domingo, 25 de maio de 2014

Articulação de Lula barra dissidências

Erich Decat e Ricardo Della Coletta | Agência Estado



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff conseguiram, às vésperas das convenções partidárias de junho, reverter a onda negativa no meio político e estancar dissidências na base aliada. O PT caminha agora para ter uma ampla coalizão de dez partidos, a maior desde a primeira candidatura presidencial, em 1989. O arranjo de forças deve dar a Dilma o triplo do tempo de TV do seu principal adversário, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Isso foi possível após a combinação de alguns aspectos, como a recuperação de Dilma nas pesquisas, apontada pelo Ibope na quinta-feira, além da concessão de cargos aos aliados. Mas foi a articulação direta de Lula com os dirigentes partidários, nos últimos 15 dias, que possibilitou a reversão do cenário. Só na semana passada, Dilma assegurou a adesão do PTB e o "pré-apoio" anunciado pelo PP. Até o PROS, que apresentava problemas, indica entrada na aliança.

Situação bem diferente de um mês atrás. Até então, Dilma enfrentava queda nas pesquisas, denúncias de irregularidades na Petrobrás e abertura de CPIs no Congresso, além de dissidências no próprio PT, com setores a favor do "Volta, Lula".

Avalista da reeleição de Dilma, o ex-presidente tem conversado com a ala mais próxima a ele do PMDB, encabeçada pelos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL), e dirigentes de outros partidos, como o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP.

Nas conversas, Lula tem oferecido a garantia de seu apoio às pretensões regionais dessas siglas, além de traçar um cenário favorável à reeleição de Dilma. Delegou também missões ao presidente do PT, Rui Falcão. Ele esteve no Norte para acertar as alianças regionais com os peemedebistas Eduardo Braga (AM) e Romero Jucá (RR).

"Há uma ação muito forte do Lula e do Rui (Falcão) nesses partidos. O Lula tem credibilidade quando fala com os aliados e, nos últimos 15 dias, ele conversou com meio mundo", afirma o vice-presidente do PT, José Guimarães (CE).

No PROS, que até a semana passada se dividia em uma ala pró-Eduardo Campos (PSB) e outra ligada a Dilma, a situação se acalmou. "Hoje temos 98% da bancada a favor da candidatura de Dilma", diz o líder do partido na Câmara, Givaldo Carimbão (AL).

A estratégia do Planalto em abrir espaço no governo para legendas que já estiveram no campo dos adversários também surtiu efeito. No caso do PTB, os acertos, segundo o presidente da sigla, Benito Gama, ocorreram diretamente com Dilma e com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com aval de Lula. Duas semanas antes de aderir à campanha da petista, o PTB emplacou o tesoureiro da legenda em uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal. Segundo Benito, o que pesou na decisão, no entanto, foi a falta de expectativa em relação aos adversários da presidente. "Não tínhamos alternativa. As candidaturas de Aécio e Eduardo são um voo no escuro", diz.

Dissidências. O fato de terem diminuído as dissidências não significa que elas não mais existam. O maior problema para Dilma ainda é o PR. Uma das poucas vozes no partido a defender a aliança com o PT é a do presidente nacional da legenda, o senador e ex-ministro Alfredo Nascimento (AM). Entretanto, ele passou a ser alvo criticado pela maioria dos integrantes do partido, em especial da bancada na Câmara. Parte dos deputados defende um rompimento com o governo e adesão a Aécio. Outro setor, minoritário, quer apoiar Campos.

"Há uma insatisfação muito grande com o governo. O próprio Alfredo, que há um tempo disse que está tudo resolvido com o governo, recuou. Está tudo dividido", afirmou o líder do PR na Câmara, Bernardo Santana (MG).

O PP também convive com uma ala que defende o embarque na candidatura de Aécio ou a neutralidade, como em 2010. A maioria dos Estados deve fechar com o PT, mas uma solução para o impasse deverá ser deixar as lideranças estaduais livres para montarem palanques de acordo com seus interesses, inclusive para os adversários de Dilma. Um exemplo será a campanha da senadora Ana Amélia ao governo do Rio Grande do Sul, que pedirá votos para Aécio.

No PMDB, há especial tensão no Ceará, onde o senador Eunício Oliveira deve enfrentar nome dos irmãos Gomes (PROS), no Rio de Janeiro e na Bahia. Apesar disso, essa ala representaria 30% dos votos internos, segundo os líderes dos descontentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1594080-articulacao-de-lula-barra-dissidencias

"Está tão ruim? Então, vende o negócio e muda de país!", diz Luiza Trajano

Empresária mantém o viés otimista pelo Brasil, conta como a empresa precisou se reorganizar depois de quase dobrar de tamanho e diz ser garota-propaganda daquilo que dá certo


Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, presidente do conselho de administração da rede de lojas Magazine Luiza, é diferente da maioria dos empresários brasileiros. Não só pelo fato de ser mulher — é uma das poucas na posição —, mas pelo viés otimista que enxerga o Brasil. Enquanto boa parte da iniciativa privada adota tom mais ácido ao falar das ações do atual governo, essa paulista de Franca afirma que prefere ver o copo "meio cheio" em vez de "meio vazio"e diz não temer ser vista como garota-propaganda do Planalto.
De tão identificada com a rede que comanda, Luiza é associada à marca. Na realidade, o nome vem da tia, Luiza Trajano Donato, que comprou uma pequena loja de presentes em 1957, A Cristaleira, com o marido Pelegrino José Donato.
Depois de quase dobrar de tamanho entre 2007 e 2010, a empresa sentiu as dores do crescimento. Em 2012, amargou prejuízo de R$ 6,7 milhões, resultado que empurrou o preço das ações para baixo e obrigou a empresa a diminuir o ritmo de expansão. Novas aquisições estão fora dos planos este ano, diz Luiza.
A meta em 2014 é crescer de forma sustentada. Para isso, conta com o bom desempenho das vendas no Rio Grande do Sul, que costuma visitar com bastante frequência. O hino rio-grandense ela já sabe de cor. Falta só aprender a tomar chimarrão.
Enquanto outras redes destacam a qualidade do produto ou o preço mais barato, o slogan da Magazine Luiza faz um convite: vem ser feliz!. Luiza Trajano é uma mulher feliz?

Eu sou muito feliz (risos). Felicidade é muito você aceitar as coisas da maneira como vêm. Há quatro anos, perdi meu marido subitamente e foi muito triste. Mas acredito que as coisas sempre vêm para que as pessoas possam desenvolver, melhorar. Lógico, sofremos, temos problemas. Mas felicidade é muito simples. É preciso querer ser feliz. Agradecer o que acontece de bom. Detesto a frase "era feliz e não sabia". Quando meu marido morreu, a única coisa que me consolava era isso. Eu era feliz e tinha sabido aproveitar isso.
O que a faz rir à toa?

Meus netos e boas vendas. Fico muito alegre vendo as pessoas crescendo e conseguindo vencer os obstáculos. Pessoas com garra e determinação, que não reclamam muito das coisas. Gente que faz acontecer, de princípios, que luta por uma causa.
Uma de suas marcas é o otimismo sobre o Brasil. É avaliação de cenário ou é nato?

Não é que eu seja otimista e ache que tudo está certo. Apenas costumo ressaltar também as coisas positivas. Vivemos uma onda de pessimismo. O Brasil incluiu 5 milhões de pessoas no mercado de trabalho e parece que não foi nada. Uma década atrás, quando tínhamos uma loja com 50 vagas ficavam 2 mil pessoas na fila por um emprego.
E agora, mudou?

Agora abrimos uma outra filial na mesma cidade no interior de São Paulo, Rio Preto, tinha só 100 pessoas. E metade já tinha emprego. Sou daquelas que gosta de ver o copo do lado cheio. O lado vazio tem muita gente para mostrar. O Brasil precisa de líderes que também saibam ver o lado positivo.
Há motivos para as queixas dos empresários?

Eu costumo dizer para os colegas empresários que pensam muito negativo: "Está tão ruim? Então, vende o negócio e muda de país". Trabalha aqui, ganha dinheiro aqui e acha que está tudo ruim? O Brasil é nosso. Não adianta eu reclamar de mim mesma. À medida que eu estou reclamando do país eu estou reclamando de mim. O que eu posso fazer para ajudar? Não é um otimismo sem participação. É se sentir responsável por construir um país melhor. Quem se sente responsável não aponta dedo.
Há um certo ranço do mercado em relação ao governo?
 
A campanha eleitoral começou muito cedo este ano e isso traz muita coisa à tona. Temos muitos problemas para vencer. A infraestrutura está sendo enfrentada. Mesmo assim, temos conquistas. O país passou por uma crise global (2008) quase ileso. Afetou todo mundo e nós não sentimos. Dia desses recebi um empresário espanhol que me contou que os jovens na Espanha não têm emprego. E nossos jovens têm. Há coisas para melhorar, mas só nós conseguiremos isso. A renda triplicou em 10 anos.
A senhora fez sucesso nas redes sociais quando corrigiu Diogo Mainardi, no programa Manhattan Connection, sobre inadimplência no varejo. Mandou mesmo o e-mail a ele?

Nunca mandei um e-mail ou carta de retorno para ele. Tudo que andam dizendo na internet é mentira. A única coisa que fiz foi agradecer as milhares de mensagens de apoio que recebi. Tenho um respeito muito grande por toda a equipe do Manhattan. O que aconteceu é que eu sou uma pessoa preocupada com a inadimplência. Toda segunda-feira, recebo dados atualizados, tanto da minha empresa quanto dados gerais. Inadimplência é igual a cupim, corrói o negócio por dentro. Nem sou tão ligada em números, mas esse tema é algo que acompanho muito de perto. Mesmo tendo certeza do contrário, quando o Diogo Mainardi disse que a inadimplência havia aumentado eu não retruquei. Apenas disse que ia encaminhar o e-mail. Mas nunca enviei. O que tem é muita gente aí escrevendo mensagens falsas no meu nome.
Por que a resposta da senhora fez sucesso entre os jovens?

Eu me assusto com o pessimismo dos jovens. Eles vivem uma fase sem esperança, e de repente alguém mostra o copo cheio, o que o país tem de bom. E também porque o número que eu dei estava certo. E na semana seguinte foram divulgados dados mostrando que o país estava com os índices mais baixos de inadimplência.
O estilo da resposta contribuiu para a repercussão?

A forma como conduzi, firme, sem ser agressiva, também ajudou. Não sou analista de comunicação, mas acho que foi isso. Era uma coisa que tinha de ser. Não me preparei. Tinha chegado aquele dia mesmo dos Estados Unidos. Nunca mais vou ser tão inocente (pausa). Apesar de que, no programa do João Dória, fui do mesmo jeito (risos).
A inadimplência preocupa? 
Os índices voltaram a subir no início deste ano...Continua em queda. A prova disso é que os bancos têm aprovado mais crédito. Teve um pouquinho de alta sim, o que é comum para o período.
Ainda há espaço para expandir o consumo no Brasil?

Falar em opção por consumo ou por infraestrutura é um erro. Infraestrutura é necessária, mas para garantir não é preciso abrir mão do consumo. Sem consumo não tem emprego. No Brasil só 54% da população tem máquina de lavar, só 10% tem televisão de tela plana e só 1% tem ar-condicionado. E ainda precisamos construir 23 milhões de casas para ter um nível satisfatório de igualdade social para um país em desenvolvimento. Nenhuma indústria vive sem consumo. Nos Estados Unidos, as pessoas já estão na oitava geração de TVs de tela plana. A gente ainda precisa de uns 20 anos de progresso.

Sem medo de ser feliz 
Luiza não teme ser vista como garota-propaganda do governo porque aposta no que dá certo

Foto: Divulgação, BD/7/7/2011  
A senhora foi chamada de garota-propaganda do governo. O rótulo incomoda?

Não. Sou garota-propaganda daquilo que dá certo. Qualquer coisa que for. Não tenho partido político. Faço propaganda do Brasil que dá certo. O que não funciona, muita gente mostra e eu não preciso falar. Visito várias comunidades carentes, tenho ligação direta com o povo. Estive com 400 mulheres metalúrgicas há pouco tempo, vejo um Brasil que se esforça para dar certo. E sinto que a maioria gosta disso. Claro que tem gente que mete o pau, critica, diz que sou do governo. Mas a gente nunca consegue agradar a todos. Mas tenho uma missão, que é ajudar a construir o Brasil para meus netos e as gerações futuras.
Tem candidato à Presidência?

Não gostaria de falar sobre isso.
O aumento na taxa de juro para segurar a inflação não é um banho de água fria para o varejo?

Aumentar juro não é bom para quem compra em prestação. Mas nada pior que inflação. O que não pode é deixar a inflação disparar. A presidente tentou baixar a taxa de juro no Brasil. Focou muito nisso nos dois primeiros anos de governo e teve de subir de novo. Juro alto não é bom, mas a inflação corrompe.
 
Em recuperação 
Rede começou a vender ações na bolsa em 2011 e enfrentou queda, mas Luiza garante que melhorou

Foto: Pedro Vilas Bôas, Divulgação, BD, 2/5/2011

De 2007 a 2010, a rede cresceu bastante, praticamente dobrou de tamanho. Foi um passo necessário para não ser engolido por outras gigantes do varejo?

Volume no varejo é importante. Não quer dizer que as pequenas e médias empresas não sobrevivam. São elas, afinal, que geram a maioria dos empregos no país. Mas chega a um ponto em que ou você vende ou você cresce. A Magazine Luiza já comprou 13 redes, inclusive a Arno no Rio Grande do Sul. Outras três em Santa Catarina, duas no nordeste e outras no interior paulista. Era necessário, mas foi difícil. Tínhamos 250 lojas com menos de dois anos. As questões contábeis sacrificam muito os dois primeiros anos. Fazer uma integração dar lucro demora. Hoje estamos totalmente integrados. Agora vamos dar uma respirada e crescer organicamente.
Como foi a adaptação ao mercado gaúcho?

A gente teve muito cuidado para mudar a marca. Tanto que hoje nosso desempenho no Rio Grande do Sul é muito bom. Levamos dois anos para mudar a marca, convidamos a Hebe Camargo como garota-propaganda. Hoje vários dos nossos gerentes eram vendedores na época da Arno.
 

Cores e letras do Sul 
Compra de rede gaúcha, em 2004, fez a empresária aprender a cantar o hino-rio-grandense

Foto: Nereu de Almeida, BD, 16/6/2004

O que foi essencial para a boa transição?

Tem um prêmio por produtividade que distribuímos todos os anos entre os funcionárias da rede. E sempre vai para os gaúchos. As gaúchas são muito determinadas. Só não tomo chimarrão. Até cantar o hino eu já sei. Toda segunda-feira, cantamos o Hino Hacional e da empresa em todas as unidades. O Rio Grande do Sul é o único Estado que canta o hino estadual também.
A rede sofre muito assédio de empresas estrangeiras?

Não. Mas respeito. Tanto os concorrentes nacionais quanto os estrangeiros. Concorrente é para ser respeitado, não importa o tamanho.
Em 2011, a Magazine Luiza entrou na bolsa de valores. O valor da ação começou bem, caiu pela metade e agora se recupera devagar. O valor da ação tira o sono da senhora?

Eu sempre tratei o minoritário de igual para igual. Bem antes de abrir o capital. Quando entramos na bolsa, já estávamos acostumados a prestar contas. Claro que oscilações ocorrem, e ninguém gosta. Em relação a transparência, feedback, não mudou nada.
Nos últimos anos, a bolsa brasileira não teve exatamente um bom desempenho. Houve muita cobrança?

O preço da ação preocupa. Não para minha família, mas para investidores, especuladores, sim. Agora, quem investiu no longo prazo está mais confiante. O último trimestre do ano passado foi bom. E sobre este último eu ainda não posso falar. Mas temos clareza de onde queremos chegar.
Apesar da evolução nas discussões de gênero, ainda são poucas as mulheres que ocupam cargos de presidente em grandes empresas. A senhora já enfrentou algum tipo de preconceito?

Nunca. Eu me sinto capaz de vencer o preconceito. Não me sinto vítima. Antes de alguém vir com preconceito eu já me posiciono. Não é fácil. Mas as mulheres já tiveram muitas conquistas. O fato de termos uma presidente mulher ajudou bastante. Os pais começaram a ver que as filhas também podem almejar coisas grandes.
A senhora tem alguma atuação nessa questão de igualdade de gêneros?

Faço parte de um movimento de mulheres do Brasil para apoiar a causa. Lutamos para ter cotas de participação das mulheres em conselhos. Faz muitos anos que estacionamos nos 7% de participação feminina. Essa diversidade ajuda. Cota é um processo transitório para resolver as desigualdades. As mulheres já ocupam cargos de chefia média nas empresas, mas para chegar ao topo demora muito mais se não tiver uma certa ajuda. Não somos contra os homens, mas a favor das mulheres.
Como é a Luiza Trajano gestora? Muito durona?

É uma questão um pouco complicada. Qualquer coisa que uma mulher fale de forma mais firme já provoca comentários, costuma se atribuir ao fato de que seria muito durona. Se é um homem está no comando e age da mesma forma, é considerado normal. Sou muito agregadora, muito descentralizadora, mas bastante firme. Peço todos os dias que Deus me dê três coisas: sabedoria, autoridade e justiça. Um líder precisa de autoridade. Agora, se as pessoas me acham mandona, não saberia dizer.
Quem são as pessoas que inspiram a senhora?

Primeiro foi minha tia, que também se chama Luiza. Meu nome foi uma homenagem a ela, que não tem filhos. Ela sempre foi superfocada no consumidor. Essa coisa de não ter medo do futuro, de ter vontade de trabalhar, foi tudo com ela. Mas estou sempre aprendendo. Com um, com outro.
O que a senhora procura em um funcionário?

Hoje em dia, nem sou eu que contrato, isso fica a cargo do Marcelo Silva, nosso CEO (presidente-executivo da rede). Mas percebo que tem sido difícil selecionar. É preciso ter valores e espírito empreendedor. O salário é feito por eles, com remuneração por desempenho. Um perfil de alguém que entende de pessoas, da vida, mas que também tenha garra de empreendedor e queira ganhar dinheiro não é fácil de encontrar.
A essa altura, o varejo pode ignorar as redes sociais?

A empresa valoriza muito. Estou no Instagram, no Twitter. Se o cliente reclama, imediatamente a gente fica sabendo e tenta resolver. A gente vive do consumidor, então é preciso ser muito transparente.
Como se diferenciar sem perder a identidade?

O mais importante é não perder o DNA, a cultura dos fundadores. Essa é uma luta diária, com 740 lojas no Brasil.
Existem projetos de novas aquisições para este ano?

Vamos ter expansão de 30 lojas. Neste ano, não está nos planos comprar novas redes porque precisamos consolidar o lucro. Crescemos bem ano passado e vamos crescer bem este ano. Quando se compra uma rede demora a acertar. Os dois primeiros anos são difíceis do ponto de vista financeiro.
http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/economia/noticia/2014/05/esta-tao-ruim-entao-vende-o-negocio-e-muda-de-pais-diz-luiza-trajano-4508833.html
ZERO HORA

É esse fantasma do passado, seu principal espectro que lutamos para que não volte

Corrida eleitoral à Presidência repete média de 2002, 2006 e 2010


A retórica da oposição e da mídia de oposição vem tentando apresentar a corrida eleitoral à Presidência da República de 2014 como diferente das anteriores, supostamente devido a maiores chances que teriam, desta vez, os candidatos oposicionistas. Todavia, não é o que mostra um breve olhar sobre o que ocorreu em maio, por exemplo, em pleitos anteriores.
O gráfico abaixo reproduz todas as pesquisas que foram feitas no mês de maio em 2002, 2006 e 2010. Calcula a média dos números das pesquisas de cada candidato naquele mês de cada um daqueles anos e, por fim, calcula a média dos meses de maio naqueles três anos eleitorais. Confira abaixo.


Em primeiro lugar, 2014 repete o quadro de candidatos competitivos das três eleições presidenciais anteriores. Em 2006 e 2010, concorreram um petista, um tucano e um candidato alternativo, ficando o petista em primeiro, o tucano em segundo e o alternativo em terceiro. A exceção foi em 2002, quando houve dois candidatos alternativos, Garotinho e Ciro Gomes.
Em 2002, no primeiro turno, Lula e Serra venceram Garotinho e Ciro; em 2006, Lula e Alckmin venceram Heloísa Helena; em 2010, Dilma e Serra venceram Marina. A polarização PT versus PSDB continua em 2014. Ao menos até aqui.
Em maio de 2002, por haver dois candidatos alternativos a média das pesquisas difere um pouco da de 2014, mas muito pouco. O petista da vez tinha os mesmos 40% de intenções de voto que Dilma tem hoje. O tucano tem um pouco menos, 16%, mas devido à pulverização da candidatura alternativa (Garotinho e Ciro, que ficaram com 14% e 11%, respectivamente).
Em maio de 2006, o quadro assemelhava-se bem mais ao de 2014. Lula tinha apenas 5 pontos percentuais a mais (45%) do que Dilma na última pesquisa Ibope (40%), mas Alckmin tinha os mesmos 20% que Aécio e Heloísa Helena (6,5%) um pouco menos do que Eduardo Campos (11%).
Em maio de 2010, os tucanos tiveram a melhor chance do século XXI. Em média, Dilma (36%) e Serra (34%) estavam tecnicamente empatados e Marina (10%) tinha praticamente o mesmo tamanho que Eduardo Campos tem hoje.
Contudo, Dilma padecia do alto grau de desconhecimento de sua candidatura, muito maior do que de Aécio e Eduardo, que têm longas histórias políticas e foram, ambos, governadores de Estados, enquanto que Dilma jamais disputara uma eleição na vida. Dessa forma, o potencial de crescimento deles, conforme se tornarem mais conhecidos, é muito menor do que o de Dilma em 2010.
Mas o que impressiona mesmo é a média das três últimas eleições presidenciais nos meses de maio. O candidato petista da vez tem 40,53% (no último Ibope tem 40%, dentro da média), o candidato tucano tem 23,65% (no último Ibope tem 20%, abaixo da média) e o candidato “alternativo” tem 9,73% (no último Ibope tem 11%, acima da média).
A rigor, não está acontecendo absolutamente nada de tão diferente nesta eleição. Pelo menos até aqui. O único fato novo, até o momento, é o dado de que a maioria dos eleitores quer mudanças na forma de governar o país. Contudo, a maioria dos que querem mudanças enxerga em Lula ou Dilma a maior capacidade para promovê-las.
Não parece existir tanta razão, portanto, para a oposição que a mídia apoia estar tão animada. Vem à mente, pois, frase que intitula a que talvez seja a mais hilariante comédia de Willian Shakespeare: “Muito barulho por nada”. Nem a retórica de que “desta vez, vai” é nova. Em 2006 e em 2010, mídia e oposição diziam a mesma coisa. Deu no que deu.
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/05/corrida-eleitoral-a-presidencia-repete-media-de-2002-2006-e-2010/

TV Revolta, Serra e a direita financiada


A popularidade da direita é questionável, como sempre. A mídia e a elite abastada impõem sua pauta, e seu ódio, através do seu poder financeiro, seja ele em meios profissionais ou mesmo em páginas tidas como amadoras
Publicado em Cômicas Políticas
Não é de hoje que reservamos algum espaço nas nossas postagens para rebater mentiras e criticar a postura de algumas páginas de direita. Em especial sempre fizemos referência ao TV Revolta. Como muitos sabem, trata-se de uma página que dissemina o discurso da direita e fotos de gatinhos, frases de auto-ajuda e toda aquela bobagem sem sal.
O uso desse conteúdo “neutro” rola sempre lado a lado a postagens mais raivosas contra a corrupção e a política de forma geral, mas claro, sempre voltado ao PT quase que exclusivamente. É a velha formula do senso comum que pega a garotada, e muita gente madura também, desprevenida, e de tabela agrada aos reacionários de longa data.
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Gráfico 1, evolução do público da página TV Revolta nos últimos 3 meses. Social Bakers.com
É de se esperar que uma página assim tenha forte adesão da massa, mas de algum tempo pra cá, precisamente um mês, ela deu um salto na sua taxa de crescimento. Analisando o intervalo de 18 de março até 18 de abril, observa-se um crescimento moderado, cerca de cem mil entradas. No intervalo entre 15 de abril à 13 de maio no entanto a página teve um crescimento de 1,5 milhão de fãs, como pode ser visto no gráfico 1.
Para quem não acompanha popularidade de páginas, comparamos o TV Revolta com outra página coxinha de grande aderência no Facebook. A página do Luciano Huck, com todo o aparato publicitário, sua fama de comedor de bananas e seu extenso tempo de TV aos sábados na maior emissora do país, atinge nada menos que 13 milhões de fãs no Facebook. Ele está atualmente crescendo em uma velocidade de 500 fãs por hora, segundo a ferramenta quintly.com, de onde reproduzimos o gráfico 2. Como então se explica a popularidade da página TV Revolta, que na mesma análise consegue atingir nada menos que 13 mil entradas por hora, como se vê no gráfico 3.
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Gráfico 2: Famoso global comedor de bananas e um recorte da sua taxa de crescimento em 15/05/14.
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Gráfico 3: TV Revolta atinge picos de 13mil fãs por hora em 15/05/14, veja em tempo real
Nesse ritmo, eles podem agregar mais de 200 mil fãs por dia. Se considerarmos esse índice, em cinco dias eles terão outro milhão de fãs. Com isso, em menos de 2 meses eles serão a maior página coxinha do Facebook, à frente do Luciano Huck (!!!!).
“TV Revolta, hoje, é uma forte influência negativa na rede e devemos combatê-los de toda forma!! o/”
Na realidade não pensamos assim, vemos uma página bem fraquinha na verdade. Qualquer um minimamente informado tem condições de contra-argumentar em um debate com quaisquer fãs do TV Revolta e suas bobagens. A grande questão disso tudo é: Como eles estão crescendo assim?
Simples adesão do público por conta do alto nível de conteúdo da página está descartado, restam duas possibilidades, uso de robôs no Facebook ou, publicidade paga.
Não vamos especular sobre robôs pois esse é um assunto batido, todos nós sabemos que a página está cheia de fakes, basta você abrir um post e ver como são os compartilhamentos. Diversos usuários compartilhando o mesmo post com diferença de segundos. Esse tipo de ação interfere no número de pessoas que estão “falando” sobre a página. Seria, o quanto ela é relevante. Porque nada adianta ter uma página cheia de pessoas se ninguém fala sobre ela.
Para ter um grande número de curtidas, você precisa divulgar fortemente a página. É realmente difícil especular o quanto tem sido gasto de publicidade para fazer a TV Revolta crescer nessa velocidade, mais difícil ainda é saber de onde vem esse dinheiro. Porque publicidade tem custo e não é baixo. A quem seria interessante promover uma página boba mas com forte conteúdo anti-PT?
Ainda na página SocialBakers podemos ver que o TV Revolta, foi a segunda página que mais crescia no dia 15/05. O crescimento é comparável a página do Oscar dos Santos, jogador de futebol, que aparentemente tem investido muito para crescer nas redes sociais. A página da FIFA, a página do Neymar… e PASMEM!
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Ranking das páginas que mais cresceram no último dia (15/05/14)
A página do Serra! Isso mesmo, José Serra andou anabolizando sua rede social por 2 dias, totalizando uns 150 mil fãs nesse período. HAHAHA! Acompanhamos esse repentino crescimento por acaso. A página que pertence ao endereço fb.com/timeserra45 aparentemente estava offline, pois não conseguimos rastrear seu crescimento em tempo real, assim como não conseguíamos acessá-la. Mas ela voltou ao ar, com espantosos 180 mil fãs. Duvida?
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Não vamos tentar fazer escândalo sobre isso né? É óbvio que com a popularidade vampiresca do ex-governador, somente pagando pra que alguém dê ouvidos ao que ele diz. Mas não deixa de ser engraçado, o político que não é candidato a nada, repentinamente inflar sua página no Facebook, página essa com nome de “timeserra45″, estaria o tucano se preparando pra alguma campanha política?
Além dessa suspeita, fica no ar também uma certa falta de credibilidade, pois toda a popularidade do Serra é comprada. Cara, que coisa mais… tosca. Ele que é um cara tão conectado não consegue reunir sua militância ao redor de si sem que seja pagando por publicidade? Convido nossos leitores, caso tenham um tempo de sobra, a olharem os gráficos de evolução das páginas de esquerda ou mesmo dos políticos da esquerda. Vejam se vocês encontram alguma anomalia como a desse gráfico?
Chega a ser uma vergonha, pois no fim, uma página seria o reflexo da popularidade do político. Vejam vocês que, do dia pra noite Serra agora desponta como um político bastante popular. Pra se ter ideia, a página da Dilma está atualmente bem próxima de atingir 500 mil fãs. Um longo trabalho de divulgação e dos militantes que a apoiam. Diferente do nosso, quem sabe, candidato José Serra.
Voltando a falar do TV Revolta, e dessa vez com dados atuais, aqui está o ranking das 5 páginas que mais cresceram nos últimos 7 dias.
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Ranking das páginas brasileiras que mais cresceram nos últimos 7 dias (16/05/14) –http://naofo.de/89o
Para vocês terem uma ideia, dentre as páginas mundiais que mais cresceram no mundo no último dia, a que está em quinto lugar é a Facebook for every fone. Com apenas 550mil fãs em 1 único dia. Estamos falando da página do aplicativo de celular do próprio Facebook(!). Atualmente (agora mesmo) o TV Revolta está crescendo numa taxa de 250mil fãs por dia, metade da página citada antes, considerando as variações de horário estimamos que ela deva ter um crescimento diário de 170 à 200 mil fãs.
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A torneira do dinheiro está aberta por aqui.
Se observarmos outras páginas, como as que aparecem no ranking, elas são patrocinadas pontualmente, tendo picos de entrada. Basta você ver os gráficos de curtida de qualquer das páginas com grande publicidade ou mesmo a página do Serra, hahaha.
Conclui-se então o óbvio, a popularidade da direita é questionável, como sempre. A mídia e a elite abastada impõem sua pauta, e seu ódio, através do seu poder financeiro, seja ele em meios profissionais ou mesmo em paginazinhas “amadoras”.
Por fim, a torneira de dinheiro está aberta no TV Revolta. Mas afinal, quem está financiando isso? Pois é um interesse visivelmente político. Pensava-se que os militantes pagos para atuar na internet eram da esquerda, não eram? Bem, fica pra quem quiser responder.
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Em tempo, vamos em breve mostrar os fakes que compartilham conteúdo das páginas de direita e outras páginas “neutras” que tem sido financiadas.
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/05/tv-revolta-serra-e-direita-financiada/

A aposta de Ronaldo




Ao dizer que está com vergonha do Brasil, Ronaldo, que não dá ponto sem nó, busca três objetivos;
eximir o COL das responsabilidades que também são do COL, do qual faz parte, talvez a mais visível;
culpar o governo federal, embora as culpas devam ser divididas também entre os 12 governos estaduais e municipais que receberão a Copa do Mundo;
apoiar a candidatura à presidência do amigo Aécio Neves.
Elementar.
http://blogdojuca.uol.com.br/2014/05/a-aposta-de-ronaldo/

Esses aí são petistas Aécio?

Crônica de um povo que resiste ao “caos”

http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/cronica-de-um-povo-que-resiste-ao-caos.html

publicada sábado, 24/05/2014 às 20:09 e atualizada sábado, 24/05/2014 às 20:09
O Brasil precisa mudar mais. E não voltar a ser o paraíso dos mervais, jabores, aécios, armínios e dos patéticos que amam a Ellus e detestam o povo brasileiro.
por Rodrigo Vianna
Povão não segue o modismo patético: mal-humorada, e mal-educada, é a elite brasileira
Começo da noite numa quinta-feira friorenta em São Paulo. O barbeiro que cuida do que restou de meu cabelo recebe-me preocupado: “Rodrigo, o que tá acontecendo no Brasil?” E ele mesmo responde: “acho que estão querendo derrubar o PT”.
O barbeiro está ressabiado com a onda de violência e pessimismo. Além da barbearia, mantem um pequeno sítio no interior paulista – onde produz mel. Comprou, com financiamento do PRONAF, caminhonete nova para transportar o produto… Longe de ser petista, ele se tornou fã de Lula. E observa tudo, inclusive a onda midiática antiBrasil, como um apicultor observa suas abelhas: há muito zumbido, risco de picadas; mas é preciso produzir o mel.

Corte para 24 horas antes. A moça que faz a limpeza em casa pede pra ir embora mais cedo. “Está uma bagunça na zona sul, Seu Rodrigo. O terminal de ônibus está fechado. Esse povo não tá contente com nada?”. Ela faz planos de abrir um pequeno comércio com o marido. Não leva uma vida maravilhosa. Longe disso. Mas sabe avaliar o que era o Brasil há 10 anos. E o que é hoje.

Conto isso tudo para meu filho, de 18 anos. E ele diz que o garçom – que o atendia dia desses num boteco em São Paulo -  também mostrava desconfiança diante do “caos” que emana das telas e das ruas: “isso aí é jogada política, pra mudar de governo na eleição.”

Sim, o povão está começando a fazer sua leitura dos fatos… Como dizia Brizola (clique aqui, para relembrar o discurso memorável do velho Leonel, durante campanha no Rio, em que ele dizia como enfrentar a Globo e seus aliados): 

“As pessoas sozinhas, apenas com seus valores originais de ser humano, no uso da razão e do bom senso, sozinhas, se defendem, constroem uma espécie de uma carapaça, de uma proteção entorno da sua mente, de seus valores culturais, daquilo que é original na nossa gente, esse povo assimila o que lhe interessa e se defende da pressão [midiática] contra sua cultura, contra seus valores, contra seu pensamento autêntico.”

Novo corte. Recolho umas camisas sociais, e sigo até a lavanderia perto de casa. A placa salta da vitrine: ”precisa-se de ajudante”. Lá dentro, fila de clientes. O atendimento é gentil e eficiente: típico do povo brasileiro (entre numa lavanderia em Paris ou Londres, e compare).

Mal-humorada é a elite que compra as camisetas da Ellus… A marca – acusada de usar trabalho escravo – estampa em suas camisetas: “abaixo este Brasil atrasado”.

Penso na taxa de desemprego no Brasil (abaixo de 5%), enquanto sigo para outro bairro. Tento parar o carro num estacionamento lotado. Nova placa: “precisa-se de manobrista”. Converso com o rapaz que me atende: “tá faltando gente pra trabalhar?” E ele: “o patrão subiu até o salário inicial, acho que agora vai conseguir um pra me ajudar aqui com os carros”.

Volto a minhas conjecturas. Quem só convive em círculos de classe média deve acreditar que o Brasil está à beira do caos. A classe média está com raiva, muita raiva. E a cobertura midiática reflete essa raiva. Insufla a raiva, dissemina a raiva.

Parte do povão acaba contaminada pelo clima de “caos”. Mas outra parte, enorme, observa tudo com muita inteligência – feito o garçom, a moça da limpeza ou o meu barbeiro. Matreiro, ele encerrou a conversa na quinta-feira com uma piscadela: ”eles querem derrubar a mulher do Lula [assim ele chama a Dilma], mas a gente está entendendo bem o que tá acontecendo…”

Essa desconfiança com o que se vê nas telas da TV, e essa impressionante resistência ao bombardeio midiático são a explicação para que Dilma siga com 40% dos votos em meio ao clima de “pega, esfola e mata”.

Dilma e Lula não travaram o combate simbólico, não mostraram de forma didática que 30 milhões de brasileiros saíram da miséria graças a políticas públicas. Esse salto gigantesco não veio (apenas) do esforço individual. É fruto da política. A mesma “política” esculhambada nas rodas de bar, nas ruas, nas telas e nos comentários-padrão de leitores de grandes portais da internet.

Fiz essa pergunta a Lula, na entrevista aos blogueiros há pouco mais de um mês. “Por que o PT abriu mão do combate simbólico?” E ele: “combate simbólico? mas minha eleição e a de Dilma já são o símbolo”.
O operário-presidente. A mulher-presidente. Símbolos poderosos, de fato… Talvez isso também explique porque uma parte gigantesca da população brasileira permaneça   impermeável à onda de ódio e pessimismo.
Mas é um erro contar apenas com a resistência e a capacidade de análise do povão brasileiro. Ele parece ter compreendido que não há (ainda) um outro projeto para o país. E que a turma sem projeto quer botar fogo no que conseguimos construir a duras penas…

O povão resiste. Mas é preciso oferecer novo projeto: com mais mudança, mais democracia, mais justiça.
O Brasil precisa mudar mais. E não voltar a ser o paraíso dos mervais, jabores, aécios, armínios e dos patéticos que amam a Ellus e detestam o povo brasileiro.

O Brasil precisa de uma liderança que aponte caminhos. Dilma precisa ser a Dilma do Primeiro de Maio, e não a Dilma do omelete com Ana Maria Braga.

Dilma e Lula precisam ser mais Brizola… Aliás, no mesmo discurso citado acima, o líder trabalhista explicava didaticamente:
“A causa deles é tão ruim, é tão miserável, é tao infeliz, que com tudo isso [o aparato midiático] na mão, eles não conseguem pressionar praticamente a ninguém.”