segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reta Final.

Reta final das eleições, expectativas voltadas para o resultado da urnas. É simplesmente temerário fazer previsão de quem vai ser eleito olhando apenas os números das pesquisas de opinião pública. No primeiro turno houve graves equívocos cometidos pelos institutos que com pequenas variações de um para outro apontavam vitória de Dilma. Quem acreditou e ficou acomodado esperando o dia de votar no candidato de sua preferência, surpreendeu-se com aquilo que foi revelado na apuração dos votos quando ficou absolutamente claro que haveria segundo turno. A candidata Dilma não conseguiu obter os votos necessários para encerrar as eleições no dia 3 de outubro, como intimamente esperava. Agora pode ser que os institutos estejam certos. Dois candidatos apenas disputam o voto do eleitor, diferentemente do primeiro turno em que o votante tinha de digitar uma salada de números, dificultando o acerto na hora de fazer sua escolha na urna eletrônica, anulando involuntariamente a opção de voto. Ademais, houve uma onda silenciosa de mudança de intenção de voto não prevista e não captada pelos institutos de pesquisas. Outrossim, dizem aqueles que trabalham na percepção de tendências dos contigentes eleitorais que os erros cometidos no primeiro turno, dificilmente votarão a se repetir no segundo. Que assim seja, para o bem da credibilidade dos institutos de pesquisas. Não obstante, com o precedente do primeiro turno, é melhor não nos fiarmos nas estimativas apontadas nas pesquisas, porque não passam do que realmente são, estimativas que apresentam um cenário baseado na realidade do momento que pode não se concretizar, embora o acerto dos números dos institutos sejam infinitamente maior do que os erros. As pesquisas apontam um norte, mas não podem dar garantias de que os resultados baterão com a leitura que se fazem delas. A preocupação maior, nestes momentos finais, é com o modus operandi do candidato da oposição que partiu de vez para o tudo ou nada, abraçando as mais vís táticas de persuasão, chegando ao ponto de invadir a privacidade alheia, por meio de um telemarketing agressivo e de inúmeras menssagens eletrônicas que apinham a caixa de e-mail de milhões de usuários da web, destilando ódio, propagando mentíras e calúnias, no afã de convencer o eleitor a mudar de lado. Sábado passado fui surpreendido por uma ligação de uma secretária eletrônica, atingindo a honra da candidata Dilma com as mesmas infâmias que sorrateiramente propalaram no primeiro turno. Imediatamente liguei para oi perguntando quem tinha autorizado a liberação do meu cadastro, de modo que fosse usado visando objetivos eleitoreiros sem que eu tenha dado permissão. A operadora nega qualquer responsabilidade pelo acontecido. Alega não saber através de quem chegaram até o número do meu telefone. Não bastasse ter que esvaziar cotidianamente minha caixa de mensagens para livrar-me dos spams de campanha, agora tenho minha privacidade invadida pelo jogo rasteiro daqueles que querem à força dobrar à vontade do eleitor. Esta campanha definitivamente passou dos limites razoáveis e há muito tempo caminhou para a clandestinidade. Custa acreditar que o ministério público eleitoral esteja completamente desinformado das ações marginais adotadas pela campanha da oposição. Eu desafio que apareça uma pessoa que não tenha sido vítima ou tomado conhecimento dos fatos ora narrados. Não se pode encarar o adversário com lisura, quando ele joga infringindo as regras. Se o peso da balança só pende para um lado, o outro fica com os flancos completamente abertos. E não vou nem mais falar do que a Globo, Folha de São paulo, Veja, Estadão, estão preparando para os dias que antecedem as eleições. Causa desânimo. Não sem razão, um jornal francês trouxe em suas páginas matéria crítica sobre a cobertura parcial que a grande mídia nacional tem feito a favor de um candidato, rasgando o manual da boa prática jornalística, mandando às favas quaisquer escrúpulos. Tomara que nunca mais tenhamos uma eleição semelhante as que estamos presenciando. Sinceramente espero que se Dilma for eleita, ela faça o que o presidente Lula não teve coragem: aprove uma lei de comunicação social que ponha definitivamente fim a esta amoralidade. Isto mesmo, amoralidade e não imoralidade! Aproveite também e faça uma profunda reforma eleitoral que acabe com a incostância de em toda eleição haver uma legislação diferente. Do contrário, é melhor nem mais sair de casa para votar. Assim, as raposas tomarão conta do galinheiro do jeito que sempre quiseram.








(http://blogdadilma.blog.br/2010/10/imprensa-internacional-denuncia-campanha-da-imprensa-brasileira-contra-lula.html)