segunda-feira, 9 de julho de 2012

Em menos de 10 anos, ‘nova’ direita ficou velha


Em menos de 10 anos, ‘nova’ direita ficou velha

Foto: Edição/247

“PENSADORES” COMO O BLOGUEIRO REINALDO AZEVEDO, O ASTRÓLOGO OLAVO DE CARVALHO E O FILÓSOFO LUIZ FELIPE PONDÉ ARREBANHAM SEGUIDORES PARA SUAS TESES CONTRA O POLITICAMENTE CORRETO, CONTRA AS POLÍTICAS AFIRMATIVAS, OU A FAVOR DO ANTI-ESQUERDISMO. AGORA COM A COMPANHIA DO SENADOR ÁLVARO DIAS, ELES RECUPERAM UM ANTIGO VÍCIO DA DIREITA BRASILEIRA: O APOIO A GOLPES NA AMÉRICA LATINA 

09 de Julho de 2012 às 21:45
Heberth Xavier_247 - Há seis anos, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma reportagem na qual mostrava a curva ascendente da chamada “nova direita” sobre o pensamento brasileiro. As palavras iniciais do texto, intitulado “Direita, volver!”, foram felizes ao resumir o zeitgeist daquele início de 2006 no Brasil:
“De repente passou a ser bacana o sujeito, numa festa ou numa mesa de bar, rodopiar a taça de vinho e desfilar frases do tipo ‘essa canalha bolchevique do PT não sabe nem falar português’, seguidas de elogios à atuação de George W. Bush no Iraque ou de incursões ‘teóricas’ das quais a principal lição a ser retirada é que só é pobre quem quer.”
O clima cultural favorecia esse grupo, logo apelidado de “nova direita” na própria matéria daFolha. Dele faziam parte o blogueiro da revista Veja, Reinaldo Azevedo; o astrólogo (autointitulado filósofo) Olavo de Carvalho; o poeta e jornalista Nelson Ascher, entre outros.
De lá para cá, passaram-se mais de seis anos. Alguns nomes de maior ou menor qualidade poderiam ser acrescentados à lista, como o filósofo Luiz Felipe Pondé, o jornalista Augusto Nunes e alguns políticos que, antes envergonhados do rótulo, hoje não se esquivam em reivindicar-se “de direita”.
Não que isso seja necessariamente ruim, pelo contrário. O que impressiona é como o “novo” rapidamente se tornou “velho”. Não foi necessária mais do que uma dezena de anos para logo essa “direita” confundir-se com o retrógrado, com a defesa de golpes, com o anti-reformismo, com o flerte perigoso com tendências chauvinistas, com o desprezo a minorias, com a religião “anti-politicamente-correta”, com as teorias conspiratórias e, nos casos extremos, até com opiniões grotescamente folclóricas…
E logo a “nova” direita se tornou tão velha quanto a esquerda pueril que ela tanto criticava e que reduzia realidades complexas a uma  mera equação da luta de classes, da luta do bem contra o mal. Surgiram pensadores inteligentes e perspicazes nesse campo, gente como os economistas reformistas Paulo Rabello de Castro ou José Alexandre Scheinkman, mas eram apenas exceções a confirmar a regra.
O astrólogo e “filósofo” Olavo de Carvalho é um dos mais “adorados” pelos “novos” direitistas - não poucos, de fato, são novos cronologicamente falando. A turma de adoradores acompanha tudo o que Carvalho diz nas redes sociais. Dos Estados Unidos, onde mora atualmente, o astrólogo defende teses campeãs como a de que a multinacional Pepsi-Cola seria um dos instrumentos usados pelos defensores do aborto. “Tome Pepsi-Cola e se torne um abortista terceirizado”, diz o pensador da “nova-velha” direita brasileira, para quem a fabricante de bebidas está usando “células de fetos abortados como adoçante nos refrigerantes” - se você não acredita, clique aqui
Outra arma da “nova-velha” direita é ser contra qualquer tipo de política afirmativa. Se alguém defende cotas para mulheres nos partidos políticos, ela contra-argumenta ameaçando o indefeso interlocutor: “Daqui a pouco vão defender cota para gordos, para canhotos, para “loiras-burras”, para “ex-BBBs”… A “nova-velha” direita também não gosta muito de políticas de transferência de rendas (também afirmativas, pois focalizadas) como o Bolsa Família, pois “estimuladoras da preguiça e da acomodação” - ok, alguns argumentos são mais sofisticados, mas na prática se reduzem a isso. Inútil lembra-la que essas políticas foram defendidas pelos liberais de Chicago, ainda nos anos 1980, como uma forma de compensar os mais pobres pelos desvios da política chamada neoliberal.
Na economia, por sinal, a “nova-velha” direita nunca foi tão velha, com o problema de, agora, abusar da repetição de clichês e bordões. No ano passado, por exemplo, quando o Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic), o coro da “nova-velha” direita ganhou novas vozes, como a do jornalista Carlos Alberto Sardenberg ou a do economista e articulista deVeja Maílson da Nóbrega. Aos juros menores, eles brandiam o argumento de que a inflação voltaria. À manutenção da inflação sob controle nos meses seguintes, silêncio.
Em 2009, na gênese da crise mundial que dura até hoje, o governo Lula decidiu usar os bancos públicos - Caixa e Banco do Brasil - para forçar a concorrência a reduzir as taxas na ponta. A “nova-velha” direita voltou-se contra a medida, sob o argumento de que a contabilidade das duas instituições não teria como sustentar a intervenção política de Lula. Na época - como agora -, a chamada “intervenção” realmente levou os juros bancários para baixo - inclusive entre os bancos privados. No fim daquele ano, os balanços do BB e da Caixa ficaram no azul, com recorde de lucro. A “nova-velha” direita silenciou novamente…
A última da “nova-velha” direita brasileira é aplaudir golpes em países latino-americanos. À guisa de não repetirem antigos chavões de pouca credibilidade atual, seus representantes inauguraram novas modalidades golpistas. Em Honduras, ainda que a prisão do então presidente Manuel Zelaya, em 2009, tenha sido classificada como “golpe” pela ONU, para a “nova-velha” direita brasileira não foi mais do que o cumprimento de uma decisão do Poder Judiciário. No Paraguai, teria sido legítimo o impeachment de Fernando Lugo pelo simples fato de ter sido obra do Congresso - transformaram um instrumento democrático legítimo (o impeachment) em fetiche.
Não deixa de ser ridículo - para não dizer vexatório - assistir a um senador da República, de passado contrário ao regime militar no Brasil, como é o caso do senador tucano Álvaro Dias, postar-se como maior defensor mundial do golpe à paraguaia. “Lugo teve oportunidade de defesa”, disse o senador, referindo-se às 18 horas concedidas a um presidente eleito para defender-se das acusações. Levantou a bola para seu rival, ex-companheiro de MDB nos tempos da ditadura militar e também senador pelo Paraná, o polêmico Roberto Requião: “Num processo de multa de trânsito, o cidadão paraguaio tem dez dias para apresentar sua defesa e mais cinco para um recurso”.

Bruno e Macarrão tinham caso, diz defesa




Relacionamento gay é usado como explicação para carta em que ex-goleiro do Flamengo pede a amigo de infância que assuma assassinato de Eliza Samudio

ALINE RESKALLA , ESPECIAL PARA O ESTADO, BELO HORIZONTE - O Estado de S.Paulo
A carta na qual o goleiro Bruno supostamente pede ao amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para assumir a morte de Eliza Samudio, publicada pela revista Veja desta semana, mostra, na verdade, um relacionamento homossexual entre os dois. Foi o que disse ontem ao Estado o advogado do goleiro, Rui Pimenta.
Bruno e Macarrão estão presos há dois anos, acusados de envolvimento no sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, que tinha um filho com o ex-jogador do Flamengo.
Na carta, Bruno diz ao amigo que, depois de conversar com os advogados, eles chegaram à conclusão de que "a melhor forma para resolvermos isso é usando o plano B". De acordo com a Veja, o plano A seria negar o crime e o B, Macarrão assumir a culpa para livrar o goleiro da prisão.
"Naturalmente, pela masculinidade dele, um gladiador, eu entendo que o relacionamento entre eles existia. Eu levo a carta para esse lado, ele queria terminar essa relação", disse Pimenta. Ele afirmou também que esse é um "claro caso de amor".
O advogado lembra de outro trecho da reportagem, no qual mensagens de texto escritas por Eliza revelam a existência de um vídeo que arrasaria a reputação de Bruno. Ela, Macarrão e Bruno participariam de orgia no vídeo. Além disso, Macarrão tem uma tatuagem nas costas que diz: "Bruno e Maka, a amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro (sic)".
O advogado disse que vai se encontrar com Bruno hoje na penitenciária para saber se ele realmente escreveu a carta. "Eu respiro nesta carta um relacionamento bem íntimo entre os dois e a revista errou ao dar interpretação diversa", disse.
O documento já está em poder das autoridades. A acusação vai pedir que o texto seja anexado ao processo como prova do envolvimento de ambos no crime. Bruno, o primo dele, Sérgio Rosa Sales, e o amigo Macarrão foram pronunciados por homicídio, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é acusado de ser o executor de Eliza. A defesa primeiramente negou a morte, agora passou a forçar a tese de culpar Macarrão.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,bruno-e-macarrao-tinham-caso-diz-defesa-,897718,0.htm

Dado Dolabella é acusado de agredir filho de 2 anos de idade



TV Record / Divulgação
TV Record / Divulgação
Mais um escândalo na vida de Dado Dolabella. Agora o ator é acusado de agredir o filho, Eduardo Neves Dolabella, de 2 anos, fruto do relacionamento com Fabiana Vasconcellos Neves. As informações são do colunista Leo Dias, do jornal O Dia.
A ex-namorada do ator foi à 16ª DP, localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, no dia 30 de junho e prestou queixa contra agressão. De acordo com a publicação, a agressão aconteceu no dia 1º de abril na casa do ator. No boletim de ocorrência diz que Dado deu um tapa na cabeça do menino e o chamou de débil mental após ter mordido o braço do irmão, João Valentim, que também tem 2 anos, fruto de seu relacionamento com Viviane Sarahyba.
Segundo consta, duas babás foram testemunhas da agressão. Nenhuma delas trabalha para Fabiana, mãe do menino. Em entrevista ao jornal, Dado se defendeu. "Não fiz nada diferente do que o meu pai fez comigo. Estava apenas reprimindo uma atitude violenta de um filho com outro. O Edu mordeu a bochecha do João e eu o repreendi. Usei a palavra 'débil mental' como poderia falar: 'você tá maluco?'. Não dei um tapa, dei um chacoalhão nele. É claro que ela quer tirar dinheiro de mim! Ela quer se aproveitar de um problema na Justiça que eu tive no passado e usar uma atitude normal de um pai como violência".

Demóstenes diz em plenário do Senado que não é mentiroso


'A maioria vai reconhecer que eu não quebrei o decoro', disse o senador, diante de 10 colegas

Ricardo Brito
BRASÍLIA - A dois dias da votação secreta do processo que pode levá-lo à cassação, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) afirmou há pouco que não mentiu da tribuna do Senado no dia 6 de março, quando fez seu primeiro pronunciamento em plenário. Na ocasião, ele admitiu manter apenas uma relação de amizade com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Demóstenes Torres deixa a tribuna após discursar - Dida Sampaio/AE
Dida Sampaio/AE
Demóstenes Torres deixa a tribuna após discursar
Segundo Demóstenes, nenhuma das acusações a que responde configura quebra de decoro parlamentar, passível de perda de mandato. O senador de Goiás reafirmou que era amigo de Cachoeira e que recebeu presentes, como um fogão e uma geladeira de casamento. Os presentes, ressaltou, não trouxeram qualquer "vantagem indevida". A mentira é um dos fundamentos do voto do relator do Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE), para sugerir a cassação de Demóstenes.
No pronunciamento, o senador disse que participou de centenas de negociações políticas, em nenhuma delas descumpriu acordo de votações. "Por isso não me chamem de mentiroso até porque não sou", afirmou o senador, no sexto discurso que faz desde a segunda-feira da semana passada. Na ocasião, ele rompeu o silêncio em plenário. Desde então, tem feito discursos diários para tentar evitar a perda de mandato. A fala, de 25 minutos, foi acompanhada por dez senadores.
Pela primeira vez na série de discursos, Demóstenes levantou a tese de que mentir em plenário não é motivo de quebra de decoro. Segundo ele, os senadores podem falar o que quiser na tribuna, pois são invioláveis no que dizem. O senador ressaltou ainda que em "nenhum trecho" mentiu aos pares no discurso de março. Para ele, difundiu-se erradamente desde 2000, quando perdeu o mandato o único senador cassado da história, Luiz Estevão (PMDB-DF), que a mentira é motivo suficiente para a perda de mandato.
Para o senador, a representação do PSOL que pediu abertura de processo contra ele é inepta e só não foi arquivada sumariamente por causa da pressão da "mídia". "Sua fragilidade é tão flagrante que proporcionou situações bizarras, como a luta da defesa para descobrir pelo que eu mesmo estava sendo representado e um esforço hercúleo do relatório do conselho, que, na ausência de provas e fatos, teve de partir para o exercício da imaginação", criticou.
Demóstenes repetiu sua tese de que foi alvo de uma investigação ilegal, vazada posteriormente de forma "criminosa". Além disso, ressaltou, não haveria provas de conduta incompatível com o mandato parlamentar. "É questão de honra e de vida. A maioria do Senado vai reconhecer que eu não quebrei o decoro", afirmou.

Serra diz que 'cada um conhece seus demônios' em referência a Haddad


Candidato tucano caminhou em shopping na zona leste da capital e abraçou torcedor do Corinthians




SÃO PAULO - "Cada um conhece os seus demônio, não é ?" A frase é do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, ao responder a uma pergunta sobre seu rival, Fernando Haddad, do PT. No domingo, Haddad tentou tirar a sorte em um realejo, mas a mensagem que recebeu mão foi alvissareira.
Segundo a previsão, ele teria que tomar cuidado com pessoas maldosas em sua campanha. O papel lido pelo candidato petista trazia a seguinte mensagem: "necessário que evites a companhia de certas pessoas que tratam de inclinar-te para o mal".
Serra passou a tarde desta segunda-feira, 9, caminhando pelas alamedas do grande shopping Aricanduva, na Zona Leste. Ao final da jornada, o tucano conversou com um grupo de jornalistas e ouviu a seguinte pergunta: "Para o senhor, quem são as pessoas maldosas (na campanha de Haddad)?". O tucano respondeu: "Ah, não sei, perguntem a ele. Ele deve saber. Cada um conhece os seus demônios, não é?" E os seus demônios?, ouviu Serra. "Os meus até agora não apareceram", respondeu.
Político
O tucano também mandou um recado aos líderes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que acenam com manifestações nas ruas se o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal federal (STF), marcado para ter início em 2 de agosto, tiver um caráter político. "Eu acho que ele (Vagner Freitas, novo presidente da Central) tem que definir primeiro o que é político, no entender dele. Político, provavelmente, é o que o contraria. Só pode ser isso".
Para Serra, esse tipo de procedimento - protesto nas ruas contra julgamento na corte máxima - "não é função de uma entidade de classe". O candidato tucano foi categórico nas críticas sobre movimentos políticos da CUT e destacou que "outro dia leu na imprensa sobre uma manifestação eleitoral comandada pela CUT na Avenida Paulista".
"Não é função também de uma entidade de classe fazer campanha eleitoral, porque eles (CUT) já começaram a fazer em São Paulo. Na eleição passada foram multados pela Justiça e, provavelmente, nessa também serão porque as entidades sindicais têm recursos que são recursos públicos, não são para serem usados em campanha eleitoral, nem partidária", completou.
Corinthians
Na caminhada que fez no Shopping Aricanduva, Serra tirou fotos com frequentadores e deu beijos em crianças. Ele fez ainda uma parada em um café, onde pediu fatia de bolo de laranja e xícara pequena de chocolate. Em busca de votos, abraçou até um corintiano, Denis de Oliveira, 19 anos, com quem tirou foto. Mas, palmeirense apaixonado, Serra fez um pedido. "Só tiro foto com você se for assim", disse o tucano, cobrindo com a mão o emblema do Corinthians na camiseta de Denis.
Serra disse que "é o gostoso o corpo a corpo porque você sente a energia do eleitor". A caminhada foi acompanhada por um trio de músicos que, ao som de violino e flauta, o recepcionaram com as canções O Sole Mio, do folclore italiano, e Trenzinho Caipira, composição de Heitor Villa Lobos.
A assessoria de Serra explicou que o shopping Aricanduva foi escolhido porque o local é de grande aglomeração popular. Segundo o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), cerca de 250 mil pessoas circulam pelo Aricanduva no feriado prolongado.

Lula vence o primeiro round contra Eduardo



Lula vence o primeiro round contra EduardoFoto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula e Roque Sá/ Divulgação

NA PRIMEIRA PESQUISA SOBRE A CORRIDA ELEITORAL APÓS O INÍCIO DA CAMPANHA, 42,8% DOS ENTREVISTADOS REVELARAM QUE VOTARIAM NA INDICAÇÃO PELO EX-PRESIDENTE, ENQUANTO 29,7% APOSTARIAM NO POSTULANTE DEFENDIDO PELO GOVERNADOR

09 de Julho de 2012 às 19:12
Leonardo Lucena_PE247 – De acordo com a pesquisa do Instituto Opinião sobre a corrida sucessória do Recife, divulgada nesta segunda (9) no Blog do Magno,  a tese do andor teve seu primeiro teste favorável ao ex-presidente Lula. Na guerra entre o seu PT, que aposta as fichas no senador Humberto Costa, e o PSB, que vai com o ex-secretário estadual Geraldo Júlio, o maior cardeal petista aparece na gente do governador Eduardo Campos (PSB) no quesito transferência de votos. Na amostra, 42,8% dos entrevistados revelaram que votariam na indicação de Lula, enquanto 29,7% apostariam no postulante do gestor socialista.
Por outro lado, 43,4% dos entrevistados disseram que não votariam num candidato indicado por Lula. Com relação a Eduardo, esse percentual foi de 44,9%. Um empate técnico.
A amostra também mencionou a influência do prefeito do Recife, João da Costa, e da presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. Para 26,4%, a chefe do Executivo nacional serviria como cabo eleitoral. Já 10,9% dos entrevistados afirmaram que o gestor municipal teria capacidade de influência.
O Instituto Opinião fez o levantamento ouvindo mil eleitores nos dias 4 e 5 de julho em 50 bairros no Recife.
SEM PODER DE INFLUÊNCIA – Outro fator abordado na pesquisa foi a não influência de Lula, Eduardo, Dilma e João da Costa para os eleitores na capital pernambucana. O ex-presidente não teria poder de influência para 43,4% dos entrevistados, enquanto que Eduardo, para 44,9%. Em terceiro, vem o chefe de executivo municipal (56%), e, em quarto, Dilma (57,6%).

Mané de Oliveira: “O futebol matou meu filho”



Mané de Oliveira: “O futebol matou meu filho”Foto: Divulgação

EM ENTREVISTA, PAI SUGERE QUE MORTE PODERIA ESTAR ASSOCIADA ÀS POSIÇÕES CONTUNDENTES DO RADIALISTA VALÉRIO LUIZ; DISSE AINDA QUE NÃO SABE QUEM MATOU O FILHO: "SE EU SOUBESSE TERIA DITO, TENHO SUSPEITOS"; POLÍCIA TEM RETRATO FALADO DE PISTOLEIRO, MAS NÃO VAI DIVULGAR

09 de Julho de 2012 às 19:15
Goiás247_ O jornalista esportivo Mané de Oliveira disse ontem que o futebol matou seu filho, incendiando a polêmica sobre a motivação do suposto mandante do assassinato do radialista Valério Luiz. A declaração se refere às suspeitas de que o crime possa ter sido encomendado por um dirigente ou simpatizante do Atlético Clube Goianiense, time da Primeira Divisão do Brasileirão e alvo de constantes e duras críticas de Valério nos últimos meses. Valério foi assassinado na última quinta-feira por volta das 14 horas quando deixava o estúdio a Rádio Jornal 820 AM. Ele foi executado com seis tiros disparados por um motociclista.
Mané retificou declaração dada no dia do crime, quando afirmou saber quem tinha matado Valério. “Foi um desabafo de pai. Foi desespero”. E completou: “Se eu soubesse teria dito, tenho suspeitos”.
Mané relata que numa declaração recente, Valério criticou com veemência a crise no Atlético, atualmente na lanterna do Brasileirão. Segundo o jornalista, o filho teria feito um comentário “exagerado” quando dois dirigentes do clube foram afastados. O cronista disse no ar que "quando o navio está afundando os primeiros a sair do porão eram os ratos". “Não concordo com esse tipo de comentário. Se pudesse tinha tampado a boca dele”, disse Mané.
Após esse comentário, Mané afirma que o time goiano enviou ofício assinado pelo presidente, vice-presidente e pelo diretor de Futebol aos dois veículos que Valério Luiz trabalhava, a PUC TV e a Rádio Jornal 820 AM, solicitando a saída do cronista. Caso o pedido não fosse atendido, o Atlético proibiria a entrada dos dois veículos nas dependências do clube. A proibição vigora a até então.
A assessoria de imprensa do Atlético afirmou que não foi enviado nenhum ofício solicitando a demissão de Valério, mas confirmou que nos dois veículos eram proibidos acesso ao clube, já que toda a equipe era favorável aos comentários do cronista.
A exemplo do que fez no enterro do filho, na última sexta-feira, Mané voltou a pedir a ajuda dos colegas, de representantes dos Direitos Humanos e, principalmente, da polícia na elucidação do crime. Mané reforçou que o objetivo de seu pedido é prender o mandante do crime. Disse não ter dúvida de que o crime foi encomendado, afirmou ainda ter suspeita, mas deixou claro que como não tem provas, não poderá citar nomes até o final das investigações.
A Polícia Civil diz ter um retrato falado do pistoleiro, mas não vai divulgar à imprensa por enquanto. Vídeos de sistemas de vigilância instalados em edifícios próximos ao local do crime estão sendo analisados, assim como vêm sendo colhidos depoimentos de testemunhas, a maioria pessoas que estavam de passagem pela porta da rádio momentos antes dos disparos.
Motivação
Mané acredita que a morte da Valério foi causada pelo seu jeito polêmico: “Esse era o único defeito do meu filho: seu estilo agressivo de dizer exatamente o que todos os outros cronistas diziam”. O jornalista explicou que não conhece nenhum atrito concreto do filho e pediu para que possíveis testemunhas se manifestem. “Quem souber de alguma coisa que possa ter culminado na morte do meu filho, peço que entrem em contato com a polícia. Precisamos de pistas”, disse Mané.
Mané foi abordado por jornalistas com perguntas relacionadas a supostas motivações do crime. Hipóteses como conflitos de uma relação extraconjugal ou relacionados a agiotagem foram descartadas pelo cronista. O jornalista explicou que corre boato nos meios esportivos dando conta de que Valério vinha sendo pressionado para abandonar a profissão. “Não sei quem disse, se soubesse falaria”.
O presidente da Associação dos Cronistas Esportivos de Goiás, Romes Xavier, avalia que a morte do colega de jornalismo pode ter sido motivada por suas opiniões. "Já trabalhei com ele muitos anos, o Valério era muito querido, mas polêmico. Era um grande profissional, com trinta anos de profissão. Tudo leva a crer que as opiniões críticas e pesadas tenham alguma coisa a ver com o assassinato", disse.

Taques detona juiz que quase soltou Cachoeira



Taques detona juiz que quase soltou CachoeiraFoto: Edição/247

“TEMOS QUE DAR NOME AOS BOIS, AOS TOUROS, NÃO ESTAMOS DIANTE DE CONTRAVENTORES, MAS DO CRIME ORGANIZADO QUE AMEAÇA SERVIDORES PÚBLICOS”; SENADOR PEDRO TAQUES (PDT/MT) FEZ A PROVOCAÇÃO AO JUIZ TOURINHO NETO, QUE QUERIA LIBERTAR CACHOEIRA, AO COMENTAR A PRISÃO DO CUNHADO DO BICHEIRO

09 de Julho de 2012 às 19:45
247 – O senador Pedro Taques (PDT/MT) subiu à tribuna para fazer uma provocação direta ao desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal, que pediu a anulação das gravações da Operação Monte Carlo e quase colocou em liberdade o bicheiro Carlos Cachoeira.
“Temos que dar nome aos bois, nome aos touros, não estamos diante de contraventores, mas do crime organizado que ameaça servidores públicos”, disse Taques. O senador fez a declaração ao comentar a prisão do cunhado de Carlos Cachoeira, Adriano Aprígio, que ameaçou a promotora Léa Batista. “Quero ouvir agora o que o desembargador Tourinho tem a dizer”, provocou Pedro Taques.
Ao sugerir a libertação de Cachoeira, o juiz afirmou que se tratava apenas de uma pequena contravenção, o jogo, amplamente tolerada pela sociedade brasileira. “É muito mais grave, Dr. Tourinho, é o crime organizado ameaçando o Estado”, disse Taques.
Caso Juquinha
No seu pronunciamento, o senador Taques também comentou a operação Trem Pagador, que prendeu José Francisco das Neves, o Juquinha, ex-presidente da Valec. “Espero que ele fique preso por muito tempo porque a sociedade brasileira não tolera mais o corrupto na rua”.
À frente das obras da ferrovia Norte-Sul, Juquinha amealhou um patrimônio de R$ 60 milhões, superfaturando as obras. “O que me espanta é que tudo isso já vinha sendo apontado pelos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, e nada foi feito”.

Rodrigo Vianna avisa a diretor de jornalismo da TV Globo: ainda cabe recurso


Aos derrotados em 2010, o aviso: cabe recurso!





por Rodrigo Vianna

Derrotado (assim como já havia ocorrido quatro anos antes) na corrida presidencial de 2010, depois de tentar transformar – no JN da Globo - o espisódio da bolinha de papel num “atentado” contra José Serra, o diretor de jornalismo da TV Globo Ali Kamel muniu-se de uma espécie de furor processual. Passada a eleição, abriu processos contra vários jornalistas e blogueiros. Coincidentemente, todos os processados estiveram do lado oposto da trincheira durante os embates eleitorais.

Entre os processados,  está esse escrevinhador. Sobre o meu caso, alguns esclarecimentos.

1 - A ação cível, que corre na Justiça do Rio de Janeiro (cidade onde fica a sede do poderoso conglomerado midiático para o qual Kamel trabalha), foi julgada em primeira instância!  A decisão da 23 Vara Cível do Rio acolheu, sem permitir qualquer prova ou contraprova, os argumentos do diretor da Globo.
2 - Cabe recurso. E vamos recorrer ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ). O recurso suspenderá automaticamente os efeitos dessa primeira sentença. 

3 – O diretor da Globo julgou-se ofendido por textos em que esse blogueiro faz referência a um ator de filme pornográfico dos anos 80 e que, aparentemente, é homônimo de Kamel. O filme existe de fato. O blogueiro, entretanto, nunca afirmou que o ator era o jornalista da Globo. Ao contrário. O foco dos textos não era esse. Eram textos opinativos, em que com algum humor se procurava refletir sobre o tipo de jornalismo praticado por Ali Kamel.

De forma estranha – pra dizer o mínimo – a Justiça carioca impediu que fossem apresentadas provas e testemunhas. Isso mesmo! Num despacho ainda no ano passado, a 23 Vara Cível do Rio de Janeiro entendeu que, para o julgamento, bastavam a peça inicial do acusador e a minha defesa por escrito. Não tive, sequer, a chance de sentar frente à juíza e esclarecer os fatos.

5 – Por isso, seis meses antes da sentença sair, meus advogados já haviam entrado no TJ/RJ com um “Agravo Retido”. Trata-se de uma espécie de “recurso preventivo“,  informando à instância superior que consideramos descabida a decisão de vetar a produção de provas.  Agora, com a decisão da acolher os argumentos do autor sem deixar que o blogueiro sequer fizesse prova, este recurso torna-se ainda mais pertinente, tendo mais chances de ser aceito no Tribunal.

6 – Sabemos que Kamel, por assim dizer, joga “em casa”. Sabemos também que outros derrotados de 2010 e 2006 -  incomodados com o sucesso de blogs que se firmaram como contraponto à velha mídia, da qual Kamel é um dos expoentes – saíram a comemorar a sentença. A comemoração se deu em blogs 

globais e quetais. Sugiro que os leitores e amigos não batam boca com eles. Não merecem. Foram derrotados pela história. E temo que estejam comemorando cedo demais.

7 - Revestida de um palavreado jurídico, a disputa é – na verdade - política. Esse processo é parte da grande batalha das  Comunicações no Brasil e na América Latina. 

8 - Agradeço, desde logo, a solidariedade dos que já me escreveram ou manifestaram sua opinião nas redes sociais. Se precisarmos articular uma reação coletiva, mais adiante, contarei com a ajuda de todos

Mas por hora peço calma e ponderação 

Sobre a sentença em si, o advogado Fabio Barbalho Leite – especializado em ações cíveis e que já defendeu jornalistas nas duas posições (autores e réus) em ações dessa natureza - diz o seguinte: “A sentença é equivocada,  confunde informação com opinião”. 

Os textos do Escrevinhador sobre Ali Kamel, diz o advogado, ”não tiveram a preocupação de informar se Ali Kamel era ou não ator pornográfico; eram textos puramente opinativos, em que o blogueiro e jornalista procurava usar a curiosa homonímia para emitir opinião sobre as atitudes de Ali Kamel”.

O advogado diz também que a sentença revela “dificuldades de compreensão técnica dos textos”. Essa deficiência, segundo ele, poderia ter sido sanada com a oitiva de um professor de jornalismo ou com um laudo técnico levado aos autos. Por isso mesmo, no entendimento do advogado, “a decisão de negar a produção de provas e a oitiva de testemunhas revela-se ainda mais equivocada e pode ser revertida”.

O caso, avalia ele, pode chegar ao STJ e mesmo ao STF, por envolver questões constitucionais – como o direito à livre opinião e à crítica.

Novela da Globo pinta uma realidade que não existe na vida das empregadas domésticas


A ótica distorcida da teledramaturgia brasileira


Está no ar a novela Cheias de charme. O folhetim gira em torno de três empregadas domésticas, que de uma hora para outra veem suas vidas alteradas pela fama e o sucesso. Tudo seria lindo e feliz, se a vida das empregadas domésticas no Brasil fosse tão bela assim.
Não é de hoje que a categoria de trabalhadoras está presente no dia-a-dia nas casas de famílias de classe média baixa e média alta. Isto ainda representa um resquício do que foi por três séculos a escravidão no Brasil. Por incrível que pareça, as domésticas, como qualquer profissão digna, são das poucas trabalhadoras que seus direitos são negados. Em sua maioria moradora de favela, sem nenhuma instrução escolar, ganham menos que um salário mínimo. Muitas vezes deixam de ver os seus filhos para dormir no serviço, pois a madame quer economizar na passagem do transporte. Não estranhe se o quarto da empregada for menor que a garagem ou o closet (um guarda-roupa ampliado).
A novela tenta passar a imagem de uma democracia harmoniosa entre domésticas e patrões (as). Mas, em nosso mundo real, nem tudo é uma maravilha. Existe uma rede de abusos desde a exploração do trabalho, passando por humilhações morais e sexuais. Nada é um conto de fada. Outro programa da mesma emissora promove um concurso para apontar a melhor empregada do Brasil, as patroas devem estar gostando muito.

Ficaríamos muito mais felizes se essas mesmas empregadas tão dedicadas ao serviço um dia refletissem sobre o seu papel dentro da construção do trabalho no país. Notará o peso e o valor dê sua tarefa, o quanto é importante e muito valorizada. Se um dia ficarem em greve por 24h, verão o real valor que todas têm. A patroa ou patrão, em muitos casos, ficarão enrolados na casa. Uns vão ficar com fome e sem saber trocar as fraldas sujas das crianças que as domésticas criaram e até deram de mamar, quando deixaram de dar mais atenção aos seus próprios filhos. Lutem por seus direitos, trabalhadoras. Façam valer os seus direitos como o FGTS, que os empregadores negam enquanto realizam festas que dava para pagar quase oito anos de tempo de serviço.  Façam valer o direito de estudar, mudar de vida e estimular outras colegas de serviço a fazer o mesmo. Não caia na cilada de que está tudo ótimo, conforme a novela passa. Não pense que a maioria das patroas quer ver seu bem, mas, querem sim, sugá-las até a última gota de sangue com trabalhos exaustivos, péssimos salários e humilhações.
O emprego de doméstica é legitimo como qualquer outro. Ilegítimo é o porquê de ser tão explorado.
Reforço que o serviço de doméstica ainda é uma sombra do Brasil escravocrata, um símbolo de poder e dominação. Não é à toa que as domésticas são, em sua maioria, mulheres negras. Um trecho da canção Zé do caroço, da compositora Lecy Brandão, é o fiel retrato de como as massas populares são manipuladas pela ótica da teledramaturgia em relação ao nosso dia-a dia:
E na hora que a televisão brasileira
Destrói toda a gente com sua novela
É que o Zé bota a boca no mundo
Ele faz um discurso profundo
Ele quer ver o bem da favela
Hoje o mundo é dos informados, e muito bem-informados.
Domésticas, é a vez de revolução!!!

Pedro Leonardo recebe alta e pede galinhada



Pedro Leonardo recebe alta e pede galinhadaFoto: Frame/Folhapress

CANTOR, 40 QUILOS MAIS MAGRO, PEDIU PARA COMER PRATO TÍPICO DA CULINÁRIA GOIANA; CINCO GALINHAS CAIPIRAS FORAM IMPORTADAS DE GOIÂNIA PARA SÃO PAULO; PAI, O CANTOR LEONARDO,  AGRADECEU FÃS PELAS ORAÇÕES E, AO SEU ESTILO, BRINCOU: "MEU CORAÇÃO HOJE NÃO ESTÁ NEM BATENDO, ESTÁ APANHANDO!”

09 de Julho de 2012 às 15:59
Goiás247 - O cantor Pedro Leonardo recebeu alta a pouco do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ao sair, o cantor agradeceu aos fãs que ocupavam a porta da unidade: "Obrigado pelas orações. Obrigado a todos do fundo do coração. Estamos juntos e misturados. Agora vou para casa comer uma galinhada". Em uma cadeira de rodas, Pedro estava acompanhado do pai, o astro sertanejo Leonardo, e do primo e parceiro Thiago.
Antes da saída do filho, Leonardo também o carinho dos fãs e pelas orações. Disse que o filho será recebido com festa no apartamento da família, próximo ao hospital. Cinco galinhas caipiras foram importadas de Goiás para satisfazer ao apetite de Pedro, que está 40 quilos mais magro após 30 meses de internação, mais de 30 deles em coma, após um acidente automobilístico.
Leia mais na reportagem do site Ego.
Depois de 80 dias internado, se recuperando de um acidente de carro sofrido no dia 20 de abril, o cantor Pedro Leonardo teve alta e deixou o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, no início da tarde da tarde desta segunda-feira.
"Obrigado pelas orações. Obrigado a todos do fundo do coração. Estamos juntos e misturados. Agora vou para casa comer uma galinhada", disse Pedro ao sair do hospital, em uma cadeira de rodas, acompanhado do pai e do primo, Thiago.
Pedro deixou o hospital por volta das 14h com uma camiseta feita pela mulher, Thaís Gebeleim, com a frase: "Nunca, nunca desista". "Foi um pedido dele", disse a assessora de imprensa da família, Ede Cury. Para evitar ansiedade, Thaís e a filha de Pedro, Maria Sophia, não foram ao hospital. "Elas vão esperar em outro lugar para encontrá-lo", contou a assessora.
Pai de Pedro Leonardo, o cantor Leonardo chegou ao hospital por volta das 13h50. "Meu coração hoje não está nem batendo, está apanhando! Foram 70 dias de muita turbulência, mas a fé foi muito forte. Hoje, relembrando o que passamos, foi um milagre o que aconteceu. Queria ter uma lista bem grande de todos que participaram, que contribuíram para que o Pedro pudesse sair praticamente sem sequelas", disse Leonardo.
O carinho de Thiago e dos fãs
Primo e parceiro de Pedro na dupla sertaneja, o cantor Thiago chegou ao hospital pouco antes das 13h e festejou o momento de alegria. "Muitas pessoas não acreditavam na recuperação dele. Estamos muito felizes. A recuperação vai ser muito boa, com a família", disse Thiago, que também comentou o "Parabéns" que cantou para o primo em seu recente show:
"Foi um parabéns muito especial, a gente sabe que ele não estava presente, mas essa é uma situação temporária. Estamos rezando bastante, agora ele vai ter uma recuperação ótima, logo ele estará de volta nos palcos. Hoje é dia de festa, vai ter galinhada, vai ter de tudo!"
A movimentação no hospital começou cedo, com a chegada da assessora e de um grupo de fãs, que venceram o frio para esperar por ele. Hoje é dia de festa", disse Ede.
A assessora revelou que Pedro já estava ciente da alta, mas que não tinha ideia da comoção que o caso gerou em todo o país. De acordo com a assessora, ao sair do hospital Pedro pretende realizar um desejo: "Ele quer comer uma galinhada, já pediu para fazer, mas falou que tinha quer ser com as galinhas de Goiás [que vieram congeladas]. A irmã dele, Mariana, já trouxe as galinhas que a avó mandou de Goiás para fazer" comentou Ede, rindo.
Fisioterapia e sequelas
A assessora revelou que Pedro perdeu muito peso e ainda tem algumas sequelas, mas não quis antecipar de que tipo: "Foram 69 dias só neste hospital. Então, ele ainda está falando mais baixo, tem algumas sequelas por enquanto. Ele emagreceu 30 kg também".
Quem também foi acompanhar a alta de Pedro foi o Padre Antonio Maria, que subiu ao quarto do cantor para celebrar o "renascimento" após o acidente. "Vamos renovar o batizado. Vou ao quarto dele agora, vamos orar juntos e eu vou abençoá-lo. Ele já é batizado, mas vamos fazer essa renovação para essa nova vida dele. Pedro é um nome forte, pedra, que todos sejamos Pedro neste momento", disse o padre ao chegar ao hospital.
Relembre o Acidente
Na madrugada do dia 20 de abril, Pedro voltava de um show em Uberlândia, em Minas Gerais, onde se apresentou ao lado do primo Thiago, quando perdeu o controle e capotou o seu carro na BR-452, entre os municípios de Tupaciguara e Araporã, no estado de Minas Gerais, perto da fronteira com Goiás. O cantor foi socorrido e internado no Hospital Municipal Modesto da Silveira de Itumbiara, Goiás, onde no mesmo dia foi submetido a uma cirurgia para conter uma hemorragia abdominal, além de ter sido diagnosticado com um leve traumatismo craniano.
No dia 26, Pedro foi transferido de avião para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde permaneceu até esta segunda-feira, 9.
Recuperação
Logo após o acidente, Pedro Leonardo sofreu uma parada cardíaca na madrugada do dia 23 de abril e entrou em um coma profundo que durou um mês. Quando acordou, no dia 20 de maio, ele falou "Oi, mãe'" e, perguntado pelos médicos qual era o nome de seu pai, ele respondeu, com um largo sorriso: "Leonardo".
Pedro Leonardo com a esposa e a filha
No dia 22 de maio, o cantor passou por uma cirurgia para corrigir uma fratura no fêmur, que foi realizada com sucesso. Dez dias depois, Pedro deixou a Unidade de Terapia Intensiva e foi transferido para o quarto, onde passou a receber visitas de amigos e até ganhou uma festinha por seu aniversário de 25 anos, comemorado no dia 29 de junho.
No último domingo, 1, o "Fantástico" divulgou a primeira foto de Pedro depois do acidente. A imagem, tirada um dia após a festa de aniversário em que ele matou a saudade da filha, Sofia, mostrou o filho de Leonardo mais magro e sorridente.

A imprensa paulista de 1932 é precursora do PIG?



A imprensa paulista de 1932 é precursora do PIG?Foto: Divulgação

ARTIGO DO JORNALISTA OSCAR PILAGALLO, QUE ESCREVEU A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE SÃO PAULO, REVELA QUE JORNAIS SE TRANSFORMARAM EM TRINCHEIRAS CONTRA GETÚLIO

09 de Julho de 2012 às 09:15
247 – Desde que o deputado Fernando Ferro (PT-PE) criou a expressão “PIG – Partido da Imprensa Golpista”, inspirado numa declaração de Barack Obama sobre o canal Fox News, e o jornalista Paulo Henrique a amplificou, vários veículos de comunicação – inclusive o 247 – são frequentemente questionados por seus leitores. Afinal, são PIGs ou não? A reação veio com a sigla “JEG – Jornalistas da Esgotosfera Governista”.
No nosso caso, alegamos que é possível existir fora das órbitas PIG ou JEG. Mas o fato concreto é que, diante de governos trabalhistas, como de Getúlio Vargas e Lula, parte da imprensa toma posições contrárias. É o que demonstra, neste 9 de julho, data dos 80 anos da revolução frustrada de São Paulo, o jornalista Oscar Pilagallo, em interessante artigo na Folha de S.Paulo sobre o comportamento dos jornais paulistas, em 1932. Foram precursores do PIG?
A imprensa paulista fardada de 1932
Ela ignorou a superioridade das forças federais, fez campanha. Exceção, um jornal pró-Getúlio foi até destruído. Com a derrota de SP, jornalistas foram presos
Se nas guerras a primeira vítima costuma ser a verdade, na Revolução de 1932 não foi diferente.
O que foi diferente, isto sim, foi seu algoz. Em geral, a verdade sucumbe diante do conflito de versões dificilmente verificáveis pela imprensa. No caso da chamada Revolução Constitucionalista, no entanto, foi da própria imprensa que partiram os disparos que atingiram a verdade.
Não se trata da verdade abstrata, que resulta de convicções, de uma visão de mundo, de um entendimento particular sobre o lugar que São Paulo deveria ocupar naquela nova fase da República.
Trata-se, apenas, da verdade factual. Mal dado o primeiro tiro, em 9 de julho, as manchetes já tratavam o movimento como vitorioso, e com pouca variação mantiveram o mesmo tom até quase a derrota final, em outubro.
Nesse período, os jornais paulistas abriram mão de fazer jornalismo. Durante os três meses que duraram os combates, optaram por privilegiar uma campanha para elevar o moral da população e, sobretudo, das tropas.
Pouco interessava a informação objetiva da superioridade das forças federais, o fato incontestável de que tinham mais armas e eram mais bem treinadas.
No início, as conquistas pontuais dos soldados de São Paulo foram superestimadas. Mais tarde, os avanços das forças inimigas seriam minimizados.
Não é difícil entender por que a imprensa paulista agia assim. Se os jornais escolheram mobilizar em vez de informar, é porque haviam vestido farda bem antes da deflagração do conflito.
A revolução foi, em larga medida, articulada na sede do jornal mais importante da cidade na época, "O Estado de S. Paulo", então com mais de meio século de existência.
Toda a imprensa paulista, no entanto, logo aderiu à causa. O "Diário de S. Paulo" e o "Diário da Noite", ambos de Assis Chateaubriand, "A Gazeta", de Cásper Líbero, e a "Folha da Manhã" e a "Folha da Noite" (que em 1960 seriam fundidos na Folha de S.Paulo), todos eles se transformaram em trincheira.
Houve, efetivamente, um efêmero "Jornal das Trincheiras", com propaganda mais aberta, mas a diferença em relação aos demais jornais era mais de grau do que de natureza.
Também por um breve período circulou "O Separatista", cuja razão de ser estava expressa no próprio título. Embora não contasse com o endosso da maioria da imprensa, a ideia representava uma dissidência tolerada.
O que os jornais não podiam era ser contra São Paulo. Um jornal tenentista, que apoiava o governante então provisório, Getúlio Vargas, teve sua sede destruída pouco antes do 9 de julho.
O esforço jornalístico de guerra contou com a participação especial do rádio. Como veículo de comunicação de massa, o rádio é contemporâneo da Revolução de 32. Nasceu na Record, que embalava o suposto noticiário com uma marcha militar, a "Paris Belfort".
Não havia espaço para isenção. A imprensa paulista não apenas refletia os anseios da sociedade local. Também os insuflava, criando um círculo vicioso. Derrotadas as forças de São Paulo, jornalistas e donos de jornais foram presos e exilados. Do ponto de vista da história da imprensa, porém, a grande vítima foi a verdade.
OSCAR PILAGALLO, 56, jornalista, é autor de "História da Imprensa Paulista" (Três Estrelas)

Demóstenes avisa: "Amanhã pode ser você"



Demóstenes avisa: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

DIANTE DE UM PLENÁRIO ESVAZIADO, SENADOR GOIANO FAZ MAIS UM APELO EM VÃO ANTES DE SUA DEGOLA INEVITÁVEL, MARCADA PARA A PRÓXIMA QUARTA-FEIRA: AFIRMA QUE OS COLEGAS NÃO DEVEM SE RENDER À PRESSÃO DA IMPRENSA E DA OPINIÃO PÚBLICA

09 de Julho de 2012 às 16:47
247 – O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) voltou ao plenário do Senado nesta quarta-feira para dar continuidade à defesa de seu mandato, que pode ser cassado na próxima quarta-feira por seus colegas. E apesar de argumentar que os 20 minutos que terá para se defender daqui a dois dias não serão o bastante, Demóstenes não foi muito além do que disse em quatro das cinco sessões do Senado na semana passada: é inocente, as provas que apresentam contra ele são irregulares e, no mais irônico dos argumentos, ele será punido graças à pressão da imprensa.
Do alto da tribuna, o senador alertou a um plenário esvaziado: "É fundamental manter o alerta sobre o precedente perigosíssimo de cassar um mandato com base em ilegalidade". "A expectativa, depois desta (farsa) tramada contra mim, é ampliar a confusão e a insegurança jurídica", argumentou o goiano, acrescentando que, a partir de sua provável cassação, ficará proibido, por exemplo, informar alguém sobre uma proposição que tramita no Congresso Nacional. "Quem determinou essa regras? Onde estão escritas? Na jurisprudência do nada e da justiça de coisa nenhuma", perguntou-se e respondeu.
"O parlamentar (no caso, ele) diz a verdade, mas ela tem muitos donos. A verdade de um não é a verdade de outros", filosofou o parlamentar, que citou Alexis de Tocqueville e o recém-falecido ex-governador Ronaldo Cunha Lima durante seu discurso. "A verdade é óbvia e está do meu lado. Não quebrei o decoro, não cometi ilegalidades, não menti em discurso, não pratiquei irregularidades, não me envolvi em qualquer crime ou contravenção", defendeu-se.
"Estou sacrificado por uma grande injustiça. Insisto que não há provas contra mim. Minha defesa está sendo cerceada, principalmente por causa da pressão exigida pela mídia", disse o senador, na grande ironia de seu processo de cassação. "A única base da cassação é dar satisfação à imprensa. O Senado não vai cair na armadilha de me fazer de bode expiatório de uma crise fabricada, como foram tantas outras", emendou, admitindo enfim a possibilidade de as acusações que ele próprio fazia do alto da tribuna contra outros colegas, há até outro dia, não serem legítimas.
Último recurso
Diante da insensibilidade dos colegas nos últimos dias, a defesa de Demóstenes Torres já prepara uma última alternativa para tentar evitar a cassação do cliente. A estratégia é tentar anular os votos daqueles senadores que optarem por declará-lo. "O voto é secreto e, se algum senador quiser fazer proselitismo, anunciando o voto, ele é nulo. Posso ir ao Supremo para tornar o voto inválido", avisou o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o kakay. "Se houver um movimento de tornar o voto aberto, em clara violação à Constituição, acho que é passível a contestação na Justiça", completou.
A 'ameaça' não comoveu senadores como Ana Amélia (PP-RS), que sustentava, nesta segunda-feira, a intenção de declarar seu voto pela cassação. “STF mantem voto secreto nas cassações de mandato! Jah abri meu voto pela cassacao de Demostenes Torres! Eh juizo politico!", escreveu a senadora em seu perfil no Twitter.