níveis de confiança captados pelos índices baseados em percepções e expectativas formadas com forte influência da experiência concreta dos próprios agentes e, pelo outro, a confiança capturada pelos índices agregados, que não possuem essa base e se apóiam em percepções e expectativas moldadas com a contribuição decisiva das análises e informações fornecidas pelos grandes meios de comunicação. Estes, especialmente nos últimos meses, têm projetado sobre o país um cenário de crise econômica aguda, como mostra o levantamento das manchetes sobre assuntos econômicos publicadas em 2014 até meados de agosto.
Tal cenário é amplamente difundido em um contexto que, se não é tão sombrio como o por ele projetado, tampouco é particularmente favorável, e, além disso, permanece carregado de incertezas, aguçadas ainda pela proximidade do processo eleitoral. Logo, não surpreende que mesmo com a maioria dos indicadores da situação econômica objetiva em níveis historicamente favoráveis, embora relativamente estagnados, os índices de confiança agregados desmoronem, traduzindo um pessimismo generalizado.
Em sua origem, tamanho pessimismo não possui bases reais sólidas e, por isso, é de fato exagerado. Todavia, sua permanência por um período prolongado é capaz, ao adiar as decisões de investimento e de consumo, de criar essas bases, justificando-o ex-post. O desafio da política, para evitar que isso ocorra, é o de apontar essa fragilidade, ao mesmo tempo em que busca solucionar os problemas reais que o alimentam.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/152525/Manchet%C3%B4metro-de-capas-18-pr%C3%B3-Dilma-234-contra.htm