quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Lula: "não seja a favor sem saber e nem contra sem saber. Informe-se"


Bomba! O vídeo que pode derrubar Joaquim Barbosa!



por Miguel do Rosário

Prestem atenção nesse vídeo. Nele, Joaquim Barbosa fala inúmeras inverdades, além de seus ataques de praxe aos direitos dos réus.

É uma votação de 12 de maio de 2011. Julga-se exatamente se o STF deve liberar ou não os autos do Inquérito 2474 a alguns réus da Ação Penal 470. Barbosa vinha mantendo o Inquérito 2474 em sigilo desde que o recebeu, em março de 2007. No início de 2011, vazou uma pequena parte à imprensa, e vários réus da Ação Penal 470 solicitam ao STF para terem acesso à íntegra do inquérito, que tem 78 volumes. Barbosa, então relator da Ação Penal 470, recusa, e o caso vai a votação. Ao final, Barbosa vence, com ajuda de Ayres Brito, que desempata a votação.

Barbosa afirma que inquérito 2474 trata de outros réus e assuntos não relacionados ao mensalão petista.

Mentira.

O relatório do Inquérito 2474 trata dos réus que também estão na Ação Penal 470, como Marcos Valério e seus sócios, e Henrique Pizzolato e Gushiken. E traz documentos, logo em suas primeiras páginas, dos pagamentos do Banco do Brasil à DNA, referentes às campanhas da Visanet. Ora, o pilar do mensalão foi o suposto desvio de recursos da Visanet, no total de R$ 74 milhões, para a DNA, sem a correspondente prestação de serviços. Como assim o Inquérito 2474 trata de assuntos diferentes?

Barbosa diz que a Polícia Federal tomou cuidado para “não apurar, no Inquérito 2474, nada que já esteja sendo apurado na Ação Penal 470″.

Mentira.

No inquérito 2474, um dos documentos mais analisados é o Laudo 2828, que investiga o uso dos recursos Visanet, que é o tema principal da Ação Penal 470.

Celso de Mello dá uma belíssima aula sobre a importância, para a defesa, de conhecer todos os autos que possam lhe ajudar. E vota contra o relator, em favor do pedido dos réus.

Barbosa se posiciona, como sempre, como um acusador impiedoso e irritado, sem interesse nenhum em dar mais espaço à defesa.

Observe ainda que Celso de Mello dá sutis estocadas irônicas na maneira “célere” com que Barbosa toca esse processo (a Ação Penal 470), “em particular”. Ou seja, Mello praticamente acusa Barbosa de patrocinar um julgamento de exceção.

Celso de Mello alerta que a manutenção de sigilo para documentos que poderiam ajudar os réus constitui um “cerceamento de defesa”.

Barbosa agiu, como sempre, como um inquisidor implacável e medieval. Ayres Brito e Luis Fux, para variar, votam alinhados à Barbosa.

É inacreditável que o Supremo Tribunal Federal (STF), um lugar onde supostamente todas as garantias individuais deveriam ser asseguradas aos cidadãos perseguidos pelo Estado, de repente se transfigurou num tribunal de exceção, de perfil inquisitorial, no qual os direitos da defesa foram tratados, sistematicamente, como meras “chicanas”, “postergações inúteis”.

Todas as regras foram quebradas, mil exceções foram criadas, para se condenar sumariamente.

Nesse vídeo, temos a prova de que Barbosa agiu deliberadamente para cercear direitos à defesa. Isso é o pior crime que um juiz da suprema corte pode cometer, e que justifica um pedido de impeachment.

Entretanto, se pode verificar no vídeo o nervosismo de Barbosa para afastar qualquer possibilidade de trazer as informações do inquérito 2474 para dentro dos debates.

Celso de Mello lembra, então, que o plenário ainda estava na fase de apurações, e que portanto era o momento adequado para enriquecer o debate com mais informações, ao que Barbosa responde, com sua prepotência de praxe, que a fase de investigação estava “quase no final”. Como quem diz: “não me atrapalhe, quero terminar logo esse circo; vamos condenar logo esses caras os mais rápido possível; temos que dar satisfação à Rede Globo.”

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Minas Sem Censura leva novas denúncias do caso Carone ao TJMG




Os deputados Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, e Rogério Correia (PT), Vice-líder do Bloco Minas Sem Censura, estiveram na manhã de hoje, 29 de janeiro, no Instituto Biocor, onde encontra-se internado o jornalista Marco Aurélio Carone, preso na semana passada por se utilizar do portal de notícias Novo Jornal para divulgar denúncias envolvendo o governo do estado e o PSDB. Durante a visita, os deputados foram surpreendidos com uma série de revelações feitas pelo jornalista, todas devidamente registradas em áudio.

Carone, que segue em estado de saúde gravíssimo após um infarto durante sua prisão no Ceresp da Gameleira, no ato da prisão na delegacia, foi abordado pelo Promotor André Luiz Pinho, que, sem a presença do advogado, proferiu palavras de humilhação e ameaça. Carone afirmou que neste momento foi coagido pelo promotor a assinar uma absurda proposta de delação premiada, incriminando membros da oposição ao Governo Anastasia. Segundo ele, esta armação foi prontamente rejeitada e, como consequencia, foi dado prosseguimento à sua prisão arbitrária. Além disso, os deputados tiveram acesso também a relatórios médicos que afirmavam de forma enfática que, caso Carone fosse transferido de volta para a penitenciária, sofreria grave risco de morte.

De posse dos relatórios médicos que comprovam a debilidade física de Carone, os deputados Rogério Correia e Durval Ângelo se reuniram em audiência com o Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Dr. Joaquim Herculano Rodrigues, solicitando, em nome da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, providências para o caso. Com o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público cientes do quadro de saúde de Carone, espera-se que encaminhamentos sejam tomados.

http://www.minassemcensura.com.br/conteudo.php?MENU=&LISTA=detalhe&ID=1255

Goldfajn deveria sentir inveja dos mudos





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Com Tony Blair, FHC e Clinton

Você é um alto funcionário de um banco. Não um banco qualquer: o maior do Brasil entre os privados.

Seu banco no primeiro semestre de 2013 teve um lucro maior que a economia de 33 países. No terceiro trimestre seu banco teve simplesmente o maior lucro da história financeira do país.
Importante: como executivo desse banco, você ganha bônus por esse desempenho formidável.
O que você deveria fazer? Agradecer o país por ter dado as bases macroeconômicas seria um passo previsível, uma espécie de retribuição diante do aumento do seu patrimônio.

Ilan Goldfajn, economista chefe do Itaú, decidiu inovar. Ele fez exatamente o oposto em Davos no Fórum Econômico Mundial.

Segundo o jornal Financial Times, ele disse que os investidores estão olhando para os países com uma economia “sustentável e estável”, o que o Brasil “não é”. Isso no rastro do esforço que Dilma fez em Davos para atrair investidores estrangeiros.

Goldfajn parece torcer contra o Brasil por razões políticas. Ele foi diretor do Banco Central no governo FHC. Deixou o posto em 2003. Você tem ideia do que vai pela mente dele quando verifica que ele é colunista do Instituto Millennium, um dos redutos mais petrificados da direita brasileira.
Goldfajn é, previsivelmente, um nome sempre presente na mídia brasileira. Escreve artigos regularmente para jornais como o Globo, já foi entrevistado no Roda Viva e está sempre dando suas opiniões na Globonews, CBN e quetais.

Invariavelmente, ele defende soluções conservadoras para os problemas econômicos brasileiros. Para ele o governo deveria aumentar os juros – e com isso o desemprego – para debelar a inflação. E também “melhorar” a situação para os negócios — um eufemismo para cortar direitos trabalhistas. É a anti-Escandinávia, em suma.

Na ditadura militar este receituário ortodoxo foi amplamente utilizado – com resultados catastróficos. O único resultado concreto obtido por economistas da ditadura como Roberto Campos, Delfim Netto e Mário Simonsen foi criar uma engrenagem com a qual o Brasil se tornaria campeão mundial da desigualdade social.

Com sua pregação, Goldfajn vem incomodando todos aqueles que querem um Brasil socialmente justo, um país “escandinavo”, como o DCM gosta de dizer. Mas agora ele exacerbou.
Na pessoa física, ele poderia dizer o que quisesse, mas como alto executivo de um banco que invariavelmente registra lucros bilionários ele tem que controlar a língua.

O que ele fez em Davos é uma propaganda inadmissível não contra o governo petista, que ele naturalmente abomina – mas contra o Brasil. Goldfajn lembrou Diogo Mainardi em sua recente conversa com a empresária Luiza Trajano. Nos dois casos, o que se viu foram palavras que traem a incapacidade de fazer uma distinção entre simpatias políticas e o interesse maior do Brasil.

O caso de Goldfajn é ainda pior que o de Mainardi, sobretudo pela repercussão de suas palavras. Ele criou embaraço não apenas para si, mas para o banco Itaú. Dada a ligação entre o Itaú e Marina Silva, deve-se perguntar: a política econômica conservadora de Goldfajn é o que os brasileiros devem esperar caso Marina se eleja presidente?

Sêneca escreveu que ao lembrar de certas coisas que dissera sentia inveja dos mudos. Goldfajn, se fizer uma reflexão honesta sobre a asneira dita em Davos, sentirá inveja dos mudos.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/goldfajn-deveria-sentir-inveja-dos-mudos/

Presidente do Datafolha se junta a tucanos para discutir rumos da campanha de Aécio


Além de Marcos Paulino, subprocurador participa de debate em restaurante fino de São Paulo sobre candidatura do PSDB. Um dos coordenadores será ex-secretário suspeito de comandar caixa dois
por Helena Sthephanowitz publicado 30/01/2014 13:10, última modificação 30/01/2014 13:11
Joel Rodrigues/Frame/Folhapress 
 
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Aécio deve lançar candidatura já em março para iniciar campanha contra Dilma Rousseff
Dois tucanos se destacavam na reunião realizada por caciques do PSDB na última terça-feira (28) no restaurante Ici, em Higienópolis, um dos mais caros de São Paulo. Um, Marcos Paulino, presidente do Datafolha. O outro, o subprocurador-geral estadual de Justiça  Arnaldo Hossepian – convenhamos que há um trensalão de motivos para tornar inconveniente a aproximação excessiva com o tucanato paulista neste momento.

Do outro lado  de Fernando Henrique Cardoso, o pré-candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), o ex-embaixador Rubens Barbosa e o ex ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, que vai para moldar o discurso a ser apresentado a empresários.

Participaram também o ex-presidente nacional do PSDB e deputado Sérgio Guerra (PE), o ex-senador Tasso Jereissati (CE) e o vereador paulistano Andrea Matarazzo. Matarazzo, recorde-se, ex-secretário de Energia do Estado, elaborou planilhas eletrônicas do comitê financeiro do PSDB que deveriam abastecer o caixa dois da campanha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à reeleição, em 1998. As estatais de energia eram os principais clientes da Alstom no governo de São Paulo. Em 1998, Matarazzo acumulou o cargo de secretário com o de presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), justamente uma das principais clientes da Alstom.

Ao som de músicas francesas e muito vinho, os tucanos trataram da  campanha presidencial, discutiram programa de governo de Aécio e também as manifestações populares que vêm ocorrendo em diversas cidades. De acordo com o jornal Valor Econômico, alguns expressaram suas opiniões sobre a cobertura jornalística dos acontecimentos do país. Um deles, e tudo leva a crer que tenha sido o presidente do Datafolha, comentou que "há um antipetismo" na imprensa brasileira.

Apertados em um sofá vermelho, os tucanos falaram sobre a crise econômica da Argentina, apontaram problemas no Mercosul e criticaram a "contaminação" da política externa brasileira por questões "ideológicas". Aécio pretende fazer com que Rubens Barbosa e Celso Lafer colaborem com a construção de suas propostas na área de política externa. O coordenador do programa de governo deve ser o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB).

Entre um vinho e outro, os tucanos comentaram que o partido precisa ter estratégias diferentes de Dilma Rousseff para conquistar o eleitorado das capitais e do interior.
Rapidamente e sem exatidão, também falaram sobre como tentar compensar a diferença de votos em relação à presidenta. Aécio propôs a Tasso Jereissati que se lance a uma nova candidatura para o Senado, no Ceará, para reforçar o palanque dos tucanos no Nordeste este ano. Tasso, no entanto, não deu certeza de que aceitará a sugestão.

Um dia antes da comilança, na noite de segunda- feira, Aécio Neves se encontrou com o  governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e com o ex-governador José Serra (PSDB) para negociar o vice na chapa – e Serra surgiu como um dos mais cotados.

Em sua passagem pela capital paulista, Aécio acertou detalhes do lançamento oficial da pré-candidatura, que deve ser feito até março, em São Paulo. Com isso, deve pôr fim às especulações de uma eventual candidatura de Serra à Presidência. No próximo mês, o senador planeja montar palanque pelo interior de São Paulo. As articulações políticas no estado estão sob comando de Matarazzo, ex-ministro e caixa dois de FHC.