sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Logo o senhor governador alvo de tantos comentários entre os cearences sobre sua masculinidade

Cid confirma piada com PT, mas diz que já pediu desculpas


 

O governador Cid Gomes confirmou à Coluna Vertical S/A, agora há pouco, que que fez mesmo uma piada de mau gosto com o PT, mas disse que pediu já desculpas. A piada: ao se referir à Democracia Socialista (DS), corrente da prefeita Luizianne Lins no partido, Cid afirmou em tom de brincadeira: “ mas se vocês colocarem mais um “T” fica DST”. A afirmação de Cid, um ex-aliado recente em Fortaleza e ainda aliado petista em Sobral, sua terra natal, onde foi eleito na semana passada Veveu Arruda (PT), causou mal estar. DST significa Doença Sexualmente Transmissível.

Cid afirma que fez o comentário em ambiente interno. "O que não justifica", admite. Ele afirmou que tem muitos amigos na DS. Segundo o governador, “ao contrário de Carlos Lacerda, que perdia o amigo, mas não perdia a piada”, ele pediu desculpas. Lacerda foi um político e jornalista brasileiro que viveu de 1914 a 1977 e famoso pelos discursos inflamados.

O ambiente no qual Cid fez o comentário não era por assim dizer tão reservado, segundo relato do jornalista Felipe Patury, da Revista Época. Haveria 200 pessoas na plateia, na última quarta-feira em Fortaleza. Cid disse que telefonou para o jornalista para registrar as desculpas, pois foi no blog dele onde Cid diz ter lido a notícia.


http://www.opovo.com.br/app/politica/2012/10/12/noticiaspoliticas,2935912/cid-confirma-piada-com-pt-mas-diz-que-ja-pediu-desculpas.shtml





DIVULGUEM A TEORIA POLÍTICA DO SUPREMO





Wanderley Guilherme dos Santos

Diante de um Legislativo pusilânime, Odoricos Paraguassú sem voto revelam em dialeto de péssimo gosto e falsa cultura a raiva com que se vingam, intérpretes dos que pensam como eles, das sucessivas derrotas democráticas e do sucesso inaugural dos governos enraizados nas populações pobres ou solidárias destes. Usando de dogmática impune, celebram a recém descoberta da integridade de notório negocista, confesso sequestrador de recursos destinados a seu partido, avaliam as coalizões eleitorais ou parlamentares como operações de Fernandinhos Beira-mar, assemelhadas às de outros traficantes e assassinos e suas quadrilhas.

Os quase quarenta milhões de brasileiros arrancados à miséria são, segundo estes analfabetos funcionais em doutrina democrática, filhos da podridão, rebentos do submundo contaminado pelo vírus da tolerância doutrinária e pela insolência de submeter interesses partidariamente sectários ao serviço maior do bem público. Bastardos igualmente os universitários do Pró-Uni, aqueles que pela primeira vez se beneficiaram com os serviços de saúde, as mulheres ora começando a ser abrigadas por instituições de governo para proteção eficaz, os desvalidos que passaram a receber, ademais do retórico manual de pescaria, o anzol, a vara e a isca. Excomungados os que conheceram luz elétrica pela primeira vez, os empregados e empregadas que aceitaram colocações dignas no mercado formal de trabalho, com carteira assinada e previdência social assegurada. Estigmatizados aqueles que ascenderam na escala de renda, comparsas na distribuição do butim resultante de políticas negociadas por famigerados proxenetas da pobreza.

Degradados, senão drogados, os vitimados pelas doenças, dependentes das drogas medicinais gratuitas distribuídas por bordéis dissimulados em farmácias populares. Pretexto para usurpação de poder como se eleições fossem, maldigam-se as centenas de conferências locais e regionais de que participaram milhões de brasileiros e de brasileiras para discussão da agenda pública por aqueles de cujos problemas juízes anencéfalos sequer conhecem a existência.

O Legislativo está seriamente ameaçado pelo ressentimento senil da aposentadoria alheia. Em óbvia transgressão de competências, decisões penais lunáticas estupram a lógica, abolem o universo da contingência e fabricam novelas de horror para justificar o abuso de impor formas de organização política, violando o que a Constituição assegura aos que sob ela vivem. Declaram criminosa a decisão constituinte que consagra a liberdade de estruturação partidária. Vingam-se da brilhante estratégia política de José Dirceu, seus companheiros de direção partidária e do presidente Lula da Silva, que rompeu o isolamento ideológico-messiânico do Partido dos Trabalhadores e encetou com sucesso a transformação do partido de aristocracias sindicais em foco de atração de todos os segmentos desafortunados do país.

Licitamente derrotados, os conservadores e reacionários encontraram no Supremo Tribunal Federal o aval da revanche. O intérprete, contudo, como é comum em instituições transtornadas, virou o avesso do avesso, experimentou o prazer de supliciar e detonou as barreiras da conveniência. Ou o Legislativo reage ou representará o papel que sempre coube aos judiciários durante ditaduras: acoelhar-se.

Imprensa independente, analistas, professores universitários e blogueiros: comuniquem-se com seus colegas e amigos no Brasil e no exterior, traduzam se necessário e divulguem o discurso do ministro-presidente Carlos Ayres de Britto sobre a política, presidencialismo, coalizões e tudo mais que se considerou autorizado a fazer. Divulguem. Divulguem. Se possível, imprimam e distribuam democráticamente. É a fama que merece.