sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Afirmação de premiê egípcio leva Israel a convocar embaixador

                           

Afirmação de premiê egípcio leva Israel a convocar embaixador
Foto: Mohamed Abd El-Ghany/REUTERS

 

 

O primeiro-ministro do egito, Essam Sharaf, disse que o tratado de paz entre os dois países "não é sagrado"



Por Agência Estado



16 de Setembro de 2011 às 11:36
O Ministério de Relações Exteriores de Israel convocou nesta sexta-feira seu embaixador do Egito. O motivo da convocação foram as declarações do primeiro-ministro egípcio Essam Sharaf, que afirmou que o tratado de paz entre os dois países "não é sagrado", informou o site israelense Ynet.

O diretor-geral do Ministério de Relações Exteriores Rafi Barak convocou o embaixador Yasser Reda para expressar a "irritação israelense sobre as declarações correntes de graduadas autoridades egípcias sobre a necessidade de modificação no tratado de paz", informou o Ynet.

Durante os 30 minutos de reunião na sede do Ministério de Relações Exteriores em Jerusalém, Barak disse a Reda que "da perspectiva de Israel, não há qualquer intenção de reabrir o tratado de paz e esse passo não pode ser tomado unilateralmente".

Na quinta-feira, Sharaf disse em entrevista à televisão turca que o tratado de paz de 1979 com Israel "não é sagrado".
"O tratado de Camp David está sempre aberto a discussões e modificações se isso for benéfico para a região ou para uma paz justa. O tratado de paz não é algo sagrado e pode sofrer modificações", disse Sharaf segundo a agência de notícias oficial Mena.

Justiça impõe fiança milionária a José Carlos Cepera

                           

 

 

Para poder responder em liberdade ao processo por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, o empresário obtém desconto e, ainda assim, terá que entregar R$ 5,45 milhões



16 de Setembro de 2011 às 12:08

Fernando Porfírio_247 - O empresário José Carlos Cepera só terá de pagar R$ 5,45 milhões para continuar solto. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo que atendeu pedido do empresário e reduziu a fiança de R$ 10,9 milhões pela metade. O valor milionário foi inicialmente fixado pelo juiz de Campinas, Nelson Augusto Bernardes. Cepera é acusado de chefiar uma quadrilha que fraudava contratos públicos em várias cidades do interior de São Paulo e em outros dois estados. O esquema de fraude pode ter causado uma sangria nos cofres públicos superior a R$ 615 milhões.

Cepera é réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha ou bando. Ele teve a prisão decretada. A lei prevê fiança de 10 a 200 salários mínimos para crimes com pena superior a quatro anos, como o branqueamento de capitais. O valor, de acordo com a norma, pode ser aumentado em até mil vezes. O juiz aumentou em 100 e ainda impôs ao empresário mais algumas limitações como a proibição de deixar a cidade onde mora sem autorização, a entrega do passaporte e a permanência na residência todos os dias entre 20h e 6h. Essa restrição inclui sábados, domingos e feriados.

O grupo chefiado pelo empresário fraudava licitações e atuou em pelos menos nove municípios paulistas. Campinas está entre as cidades onde o grupo teria atuado e ganhado de forma irregular licitações da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa). O esquema envolvia o pagamento de propinas para beneficiar empresas que venciam as licitações. O processo deu início às investigações na Sanasa e tem o atual prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), como um dos investigados.

Alegando que não tinha dinheiro para bancar sua liberdade o empresário ofereceu em hipoteca um imóvel que, segundo ele, está avaliado em R$ 5,9 milhões. Mas pediu prazo de 15 dias para livrar o bem de dívidas. A Justiça aceitou a proposta, mas determinou que um perito seja escalado para avaliar o valor real do imóvel apresentado como hipoteca. A prestação da fiança tem como objetivo impedir que o empresário fuja do país.

Quando arbitrou a fiança em R$ 10,9 milhões o juiz de Campinas levou em conta a renda declarada pelo empresário à Receita Federal. Cepera informou ao fisco que era dono de dez fazendas, nas quais teria investido mais de R$ 1,5 milhão; de aplicações financeiras que rondavam os R$ 3 milhões, além de carros e cotas de empresas. Agora, em sua defesa, o empresário alega que as aplicações financeiras não chegam a R$ 700 mil e que não pode dispor dos valores, pois é arrimo de família e que as fazendas estão hipotecadas em razão de dívidas bancárias.

Mandachuva


Mandachuva
Foto: Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil/EBC

 

José Sarney opera milagres. O Maranhão, seu estado, tem péssimos indicadores sociais. O Amapá, sua base eleitoral, é pequena. Quando foi presidente, deixou o governo com hiperinflação. Ainda assim, manda e desmanda no Brasil


16 de Setembro de 2011 às 08:50


Evam Sena_247, em Brasília – Em meio século de atividade política, desde a estreia como suplente de deputado federal em 1954 pelo PSD, José Sarney sempre foi governo, com apenas um período de exceção a confirmar a regra. Durante os dois anos e meio do governo de Fernando Collor (1990-1992) ele deu-se ao luxo de cerrar fileiras na oposição. Mas já com o sucessor Itamar Franco no poder, lá estava Sarney alinhado outra vez com a situação. Hábil e sortudo, o hoje presidente do Congresso – um tretracampeão no cargo, que ganhou em 1995, 2003, 2009 e 2011, mostrou toda a sua capacidade trânsfuga e influência de bastidores nos idos de 1985, quando deixou a Arena, partido de sustentação ao regime militar, que presidia, para pular para o barco da oposição que iria virar governo com Tacredo Neves. A morte do presidente eleito fez dele presidente da República.

No momento, Sarney é, simplesmente, uma sumidade em Brasília. Ele que já controlava, por meio de seu apadrinhado Edison Lobão, o poderoso Ministério das Minas e Energia (orçamento de R$ 7,92 bilhões para 2012), contava ainda com um antigo aliado, Pedro Novais, aboletado na cadeira de ministro do Turismo (verbas de R$ 795,88 milhões previstos para o anos que vem). Flagrado no uso de funcionários públicos para a prática de funções em sua residência particular, Novais caiu. Mas eis que, num impasse, surge seu sucessor: outro aliado de longa data de Sarney, o deputado federal Gastão Vieira, não apenas do Maranhão e do PMDB, mas também ex-secretário, por duas vezes, de Roseana Sarney, atual governadora do Estado que foi comandado por seu pai, graças ao apoio do general Castelo Branco, entre 1966 e 1971.

Mas como Sarney conseguiu fazer um apadrinhado ministro depois que outro de seus apadrinhados constrangeu publicamente o governo ao privatizar para si funcionários públicos e, assim, criar mais uma crise para a presidente Dilma Rousseff?

“É simples”, resume um senador que pede para não ser identificado, temeroso de alguma represália por parte do clássico coronel nordestino. “Sarney controla, pela cessão de cargos e prestação de favores, nada menos que metade da bancada do PMDB no Senado, que deve a ele fidelidade canina. Quando realmente quer alguma coisa, esse cacife político fala mais alto. Ninguém tem a bancada que Sarney tem na palma da mão”. O ex-presidente igualmente é o personagem mais influente sobre as vontades das bancadas federais do Maranhão e do Amapá. Tudo somado, calcula-se que seu bloco político reúna mais de 60 parlamentares, entre senadores e deputados, o que faz de Sarney um verdadeiro partido político.

Com efeito, além do apadrinhamento dos dois ministros já citados, Sarney também foi responsável direto pela nomeação do atual presidente de Furnas, Flávio Decat. Seu poder se estende por meio de nomeações para cargos estratégicos no setor elétrico, na Petrobrás, na Agência Nacional de Petróleo (ANP), na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antac), na Caixa Econômica Federal, no Banco do Estado da Amazônia e na Receita Federal. Igualmente tem amigos bem colocados entre chefes militares e expoentes do Poder Judiciário.

Em seu feudo político, o Maranhão, Sarney é, simplesmente, ‘o cara’. Um deputado do PT acredita que Sarney e sua família sejam donos de terrenos que performam 15 praias no municípios de Raposo, todas com acesso dificultado à população. Se o poderio econômico é latente, o prestígio popular de Sarney, no entanto, é bastante duvidoso. Nada menos que 100% dos cargos da máquina administrativa do Estado estão sob suas ordens, a começar pela charmosa e bem relacionada filha Roseana, a governadora. Mas, decididamente, não dá para dizer que ele tem o carinho do seu povo. Quando caminha pelas ruas do paupérrimo centro de São Luís – área tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela ONU, com seus casarões dos séculos 18 e 19 em estado para lá de precário --, o ex-presidente costuma levar notas de dinheiro no bolso para contemplar os pobres que o cercam. Não há admiração, mas aquele tipo de temor reverencial.

Em 1990, nas eleições para o Senado, Sarney pressentiu que o povo iria se vingar nele de anos de governos que não conseguiram fazer avançar a qualidade de vida da população. A esse respeito, em relação ao estado de deterioração do sítio histórico do centro de São Luís, a cantora Nana Caymi, que na semana passada lá se apresentou, respirou aliviada ao voltar ao Rio de Janeiro: “Vi tanta pobreza e abandono que senti vergonha de ser brasileira”, confidenciou ela, em frase reproduzida na imprensa fluminense. Ao antever o troco que viria das urnas, Sarney trocou seu domicílio eleitoral, ajeitou-se em Macapá, capital do Amapá, e dali, com contados 97.466 votos, em 1998, arrancou mais um mandato de oito anos como senador. Dessa base, ele faz seu costumeiro jogo de fiel da balança, agindo como bombeiro nas horas de incêndios políticos, e de agitador nos momentos em que seus interesses são contrariados.

Jogando de mão com seus parceiros de partido – o vice-presidente Michel Temer, o senador Renan Calheiros, o líder do partido na Câmara Henrique Alves --, Sarney desponta nas crises, invariavelmente, como o personagem da estabilidade, da coerência e da unidade. A voz da experiência, da tranquilidade. Foi por isso que, diante do impasse na nomeação do novo ministro do Turismo, Sarney emplacou na figura de Gastão Vieira o sucessor de seu também apadrinhado Pedro Novais. Para tanto, nem precisou falar muito. Nessas horas decisivas, os chefes do partido sempre o consultam, porque sabem que é melhor ter o tacão de Sarney ao seu lado do que testar a sua força. Com leves gestos com a cabeça, como faz quando é procurado por prefeitos do interior do Maranhão em sua residência na praia do Calhau, Sarney diz praticamente tudo. Sim para o que aceita, não para o que proíbe – e abre um sorriso sempre que realmente aprova uma ideia. Em tempo: poderoso por excelência, Sarney é fino no trato, intelectual chancelado pela Academia Brasileira de Letras e quase sempre disposto a ser afável e simpático com seus interlocutores. Não à toa, em Brasília, mesmo quando, no passado, estava distante da Presidência do Senado, ele sempre fora tratado por todos como “presidente Sarney”. E assim sempre será.

Tumulto, briga, xingamento em votação polêmica que destituiu presidente do PSB de Fortaleza






O PSB é um partido peculiar, como o são a quase totalidade dos partidos políticos que estão inseridos no sistema eleitoral em vigência. Assim como o recém fundado PSD de Kassab, o PSB do velho Miguel Arraes também não tem ideologia. Para o PSB o que importa é está à sombra da árvore frondosa do poder, independentemente se o poder foi conquistado pelo próprio partido, por meio da força de suas lideranças junto ao eleitorado, ou por osmose, ao fazer o jogo sujo da barganha para alcançar o objetivo de comandar o governo de um grande ente federativo, seja Estado ou Município, como quando renuncia a pretensão de lançar candidatura própria a presidência da república em troca de apôio para eleger uma bancada de deputados e senadores, incluindo alguns governos dos Estados, muitas vezes em prejuizo do potencial de votos que algumas de suas lideranças teriam caso fossem bater chapa com os dois partidos que polarizaram as ultimas eleições presidenciais depois do governo desastroso de Fernando Collor, o PSDB e o PT, ou ainda quando dá abrigo a grupos políticos sem nenhuma identificação com o passado histórico da legenda, como é o caso do grupo político dos irmãos Gomes, Ciro/Cid que já foram da Arena, do PDS, PMDB, PSDB, PDT, PPS e agora estão temporariamente instalados no PSB.

Essa prática política do PSB não é um fenômeno localizado, exclusivo do Estado do Ceará. Não, ela se reproduz por todo o país, descaracterizando aquela que já foi uma das mais importantes legendas partidárias que ao lado de outras forças políticas de esquerda combateu a ditadura, esteve à frente do movimento pelas diretas já e a redemocratização do país, apenas para ficar nos momentos mais importantes de nossa história recente. No amplo espectro da salada ideológica que definha o PSB, seu arco de aliança é da cor do arco íris, símbolo da causa Gay que não faz acepção nem de pessoas o que dirá de partidos, contanto, claro, que favoreça a defesa de seus interesses. Assim, o PSB é aliado do governo Dilma no plano federal, o que em nada o diminui posto que teoricamente o PSB é parceiro preferencial do PT e ambos estão nessa caminha desde a primeira disputa de Lula para chegar a presidência, mas é também aliado do PSDB no governo de Alckmin em São Paulo, de Anastasia em Minas Gerais e de Kassab, ex Arena, PDS, PFL, DEM e agora PSD, prefeito da capital paulista, o suprassumo do conservadorismo das velhas oligarquias que dominam a política do maior Estado brasileiro. 

Não me pergunte como o PSB consegue administrar tão grandes diferenças ideológicas que não saberei responder com certeza. Imagino que seja tão-somente em função da busca frenética do poder pelo poder. E não para por aí. Se fizermos uma pesquisa em todas as administrações espalhadas pelo Brasil afora, nos municípios e Estados, não nos surpreenderemos com a constatação de que o PSB é aliado, senão de todos os governos que estão em pleno exercício de suas funções, seguramente o é de mais de 80%. O PSB é daltônico, não distingue coloração partidária nas alianças que faz. É o mais democrático de todos os partidos. Mais do que o PT, que não aceita aliança partidária com o PSDB, PPS e DEM, mais do que o PSDB que não se alia com o PT e mais do que o PPS e DEM que também não quer nem saber de falar em aliança com o partido dos "Petralhas". Para o PSB esse tipo de idiossincrasia só atrapalha o progresso do Brasil.

Quem conhece como funciona a política no Brasil, sabe que não há almoço grátis, de sorte que o PSB tem seu quinhão em cada administração da qual participa. Em troca de seu oferecido apoio, a fatura é paga com cargos nos primeiros e nos escalões inferiores dos governos. O PSB tem ministro no governo federal, secretários em vários governos estaduais, municipais, e uma reserva de inúmeros cargos de confiança que lhe é garantido pela generosa contribuição que tem dado aos mais nobres propósitos de servir aos interesses do povo. A dimensão política que alcançou, por sempre ficar ao lado de quem está no poder, elegendo uma bancada parlamentar expressiva, permitiu receber somas significativas do fundo partidário que alimenta o aparelho do partido e oferece uma vida de conforto e regalias aos seus dirigentes, pagos com o dinheiro que vem desse fundo. Diga-se de passagem, dinheiro público, recolhido dos impostos que eu e as torcidas do Flamengo e do Corinthians despejamos nas arcas da viúva.

A experiência encurta caminhos. As velhas raposas do PSB, os chamados históricos, que são os responsáveis pelos rumos atual do partido, aprenderam jogar o jogo da política e tanto usam como se deixam usar por aqueles que demonstrem disposição de levá-los até onde possam chegar, especialmente se houver perspectiva de alcançar algum espaço de poder que lhes proporcionem participação efetiva. Amiúde se deram bem, ultimamente estão sendo colocados para trás por uma geração nova na idade mas velha nas mesmas práticas políticas absorvidas pela observação do modus operandi ensinado pela cúpula do partido. O discípulo segue os passos do mestre e com ele aprende.

O PSB era um partido modesto, de posições ideológicas bem definidas. Uma lei, porém, aprovada no congresso que estabeleceu a chamada claúsula de barreira que impõe severas restrições as atividades políticas dos partidos que não conseguissem alcançar 5% dos votos, retirando-lhe a representação parlamentar, colocou os dirigentes do PSB em polvorosa e os fez abrir as porteiras do partido para quem tivesse potencial de votos, em nome da sobrevivência da legenda, ameaçada de não atingir o desempenho estabelecido por lei. Grupos políticos sem nenhuma afinidade ideológica com o PSB ingressaram de casa adentro no partido e garantiram ao PSB sua presença no congresso nacional. Foi assim que Sérgio Novaes e os históricos do PSB no Ceará receberam o grupo político de Cid Gomes tendo seu irmão Ciro à frente. Novaes pressupôs erroneamente que conseguiria manter o controle do partido, mesmo tendo que brigar com a figura de maior relevo do partido, o governador do Estado que por certo não abriria mão de ter a maior fatia de influência sobre o PSB uma vez que ele trouxe prestígio, representação parlamentar e voto para a legenda.  

Cedo Novaes percebeu o tamanho da Briga que comprou. A queda de braço com o governador pela legenda vem se arrastando desde o primeiro governo de Cid com sucessivas vitórias de Novaes que mantinha sob rédeas curtas as lideranças históricas do partido que comandava no Estado. Como bom enxadrista, Cid pouco a pouco minava o poder de Novaes, usando da caneta para cooptar aqueles que com renitência permanecia ao lado de Novaes. Bastou a irmã de Sérgio Novaes, a deputada Eliane conseguir numa reunião partidária, questionada pelo grupo do governador, a indicação do PSB para disputar as eleições do próximo ano como candidata, para ser deflagrada a mais renhida disputa pelo comando do partido, com direito a lavagem de roupa suja na assembléia, discursos contundentes de Eliane contra o governador, até chegar ao desfecho na sede do PSB, onde houve uma reunião tumultuada com portões fechados, com a presença do batalhão de choque da polícia militar que lá esteve para controlar os ânimos e garantir que não houvesse confronto entre os grupos de apoiadores de Novaes e os do governador.

De nada adiantou Novaes impedir que a executiva municipal entrasse na sede do partido para votar sua destituição da presidência. A votação foi feita do lado de fora, na calçada, debaixo de gritos e vaias. Assim terminou um dos mais tristes episódios da política de nosso Estado. Agora só resta ao ex-presidente Sérgio Novaes recorrer a justiça para garantir que seu mandato tenha continuidade como prevê o estatuto do partido.

Não há mocinho nessa história. Novaes se serviu do grupo político do governador para garantir a existência de seu partido no congresso nacional e continuar a receber dinheiro do fundo partidário. Equivocou-se ao avaliar que faria de Cid um inocente útil. Foi para o confronto. Mediu forças e perdeu. O governador por sua vez vislumbrou a oportunidade de ter o controle de um partido de esquerda, embora jamais tenha sido de esquerda. Partido que sempre esteve aliado a Lula. Lula que elegeu-se presidente e saiu consagrado com estratosféricos índices de popularidade. Cid aproveitou-se do prestígio do presidente que o apoiou ao governo do Estado, derrotando outro governador ainda no poder, fato inesperado e admirável. Lula apoiou Cid porque estava no PSB que era da base aliada. Cid usou e foi usado, como tantas vezes fez o PSB. Essa é a política que se pratica no Brasil, nem mais, nem menos.