domingo, 13 de julho de 2014

O quarto título mundial da Alemanha ensina o caminho para o futebol mundial. Mesmo sofrendo na final

A final da Copa do Mundo não deixou a impressão de que a Alemanha deu a lição de como jogar futebol moderno. Não jogou uma grande partida, mas só porque esbarrou nas duas linhas bem montadas de marcação impostas por Alejandro Sabella. Às costas delas, apenas Thomas Muller no primeiro tempo conseguiu aparecer.

Toni Kroos não jogou bem, marcado por Biglia na maior parte do tempo. Schweinsteiger e Phillip Lahm conduzieram a equipe ao ataque, mas com muita dificuldade para chegar ao ataque.
Apesar da dificuldade e da vitória apenas na semifinal, a Alemanha dá sim a lição de como jogar hoje em dia. Compactação, troca de passes e aceleração no último terço do campo.

Mario Gotze decidiu postando-se como centroavante depois de Miroslav Klose cansar. Mas também foram impecáveis as atuações de Schurrle, autor da jogada e do passe para o gol do título. E Boateng, que bloqueou cinco contra-ataques da Argentina.

A Alemanha merece pelo trabalho dos últimos catorze anos.

Muita gente ficou até com gosto de que dava para ganhar, pela partida final, em que a Alemanha esbarrou num time organizado e seguro. Mas foi justamente por não ser organizada nem segura na semifinal de Belo Horizonte que o Brasil caiu.

O destino do Brasil poderia mesmo ser a semifinal, por ter dois protagonistas de 22 anos. Mas não precisava do escândalo do 7 x 1. A Argentina mostrou como se poderia evitar.

http://espn.uol.com.br/post/425274_o-quarto-titulo-mundial-da-alemanha-ensina-o-caminho-para-o-futebol-mundial-mesmo-sofrendo-na-final





#131 Alemanha, justa campeã, e Argentina deixam lições ao Brasil

Do blog do Menon

O belo gol de Gotze, perfeito no domínio e na definição, deram o título à Alemanha. Ainda bem que foi assim. É um alento saber que a técnica pode prevalecer mesmo nesses tempos de tanta tática, tanto suor e nenhum centímetro dado de presente. Ruim foi ver outra atuação apagada de Messi. Estaria sentindo alguma contusão? Não sei. A verdade é que ele brilhou pouco na Copa. Ficou abaixo do que se esperava, depois que acabou a primeira fase.

Algumas lições ficam:

1) APAGÃO É BALELA - A Argentina mostrou que era possível marcar os alemães. Com muito treino e muito posicionamento. As duas linhas de quatro funcionaram a contento. E o contra-ataque criou algumas chances. No segundo tempo, Sabella abriu um pouco mais com Aguero, depois apostou no passe e movimentação com Palácio em lugar de Higuain. E depois, segurou o jogo com Gago. Ou seja, havia opções táticas, havia planejamento. Um time assim não sofre apagão.

2) TALENTO É FUNDAMENTAL - O gol da Alemanha veio com uma escapada de Schurrle, que tocou para Gotze. Dois jogadores vindos do banco. E quem o Brasil tinha no banco? Bernard com alegria nas pernas finas? Jô? Hulk? A crise técnica do Brasil é grande. É preciso mudar urgentemente. Vejamos que, quando perdeu Kramer, que entrou em lugar de Khedira, machucado no aquecimento, Low colocou um novo atacante.

Em resumo: A Alemanha mostrou que é possível substituir para atacar. A Argentina mostrou que é possível defender.

Scolari, covardemente, fala em apagão.

http://blogdomenon.blogosfera.uol.com.br/2014/07/13/131-alemanha-justa-campea-e-argentina-deixam-licoes-ao-brasil/

Nos EUA, dinheiro do futebol fica com os clubes. Aqui, com a Globo.

2011-Cardinals

O time do interior é campeão nacional. Nos Estados Unidos, nenhuma surpresa
Muito importante lermos essa matéria de Heloisa Villela, sobretudo porque alguma coisa me diz que a nossa mídia comercial nunca vai repercuti-la.

Para mim, a matéria explica, definitivamente, a razão da decadência do futebol brasileiro.
Lá, o dinheiro do futebol vai todo para os clubes. Aqui, só para a Globo.

*
Heloisa Villela: Nos Estados Unidos, ligas não aceitam monopólio nas transmissões e trabalham pelo equilíbrio entre os clubes

Por Heloisa Villela, de Nova York, especial para o Viomundo

Cento e dez milhões de telespectadores. Este foi o público da última final do campeonato de futebol americano, o Super Bowl, no dia 2 de fevereiro deste ano.

Com um público desta envergadura, não é à toa que o futebol americano fique com o filé mignon, ou melhor, com o caviar do bolo publicitário, não apenas dos eventos esportivos mas dos eventos que a televisão dos Estados Unidos transmite ao vivo. Para se ter uma ideia, cada comercial de trinta segundos, nos intervalos da partida, custou cerca de 4 milhões de dólares. Claro, a exposição é garantida.

O público faz questão de assistir ao jogo na hora em que ele está acontecendo. Ninguém vai gravar a partida para ver mais tarde, porque se torna impossível não saber o resultado antes de tocar a gravação. A grande emoção é acompanhar lance a lance. Torcer. Vibrar e ficar arrasado, junto com todos os outros torcedores espalhados pelo país, unidos diante da telinha.

Os patrocinadores e os donos dos times sabem que a final do futebol americano é o único evento que comanda essa audiência e tem tudo para continuar comandando.

Mas, ao contrário de outros paises, nos Estados Unidos o esporte é organizado para dar lucro. No caso do futebol americano, um trator, máquina de fazer dinheiro. Como eles chegaram lá é o que interessa.

Uma lei federal, assinada no começo dos anos 60, garantiu aos times a possibilidade de agregar a venda dos direitos de transmissão dos jogos, sempre em leilão. Nunca ficam nas mãos de uma única emissora.

A NFL, National Football League, que reúne os 32 times profissionais do país, divide a temporada em pacotes diferentes, para explorar melhor o produto.

Funciona da seguinte maneira: o campeonato nacional tem duas ligas, com dezesseis times cada. O campeão de uma joga com o campeão da outra na grande final. Só aí, já são três pacotes de transmissões para vender. O campeonato da chamada Conferência Nacional, o da Conferência Americana e a final, o Super Bowl.

O último contrato que a NFL fechou com as tevês vigora até 2022 e vai render cerca de 5 bilhões de dólares por ano aos clubes.

As redes CBS, FOX e NBC entraram no racha da tevê aberta.

A CBS transmite os jogos de uma conferência, a FOX os da outra e a NBC ficou com a partida que abre a temporada, numa quinta-feira à noite, um jogo durante o feriado de Ação de Graças, quando o país para e todo mundo vê televisão, e a melhor partida do domingo à noite enquanto a temporada está em andamento, durante quatro meses.

A NFL já faz planos para elevar a arrecadação com a venda de direitos, ingressos e merchandising para 25 bilhões de dólares até 2027.

Ninguém ficou escandalizado com o plano mais recente que veio à tona.

A liga inventou, há dois anos, um novo pacote. Os jogos de quinta-feira à noite, que não faziam parte do calendário das transmissões esportivas.

Eles foram promovidos, primeiro, como exclusividade da NFL Network: a liga de futebol americano tem sua própria rede de TV. Este ano, o pacote já foi vendido à CBS por U$ 250 milhões. São apenas oito jogos.

Quem inventou essa história de ter rede de teve própria foi a liga de basquete dos Estados Unidos, a NBA, National Basketball Association.

Em 2008 a liga licenciou os direitos digitais do basquete para a Turner Sports. A empresa passou a administrar o site NBA.com e a NBA TV.

A audiência das duas plataformas cresceu rapidamente.

Hoje, a NBA TV entra em 60 milhões de domicílios do país.

Agora, a liga está em plena negociação do próximo pacote de direitos de transmissão, que vence em dois anos, e já pensa em trazer de volta, para dentro da NBA, os direitos digitais.

Existem conversas em andamento com o YouTube, com quem a NBA já lançou um canal para a liga do verão e a chamada liga D.

Antenada nas mudanças do mercado esportivo, a NBA está pensando em mudar a rodada de quinta-feira para outro dia da semana, para não bater de frente com a nova transmissão da NFL. Ninguém quer competir com o futebol americano.

Hoje, a NBA fatura U$ 7,5 bilhões com os contratos de transmissão dos jogos de basquete.
Dinheiro que é dividido igualmente entre os 30 times profissionais do país.

Aliás, a preocupação em nivelar os clubes é grande, em todas as ligas. Não é que aqui exista alguma preocupação com a igualdade de condições. Nada disso. Questão de marketing.

Existe a compreensão de que o campeonato só é bom, só vai atrair muitos torcedores e telespectadores, se houver disputa acirrada, entre times equilibrados. Uma partida de futebol que termina em 7 a 1, vamos combinar, não tem muita graça.

O que fazem as ligas de beisebol, futebol americano e basquete para garantir a emoção dos jogos, hoje, e a qualidade no futuro?

Adotaram o salário teto e o chamado imposto do luxo.

Os times trabalham com um limite de gastos, um teto para o conjunto dos salários dos jogadores. Não é baixo. Os atletas ganham um bocado. No caso da NBA, o volume máximo de salário que cada time pode pagar ao seu conjunto de jogadores é de 63 milhões de dólares por ano. Claro que os grandes nomes tem renda complementada por patrocínios específicos. Kobe Bryant, por exemplo, com os patrocínios fatura U$ 30 milhões por ano.

Se fosse em salário, seria quase metade de tudo o que os Los Angeles Lakers podem investir na remuneração de seu elenco completo.

Se um time quer gastar os tubos para contratar um craque, sabe que vai ter de segurar o salário do resto da turma. Não vai ter fôlego para comprar os 3 ou 4 melhores jogadores do país.
Dessa forma, em princípio, todo clube tem a oportunidade de comprar o passe de um peso-pesado, seja o Moto Clube ou o Corinthians daqui.

Quem passa do limite paga à liga o chamado imposto de luxo sobre cada dólar ultrapassado. O imposto aumenta exponencialmente para os times que ferem a regra consecutivamente.

Um clube que não dá pelota para o imposto é o multibilionário New York Yankees, o Real Madrid do beisebol. Desde que o imposto foi criado, em 2003, o clube ultrapassou o limite todos os anos. Recentemente, foi obrigado a pagar 28 milhões de dólares em imposto sobre o luxo.

Isso não significa domínio dos Yankees, já que mesmo clubes de mercados muito menores, com dinheiro garantido pela venda coletiva dos direitos de transmissão, podem formar times campeões.
Nos últimos dez anos, os Yankees, baseados numa cidade de cerca de 9 milhões de habitantes, com um região metropolitana de mais de 20 milhões, foram campeões nacionais uma vez, em 2009; enquanto isso, os St. Louis Cardinals, da Louisiana, de uma cidade de 350 mil habitantes numa região metropolitana de cerca de 3 milhões de pessoas, ganharam o título nacional duas vezes, em 2006 e 2011.

No futebol americano, os dois ganhadores mais recentes do Super Bowl — Baltimore Ravens e Seattle Seahawks –, são de duas cidades relativamente pequenas, com 600 mil habitantes, de extremos opostos do país. É como se o Figueirense fosse campeão brasileiro de futebol em um ano e o Clube do Remo no ano seguinte. Nos últimos dez anos, oito clubes diferentes ganharam o título supremo do futebol americano.

No basquete, o time de Nova York está na fila do título nacional há 40 anos. Nem por isso correu o risco de morrer.

Na NBA, os clubes não faturam somente com a venda da transmissão nacional de seus jogos. Cada time negocia, também, com as tevês locais.

Os Lakers, por exemplo, fecharam em 2011 o contrato mais caro da história da NBA. Fizeram um acordo de 20 anos com a Time Warner Cable, que prevê o lançamento de dois canais regionais de esportes, um em inglês e outro em espanhol, no valor de U$ 4 bilhões.

No ano passado, os trinta times da NBA faturaram juntos, com esses contratos regionais, U$ 628 milhões, que correspondem a 33% de toda a receita da liga com as diferentes mídias, de U$ 1,9 bilhão. A maior fatia, de 53%, veio dos direitos de transmissão nacionais.

O que isso significa? Que além de ter uma exposição nacional, atraindo os patrocinadores mais endinheirados, os clubes tem ampla divulgação regional, junto a seus próprios torcedores. Se apenas uma fração deles comprar ingressos, é casa cheia.

Seria, mal comparando, como se o ABC de Natal tivesse garantia de algumas partidas transmitidas para todo o Brasil, mais exposição completa em seu próprio mercado, em emissoras diferentes. Com isso, conseguiria encher a Arena das Dunas, arrumar um patrocinador regional e outro nacional para sua camiseta e, o mais importante, ter um time competitivo para enfrentar equipes de estados maiores e mais ricos.

Na temporada 2012-13 de basquete da NBA, enquanto quatro clubes gastaram mais que faturaram, os outros 26 tiveram lucro. Um cenário bem diferente daquele que se vê no Brasil, onde mesmo clubes de grandes torcidas vivem endividados e frequentemente caem para a segunda divisão.
PS do Viomundo: No Brasil não é a Globo que serve ao esporte, mas o esporte que serve à Globo. Alguns clubes, sim, recebem uma bolada da emissora, os de maior torcida e audiência. Os outros que se virem. É o esporte pré-capitalista, em que os peixes pequenos vão ficando pelo caminho. Para se ter uma ideia, é só listar o grande número de clubes de futebol literalmente extintos no Brasil nas últimas décadas.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=19135

Dada a largada oficial nas páginas de o Globo o não vai ter olimpíadas

Começa hoje 13/07/2014 oficialmente nas páginas de o Globo o não vai ter Olimpíadas. E aí vai embarcar nessa furada também? 


Sim, houve sabotagem contra nossa seleção




Tanta coisa está fazendo tanto sentido agora. Não sou adepto das teorias da conspiração, mas estou convicto de que houve uma grande sabotagem contra a seleção. Quando viram que ela tinha potencial para chegar ao hexa e que Dilma capitalizaria os louros da vitória, uma conjunção de forças, internas e externas passaram a influir para que a seleção fosse levada à débâcle.

Os cartolas da CBF, os atuais e os anteriores, são amigos in pectore do tucano Aécio Neves, ideologicamente têm a mesma ojeriza à Dilma que a direita hidrófoba, assim sendo, por que fariam qualquer coisa além de contribuir para que esse governo fosse levado a uma situação de permanente desgaste muito além daquela horda histérica que tomou conta das ruas em protesto no mês de Junho de 20013, se consideram que jamais receberam um tratamento cordial e respeitoso da presidenta, na maioria das vezes recriminados pelas atitudes desonestas que são parte integrantes de seu modus operandi na condução do grande negócio que é o futebol e o candidato da oposição melhor representaria seus interesses no governo?

Não haveria nesse contexto melhor instrumento do que a Copa do mundo. Primeiro porque a maioria esperava pelo desastre. Afinal nada funcionaria. Seria um verdadeiro caos. Segundo porque havia o temor de que as manifestações de Junho de 2013 voltassem as ruas e melassem o evento. Aposta feita até pela neta de João Havelange em declaração que deu em um twitte, depois apagado.

Havia uma indisfarçável má vontade para com a realização da Copa por quem tinha o dever de bem organizá-la apesar dos imensos lucros que obtiveram. Esperaram que o pior acontecesse, como nada disso aconteceu e no tocante as obras de infraestrutura o governo só recebeu elogios do mundo inteiro e a generosa recepção e acolhida dos turistas pelo povo passou a ser motivo de permanentes elogios, só restava a seleção. Todos os holofotes voltaram-se para ela. O êxito da seleção reafirmaria o êxito da Copa. É óbvio que o maior interessado nessa quadra era o governo. O fracasso da seleção, tiraria o brilho da Copa e reforçaria todos os estereótipos até aqui realçados durante meses pela velha mídia nacional.

O Brasil entra em campo e embora não jogue aquele futebol bonito, vistoso e empolgante, consegue passar para as oitavas e das oitavas para as quartas. Chegamos as semifinais. Havia todo um sentimento de confiança, uma alta aposta do povo de que a seleção conseguiria vencer mais um obstáculo e chegar à final da Copa. O desespero tomava de conta dos fracassomaníacos que já latiam que a presidenta estava politizando o evento que nessa visão já não pertencia somente a ela, como quando tentaram fazer o povo crer que tudo que acontecia de ruim nesse país era obra da Copa e a Copa responsabilidade de Dilma, isso no tempo em que a Copa era retratada como uma megalomania, depois que passou a ter o apoio maciço do povo, segundo pesquisas de opinião que aumentaram a popularidade da presidenta, ela não tinha o direito de capitalizar o sucesso do evento que praticamente sozinha construiu e defendeu.

Para estragar a festa somente uma derrota vergonhosa e humilhante do tipo que nem em cem anos seria capaz de voltar a acontecer entre duas seleções do nível do Brasil e da Alemanha. Isso sequer foi cogitado no imaginário popular. Mas aconteceu. Para perplexidade geral da nação, o Brasil perde de 7 x 1 da Alemanha. Nem no pior pesadelo alguém achou que isso fosse possível de acontecer. A não ser aqueles que não queriam o êxito da seleção por quê o êxito da seleção coroaria também de êxito a Copa realizada no Brasil e quem mais tiraria proveito político seria a presidenta Dilma que concorre nesse ano ao direito de permanecer mais 4 anos como presidenta do Brasil.

Eles tinham plena certeza de que se a seleção fosse eliminada de forma humilhante e vergonhosa, dentro do Brasil, poderia causar um sentimento de desânimo e revolta no povo brasileiro que já estava previamente preparado durante meses pela velha mídia nacional para rejeitar a Copa no Brasil. Uma derrota vexaminosa despertaria um ódio incontrolável que facilmente seria canalizado em direção a presidenta Dilma que sozinha e debaixo de pesado fogo cruzado tem sido uma guerreira na defesa da Copa e da seleção, inclusive sendo vítima de xingamentos para além dos limites democraticamente toleráveis em se tratando de um autoridade, a maior da República, uma mulher, mãe e avó.

Não duvido que esse e mais o resultado de 3 x 0 para Holanda, seja produto de sabotagem dos cartolas da CBF para favorecer a candidatura de Aécio Neves, em conluio com a velha mídia nacional que desde do começo apostaram no fracasso da Copa e no sucesso da seleção. Como a Copa, leia-se as obras de infraestrutura e organização se fizeram a contento e foram aclamadas como sucesso absoluto, restou o fracasso da seleção que de fato ocorreu de uma forma que ninguém consegue explicar com a lógica nas mãos.

De que modo então teria se dado essa sabotagem? Penso na campanha antecedente que fizeram ao disseminar que o Brasil não tinha capacidade de realizar um evento de tão grande magnitude, que estaríamos diante de um imenso e incontrolável caos em aeroportos, portos, vias, ruas e avenidas, com turistas sendo mortos e assaltados, obras incompletas e estádios não funcionais etc..

Uma campanha tão eficiente que milhões de brasileiros passaram a ficar reticentes com nossa seleção. Passaram a evitar apoiá-la publicamente, a enfeitarem suas ruas e bairros. O conjunto dessa campanha midiática de desconstrução da imagem do Brasil, teve fortes reflexos no emocional de nossos jogadores, a maioria dos quais inexperientes que entravam em campo abalados pela pressão de além de ganhar as partidas ter que convencer mostrando um bom futebol. Ganhar seria insuficiente, teriam que convencer jogando bem. Jogo após jogo, a pressão crescia, até desaguar no descontrole emocional dos jogadores que visivelmente em campo demonstravam nervosismo.

Por fim, diante de um time de melhor qualidade e bem mais preparado emocional, física e taticamente, pelo conjunto e entrosamento, chegamos a fatídica partida em que nossa seleção não conseguiu resistir e desaba diante de um aplacar avassalador e humilhante, 7 x 1, reflexo de toda tortura mental pela qual nossos jogadores foram intensamente submetidos antes, durante e com certeza depois da Copa, quando terão que se explicar para turba que quer sangue. O jogo da Holanda foi apenas consequência natural desse processo. Eles conseguiram fazer com que nossa seleção, um dos maiores símbolos nacionais capitulasse diante do mundo que assistia atônito a maior goleada já acontecida em uma copa do mundo entre duas seleções do mesmo nível.

Há quem diga que sabotagem maior do que essa feita pela mídia tenha acontecido nos bastidores, envolvendo práticas criminosas que aqui evito declinar mas que passaria pelo uso de substâncias químicas na alimentação e líquidos usados por alguns jogadores, os mais engajados e suscetíveis de sofrerem o dano emocional e psicológico a que foram submetidos, como Davi Luis por exemplo para afetar seu desempenho em campo. Mas isso.... deixa pra lá.


"Eles" conseguiram... e agora?


por Rui Costa Pimenta 
 

A derrota esmagadora da seleção brasileira aconteceu muito antes deste fatídico 8 de julho no Mineirão.

Foi preparada pela direita nacional organizada pelo imperialismo, pelos monopólios capitalistas do esporte, pela imprensa “nacional” (vendida para o capital estrangeiro) e, inclusive pela esquerda pequeno-burguesa que trabalha a serviço da direita como o Psol, o PSTU e outros grupos menores do mesmo quilate.

Acuaram os brasileiros para não torcer pelo Brasil, buscaram de todos os meios desestabilizar o time brasileiro.

A seleção foi derrotada pela política, mais precisamente pela pressão política.

Os jogadores brasileiros, todos muito jovens, provavelmente a seleção mais jovem que o Brasil já teve fez o que pode, não pode ser culpada de nada. Foi perseguida pela imprensa, caçada em campo, teve que lutar contra os juízes e todas as tramoias obscuras e não conseguiu. Tiraram da Copa o seu melhor jogador com o apoio cínico da imprensa. Desarticularam o time e a seleção verde amarela lutou como pode até o gol de honra contra a Alemanha no final do jogo. São o retrato do povo brasileiro e da classe trabalhadora da qual vieram: são grandes jogadores, lutaram muito contra tudo e contra todos e foram esmagados e humilhados.

O povo brasileiro que torceu pela seleção brasileira com todo o coração está sofrendo desta mesma humilhação.

Há os chacais, como a direita, que querem agora tirar proveito desta humilhação e desmoralização. Há os pequeno-burgueses de esquerda e de direita que vão festejar a tristeza do povo e a sua humilhação. É o seu ofício, por isso, merecem o justo desprezo do povo. O ódio é reservado à burguesia.

As apostas foram feitas. O jogo bruto de sempre, dentro e fora do campo, atropelou o Brasil, seu futebol e seu povo. Os que esperam ganhar têm que aguardar a reação real do povo a toda a operação política que conduziu o Brasil e seu futebol a um desastre ainda maior do que o de 1950 no Maracanã.

Aos jogadores e ao povo, nossa saudação.

http://www.pco.org.br/nacional/eles-conseguiram-e-agora/aspa,a.html

Copa do Mundo no Brasil: um primeiro balanço

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O que é pior, o vira-latismo ou o puxa-saquismo?

Se o primeiro se confundir com espírito crítico certamente o segundo é pior, porque mera bajulação.
Comecemos pelo começo: a imagem do Brasil depois da Copa é muito melhor do que, com carradas de motivos, se imaginava antes dela.

Fez-se, em resumo, um bom anúncio do país.

Porque houve a festa que se imaginava que haveria nos estádios e não houve a tensão prevista fora dele.

Por incrível que possa parecer, Joseph Blatter, o poderoso chefão da Fifa, tinha razão: a sedução do futebol falou mais alto, ainda mais porque, paradoxalmente, se a Copa não apresentou nenhuma seleção inesquecível, mostrou jogos formidáveis, como uma homenagem ao país que já foi o do jogo bonito.

Repita-se para suavizar o que virá a seguir: o Brasil ganhou a 20a. Copa do Mundo da Fifa e ainda por cima prendeu gente dela que há décadas atenta contra a economia popular, um legado inestimável, exemplar, digno de ser aplaudido de pé assim como a hospitalidade nacional.

Tamanhas vitórias não escondem as derrotas e aqui não se fará nenhuma menção, além desta, à goleada alemã.

Por falar nisso, em alemães, nossa Copa foi muito melhor que a da África do Sul, mas não foi, como organização, melhor que a de 2006.

Claro, da Alemanha se espera perfeição e a Alemanha esteve perto disso. Do Brasil esperava-se uma catástrofe e o Brasil ficou longe disso.

Contudo, na Alemanha não foram construídos elefantes brancos como os de Manaus, Cuiabá, Natal e Brasília, cujas contas jamais serão pagas a não ser que ocorra mais um milagre brasileiro.

Lá não morreram tantos trabalhadores, nem caiu viaduto com duas mortes, nem se desalojou tantas famílias, nem nada custou tanto a ponto de a nossa Copa ter superado o custo dos três últimos torneios e nenhum estádio foi invadido por torcedores como o Maracanã pelos chilenos. Tampouco faltou luz no jogo de abertura.

Esquecer tais fatos em nome da imagem externa é que é o verdadeiro vira-latismo, como se a aprovação estrangeira nos bastasse.

É verdade sim que o governo federal, um mês antes de a Copa começar, partiu em busca de empatar um jogo que perdia por 4 a 0 e que conseguiu vencer, digamos,por 6 a 5 — o que exige elogios ao ataque assim como críticas à defesa.

Ocorre que há quem queira fazer apenas elogios e outros que só desejam criticar, todos movidos ou por cegueira partidária ou por outros interesses.

Não se trata de negar o sucesso da Copa, mas de dizer que poderia ser melhor.Tudo, aliás, sempre pode ser melhor, por melhor que tenha sido.

Trata-se de não esquecer o quanto custou em vidas e dinheiro, em desalojamentos e atrasos, em remendos de última hora, uma porção de coisas para as quais os estrangeiros não estão nem aí, mas que devem preocupar os que estão aqui e que, enfim, pagarão a conta.

Porque outro legado da Copa é a consciência de que megaeventos são muito bons para quem os promove e para as celebridades que gravitam em torno,mas não são necessariamente bons para quem os recebe, razão pela qual será excelente se os próximos forem submetidos à consulta popular.

O turista que veio não se hospedou nos melhores hotéis nem comeu nos melhores restaurantes, preferiu albergues ou sambódromos, lanchonetes ou churrasquinhos de gato.

Até mesmo os aeroportos inconclusos (o de Brasília é simplesmente espetacular, registre-se) suportaram bem a carga,entre outras razões porque o movimento foi menor que o normal neste período.

Em resumo: o Brasil ganhou a Copa de virada e o resultado pode ser considerado excepcional, digno de comemoração para irritação dos vira-latistas.

Mas não foi de goleada como bimbalham os puxa-sacos.

Além do mais, se o jogo acabou para o mundo, segue correndo no nosso campo.
A um custo que ainda será mais bem apurado.

http://blogdojuca.uol.com.br/2014/07/copa-do-mundo-no-brasil-um-primeiro-balanco/