quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

E agora Aécio? “Baile do Pó Royal” é sucesso no YouTube




Marcha de carnaval fura o cerco da grande imprensa que tentou esconder a desmoralização de Aécio Neves perante a opinião pública nacional

Resgatando uma tradição popular, a utilização de marchinhas carnavalescas para criticar e debochar, transmitindo o que pensa a população sobre os personagens protegidos pela grande imprensa, no último dia 14, foi disponibilizado no YouTube, um vídeo contendo a marchinha "Baile do Pó Royal".

Em apenas um dia o vídeo foi acessado por 130.000 pessoas, transformando-se em Hit, demonstrando que a população tem seus canais para manifestar-se driblando a censura imposta pela grande imprensa, atendendo aos interesses das elites dominantes, independente do malefício que tal comportamento possa causar.
Fruto de 12 anos de censura a imprensa e bilionária verba publicitária criaram no País uma imagem de Aécio Neves que jamais correspondeu a suas ações e atitudes no exercício do Governo de Minas Gerais, conforme foi amplamente noticiado por Novojornal nos últimos 6 anos. 
 
Em represália ao nosso posicionamento, a irmã de Aécio, Andréa Neves promoveu uma implacável perseguição ao portal jornalístico, seja través da utilização indevida do Poder Judiciário, do Ministério Público e da censura econômica, chegando ao ponto da mesma ligar pessoalmente para anunciantes doNovojornal, alegando que ao anunciarem estariam financiando um “jornaleco” de oposição.

Mesmo diante dos processos judiciais, denúncias e arbitrariedades sofridas, não nos afastamos de nosso dever de noticiar com isenção, não aceitando qualquer ingerência ou censura. Experimentamos hoje a sensação de dever cumprido na função de informar nossos leitores.
 
Repete-se a história do “Rei Nu”. Quando a população levanta os olhos e enxerga, ninguém mais a engana.
 

Nota da Redação:
 
Às 16h19m desta quinta-feira (16/01/2014) o vídeo foi classificado pelo Youtube como "vídeo privado", impedindo o acesso ao mesmo, por esse motivo disponibilizamos abaixo o link onde o internauta poderá ter acesso ao mesmo.
 
 
O internauta "Montanha" enviou-nos um novo endereço disponibilizado no Youtube.
 

Recomendamos que caso queira preservá-lo, salve-o em mídia pessoal, pois a equipe de Áecio Neves poderá retirá-lo do ar a qualquer momento.
 
Letra da marchinha:
 
Deixaram o Pó Royal cair no chão
em pleno baile de carnaval 
achei que ia rolar a confusão 
mas a turma achou legal. 
O pó chegou voando no salão
que farra sensacional
deu até notícia na televisão
virou Baile do Pó Royal. 
O pó rela no pé
o pé rela no pó 
O pó rela no pé 
o pé rela no pó
Esse pó é de quem tô pesando?
Ah é sim, ah é sim
Você sabe eu também sei 
Ah é sim, ah é sim
Não espalha que vai ser melhor.
 

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  • A histeria racista da criminalização dos ‘rolezinhos’


    De todos os rolezinhos desde o final do ano passado, não houve nenhuma ocorrência de furtos ou roubos.
    A palavra de ordem mais contundente dos organizadores, até agora, tem sido mais ou menos a seguinte: “A gente quer se divertir, curtir e ficar com as minas”.
    Foi o que falou o jovem A.F., que criou uma página no Facebook chamando para um encontro no Shopping Itaquera no próximo dia 18.
    As intenções de A.F.:
    . “A gente não quer arrastão”
    . “Todo mundo diz que funkeiro é favelado, não gosta de trabalhar. Mas a maioria dos meus amigos trabalha como eu e tem pai e mãe”
    . “Queria falar com eles [a direção do centro de compras] para eles se prepararem”
    . “Tem pegação, a gente tira foto juntos. Conheci gente de outras regiões, da Vila Alpina, Mauá”
    . “Aqui a gente só tem o shopping. Antes a gente fazia uns encontros na rua, ficava ouvindo música, mas a polícia já chegava batendo. Então decidimos voltar a se encontrar nos shoppings”
    Em determinada altura dos eventos, costuma haver uma correria. Lojas fecham as portas. A violência, quando aconteceu, foi após a chegada da PM, que faz o de sempre: desce a porrada.
    Repetindo: não houve roubos ou furtos nos rolês.
    No entanto, os participantes já foram criminalizados e condenados ao degredo. De todas as coisas irresponsáveis e estúpidas proferidas sobre eles, eis a conversa da apresentadora do SBT Rachel Sheherazade em dezembro:
    Foi justamente a violência, o caos urbano, que forçou o consumidor a abandonar o comércio de rua, as praças públicas, os cinemas, teatros, restaurantes e migrar para espaços fechados e vigiados.
    Mas, agora, até esse refúgio foi violado! 
    O que fazer? 
    Fechar os olhos? Fingir que não há perigo nos “rolezinhos”, como fizeram os shoppings para ofuscar a propaganda negativa? 
    Devemos defender o direito dos arruaceiros de se reunir em locais privados, sem prévia autorização, tumultuando a ordem pública, espalhando o medo, afastando as famílias, intimidando os frequentadores?
    Ou só vamos tomar providência quando os arrastões migrarem das periferias para os shoppings de luxo?
    Onde houve arrastão? Refúgio de quem? A histeria de Rachel lembra, em certos momentos, o hoje clássico comentário de Arnaldo Jabor sobre as primeiras manifestações em junho passado (o primeiro, não o mea culpa 48 horas depois, abraçando os manifestantes por ordens superiores porque seriam “contra o governo”).
    O blogueiro da Veja Rodrigo Constantino foi além: “Não toleram as ‘patricinhas’ e os ‘mauricinhos’, a riqueza alheia, a civilização mais educada. Não aceitam conviver com as diferenças, tolerar que há locais mais refinados que demandam comportamento mais discreto, ao contrário de um baile funk. São bárbaros incapazes de reconhecer a própria inferioridade, e morrem de inveja da civilização”.
    Ao ver isso comparado às teorias de superioridade racial dos nazistas, Constantino teve de escrever outro texto para explicar esse trecho. Em “Mein Kampf”, aliás, Hitler diz que “em toda mistura de sangue entre o Ariano e povos inferiores, o resultado foi sempre a extinção do elemento civilizador”.
    Os povos inferiores, para Hitler, serviram apenas como ferramenta para a civilização superior. “O ditado: ‘o negro fez a sua obrigação, pode se retirar’, possui infelizmente uma significação profunda. Só os bobos pacifistas é que podem enxergar nisso um indício de maldição humana”, escreveu.
    Não adianta o secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e o de São Paulo, Fernando Grella Vieira, declarararem, textualmente, que “rolezinho não é crime”. Eles estão acima da lei.
    A simplificação preconceituosa de um movimento complexo (que existe inclusive nos EUA, como você pode ler aqui) é uma espécie de torcida para que as coisas saiam dos trilhos e a turma do apocalipse possa bradar: “Eu não disse, eu não disse?” 

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-histeria-racista-da-criminalizacao-precoce-dos-rolezinhos/

    Do helicóptero dos Perrellas à casa de Genoino: a mídia brasileira como ela é


    A mídia não gosta deles
    A mídia não gosta deles
    O critério do que é notícia, para a mídia brasileira, é peculiar.
    Notícia é, essencialmente, aquilo que é ruim para os adversários. Pode ser um fato, pode ser um rumor, pode ser até uma mentira descarada – mas é “notícia”.
    Do outro lado, tudo aquilo que seja considerado problemático para os amigos, e para os próprios donos das empresas jornalísticas, não é notícia.
    Por exemplo: o helicóptero dos Perrellas. Meia tonelada de pasta de cocaína não comoveu a mídia brasileira. O assunto, nem bem chegou, sumiu do noticiário.
    A mídia não produziu uma única reportagem decente sobre os Perrellas.
    O DCM publicou, dias atrás, uma denúncia do Wikeleaks segundo a qual Roseana Sarney tem 150 milhões de dólares em Caimãs.
    Nem uma só linha sobre o assunto, como se 150 milhões de dólares fossem 150 reais. O motivo não é muito nobre: como Roseana, alguns barões da mídia têm, também, reservas em paraísos fiscais.
    Silêncio sobre este tema, portanto.
    Em compensação, alguns personagens não saem do noticiário. Uma publicação dá alguma coisa, verdadeira ou mentirosa, manipulada ou objetiva – e todos os veículos reproduzem.
    Genoino é um desses personagens.
    Agora mesmo: você pode ler, em toda a mídia, uma notícia sobre uma casa que Genoino alugou por dois meses em Brasília. Ele alugou porque, num capricho, Joaquim Barbosa proibiu que ele ficasse em sua casa em São Paulo no período de prisão domiciliar.
    Sobre o helicóptero a mídia não fala nada
    Sobre o helicóptero a mídia não fala nada
    E então tudo que a mídia economizou sobre o helicóptero ela gasta com Genoino.
    O valor do aluguel é usado para tentar desmoralizá-lo: 4 000 reais, segundo o Estadão. Se são dois meses, são 8 000 reais.
    Gastar 8 mil reais para que ele tenha o mínimo de conforto, nos próximos dois meses, vira uma barbaridade.
    A mídia se vale dos analfabetos políticos, e estes, sempre manipulados, respondem como se espera. Dizem, nas redes sociais, que está provado que Genoino tem muito dinheiro, e que é uma farsa a vaquinha para pagar a dívida – outro capricho da Justiça – de 660 000 reais que impuseram a ele.
    Repórter nenhum vai atrás dos fatos.
    Ouçamos Miruna, a combativa filha de Genoino. Ninguém faz isso, embora ela esteja à disposição da mídia para esclarecimentos.
    Nós a procuramos.
    “Estamos arcando toda a família com essa despesa”, diz Miruna. “Estou deixando o apartamento onde moro com meu marido e meus filhos e mudando-me para a casa dos meus pais para reduzir os gastos e podermos fazer frente a esta situação. Em vez de denunciarem que estamos tendo de pagar para meu pai cumprir a domiciliar, ficam especulando com a casa. É o fim do mundo…”
    Para entender os bastidores das redações, uma repórter do Estadão, particularmente, faz um cerco obstinado a Genoino, e também a Dirceu.
    Foi ela que falou na casa, assim como tinha falado na “empresa de Dirceu no Panamá”. Ela se chama Andreza Matais, e é casada com Tuca Pinheiro, assessor de Roberto Freire, presidente do PPS.
    Freire se dedica a combater o “lulopetismo”, o “lulodilmismo”, o “lulismo”, o “dilmismo” e todas as variações do gênero.
    Freire, recentemente, levou a sério, ou fingiu, a afirmação de um ex-delegado segundo a qual Lula fora informante da ditadura.
    Nem FHC, que abomina Lula, alimentou isso. Como se sabe, num programa Manhattan Connection FHC desfez a tentativa de Diogo Mainardi de criar barulho em torno da “denúncia”. FHC negou a calúnia peremptoriamente, o que decretou a morte prematura de um livro que iria “sacudir o Brasil”.
    A “informação” sai de Andreza já devidamente envenenada pela militância política do marido. É um conflito de interesses mascarado – mas claríssimo.
    E toda a mídia reproduz Andreza bovinamente, ou melhor, malandramente. Checar “informações” negativas para adversários ninguém, na imprensa, faz. Todos as publicam às cegas para leitores analfabetos políticos que vão consumi-las sem triagem nenhuma.
    A mídia brasileira, de certa forma, pode ser resumida naquilo que ela não deu sobre o helicóptero dos Perrellas e naquilo que ela dá, e dá, e dá, sobre os suspeitos de sempre.
    Andreza não perdoa Genoino e Dirceu.
    Andreza não perdoa Genoino e Dirceu.
    Paulo Nogueira
    Sobre o Autor
    O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo. 

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/do-helicoptero-dos-perrelas-a-casa-de-genoino-a-midia-brasileira-como-ela-e/

    Vou falar do "Rolezinho"



    Para além do debate acalorado que o "rolezinho" está causando nas redes sociais com posições retrógradas que endossam a criminalização da juventude da periferia que se ressente da falta de condições financeiras para consumir o que a elite consome, roupas, tênis, relógios e outros itens de marcas de grifes famosas e vai para o Shopping espiar seu desejo de consumo;

    e de outro posições progressistas que mais ideologizam do que esclarece o pano de fundo que perpassa a discussão escondida num cabo de guerra transformado numa luta de classe que diz muito mais do que está revelado, a falência de uma sociedade que glorifica o consumismo, o individualismo, o materialismo, valores que são expressos diariamente pela propaganda capitalista veiculada em todos meios de comunicações televisivos, radiofônicos, impressos, digitais e que chegou à periferia das cidades brasileiras por meio de um gênero musical chamado de Funk ostentação cujo maior expoente foi um tal de Mc da leste, assassinado em um desses bailes.

    Nada há nas letras dessas músicas que faça a juventude pensar, a questionar, se politizar. As letras dessas músicas são um incentivo ao consumismo perdulário de itens consagrados por grifes de renome internacionais e que está fora do alcance dessa juventude alienada que usa as redes sociais para marcar encontros nos espaços consagrados e de uso restrito de uma elite que adora consumir.

    Os ídolos desse movimento são funkeiros e jogadores de futebol que conseguiram ascender socialmente e que gostam de ostentar o luxo nababesco em que vivem.

    O que não é dito é que de milhares de jogadores de futebol que tentam um lugar ao sol apenas uns poucos conseguem obter dinheiro e fama. Dos milhares de jovens funkeiros que estão lutando por um lugar ao sol apenas alguns conseguem obter sucesso, dinheiro e fama. Uma coisa ou outra em alguns casos e todas elas juntas em poucos casos.

    Esse é o busílis da questão associado a um sistema de ensino falido que não dialoga com a juventude, que não traz temas da atualidade para o debate nas salas de aula. É sempre o mais do mesmo. Não há dinamismo, o que há um currículo ultrapassado, mais de 80 por cento do qual não tem nenhuma serventia na vida diária.

    Assim formamos uma juventude inútil, vazia de conteúdo, não afeita a pensar, somente a sentir, a se conduzir por emoções que são desencadeadas pela propaganda capitalista do consumo embalada por letras de um gênero musical grotesco.

    Não acho que seja errado discutir o direito desses jovens de frequentar um dos grandes templos modernos do capitalismo, os Shoppings Centers; Não acho que seja errado discutir a liminar fascista de um juiz, a repressão policial.

    Mas a verdadeira discussão é: que tipo de juventude estamos produzindo diante das cenas toscas que assistimos na invasão do Shoppings apenas para apreciar itens de marcas famosas?

    Nesses tempos obscuros temos 2 grandes exemplos que muito poderiam servir de modelo a essa juventude alienada, guardadas suas contradições: O presidente Mujica do Uruguai e o Papa Francisco.

    Mujica anda em classe econômica e o carro que possui é um fusquinha, leva uma vida modesta e de parcos recursos. Francisco idem. Era nesse espelho que a juventude da periferia deveria se olhar. E não em jogadores e funkeiros moralmente despreparados e de espírito fraco que quando ascendem socialmente querem se afirmar com tudo aquilo que o dinheiro pode comprar.

    NÃO CONFUNDAM "ROLEZINHOS" COM "BLACK BLOCS

    Entidades denunciam Globo por falsificação sobre palestinos em novela




    Persio, o personagem palestino

    Não à falsificação histórica sobre os palestinos na novela da Globo

    Nós, organizações reunidas na Frente em Defesa do Povo Palestino-SP, nos comitês de outros estados, bem como demais entidades abaixo-assinadas, repudiamos veementemente a forma como os palestinos são representados na novela “Amor à Vida”, da TV Globo.

    Sua resistência legítima à ocupação e apartheid israelenses que já duram 66 anos é retratada como terrorismo contra vítimas inocentes nos diálogos entre um personagem palestino, Pérsio (Mouhamed Hartouch), e uma judia (Paula Braun).

    Todas as vezes em que é feita referência à Palestina, fala-se em guerra, o que pressupõe dois lados iguais disputando um território.

    Na verdade, é uma distorção da realidade: tem-se um opressor e ocupante (Israel) e um oprimido (palestinos).

    Em nenhum momento, a novela faz referência ao muro do apartheid, aos inúmeros postos de controle a que estão submetidos os palestinos, bem como às leis racistas que lhes são impostas e à limpeza étnica e ataques contínuos contra eles.

    O diálogo que inaugura essa farsa é permeado por desinformação e manipulação da verdade.

    Rebeca chega a afirmar que há muitos casais judeus e palestinos em Israel, como conviria a qualquer Estado democrático.

    A verdade é que Israel foi criado em 1948 como um Estado exclusivamente judeu, um entrave à democracia, já que esses têm tratamento diferenciado.

    Desde então, a própria convivência está comprometida.

    O apartheid imposto aos palestinos impede até que vivam no mesmo bairro.

    Os palestinos que vivem onde hoje é Israel (território palestino até 1948, ano da criação desse Estado exclusivamente judeu) são considerados cidadãos de segunda ou terceira categoria, discriminados cotidianamente, e as leis que valem para eles não são as mesmas que valem – e privilegiam – os judeus.
    O apartheid é explícito e amparado por uma legislação que fere o direito internacional.

    Em 1948, ano que na memória coletiva árabe é conhecido como “nakba”, a catástrofe, foram expulsos de suas terras e propriedades cerca de 800 mil palestinos e aproximadamente 500 aldeias palestinas foram destruídas para dar lugar a Israel.

    Massacres cometidos por grupos paramilitares sionistas, contra agricultores palestinos desarmados e sem treino militar, são hoje comprovados.

    Os palestinos têm sido desumanizados desde o início da colonização de suas terras.
    Essa contextualização histórica também ficou fora da telinha.

    O autor de “Amor à vida”, Walcyr Carrasco, reforçou, assim, mitos que são denunciados por vários historiadores, inclusive israelenses, como Ilan Pappe, em seu artigo “Os dez mitos de Israel”.

    Entre eles, o mito de que a luta palestina não tem outro objetivo que não o terror e que Israel é “forçado” a responder à violência.

    Segundo ele, a história distorcida serve à opressão, à colonização e à ocupação.

    “A ampla aceitação mundial da narrativa sionista é baseada em um conjunto de mitos que, ao final, lançam dúvidas sobre o direito moral palestino, o comportamento ético e as chances de qualquer paz justa no futuro. A razão é que esses mitos são aceitos pela grande mídia no Ocidente e pelas elites políticas como verdade.”

    O Brasil não é exceção.

    Na contramão da campanha global por boicotes ao apartheid israelense, o governo federal se tornou nos últimos anos o segundo maior importador de tecnologias militares da potência que ocupa a Palestina e porta de entrada dessa indústria à América Latina.

    E sua cumplicidade com a opressão, a ocupação e o apartheid a que estão submetidos os palestinos é justificada a milhares de espectadores desavisados da novela da Globo, através de um discurso que reproduz a versão falsificada da história e se fortalece perante a representação orientalista – em que os árabes seriam “orientais” bárbaros e atrasados, ante cidadãos “pacíficos e civilizados”.

    Como detentora de concessão pública (o espaço eletromagnético está na Constituição Federal, como um bem do povo) e ciente de que as telenovelas moldam comportamentos, ideias e conceitos ou ajudam a reforçar preconceitos e discriminações, a Globo comete erros históricos graves, injustiças ao povo palestino em particular e aos árabes em geral e um desrespeito ao seu público ao desinformá-lo.

    Denunciamos publicamente essas distorções e exigimos que a Globo se retrate nos próximos capítulos de “Amor à Vida”, programa de maior audiência da TV brasileira.

    Frente em Defesa do Povo Palestino-SP / BDS Brasil

    Centro Brasileiro de Estudos do Oriente Médio

    Comitê Brasileiro de Defesa dos Direitos do Povo Palestino

    Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro

    Centro Cultural Palestino do Rio Grande do Sul

    Comitê Gaúcho de Solidariedade ao Povo Palestino

    Sociedade Árabe Palestino Brasileira de Corumbá

    Comitê Democrático Palestino – Brasil

    Comitê Pró-Haiti

    Tribunal Popular

    GTNM-SP – Grupo Tortura Nunca Mais do Estado de São Paulo

    Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada

    Rede Mulher e Mídia

    Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

    Associação Islâmica de São Paulo

    UNI – União Nacional das Entidades Islâmicas

    ICArabe – Instituto da Cultura Árabe

    FST-SP – Fórum Sindical dos Trabalhadores-SP

    CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular

    Anel – Assembleia Nacional dos Estudantes Livre

    UJC – União da Juventude Comunista

    PCB – Partido Comunista Brasileiro

    PSOL-SP – Partido Socialismo e Liberdade

    PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

    MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

    Mopat – Movimento Palestina para Tod@s

    Coletivo Periferia, Nossa Faixa de Gaza

    Coletivo de Mulheres Ana Montenegro

    União da Juventude Comunista – Brasil

    Marcha Mundial de Mulheres

    Movimento Mulheres em Luta

    Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/entidades-denunciam-globo-por-falsificacao-sobre-palestinos-em-novela.html

    Banqueiro diz que conteúdo de livro é “ilícito”; editora rebate

    Banqueiro diz que conteúdo de livro é “ilícito”; editora rebate




    da assessoria da Geração Editorial

    Banqueiro ataca a referência a provas judiciais, policiais e administrativas inéditas obtidas e reveladas pelo jornalista Rubens Valente

    O banqueiro Daniel Dantas fez a primeira ameaça oficial à Geração Editorial, que no último dia 10 lançou a obra “Operação Banqueiro”, do jornalista Rubens Valente, com revelações e provas inéditas sobre as atividades do banqueiro e do Banco Opportunity. A primeira edição da obra esgotou nas livrarias em poucos dias, e a Geração trabalha para colocar a segunda edição nas livrarias de todo o país.

    Em notificação extra-judicial datada do último dia 9 de janeiro, subscrita pelos seus advogados, Daniel Dantas ataca a citação, na obra, de dados obtidos pelo jornalista em inúmeros processos judiciais e inquéritos policiais e administrativos de interesse público.

    O banqueiro afirma que “pode-se concluir que a publicação extrapola — em muito — os limites do exercício da liberdade de expressão, sujeitando V. Sas. [Geração Editorial], na qualidade de editores e distribuidores, à responsabilização pela divulgação dos dados sigilosos e pelos danos causados ao notificante [Dantas] e ao Opportunity”.

    O banqueiro alega que há dados sob sigilo e, por isso, “o conteúdo divulgado no livro intitulado ‘Operação Banqueiro’ é ilícito”.

    A notificação extra-judicial é datada de 9 de janeiro, um dia antes da chegada da obra às livrarias do país. A peça assinada pelos advogados do banqueiro reconhece que houve portanto uma “leitura superficial”.
    Segundo o banqueiro, “a leitura superficial da obra publicada permite constatar a divulgação indevida, ainda que não se reconheça o seu teor, de informações sigilosas constantes de processos judiciais e administrativos, como por exemplo o conteúdo de interceptações telefônicas, a transcrição de e-mails; a reprodução de documentos e relatórios da Polícia Federal”.

    A Geração Editorial e o autor reafirmam que jamais utilizaram material “ilícito” e que a divulgação de dados do gênero é reconhecida em várias esferas judiciais e oficiais que defendem o direito à liberdade de informação e de expressão no Brasil. Caso prosperasse a tese desenvolvida pelo banqueiro e contida na peça ameaçadora de seus advogados, todos os jornais e revistas do país, todas as emissoras de televisão e todas as editoras estariam impedidas de divulgar quaisquer investigações desenvolvidas, por exemplo, pela Polícia Federal.

    Os brasileiros já estão acostumados a abrir todos os dias os jornais e revistas ou ligar a televisão no noticiário para ter acesso a gravações telefônicas e e-mails interceptados por ordem judicial no decorrer de processos e inquéritos da Polícia Federal e das várias polícias nos Estados.

    Estariam o “Jornal Nacional” e os jornais televisivos da Rede Record, da Rede Bandeirantes e do SBT, dentre tantas outras emissoras, fazendo uso de “conteúdo ilícito” em seu noticiário?

    Estariam a revista “Veja”, “Época” , “IstoÉ” e “Carta Capital”, semanalmente, e os jornais “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo” e “O Globo”, diariamente, apenas para citar alguns mais conhecidos no país, usando material “ilícito” em suas páginas?

    Estariam todos esses veículos “extrapolando – em muito — os limites do exercício da liberdade de expressão”?

    A resposta a todas essas perguntas é obviamente não, pois editores e jornalistas apenas cumprem o seu papel e o seu dever de bem informar a população sobre temas de interesse público.

    Caso a tese levantada pelo banqueiro fosse verdadeira e acolhida pelo Judiciário, seria instituído no país um verdadeiro sistema autoritário de censura e de controle da liberdade de expressão e de informação, no qual jornalistas e editores seriam perseguidos e punidos apenas porque levaram ao público determinadas informações, principalmente as que incomodam forças poderosas no país.

    A Geração Editorial e o autor reafirmam o respeito à lei e à Justiça brasileiras e o compromisso com a transparência de seus atos e com o direito do leitor de ter acesso a informações de interesse da sociedade.

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/banqueiro-diz-que-conteudo-de-livro-e-ilicito-editora-rebate.html

    SOBRE ROLEZINHOS NO PAÍS DA APARTAÇÃO





    por Lelê Teles, via e-mail

    Existem dois Brasis e um deveria servir apenas para servir ao outro. É o modo de pensar da Casa Grande.
    Quando os pobres ousam romper o limite entre esses dois mundos, a Big House exige que eles sejam colocados em seu devido lugar.

    Todos nos lembramos da “invasão” suburbana às praias da Zona Sul carioca no início dos anos 90. Ao som de funk, as galeras passaram a procurar o seu lugar ao sol.

    Deram de cara com uma triste constatação: o sol nasce para todos, mas para ter sombra e água fresca o cabra tem que ter pedigree.

    Os banhistas passaram a reclamar do barulho, da farofagem, da música alta e da cara feia dos suburbanos.

    TVs e Jornais procuravam explicar o “fenômeno”, vocalizando o pensamento da classe média: isso estava ocorrendo porque os pobres estavam sem opção de lazer nas periferias.
    Conversa mole. Os ricos, mesmo com variadas opções de lazer, não deixavam de tomar um solzinho e jogar altinho à beira mar.

    O que se pretendia dizer é que ali não era lugar pra favelado e que pobre deve se divertir na periferia, ora bolas, jogando biboquê, bola de gude e golzinho.

    Imagina se todo suburbano resolve dar um rolê na praia?

    Garotinho ouviu a grita e em 2001 construiu o Piscinão de Ramos, uma praia artificial para os pobres.
    Volta e meia a TV está por lá, ridicularizando a diversão da moçada, rindo do sorriso deles, humilhando o povo ali mesmo onde ele deve ser humilhado.

    A mesma forma sutil de apartação se vê em relação ao trânsito.

    Com o crescimento do poder de compra e do acesso ao crédito, os pobres passaram a comprar carro, inclusive zero, ou melhor, um ponto zero.

    E “invadiram” o espaço sagrado da burguesia.

    Hoje, a madame é obrigada a parar sua pick up importada ao lado de vários corsas e pálios nos engarrafamentos. Onde já se viu tamanho absurdo?

    Perplexos com essa “invasão” de pobres, a “sociedade” motorizada chegou a uma ridícula conclusão: os “populares” resolveram andar de carro próprio porque o governo não oferece a eles um transporte público de qualidade.

    E a burguesada passou a cobrar do poder público mais investimento em transporte coletivo, mas até agora nenhuma madame botou sua pic up à venda.

    No fundo o que querem é que as domésticas, os garçons e os porteiros voltem a andar de ônibus. É muito desaforo pobre dando rolê de carro próprio.

    Sem falar na grita de que nossos aeroportos agora estão se parecendo com rodoviárias, cheios de uma gente marrom.

    Os pobres “invadiram” o espaço aéreo. Nem no ar agora é possível se livrar dessa gente.
    Por que não duplicam logo as rodovias e colocam ar condicionado nos ônibus interestaduais?
    Sem falar que eles “invadiram” também o espaço virtual. Os pobres teimam em estar por toda a parte. Como faz?

    Quando o Brasil descobriu as redes sociais, os pobres não tinham acesso à internet, e o Orkut virou o paraíso da ostentação da burguesada viajada.

    Aí vieram as lan houses e os filhos das domésticas passaram a postar fotografias tomando banho em caixas d’água.

    Foi a gota d’água. Causou desconforto essa “invasão” cibernética.

    Os ricos trataram logo de inventar uma rede antisocial chamada Elysiants. Para postar fotos tomando champanhe nesse Orkut da Big House, o cabra tinha que ser milionário e desembolsar cerca de cinco mil dólares para ser aceito.

    Mas o aumento do poder de compra tirou a pobreza das lan houses e os jovens da periferia já tinham o seu próprio computador em casa.

    O Orkut bombou.

    Sem poder entrar pro Elysiants, a classe média correu pro Facebook (run to the hills).
    No face, a burguesada inventou um coro para afugentar e segregar a periferia: “volta pro orkut”.

    É aquela velha história, você sai da favela, mas a favela não sai de você.

    Na Big House estão sempre procurando mostrar que ali não é o seu lugar.

    O diabo é que os pobres insistem.

    Agora, resolveram dar rolezinhos em shopping centers, veja você.

    Os manos se acharam no direito de calçar um mizuno, botar um bonezinho na cabeça, um bermudão, top e shortinho e andar de escada rolante, refrescar-se em ar condicionado, lamber vitrines e lamber uma casquinha do Mac Donalds.

    Não deu outra. Como na “invasão” às praias, a burguesada em coro tentou explicar o “fenômeno”: isso está ocorrendo porque o governo não investe em diversão na periferia, sem opção de lazer, dizem eles, os suburbanos vieram parar nos shoppings.

    Por que esses caras não vão simplesmente andar de carrinho de rolimã, jogar golzinho na rua, brincar de polícia e bandido, jogar bola de gude?

    Por que não surge um Garotinho e constrói logo um Shoppingzão de Ramos?

    O curioso é que esse é o mesmo país que chorou a morte de Mandela, o negão boa praça que ao invés de tomar o poder dos brancos, decidiu dividir com eles.

    Aqui, os brancos não querem compartilhar nada com os pretos, nem fotos no Facebook.
    O Brasil é o país da apartação social e quer cada um no seu quadrado.

    Mas o povo não aceita mais ser segregado, quer pertencer, fazer parte.

    É como se dissesse, você pode não entrar na favela, mas a favela entra em você.

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/lele-teles-sobre-rolezinhos-no-pais-da-apartacao.html