sexta-feira, 17 de outubro de 2014

De rabo solto, por Leandro Fortes


Fenômeno tão antigo quanto intrigante, a conversão de um militante de esquerda em um reacionário de direita se assemelha, em vários aspectos, a uma conversão religiosa.
Talvez seja esse o vício de Marina: converter-se.
Converteu-se ao evangelho, converteu-se ao financismo, converteu-se à homofobia, converteu-se ao criacionismo, converteu-se, agora para sempre, à direita.
Essas duas fotos - o coque transformado em rabo-de-cavalo solto, as vestimentas despojadas, o conforto que só se encontra entre pares - revelam de forma emblemática o traço mais marcante dessa nova conversão: a descoberta de um novo Messias.
Osmarina, a menina pobre do seringal, parece, assim, ter tido a mesma epifania de Ronaldo, o menino pobre da periferia.
Ao lado de Aécio, o moço bem nascido de dentes ultra brancos, e de seus acólitos de grife, é quase possível se sentir parte deles.
Uma apóstola e seu salvador.
Descanse em paz.
http://jornalggn.com.br/blog/adriano-s-ribeiro/de-rabo-solto-por-leandro-fortes

Aécio governador não sabe quanto pagou. Aécio dono de rádio não sabe quanto recebeu


A ética política que o país persegue já deveria ter inspirado o candidato tucano a liberar informações sobre gastos de seus governo em Minas em portais da transparência. Só que não
por Helena Sthephanowitz, para a RBA publicado 17/10/2014 12:12, última modificação 17/10/2014 12:53
AG. SENADO
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Aécio: informações que relacionam governo de MG com sua família, e que deveriam ser públicas, sob sigilo
O candidato Aécio Neves (PSDB) tem dificuldades enormes na hora de lidar com perguntas que envolvem negócios públicos com privados  e seus familiares
No caso do aeroporto de Cláudio, construído em terras de uma fazenda de seu tio-avô,   e ao  lado de umas de suas   fazendas ele demorou uma semana para responder que pousou no aeroporto, mesmo sem  estar  homologado para uso público.
Agora, o candidato  reage mal diante de perguntas sobre propagandas do governo de Minas em suas rádios. Ao ser questionado, no debate da Band, terça-feira (14), Aécio  se irritou, afirmou "não ter ciência" e que a pergunta deveria ser dirigida ao governador de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), seu aliado.
Resposta infeliz: no período de 2003 a 2010, o governador era o próprio Aécio Neves. Portanto, ele pagou as rádios com uma mão, já que era governador e, com a outra, recebeu o dinheiro, que coube às suas rádios. Ou seja, ele mesmo teria duas fontes para consultar que valores suas rádios receberam dos cofres públicos de Minas: pedir um levantamento na contabilidade das suas emissoras – o que parece ser mais rápido –, ou pedir um levantamento na Subsecretária de Comunicação do Estado de Minas.
Aliás, convenhamos, hoje em dia, a ética na gestão pública já inspira que informações como estas deveriam estar automaticamente disponíveis em portais da transparência do governo do estado.
Uma terceira opção seria perguntar à sua própria irmã, a jornalista Andrea Neves da Cunha, nomeada pelo governador para comandar o "Grupo Técnico de Comunicação Social", órgão responsável por coordenar, alocar verbas e fiscalizar a publicidade do governo de Minas Gerais.
Há anos a oposição aos governos tucanos na Assembleia Legislativa de Minas pede informações sobre gastos com propaganda governamental nas rádios e jornal pertencentes à família de Aécio, sem obter resposta. A desculpa é a de que o estado contrata agências de publicidade e são elas que contratam as rádios.
Óbvio que é uma desculpa inaceitável, pois as agências de publicidade têm obrigação de prestar contas dos serviços que prestaram, descrevendo onde, quando e quanto foram veiculadas, para receber pagamentos dos cofres públicos. Se não fazem isso, só agrava a coisa pelo descontrole e pela possibilidade de fazer pagamentos por serviços não prestados.
Se Aécio quer preservar longe dos olhos do povo seus negócios, não deveria receber dinheiro público. A partir do momento que recebeu é obrigado sim a dar todas as explicações e com transparência, gostando ou não.
Aécio pertence a oligarquias políticas mal acostumadas, em que são comuns as práticas de nepotismo e patrimonialismo, coisas que o Brasil luta para se livrar e ter personalidades políticas mais republicanas.
O próprio Aécio tirou proveito de seu pai ser deputado federal, do qual ganhou salários como assessor de gabinete por três anos, quando ainda era estudante no Rio de Janeiro, sem ter como trabalhar nem em Brasília, nem em Minas, estado pelo qual o pai foi eleito.
Recém-formado, Aécio ganhou outro cargo na Caixa Econômica Federal, não de estagiário como recém-formados costumam conseguir. Sem nenhum concurso, foi nomeado logo Diretor de Loterias pelos então presidente, José Sarney, e ministro da fazenda, Francisco Dornelles, seu primo.
As próprias concessões das rádios da família Neves seguiu critérios patrimonialistas.
Não as obteve vencendo licitação, foi por ser "amigo do rei", quando era deputado durante o governo Sarney, a quem apoiava. O então ministro das comunicações, Antônio Carlos Magalhães (PFL), distribuía concessões de rádios e TVs para deputados e senadores da base governista da época.
Estas concessões eram muito cobiçadas porque, além de gratuitas, eram altamente lucrativas e dava um grande poder de influência política, próprio dos meios de comunicação de massa. Quem dominava a mídia, dominava o teor do noticiário (como ainda é hoje), podendo atuar favoravelmente à oligarquia política do dono da rádio e/ou da TV, além de cerrar fogo contra os adversários políticos.
O comportamento arredio, de procurar varrer para baixo do tapete o assunto, só faz criar suspeitas de que, se precisa ficar escondido, é porque deve ter algo muito errado.
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/10/aecio-governador-nao-sabe-quanto-pagou-como-dono-de-radio-nao-sabe-quanto-recebeu-8234.html

Globo: o escorpião da democracia brasileira, por Alberto Kopittke


Sugestão de Assis Ribeiro
do Sul 21
Conta uma conhecida fábula, ao ser salvo de um incêndio o escorpião picou o sapo que o carregava nas costas até a outra margem do rio. O sapo atordoado só teve tempo de perguntar por que o escorpião o atacara ao que o escorpião respondeu: é o meu instinto.
Não há nada de novo na ​atuação da Rede Globo ​nessas ​eleições. A fórmula repete a atuação que o grupo de comunicações teve em 54, 64, 85, 89, 2002, 2006, 2010 e 2012​​.​​ A tentação autoritária de manipular a informação, em prol dos interesses dos conglomerados da comunicação, até hoje sempre falou mais alto do que qualquer código de ética.
Já faz parte de uma espécie de Padrão Globo de desestabilização da democracia, com o qual o Brasil convive há mais de 60 anos. Entre os meios para tal efeito, o Jornal Nacional pode ser comparado ao instinto incontrolável do escorpião.
Para compreender melhor esta analogia, apresento uma linha do tempo com os fatos marcantes que demonstram a participação nada imparcial da Rede Globo nas decisões políticas do país desde a década de 50.
Década de 50
Em 1954, o jovem Roberto Marinho, então proprietário da Rádio e do Jornal O Globo se soma a Assis Chateaubriand, proprietário da TV Tupi e da Rede de Diários Associados, a Carlos Lacerda e a segmentos golpistas das Forças Armadas para derrubarem Getúlio Vargas do Poder. Durante 30 dias atacaram incessantemente Vargas, afirmando que o Brasil estava enterrado num mar de lama, até conseguirem o golpe militar que levou Getúlio ao suicídio(1).
Década de 60 – 70
Em 1964, as Organizações Globo lideraram uma campanha pela derrubada do governo de João Goulart, eleito democraticamente, afirmando que o país estava à beira do Comunismo. Em diversos editoriais, Marinho conclamava o golpe e fez um dos mais famosos artigos no dia 01 de abril, comemorando a derrubada do Regime Democrático.(2)
Documentos secretos do Governo americano, recentemente publicados, mostram que ao longo de todo o regime, Marinho foi o principal articulador da continuidade e do endurecimento do regime, atuando diretamente com o embaixador dos EUA, inclusive contra o Ditador Castelo Branco.(3)
Década de 80
Todo esse apoio fez Marinho ser reconhecido como o “mais fiel e constante aliado” pelos dirigentes da Ditadura. Ao final de 20 anos de Ditadura a fortuna da família Marinho ultrapassava os R$ 52 bilhões, angariando dezenas de concessões de rádio e TV em todo o país.(4)
Em 1984, a Rede Globo foi a última emissora nacional a noticiar os Comícios das Diretas Já. A primeira veiculação ocorreu em 25 de janeiro, quando milhares de pessoas estavam na Praça da Sé, mas o Comício foi noticiado como parte das comemorações dos 430 anos da cidade de São Paulo, epor determinação de Marinho, como já relatou o então vice-presidente do Grupo, Boni. (5)
Em 1989, a Rede Globo envidou fortes esforços para eleger Fernando Collor de Mello (dono da TV Gazeta de Alagoas, retransmissora da Globo) especialmente através da manipulação de trechos do último debate entre Collor e Lula, no Jornal Nacional.
Anos 2000
Em 2006, o jornalista encarregado de cobrir as eleições, Luiz Carlos Azenha, denunciou que a ordem era não falar de assuntos de economia, pois estes ajudavam a Lula. Na edição da véspera do primeiro turno, o Jornal Nacional mostrou durante 14 minutos ininterruptos fotos do dinheiro que teria sido usado para comprar um suposto dossiê contra José Serra. Outro jornalista, Rodrigo Vianna, relatou que a direção da emissora barrou reportagens e investigações que envolvessem o PSDB e José Serra. (6)
Em 2010, a emissora lançou sua campanha de aniversário de 45 anos, destacando o número e com um jingle que tinha por refrão “todos queremos mais”, casualmente parecido com o slogan de José Serra, “O Brasil pode mais”. Mas o fato mais notório da cobertura foram as edições do JN que divulgaram que Serra fora “agredido por militantes petistas, passado mal e levado a um hospital”, o que depois foi comprovado ser uma farsa montada após o candidato ser atingido por uma bolinha de papel.
Nas eleições de 2012, em todas as edições do Jornal Nacional durante o 2 turno, a cobertura do julgamento do mensalão teve mais de dez minutos de duração, começando sempre imediatamente após o horário eleitoral.
A mesma receita
Ao longo dos últimos 40 anos, o Jornal Nacional sempre foi o canal por onde a Rede Globo operou suas manipulações da informação. O mais famoso telejornal brasileiro teve um reconhecimento público do mais atroz Ditador brasileiro, Médici, que afirmou em entrevista: “Sinto-me feliz todas as noites quando ligo a televisão para assistir ao jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranquilizante após um dia de trabalho”.
Além desses feitos, a emissora nunca dispensou atenção sequer assemelhada a casos como a compra de votos na aprovação da Emenda da reeleição de FHC, as diversas denúncias de corrupção bilionária nas privatizações (estimado em R$ 100 bi) o caso Banestado e Ilhas Cayman (R$ 42 bi), dos vampiros da saúde (R$2,4 bi), dos anões do orçamento (R$ 800mi), do Tremsalão tucano (R$ 570 mi), da Sudan (R$ 214 mi), nem do Mensalão tucano de MG, todos ligados a políticos ou governos do PSDB.
No auge das manifestações do ano passado, quando milhares de jovens protestavam em frente a Rede Globo, em São Paulo, contra suas formas de cobertura (o que obviamente nunca foi noticiado), a emissora fez um editorial pedindo desculpas pelo apoio que havia dado ao Regime Militar. Parecia um compromisso de que dali em diante, as novas gerações que controlam a empresa não sucumbiriam mais à tentação de manipular a informação para influenciar a política brasileira.
Mas desculpas à parte, a incapacidade da Rede Globo em realizar coberturas eleitorais de forma imparcial parece estar encravada em seu DNA. Ao invés de assumir publicamente uma posição em prol de determinada candidatura, como é comum nas grandes redes de comunicação dos EUA e da Europa, a Organização disfarça uma pretensa neutralidade e coloca em curso sua obsessão por influenciar as eleições.
​Por isso, quando sentar para assistir o Jornal Nacional, saiba que o instinto do escorpião é incontrolável.
http://jornalggn.com.br/noticia/globo-o-escorpiao-da-democracia-brasileira-por-alberto-kopittke

A responsabilidade pela crise da água, por Nabil Bonduki


da Folha
Para não tomar medidas impopulares em período eleitoral, o governo Geraldo Alckmin tem deixado de adotar providências indispensáveis para enfrentar o estresse hídrico que afeta o Estado de São Paulo. De forma irresponsável, está criando o que pode vir a ser uma calamidade pública nas regiões de São Paulo e Campinas, onde vivem cerca de 25 milhões de cidadãos e onde se gera 23% do PIB nacional.
O nível do sistema Cantareira, que atendia 8,8 milhões de habitantes só na região metropolitana de São Paulo, caiu a 4,5%. Em um mês poderá estar zerado. O sistema Alto Tietê, que atendia 3,5 milhões de moradores, está abaixo de 11% da sua capacidade. Mesmo que as chuvas de verão venham dentro da média histórica, a recuperação das represas será tímida.
Estima-se que, se os índices pluviométricos ficarem na média histórica, em 2015 a situação estará pior do que em 2014. Se chover menos que a média, faltará água e o racionamento, que vem sendo adiado por motivos eleitorais, embora metade dos paulistanos sofram com cortes não comunicados, terá que ser rigoroso. Não existe, ou não foi anunciado, um plano de contingência para essa possibilidade.
A crise não é apenas resultado de uma seca sem precedentes. Estava anunciada desde 2010, mas a Sabesp, raciocinando como empresa privada, vendeu mais água do que poderia. Relatório da própria empresa, de 2011, afirma que ela estava retirando do sistema mais água do que repunha.
Depois de passar anos sem promover campanhas educativas de peso para difundir o uso sustentável da água, as decisões da gestão Alckmin foram pautadas pela lógica do lucro e pelas eleições. Embora tente passar uma imagem de tranquilidade, a questão é mais profunda.
Assim, em depoimento na CPI na Câmara Municipal que investiga a crise hídrica, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, afirmou, com a arrogância dos "sábios", que a seca do verão de 2014 só ocorrerá daqui a 3.338 anos, desconsiderando os efeitos devastadores das mudanças climáticas.
A Sabesp, semiprivatizada, está mais preocupada em vender água e distribuir dividendos do que promover o uso racional de um bem escasso. Nos últimos cinco anos, seu lucro líquido foi R$ 8,2 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões foram distribuídos aos seus acionistas.
Ademais, a Sabesp fracassou em medidas estruturais, como na redução das perdas causadas por ineficiências. Entre 2009 e 2014, a empresa investiu R$ 1,1 bilhão no Programa de Redução de Perdas, mas o resultado foi insignificante: segundo dados apresentados por Pena, entre 2009 e 2013, o índice de perdas de micromedição caiu de 31,4% para 30,4%; o índice de perdas físicas, de 20,4% para 19,8%.
Reportagens publicadas no "Jornal da Tarde" e na "Carta Capital" mostraram que as empresas contratadas para a execução desse programa são de propriedade de ex-diretores da própria Sabesp, suspeitando-se de fortes ligações com o PSDB.
Já que a Assembleia Legislativa não investiga e que inexiste controle social na Sabesp, a CPI em curso na Câmara Municipal é uma oportunidade para desvendar a caixa- -preta que está por trás da crise hídrica que afeta os paulistas.
NABIL BONDUKI, 58, arquiteto e urbanista, professor titular de planejamento urbano na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, é vereador (PT) e membro da CPI da Sabesp
http://jornalggn.com.br/noticia/a-responsabilidade-pela-crise-da-agua-por-nabil-bonduki

PT-SP VAI À JUSTIÇA CONTRA PRECONCEITO DE MÉDICOS


:
Diretório Estadual do partido, presidido por Emídio de Souza, informou em nota ter entrado com duas representações na Justiça contra o grupo do Facebook "Dignidade médica", que publicou "diversas postagens que incitam o ódio contra os nordestinos, profissionais de baixa renda, o Partido dos Trabalhadores e a candidata à reeleição presidencial Dilma Rousseff"; na rede social, usuários que se definem médicos ou estudantes de medicina pregaram "holocausto" com eleitores de Dilma
SP 247 – O diretório paulista do PT informou em nota divulgada nesta sexta-feira 17 que entrará na Justiça com duas representações pedindo concessão de medida cautelar endereçada ao procurador-geral da República e ao Conselho Federal de Medicina (CFM) contra o grupo do Facebook "Dignidade Médica", que pregou o "holocausto" com eleitores da presidente Dilma Rousseff (leia aqui).
Segundo o PT, os integrantes da comunidade virtual publicaram "diversas postagens que incitam o ódio contra os nordestinos, profissionais de baixa renda, o Partido dos Trabalhadores e a candidata à reeleição presidencial Dilma Rousseff". O partido afirma que "os comentários escritos contra a população nordestina possuem nítida natureza racista, com incitação de preconceito e discriminação".
"O Diretório do PT-SP pede a imediata paralisação da veiculação das mensagens com conteúdo racista e responsabilização criminal e civil dos envolvidos, por afrontar a liberdade política constitucionalmente assegurada a todos", conclui a nota, assinada pelo presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, e por Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do setor jurídico do PT-SP.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/157326/PT-SP-vai-%C3%A0-Justi%C3%A7a-contra-preconceito-de-m%C3%A9dicos.htm

DataCaf: Dilma 47 x 42 Machão do Leblon

As mulheres das Classes C e D morrem de medo dele.


DataCaf:

- Dilma 47


- Aécio 42



Rejeição de Aécio já está em 39%.

Dilma tem 34%.
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/10/17/datacaf-dilma-47-x-42-machao-do-leblon/


DataCaf Extra: machão do Leblon assustou as mulheres

A mulher de Classe C e D sabe qual o próximo passo do machão que diz “você está mentindo”…

De Poços 10, no face


Não são só as jovens louras, ricas e famosas do Arpoador, no Rio, que, muitas vezes temem apanhar do namorado machão.

O medo de apanhar do marido, do companheiro ou do namorado é muito mais agudo entre mulheres das Classes C e D – as vitimas preferenciais dos machões brasileiros.

Especialmente se eles bebem ou se drogam.

Elas são vitimas, frequentemente, da supremacia de maridos  que põem “o dinheiro em casa”.

Elas têm o pisca-pisca ligado para soar o alarme quando o machão, bêbado ou drogado, se manifesta.

Como se sabe, o DataCaf nada em dinheiro, ou melhor, no ouro de Havana, recolhido de pá no Porto de Mariel.

Por isso, o DataCaf montou uma pesquisa “quali”, ou “qualificada”.

Reuniu pessoas representativas das diversas regiões do país, homens e mulheres, de diversos graus de instrução e de renda.

Uma “amostra” como a de quem qualquer pesquisa de opinião, só que em lugar de responder a um questionário, os “entrevistados” comentam, ao vivo, o que estão vendo.

E esse DataCaf Extra se refere à quali realizada durante o debate quando a Dilma pôs os podres do Machão do Leblon na rua, no horário nobre do SBT, uma vez que ele não está acima de qualquer suspeita -  nem em São João del-Rey.

A pesquisa quali demonstra que as mulheres de Classe C e D se assustaram com a agressividade do Machão do Leblon.

Não só a agressividade, mas, também, o desrespeito.

Desrespeito uma mulher mais velha.

E a Presidenta da República do Brasil.

Que história é essa de que ela mente ?

Isso é muito sério.

Quando um homem diz a uma mulher que ela esta mentindo, a mulher já pressente qual será a  próxima acusação e qual será o próximo “argumento” dele …

O mais importante foi o medo que ele despertou.

O medo que infunde o homem que bate em mulher.

Aquela agressão – “no dia primeiro de janeiro você vai ter que procurar  emprego” – foi um tiro no pé.

Soou como uma agressão física.

Ou um tapa na cara.

Essas mulheres de Classe C e D muitas vezes acabaram de se profissionalizar, ou buscam o primeiro emprego.

Esse grupo – mulheres de Classe C e B, evangélicas – é especialmente estratégico para a Dilma. 

(É o que o que se disse em “Evangélicas, bafometro e drogas”)

O Machão do Leblon errou caminho da festa.

Pensou que ia para o Arpoador e foi parar no Tunel Rebouças.

Paulo Henrique Amorim
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/10/17/datacaf-extra-machao-do-leblon-assustou-as-mulheres/

Por que Dilma deu um passo imenso à vitória no debate de ontem

Aécio, tão acostumado a poder dizer, sem respostas, os seus desaforos e a tratar as mulheres como “peruas” sem voz própria, achou uma encrenca pela frente.
Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:


Porque Dilma deu um passo imenso à vitória no debate de ontem

Para desespero dos “punhos de renda” – que acham que o debate de ontem foi “uma baixaria” (e é claro que todos gostaríamos de ter uma campanha desenvolvida no campo das idéias, apenas) –  lamento informar que Dilma Rousseff deu um passo imenso para vencer a disputa eleitoral.


Tirou Aécio Neves do papel que ele vinha buscando para proteger-se de suas fraquezas morais e administrativas: o de tadinho, vítima de agressões e evidenciou que, apesar da carinha bem escanhoada, é um homem incapaz de reagir com equilíbrio e, diante dos questionamentos (aliás, irrespondíveis) sobre fatos, foge para desculpas  formais e invoca os outros (“não ofenda os mineiros”) como biombo.


É “bonito” tratar dos problemas reais (dos outros) na base do “vossa excelência pra cá, vossa excelência pra lá”, como definiu muito bem, nos anos 60, o velho Leonel Brizola quando se  referiu ao “clube amável do Congresso”.


Mas, na vida de verdade, ninguém pode ficar “apanhando” todo o tempo sem uma reação que vá além do estritamente “racional” e, depois de muito evitar, aceite o “barraco”.


E absolutamente coberta de razão, como está Dilma.


Porque a direita brasileira, e já lá se vai mais de um ano, invocou todos os demônios e baixarias contra ela (veja como eles fogem de fazer isso com o Lula) e se lambuzaram em grosserias. Ou que nome merece mandar uma mulher, Presidenta da República” ir “tomar no cu” na abertura da Copa?


Se faltou algo no desempenho de Dilma, foi, talvez, explicitar isso numa fala daquela tipo “mãos nas cadeiras” e dizer, “bom, menino, você pediu, me chamando de tudo o que você sabe que eu não sou, de tolerante com a corrupção ou até corrupta, agora aguente”


Mas isso, como dizem os franceses vai “sans dire”, vai sem  sem ser dito.


A construção da direita era fazer de Dilma (e fazendo de seu governo fazia dela) uma mulher abatida, incapaz de se defender e afirmar sua autoridade. Uma mulher que, ” ao ser abandonada por Lula”, não sabia se defender, reagir e tomar a ofensiva.


Lula, esperto e matreiro, soube “dar um tempo” para Dilma produzir sua própria reação e não ficar naquela de “fraquinha, protegida pelo irmão”.


Escrevam e leiam por aí como, a partir de hoje, ele vai subir o tom.


Reparem como o discurso conservador encontrou em Marina Silva e suas hipocrisia de “os melhores dos melhores” e do “poder pelo poder” o discurso xôxo que ocultava o fato objetivo de que este é um país que, malgrado toda a ilusão petista de que teria passado a ser “de todos”, tem de compreender que está dividido socialmente, como é dividido o caminho que tem à sua frente: ser, de novo, uma dócil colônia ou ser, cada vez mais, uma grande nação.


Somos civilizados, democratas e jamais houve neste país, tanta liberdade de opinião.


Exceto em um lugar que, salvo nos raros momentos de embate eleitoral, o pensamento progressista nunca tem voz: os meios de comunicação.


Aécio, tão acostumado a poder dizer, sem respostas, os seus desaforos e a tratar as mulheres como “peruas” sem voz própria, achou uma encrenca pela frente.


E como todo machão é essencialmente um covarde, vai ficar cada vez mais perdido em suas pantomimas de se dizer “agredido”.


É, para lembrar o verso de Geraldo Vandré, “a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar”.

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/10/17/porque-dilma-deu-um-passo-imenso-a-vitoria-no-debate-de-ontem/

MÉDICO GAÚCHO A DILMA: "PROCURE UM CUBANO, FDP"


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Intolerância pré-eleitoral cobre o Brasil de ódio; ontem, logo após a presidente Dilma se sentir mal, no debate do SBT, o médico gaúcho Milton Pires postou a seguinte mensagem no Facebook: "Tá se sentindo mal? A pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua grande filha da puta!"; entre seus seguidores, urros pela agressão; um dos internautas disse que Dilma deveria buscar proteção da Lei Maria da Penha, depois de ter sido espancada; dias atrás, o alvo da violência foi o ator Gregório Duvivier; hoje, é a presidente Dilma; em artigo, colunista Breno Altman alerta para a ascensão de um neofascismo na sociedade brasileira, atiçado por meios de comunicação conservadores; médico intolerante tem sido defendido, na mídia brasileira, pelo extremista Augusto Nunes, de Veja
247 - "Tá se sentindo mal? A pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua grande filha da puta!". A mensagem foi postada no Facebook pelo médico gaúcho Milton Pires, funcionário da prefeitura de Porto Alegre, formado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em terapia intensiva, logo após a presidente Dilma Rousseff se sentir mal, com uma queda de pressão, no debate do SBT, ocorrido na tarde de ontem. Entre seus seguidores, urros de ódio. Um deles dizia que a presidente Dilma deveria buscar proteção da Lei Maria da Penha, após ter sido espancada no debate. 
A postagem é mais um exemplo do ódio que se alastra pela sociedade brasileira, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial. Ontem, a notícia mais relevante do dia, foi a onda de insultos ao ator Gregório Duvivier, do grupo Porta dos Fundos, motivada por seu apoio declarado à reeleição da presidente Dilma Rousseff (leia aqui). O também ator Dado Dolabella, condenado por agressão a mulheres, comparou Duvivier a alguém contaminado pelo vírus ebola (leia aqui).
As duas agressões, a Duvivier e à presidente Dilma Rousseff, fazem parte do mesmo fenômeno: o neofascismo que se alastra pela sociedade brasileira. Em artigo publicado ontem no 247, o colunista Breno Altman afirma que os "conservadores perderam a vergonha na cara" e que o ódio ao PT retirou do armário todos os demônios da sociedade brasileira, como o racismo, a homofobia, o culto à desigualdade e o preconceito regional (leia aqui).
Extremista radical, o gaúcho Milton Pires tem um aliado na mídia conservadora, que há vários anos vem preparando o terreno para esse neofascismo. Trata-se do jornalista Augusto Nunes, de Veja.com, que o defendeu quando ele foi suspenso por 60 dias do trabalho em um hospital.
Leia, abaixo, o post de Nunes, em setembro deste ano:
O médico Milton Pires enviou à coluna, nesta terça-feira a carta abaixo reproduzida. É um relato sucinto das perseguições movidas pela direção do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, contra um profissional que pensar com independência — e dizer sem medo o que pensa. A mais recente abjeção foi consumada neste 22 de setembro: baseados em acusações difusas, inconsistentes ou mesquinhas, formuladas por testemunhas anônimas, os comandantes da instituição comunicaram a Milton Pires a decisão de suspendê-lo por 60 dias. Confiram:
O SILÊNCIO DE TODOS NÓS
Milton Pires
Meus amigos:  
Trabalhando desde junho de 2010 na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição em Porto Alegre, minha contínua luta contra as barbaridades feitas contra a saúde pública no Brasil são do conhecimento de todos. No início de 2013, Ricardo Setti publicou em seu blog no site de VEJA o artigo com o título “Santa Maria e a Guerra do Vietnam”, uma séria advertência sobre a vinda dos médicos cubanos. Depois de “Carta à Presidente Dilma” e de outros textos publicados tanto no meu blog “Ataque Aberto” quanto no grupo de Facebook “Inglourious Doctor”, comecei a pagar, pessoalmente e profissionalmente, o preço das minhas opiniões políticas.
Assassinar reputações de inimigos não é uma prática nova da esquerda brasileira. O doutor Romeu Tuma Júnior provou isso em seu livro. Trabalhando num grupo hospitalar que atende 100% dos pacientes pelo SUS, no qual entrei por concurso público e que é controlado por gente do PC do B, não é necessário ser um teórico da conspiração para compreender e admitir o que acontece quem se opõe ao modelo de gestão de saúde no Brasil. Antiga, mas eficiente, a tática é sempre a mesma – mau desempenho nas avaliações funcionais e relatos de conflitos e dificuldade de relacionamento no local de trabalho funcionam como estopim dos processos administrativos em que se pretende “limpar” o serviço público dos opositores.
Neste 22 de setembro, chegando ao Hospital Conceição para trabalhar na UTI, fui notificado de que meu ponto estava “suspenso”. Encaminhado ao setor de RH, fui informado de que eu mesmo, como médico, estou suspenso do hospital por 60 dias, sem perda de remuneração. Argumenta a instituição que isso visa não prejudicar o processo administrativo disciplinar (PAD número 51/14, que tem como objetivo a minha exoneração. Desconheço os termos de acusação. Não sei ao que respondo e não tive, até agora, nenhuma chance de defesa.
Em apelação administrativa de avaliação funcional prévia considerada muito insuficiente, testemunhas identificadas como “trabalhador da saúde 1,2,3,4..etc..” me acusam de “não examinar os pacientes, não lavar as mãos, de conflitos com familiares de pacientes da UTI , de jogar equipamentos no chão e não usar equipamentos de proteção individual”. Não sei, oficialmente, o nome de NENHUMA das pessoas que disseram isso naquele processo. Não lhes foi exigida prova alguma para que declarações que acabaram com a minha vida funcional se transformassem em VERDADES corroboradas por meus chefes.
O que está acontecendo comigo não é exceção; é a regra aplicada aos médicos brasileiros que decidem contestar a maneira com que essa gente conduz a saúde pública. Minhas chances no processo administrativo, do qual sequer tenho cópia, não são muitas. Acredito que haja alguma alternativa na Justiça comum. Neste momento, resta-me apelar àquilo que essa gente mais teme: a publicidade, a divulgação em massa pela imprensa do que se pretende fazer em silêncio. Eles são especialistas em assassinar reputações, apoiados no total aparelhamento do serviço público e terror infundido nos seus subordinados. Os efeitos são garantidos por por lei. A Lei do Silêncio de todos nós.
http://www.brasil247.com/pt/247/rs247/157299/M%C3%A9dico-ga%C3%BAcho-a-Dilma-procure-um-cubano-FDP.htm