terça-feira, 12 de agosto de 2014

ONS ALERTA: ALCKMIN PODE CAUSAR COLAPSO NO RIO

Um médico e 600 milhões de esfihas: conheça a história do fundador do Habib's

SÃO PAULO - Qual é a chance de um médico português fazer sucesso no Brasil vendendo comida árabe durante um período de incertezas econômicas? Se você respondeu que a probabilidade é mínima, é porque você ainda não conhece a história de Alberto Saraiva, fundador de uma das maiores redes brasileira de fast-food do país, o Habib's.
A empresa emprega 22 mil colaboradores e tem 421 restaurantes distribuídos em mais de cem cidades em 20 Estados. Para alcançar números como esses e a fama de um dos empresários mais bem-sucedidos no Brasil, Saraiva segue à risca o seu lema de vida: "Não desista; é preciso caminhar".
A frase que inspirou a vida do hoje empresário era dita por seu pai, Antonio Saraiva, todas as vezes em que ele pensava em desistir de seu maior sonho: ser médico. Foi para dar apoio e condições ao filho que ele e toda a família se mudaram de Santo Antonio da Platina, no Paraná, para a cidade de São Paulo, na década de 1970.
Com apenas 17 anos, Saraiva fazia cursinho de manhã e estudava no terceiro ano do ensino médio à noite. "Nessa época, eu pegava oito conduções por dia." Na primeira vez que tentou ingressar na faculdade de Medicina, ele prestou vestibular em cinco faculdades. Não passou. No ano seguinte, foram seis tentativas. Também não passou. No outro ano, foram mais seis. Resultado: aprovado na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Enquanto o jovem pensava na carreira brilhante que poderia ter pela frente, seu pai, que tinha vindo de Portugal anos antes, comprava uma padaria na zona leste da capital paulista para garantir o sustento da família. O negócio não era dos melhores. A loja tinha equipamentos velhos que viviam dando defeito e, além disso, era cercada por mais cinco padarias concorrentes.
Dezenove dias após a compra da padaria, houve um assalto no estabelecimento, e o pai de Alberto foi assassinado. O desespero e a indignação tomaram conta da família. Por ser o filho mais velho, Alberto decidiu continuar no lugar do pai e trancar o curso de Medicina. "Havia muitas prestações para pagar."

De médico a padeiro

Em vez de médico, ele teve que virar comerciante rapidamente. Até padeiro ele foi. Colocando literalmente a mão na massa, ele amenizava um dos problemas do empreendimento, que sofria com a falta de funcionários. Antes de Saraiva aprender a fazer pão, a padaria chegou ao ponto de comprar o produto de outros lugares, de tão comuns que eram as faltas dos padeiros contratados.
Mas fazer o próprio pão e, consequentemente, vendê-lo quentinho a toda hora não foi suficiente para atrair a clientela. Por isso, a estratégia adotada foi vender o pãozinho bem mais barato do que os concorrentes. A ideia foi diminuir o preço em 30%. O plano começou a dar certo, e ele atraiu um novo tipo de cliente, os revendedores de pão, que vendiam o produto de porta em porta. "Tudo que eu tinha era vontade e desejo de que desse certo." E deu. Após apenas 16 meses, com a padaria faturando, ele vendeu o negócio para outro português e voltou a estudar.
Apesar de ter voltado para o curso de Medicina, ele já tinha sido picado pelo "bichinho do comércio" e decidiu continuar atuando no ramo. Mesmo na faculdade, decidiu montar um novo negócio: a Casa do Pastel. A estratégia era a mesma: vender o pastel bem mais barato do que os demais. Mais um negócio de sucesso. Filas e mais filas na porta. A empresa chamou atenção de alguns corretores de negócios que se interessaram pelo estabelecimento, e mais uma vez ele o vendeu.
A mesma cena se repetiu quando ele decidiu abrir a Casa do Gnocchi, a Casa da Fogazza e um rodízio de pizza. Este último foi vendido antes mesmo de ser inaugurado. "Eu peguei gosto em montar negócios. Sabia identificar um bom ponto comercial".
Finalmente, em dezembro de 1980, dez anos após ter sonhado ser médico, ele se formou. "Peguei meu diploma, coloquei na gaveta e fui para trás do balcão."

A primeira esfiha

Foi então que, entre a montagem de um negócio e outro, um senhor com cerca de 70 anos bateu à porta de Saraiva e mudou seu destino. Cozinheiro aposentado, ele buscava uma oportunidade de trabalho. Paulo Abud alegou que, como morava no prédio em frente, o empresário não precisaria lhe pagar vale-transporte. Saraiva concordou em contratá-lo e perguntou o que ele sabia fazer. A resposta foi "comida árabe". O empresário dava uma oportunidade àquele que lhe ensinaria a receita do carro-chefe de seu negócio mais lucrativo: a esfiha.
Com o domínio da culinária árabe, o empresário apostou em um novo negócio. Nascia assim, em 1988, o Habib's. Instalado no bairro da Lapa, em São Paulo, a nova casa chamava atenção pela faixa colocada à porta. O anúncio garantia que ali estava a melhor esfirra do país. Mas não é porque era a melhor que teria que ser a mais cara. Ao contrário, a ideia era vender com o preço menor possível. "Quanto menor o preço, mais eu vendo."
No cardápio foram incluídos ainda o pastel e o chope, produtos bem conhecidos dos brasileiros. Mas ter apenas um restaurante não era seu plano. "Eu nunca quis ter um restaurante só." Sozinho, ele conquistou 16 lojas.
A 17ª loja foi a primeira franquia. Ela surgiu em 1992. Mas o curioso é que a entrada no sistema de franchising se iniciou por interesse de uma cliente do Habib's. A primeira franqueada, Beatriz Braga, disse que queria abrir um restaurante da marca após uma festa de final de ano que ela organizou para a empresa em que trabalhava. No final da comemoração, ao pagar a conta, ela estranhou o valor e pediu para que o gerente refizesse os cálculos. O rapaz atendeu ao pedido da mulher e chegou aos mesmos números. Inconformada, Beatriz pediu para chamar o dono da loja e disse que o valor era baixo demais para ser verdade. Alberto explicou que estava tudo certo e que esse era o objetivo da empresa: produtos de qualidade a preços baixos.
Ela então decidiu que queria um negócio como aquele. Interessado na proposta de Beatriz, o empresário foi estudar o sistema de franquias e decidiu encará-lo. Após dez anos de existência, a marca já tinha mais de cem restaurantes. Por ano, o Habib's vende 600 milhões de esfihas. "O Habib's popularizou a comida árabe no Brasil."

A escolha do nome

O nome Habib's foi sugestão de Nelson Libbos, um amigo de Saraiva. De ascendência árabe, ele tinha o hábito de chamar todos de "habib", termo carinhoso que, traduzido para português, significa "querido" ou "amado". Ao contar sobre a ideia de montar uma rede de comida árabe, o empresário ouviu a seguinte sugestão: "Habib, coloca o nome de Habib's". Palpite dado, palpite aceito.

Verticalização

Para poder atender todas as lojas com a mesma qualidade, com os mesmos preços e em grande escala, Saraiva verticalizou o negócio. Com isso, ele comanda mais de dez empresas que são fornecedoras do Habib's. Essas empresas são de laticínios, indústria de pães, massas e doces em geral, indústria de sorvetes e sobremesas congeladas, além de uma agência de propaganda, agência de viagens, escritório de arquitetura, entre outros. "Nada é terceirizado, eu não tenho atravessador. Assim, as lojas conseguem vender produtos a centavos."

UTI do Franqueado

Para não deixar desamparado o franqueado que enfrenta problemas em seus negócios, o Habib´s criou um departamento especial. Assim, quando a loja não vai bem ela é internada na UTIH (Unidade de Terapia Intensiva do Habib´s) e passa a ser tratada como um paciente na UTI de um hospital. São examinadas todas as informações da loja. Além disso, o gestor da UTIH permanece no estabelecimento, durante período integral, durante dez dias. O objetivo é analisar as patologias que estão interferindo diretamente nos resultados.
O passo seguinte é a apresentação do plano de ação, chamado de diagnóstico, em que são apontadas todas as causas dos problemas e seus respectivos tratamentos. A partir daí, a loja recebe todos os cuidados necessários para sua recuperação. O tratamento tem duração de 45 dias. Em 100% dos casos, as lojas recebem alta. Com esse departamento, o índice de mortalidade da rede é praticamente inexistente.
http://economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2013/07/30/um-medico-e-600-milhoes-de-esfihas-conheca-a-historia-do-fundador-do-habibs.htm

ALTERAÇÃO DE PERFIL: LULA, DILMA, PETROBRÁS





Vamos falar de bullying ideológico? Não faltam clássicos do jornalismo meliante a incriminar Lula, sangrar o PT, indispor Dilma e a falir a Petrobrás.



Alteração de perfil: Picasso, Lula, Dilma e Petrobrás

Não se sabe ainda se foi um surto de megalomania ou de desespero.

Quem sabe as duas coisas juntas.

O  fato é que jornalistas do maior oligopólio de comunicação do país, cujos perfis foram  alterados na Wikipédia com uso do sinal de Wi-Fi do Planalto, declararam-se vítimas de uma política oficial de bullying  ideológico.

Promovida pelo ‘governo do PT’.

Claro.

Não importa que a trama careça de lógica. Manchetes faiscantes selaram o enredo.

É preciso paciência. Vamos lá.

Personagens autoexplicativos, que vivem de reafirmar o que são, cujas assinaturas se confundem com um timbre do que representam, demandariam alguma conceituação adicional? 

E do governo? 

De um governo que investe a maior verba publicitária destinada à tevê justamente no grupo ao qual  os dois ofendidos pertencem?

E o faz a contrapelo de uma audiência crepuscular  dos beneficiados –atacaria assim?

Pela…  Wikipédia?

De dentro do Planalto?

Carta Maior  nasceu e se propõe a ser um espaço de reflexão da esquerda que não renuncia à interdependência entre socialismo e democracia.

Sua isenção consiste em produzir  jornalismo –com modestíssimos recursos–   a partir desse mirante histórico.

A opção não dispensa, ao contrário, pressupõe   um ambiente de pluralidade informativa para afrontar o denso nevoeiro da crise civilizatória do nosso tempo, da qual o vale tudo do capitalismo é uma síntese robusta.

Os dias que correm demonstram: isso não é retórica.

Os referidos donos dos ‘perfis alterados’, no entanto,  habitam um universo de comunicação   isento de dúvidas. E avesso ao contraditório.

Desse minarete blindado sentenciam projetos, programas, lideranças, movimentos, governos e reputações  à fogueira purgativa de um capitalismo entregue à sua própria  lógica.

Ai dos que teimam.

Um metalúrgico teimou e chegou onde não devia, em 2003, enfiando-se  em uma faixa presidencial .

Sujeito sem termo, de jejuna experiência administrativa, o monoglota pouco afeito aos bons modos, veio cercado de gente da mesma cepa e ungido por malta de instintos equivalentes  aos seus.

A elite e o dinheiro reagiram e reagem inconformados. 

Vamos falar de bullying ideológico? De sistemática falsificação no perfil? De onipresente e martelante adulteração de imagem?

Por exemplo.

Na edição da Folha de São Paulo  –um braço dessa engrenagem–  desta 2ª feira (11/08), pequena nota  corrige erro aparentemente  desprovido  de maiores consequências, cometido no alvorecer do ciclo de governos petistas.

Só aparentemente.

Na edição dominical de 07 de março de 2004, o jornal alimentara o sentimento de menosprezo dos seus leitores pela coisa pública, oferecendo-lhes um contundente exemplo da incompetência estatal, ademais do despreparo do novo governo, para lidar com o próprio patrimônio.

Sob o título “Decoração burocrata –Desenho do pintor espanhol, que divide moldura com restos de insetos, foi descoberto por historiador”, uma foto gigantesca na 1ª página da Folha mostrava o que seria um autentico Picasso (1881-1973), pendurado em uma das salas da direção do INSS, em Brasília.

“Uma mulher desenhada por Pablo Picasso”, dizia o texto, “passa os dias debaixo de luzes fluorescentes e em meio à papelada de uma repartição (…)  Pendurada desde o final do ano passado numa das salas da diretoria do instituto próxima de uma fotografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mulher de Picasso ainda aguarda um destino melhor… ” (Marta Salomon; Folha de SP (07/03/2004)

Como então, uma gente que não consegue dar destino melhor a um tesouro artístico do que ombreá-lo a um pôster de Lula, pode se propor a comandar o país?

Era a mensagem.

A intenção verdadeira.

Tão falsa quanto a originalidade  da obra.

O tesouro, agora se admite, era apenas uma reprodução de desenho do pintor de Guernica.

A confissão do bullying  veio nesta 2ª feira.

Com uma década de atraso.

Ainda assim porque a barriga foi resgatada pelo cineasta Jorge Furtado, que argui o padrão  Frias de qualidade em seu recém lançado filme,  ‘Mercado de Notícias’
A real dimensão do que estava em jogo  remete a um processo bem mais amplo de ‘alteração de perfil’  que ainda não terminou.

Empossado há um ano e três meses, o então Presidente Luís Inácio Lula da Silva era alvo de um agressivo  terceiro turno por parte de um dispositivo midiático disposto a vingar a derrota do seu eterno delfim, o tucano José Serra.

O ataque era humilhante  e implacável. Não raro grosseiro.

Três meses depois  do Picasso, a mesma Folha e de novo na edição nobre dominical ( 13/06/2004), estampava nova foto sugestiva na primeira página.

Maior que a anterior, vinha encimada de manchete capciosa  e deselegante. A composição cuidava de cevar o ódio da classe média, fidelizando-a no menosprezo e na desqualificação  ao novo governo e ao seu principal expoente.

Uma ração matinal para as famílias se enojarem da política e dos políticos  –sobretudo os do PT.

Na imagem, Lula toca um berrante numa angulação que dá sentido dúbio ao seu gesto. A intenção  ostensivamente  buscada se explicita na manchete garrafal a emoldurar o conjunto:

‘25% dos filhos da elite bebem demais’(http://acervo.folha.com.br/fsp/2004/06/13/2/)

O texto reitera a visada:  “ (…) à noite, houve uma festa junina para marcar os 30 anos de casamento do presidente (…) O carro de boi estava carregado de comidas típicas, como carne seca, paçoca e biscoito de polvilho, além de três litros de cachaça…”(Folha de S Paulo; 13/06/2004)

Isso é alteração de perfil ou  jornalismo isento?

É coincidência ou ‘alguém deu ordem para isso’ –como  afirmou um dos personagens do ‘escândalo da wikipédia’?
Em dúvida, convém reler o texto da então colunista do jornal , Danuza Leão, publicado dois dias depois do arraial na Granja do Torto, na terça-feira,15/06/2004.

Com o título descolado, ‘Fala sério, Lula!’, a  socialite completa o serviço iniciado no domingo.

Estamos falando de uma  virtuose na arte de adicionar preconceito de classe ao antipetismo. Quem não se lembra do seu libelo contra os porteiros da era Lula, que agora também andam de avião? (http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Daslu-Danuza-e-Da-o-fora-/30012).

Em 2004, ela já era boa nisso.

Trechos: ‘‘O Brasil tem tantos regionalismos bacanas (…) e o presidente e dona Marisa Letícia vão escolher logo uma caipirada dessas? Foi um desastre desde o começo: o tema da festa, o carro de boi chegando cheio de paçoca e cachaça (…)  Sempre se soube que a saudade de Fernando Henrique e dona Ruth Cardoso ia ser grande, mas não dava para imaginar que fosse ser tão grande. O arraiá foi de uma breguice  difícil de ser superada, mas não vamos perder as esperanças: até o fim do mandato eles talvez consigam” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1506200413.htm)

Não seria o auge.

Eles se superam. 

Um clássico do gênero coube à edição da mesma Folha de S. Paulo,  de 30 de setembro de 2006, véspera do 1º turno da eleição presidencial daquele ano.

Um jato da Gol havia se chocado no ar com outro avião. Morreriam 155 pessoas.

A tragédia, de longe, era o destaque do dia. Mas a Folha, a mesma que agora se retrata com uma década de atraso  em relação ao falso Picasso, descolaria outra  obra de arte no gênero ‘falsificação de perfil’.

Virou um ‘case’ do jornalismo meliante.

A manchete em seis colunas (‘Fotos mostram dinheiro do dossiê’) faiscava sobre a imagem de uma montanha de notas, supostamente para a compra de um dossiê contra Serra  –que havia abandonado a prefeitura para disputar o governo do Estado.

Logo abaixo da pilha de dinheiro, a imagem de Lula, encapuzado com um impermeável de chuva que cobria o seu rosto.

Dois homens ladeavam o presidente e candidato à reeleição contra o tucano Geraldo Alckmin.

Seguravam o seu ombro. http://acervo.folha.com.br/fsp/2006/09/30/2/

Coisa de profissional.

O conjunto compunha a cena típica do bandido capturado por policiais: Lula reduzido à imagem de um marginal, emoldurado por dinheiro suspeito e manchetes criminalizando o PT.

A caminho da urna. Ou do xadrez?

Foi assim a marretada no seu perfil público naquele sábado, véspera da votação do 1º turno das eleições presidenciais de 2006.

Hors  concours?

Nunca se sabe.

Como esquecer a peça de 17 de dezembro de 1989?

Sequestrado por ex-militantes políticos chilenos, o empresário Abílio Diniz  seria libertado do cativeiro naquele dia.

Presos, os sequestradores seriam fotografados e filmados pela Globo & Cia usando camisetas do PT.

Isso aconteceu exatamente no dia da votação do segundo turno da disputa presidencial, vencida por Collor.

Acabou?

Em 2010 teve a ficha da Dilma.

Em 2012, a decisão do relator Joaquim Barbosa de calibrar o julgamento do chamado mensalão, de modo a sentenciar o ex-ministro José Dirceu à boca da urna das eleições municipais…

Assim por diante.

Como será a primeira página da Folha e assemelhados no dia 4 de setembro, véspera do 1º turno das eleições presidenciais deste ano?

Não se pode  alimentar ilusões.

Tome-se a fuzilaria contra a Petrobrás nos dias que correm.

O alvo é duplo: derrubar a estatal no colo da candidatura Dilma.

A empresa criada por Getúlio em 1953,  fechou 2013 como a petroleira que mais investe no mundo: mais de US$ 40 bilhões/ano; o dobro da média mundial.
Ademais,  é a campeã mundial no decisivo quesito de  prospecção de novas reservas.

Este ano, 36 novos poços já entraram em operação.

O pré-sal já produz  480  mil barris/dia.

Em quatro anos, a Petrobras estará extraindo 1 milhão de barris/dia da Bacia de Campos.

Até 2017,  investirá US$ 237 bilhões; 62% em exploração e produção.

Em 2020, só o pré-sal adicionará 2,1 milhões de barris/dia à oferta brasileira.

Praticamente dobrando  para 4 milhões de barris/dia a produção nacional.

O bullying contra a empresa  mal disfarça seus  propósitos.

Seu empenho, neste momento, é sequestrar a Petrobras para o palanque da campanha sombria: o ‘Brasil que não deu certo’.

Os números retrucam. O pré-sal mudou o tamanho geopolítico da nossa economia.

O mais difícil foi feito.

O novo marco regulador transfere à Petrobras a responsabilidade soberana de harmonizar duas variáveis básicas: o ritmo da extração e o do refino.

Ambos associados à capacidade brasileira de atender à demanda por plataformas, máquinas, barcos, sondas etc.

Se a exploração corresse livre,  todo o efeito multiplicador do pré-sal vazaria em importações e geração de empregos lá fora.

Para internalizar as rendas do refino, cinco plantas estão sendo construídas, simultaneamente.

A Abreu de Lima, a maior de todas, entra em operação em novembro.

O conjunto causa  erupções cutâneas na pátria dos dividendos, que prefere embolsar lucros rápidos, com o embarque predatório de óleo bruto.

Causa arrepios no conservadorismo igualmente: o êxito do pré-sal  é a derrota da agenda privatista.

O parque tecnológico de ponta que está nascendo na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, com laboratórios de todo o mundo, é uma vitória da luta pelo desenvolvimento soberano.

Um berçário da reindustrialização que se preconiza para o país.

Dali  sairão inovações e tecnologias que vão irradiar saltos de eficiência e produtividade em toda a rede de fornecedores nacionais do pré-sal.

É desse amplo arcabouço de medidas e salvaguardas que poderão jorrar os recursos do fundo soberano para erradicar as grandes iniquidades que ainda afligem a população brasileira.

Da carência na saúde, às deficiências na educação pública, por exemplo.

Tudo isso é sabido. Mas passa hoje por um corredor polonês de falsificação de perfil destinado a triturar a reputação da estatal, de seus dirigentes, de seu potencial econômico e de seu significado para a autoestima nacional.

Desqualificá-la é um requisito para reverter a blindagem em torno de uma riqueza, da qual as petroleiras internacionais e o privatismo de bico longo ainda não desistiram.

A Petrobrás passa por ajustes compreensíveis depois do gigantesco estirão desencadeado pelas descobertas do pré-sal. E do sacrifício –justificado–  de anos vendendo gasolina 20% abaixo do valor importado.

Com a inflação há quatro meses em queda, o preço do combustível será corrigido agora, sem risco de descontrole.

A gasolina, porém, é só o lastro oportunista de um pavio permanentemente  aceso contra a empresa.

A verdadeira intenção do bullying é outra.

Trata-se de promover uma alteração de perfil  no discernimento da própria sociedade.

Para  convencê-la da natureza prejudicial da presença do Estado na luta pelo desenvolvimento.

E a rejeitar, junto, quem a defende:  Dilma, favorita nas urnas de outubro, quando a Petrobrás completa 61 anos de vida.
http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Alteracao-de-perfil-Lula-Dilma-Petrobras/31595

Folha, eu discordo de você e não te sigo! Cotas sim!



É de uma desonestidade intelectual tremenda querer discutir cientificamente sobre as cotas e a existência das raças, como se uma porcentagem de genes definisse quem é negro. Uma pessoa que tem mais da metade de genes de origem caucasiana-européia, mas, ainda sim, manifesta fenótipos negros, terá sobre si o peso do racismo. Ninguém precisa fazer um exame de DNA em mim pra saber que eu sou negra. Esse papo de herança genética, de não existência de raças, é, pra mim, enfurecedor. Tamanha falácia.
Acho engraçado também quando eu escuto a imensa preocupação com possíveis fraudes na autodeclaração. Para negar direitos ao povo negro, a autodeclaração é tornada um óbice… Mas ser declarado negro por essa sociedade, ser marginalizado, preso, exterminado, não é problema nenhum. As cotas nas penitenciárias andam a pleno vapor e ninguém se importa com a fraude que é esse sistema perverso e racista. Quanta hipocrisia.
Ah, mas e as cotas sociais e os brancos pobres? Nós estamos aqui falando de séculos de exclusão e marginalização da população NEGRA. Chega de falar de branco! Estamos falando de mais da metade da população desse país sendo excluída da universidade e ainda ousam questionar a injustiça que é alguns dos brancos não terem acesso à universidade? Nós somos maioria na população e minoria na universidade e ainda temos que ficar pedindo licença pra entrar? Chega! Já deu!
Estamos falando de uma meritocracia fajuta, que exclui mais sistematicamente pessoas negras da universidade. Não há que se falar em mérito quando as oportunidades são desiguais. Você, branco, com seu pré-vestibular maravilhoso, com curso de inglês, francês, intercâmbio, competindo com um cara que mal tinha uma carteira pra sentar, que dirá um professor. Covardia, né, campeão?
EU estou falando de reconhecimento. EU estou falando de andar nos corredores da faculdade de Direito da UERJ e olhar os quadros com as fotos dos formandos antes das cotas e ver, no máximo, um negro pingado nas fotos. EU estou falando de nunca ter tido uma professora negra. Estou falando de andar no fórum onde trabalho e só encontrar meus iguais com o uniforme de terceirizado, trabalhando na limpeza, no elevador ou de segurança. Aliás, por isso, sou a favor de cotas não só na universidade, como no serviço público.
Já perdi a conta das vezes que debati essa questão. E já vi que vou passar muitos anos da minha vida ainda tendo que debater, rs… paciência!
“Acima de tudo, não iremos nos calar diante de qualquer ataque aos nossos direitos.”
Folha, eu discordo de você e não te sigo! Cotas sim!
http://blogueirasnegras.org/2014/08/06/folha-eu-discordo-de-voce-e-nao-te-sigo-cotas-sim/#comments

Polícia planeja desalojar 8 mil famílias



Do Brasil de Fato

Reprodução
Fechado à negociação, governo estadual anuncia expulsar três comunidades em Belo Horizonte
Rafaella Dotta 
Mais de 8 mil famílias serão expulsas de suas casas, sem alternativa de moradia. O governo de Minas declarou, na quarta-feira (6), o planejamento de uma “megaoperação” de despejo que vai desalojar as famílias de três comunidades de BH da região do Isidoro. Juristas afirmam que processo não terminou e expulsão é considerada irregular.
As comunidades atingidas pelo despejo serão Vitória, Rosa Leão e Esperança, originadas espontaneamente e, hoje, organizadas como ocupações urbanas. Os moradores tentaram acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte e governo de Minas Gerais desde outubro de 2013 até 24 de julho deste ano, quando o governo mineiro abandonou a negociação.
Em seu blog, Frei Gilvander Moreira, apoiador das ocupações, lançou um texto em que lista 15 motivos para autoridades darem atenção ao que pode ser “uma tragédia de proporções inimagináveis”. Segundo ele, “o povo não vai admitir que suas casas sejam demolidas”, pois as construíram com empréstimos e salários mínimos. O medo de uma ofensiva policial violenta é grande.
PM prepara expulsão
Na quarta (6) e quinta-feira (7), os moradores se reuniram com o governo estadual e Polícia Militar. De acordo com Rafael Reis Bittencourt, integrante das Brigadas Populares, as reuniões serviram como “informe” do despejo e não como procedimento de conciliação. “A gente acredita que essa atitude é muito precipitada, ainda mais sem esgotar as vias pacíficas”, afirmou. 
Ele ressalta que o Ministério Público entrou com Ação Civil Pública, demonstrando equívocos jurídicos do despejo, dentre eles a ausência de uma alternativa de moradia às famílias. Na última semana, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais apresentou uma proposta de mediação do conflito, também não levada em consideração pelo governo de Minas Gerais.
Sem direito a defesa jurídica, os moradores realizaram assembleias para decidir o que fazer e escolheram, por unanimidade, permanecer em suas casas. Em tom de alerta, defensores dos direitos humanos afirmam que “esse pode ser um dos maiores massacres do Brasil”.
http://www.brasildefato.com.br/node/29451

Cara, eu ganho. Coroa, você perde!

Não há saída quando o jornalismo é viciado, por Guilherme Boulos

Da Folha
Guilherme Boulos
A elite brasileira é intransigente. Não aceita concessões, por menores que sejam. Qualquer pequeno incômodo é tratado como abalo sísmico por seus representantes no poder de Estado, na mídia e em seu habitat natural, o mercado financeiro.
O inofensivo decreto 8.243 é acusado de bolivarianismo. Os gastos federais com assistência social, que correspondem a menos de 4% do Orçamento da União, são apresentados como perigoso risco fiscal. O governo petista não atacou nenhum de seus privilégios, mas quando Dilma sobe a Bolsa cai.
A bola da vez agora parece ser o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e a luta popular por moradia. As ocupações urbanas tiveram um crescimento expressivo desde 2013, motivadas pelo aumento insano do valor dos aluguéis. Isso levou o movimento às ruas e ampliou a pressão sobre o poder público.
Pressão legítima e democrática, que é a forma que se conhece historicamente para o Estado atender os interesses dos mais pobres.
Vieram algumas vitórias. Poucas, aliás. A liberação de recursos para compra de terrenos e financiamento de obras de moradia, a criação de uma comissão para mediação de conflitos em despejos e o aprimoramento de normativas do programa Minha Casa, Minha Vida.
Pronto, foi o suficiente para despertar a ira da turma do eixo Higienópolis - Jardins. O Ministério Público de São Paulo entrou com três ações para investigar os "privilégios" do MTST. Choveram editoriais contra os novos "donos da política habitacional". E, naturalmente, matérias com denúncias e ataques para os mais variados gostos.
E vejam que o MTST não conseguiu sequer arranhar a estrutura da política habitacional brasileira. Suas conquistas foram pontuais. Significaram um fortalecimento tímido da modalidade Entidades do Minha Casa Minha Vida, onde a gestão do projeto e obra é feita pelos futuros moradores, ao invés de empreiteiras. Porém, esta modalidade permanece sendo uma pequena gota no oceano. Mais de 95% das moradias do programa são feitas por meio de construtoras.
O setor imobiliário e da construção civil continua dando o tom e definindo as regras da política habitacional brasileira. Detêm os terrenos e controlam a maioria dos financiamentos públicos do Minha Casa, Minha Vida. São os grandes interlocutores do Estado em todos os seus níveis, até por serem os maiores financiadores de campanha eleitoral do país. Mas os "privilegiados", os "donos da política habitacional" são os militantes do MTST.
As conquistas obtidas pelo MTST de 2009 a 2014, no Brasil todo, não chegam a 8.000 moradias, somando as contratadas e as somente acordadas. Só a MRV Engenharia, nos primeiros dois anos do programa, recebeu financiamento público para 40 mil moradias. Apenas entre 2009 e 2011! E estamos falando de uma construtora das dezenas que recebem financiamento pelo programa. Quem manda mesmo na política de habitação?
Mas para os donos do poder mesmo isso é demais. Resolveram então partir para o ataque. Na vanguarda, como sempre, a revista "Veja", maior especialista em desmoralização sem fatos.
A indústria de escândalos e factoides da revista "Veja" é de uma produtividade inquestionável. Quando há fatos, distorcem e amplificam de acordo com seu interesse. Quando não há os criam. É desnecessário retomar exemplos como o famoso grampo sem áudio no STF ou a entrevista com o líder forjado das manifestações de junho. O jornalista Luis Nassif, em seu dossiê "O Caso Veja", já desmascarou em minúcias o padrão "Veja" de fabricação de mentiras, seus métodos inescrupulosos e suas relações promíscuas com o poder econômico.
Atacar movimentos populares não é novidade para a mídia hegemônica no país. O MST foi seu alvo predileto durante muitos anos. Mas a "Veja" dá sempre um passo além. Faz descaradamente o que os demais fazem apenas nas entrelinhas.
Os argumentos que usou no recente ataque ao MTST são sintomáticos de seu método. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto é uma "indústria de ocupações" por organizar a participação de seus membros com listas de presença. E as ocupações são uma "farsa" porque as pessoas não moram definitivamente nelas.
São casos exemplares do cinismo argumentativo que tem como lema: Cara, eu ganho. Coroa, você perde.
Se o MTST não tivesse nenhum tipo de controle e organização de quem participa seria acusado de descriterioso. Como se organiza por listas e cadastros, para definir legitimamente sua demanda, é acusado de ser "indústria de ocupações".
O caso dos barracos nas ocupações, também ecoado por esta Folha, é ainda mais emblemático. As pessoas que ocupam um terreno normalmente não estavam em situação de rua. Tinham um local anterior, embora muito precário: um pequeno cômodo, um barraco numa área de risco ou uma casa na qual não conseguem mais pagar aluguel.
A metodologia do MTST implica não estimular as famílias a romperem este vínculo precário de moradia. Se as milhares de famílias que participam de ocupações, buscando uma condição mais digna de vida, fossem morar definitivamente lá, com todos seus pertences, o resultado seria a criação em larga escala de novas favelas.
As ocupações têm o sentido de pressão sobre a especulação imobiliária e o poder público para fazer andar a política habitacional, não a favelização. Por isso, a proposta das pessoas não morarem definitivamente nelas. Se o MTST fizesse o contrário seria acusado de "indústria de favelas", "loteador clandestino" etc.
Ou seja, não há saída quando o jornalismo é viciado. Os interesses são impermeáveis aos argumentos. Quando a ordem é atacar e desmoralizar prevalece sempre o cinismo: Cara, eu ganho. Coroa, você perde!
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Cinco mitos sobre o Facebook Messenger, de acordo com o New York Post


Jornal GGN – Pelo menos dois pontos foram os responsáveis pela polêmica a respeito do Facebook Messenger, aplicativo de troca de mensagens da rede social de Mark Zuckerberg. Um deles é pelo fato do Facebook forçar os usuários a usar o aplicativo em detrimento do app principal do Facebook, enquanto o segundo são pelas denúncias do caráter invasivo do programa, que poderia, por exemplo, acionar a câmera e o microfone do smartphone sem que o usuário ficasse sabendo.
Centenas de sites em todo o mundo repercutiram a notícia, listando as permissões que os usuários são obrigados a conceder ao aplicativo quando o instalam – entre elas a permissão de acesso à câmera, microfone, lista de contatos e outras informações do dispositivo. Mas o New York Post fez uma comparação com a lista de permissões do aplicativo de mensagens com outras permissões padrão existentes no aplicativo básico do Facebook e listou o que chama de cinco “mitos” que foram espalhados pela Internet.
De acordo com a publicação, o Facebook Messenger não é mais invasivo do que o próprio aplicativo principal do Facebook ou até mesmo de outras aplicações semelhantes. Veja, a seguir, as principais afirmações feitas em sites de notícias e nas redes sociais e a explicação subsequente.
Mito: Você tem que usar o aplicativo Facebook Messenger se quiser enviar mensagens para seus amigos do Facebook.
Realidade: O download é obrigatório se você estiver usando o aplicativo móvel do Facebook em smartphones iPhone ou Android, mas é possível evitá-lo se você utilizar o serviço de mensagens do Facebook em seu desktop, laptop, iPad ou até mesmo a versão móvel do Facebook nos navegadores de dispositivos móveis.
Mito: As condições de serviço do aplicativo Facebook Messenger são diferentes e mais intrusivas do que os próprios termos oficiais do Facebook.
Realidade: Os termos de serviço do Facebook são os mesmos para todos os seus aplicativos móveis, incluindo o principal aplicativo do Facebook. Você pode lê-lo aqui. O que está perturbando as pessoas é a lista de “permissões” que eles veem quando baixam e instalam o aplicativo em um telefone Android.
É uma longa lista com 10 itens, cada um dos quais afirma que as necessidades do aplicativo incluem acessar recursos em seu telefone, como lista de contatos, calendário, dados de localização e informações de redes wi-fi. Claro que isso representa muitos dados pessoais. Mas são os mesmos dados que a maioria dos aplicativos de mensagens têm acesso.
No iPhone, os usuários não obtém a lista de permissões ao instalar o aplicativo, mas, ao usá-lo, as permissões aparecem individualmente. Você pode ver a lista de permissões do aplicativo aqui (clique em “Ver detalhes” nas permissões).
Mito: O app Facebook Messenger vai usar o microfone do telefone para gravar você.
Realidade: Isso é a permissão de necessidades dos aplicativos de usar o microfone e a câmera do seu telefone. O acesso é necessário para chamadas de voz, um serviço que o aplicativo de mensagens oferece, mas que não funciona no app principal. O acesso à câmera é para quando você quiser enviar fotos de seus amigos.
Mito: O Facebook vai usar o app para enviar SMS ou mensagens de texto sem sua permissão.
Realidade: Uma das permissões diz que Facebook pode editar, receber, ler e enviar mensagens SMS. Mas a empresa diz que o motivo para isso é quando, por exemplo, você queira adicionar um número de telefone à sua conta do Facebook Messenger – algo que você pode confirmar por meio de um código que o Facebook envia por mensagem de texto.
Mito: O aplicativo Facebook Messenger é novo.
Realidade: O aplicativo de mensagens do Facebook existe desde 2011. Em abril, a rede começou a exigir que os usuários europeus baixassem e instalassem o aplicativo se quisessem enviar mensagens para amigos do Facebook. Duas semanas atrás, a empresa disse que iria ampliar a exigência para outras partes do mundo.
O Facebook diz que está forçando os usuários a fazer a troca porque um aplicativo independente (do app principal) oferece mais recursos. Por exemplo, o aplicativo é mais rápido, oferece o recurso “selfie cam” e smiles que podem ser usados com as pessoas de sua lista de contatos que não são usuários do Facebook.
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