segunda-feira, 5 de março de 2012

Clima quente em BH: Aécio e Patrus disputam Lacerda



Clima quente em BH: Aécio e Patrus disputam LacerdaFoto: Divulgação

SENADOR AÉCIO NEVES (PSDB), QUE ARTICULOU COM FERNANDO PIMENTEL A CHAPA VITORIOSA DE MARCIO LACERDA (PSB) À PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, EM 2008, TROCA FARPAS COM O EX-MINISTRO PATRUS ANANIAS (PT), QUE QUER PSDB LONGE DA REELEIÇÃO; TUCANOS PRETENDEM TIRAR 13 PREFEITURAS DOS PETISTAS NO ESTADO

Por Agência Estado
05 de Março de 2012 às 19:28Agência Estado
As eleições municipais em Belo Horizonte levaram o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-ministro Patrus Ananias (PT-MG) a uma troca de farpas por causa do apoio à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Para o tucano, Patrus paga um "pedágio interno" por mudar de opinião e concordar em apoiar o socialista após rejeitar a aliança orquestrada por Aécio e pelo então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), para a primeira eleição de Lacerda, em 2008.
Após reunião do grupo Articulação, no fim de fevereiro, Patrus afirmou ser a favor do apoio ao candidato do PSB, mas que vai "trabalhar contra a aliança formal com o PSDB" por causa de "divergências históricas, profundas e de projetos de sociedade". Disse ainda que não divide palanque com Aécio por causa de "diferenças profundas" e porque nunca o viu "subindo as periferias, conversando com os pobres, realmente privilegiando as políticas públicas sociais".
"Nossos palanques são diferentes sim. O palanque do ex-ministro tem sido o palanque do ex-governador Newton Cardoso, do candidato Hélio Costa nas últimas eleições. Compreendo as declarações do Patrus, porque no momento em que ele muda de posição de forma tão vigorosa, de alguma forma paga um pedágio interno", declarou Aécio, em reunião hoje (5) com partidos aliados ao governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB).
O senador ainda alfinetou o petista dizendo que ele é bem vindo na aliança em torno de Lacerda por causa da história que o ex-ministro e ex-prefeito tem na capital, mas que deve ter "desprendimento" e "a humildade daqueles que se equivocaram no passado". "E a sucessão de equívocos tem sido uma marca das últimas decisões do ex-ministro Patrus", disse.
Embate
Para esquentar ainda mais o clima bélico entre PT e PSDB nas eleições municipais em Minas, representantes de oito partidos da base de Anastasia decidiram que a prioridade no pleito são alianças para conquistar 13 das principais cidades do interior do Estado que atualmente são comandadas por petistas: Alfenas, Betim, Contagem, Caratinga, Coronel Fabriciano, Varginha, Teófilo Otoni, Ubá, Formiga, Governador Valadares, Itaúna, Nova Lima e Pouso Alegre. Entre as legendas representadas no encontro realizado na sede do PSDB mineiro estavam partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, como PV, PTB, PR e PP, além de integrantes do DEM, PPS e PSD. O PDT também foi convidado a participar da reunião, mas ninguém da legenda compareceu.
O encontro serviu para definir estratégias eleitorais nos 50 maiores municípios do interior de Minas, mas o coordenador do grupo, o governador em exercício e presidente do PP mineiro, Alberto Pinto Coelho, confirmou que "o esforço maior será em cidades administradas pelo PT". Além dos 13 municípios que têm prefeitos petistas, os partidos também articulam alianças em Uberlândia, Ipatinga e Ribeirão das Neves, onde já estão confirmadas candidaturas de correligionários de Patrus. "Temos uma expectativa muito positiva de vitória em várias cidades hoje administradas pelo PT, seja na reunião metropolitana, seja na região leste do Estado. Há um conjunto de cidades onde a força dessa aliança pode nos trazer perspectivas fortes de vitória", avaliou Aécio.

Golpes de “Jack do Recife" ultrapassaram R$ 470 mil



Foto: Montagem PE247

ESTELIONATÁRIO QUE UTILIZAVA DOCUMENTO DE IDENTIDADE COM FOTO DO ATOR NORTE-AMERICANO TAMBÉM ABRIU UMA EMPRESA FICTÍCIA E LESOU UM ESTABELECIMENTO COMERCIAL NO RECIFE COM UMA SÉRIE DE CHEQUES SEM FUNDOS

05 de Março de 2012 às 17:29
Raphael Coutinho _PE247 – A conclusão, nesta segunda-feira (5), do inquérito que investigava os crimes de estelionato praticados por Ricardo Sérgio Freire de Barros, 41 anos, apontou que o “Jack Nicholson recifense” conseguiu aplicar, em apenas uma agência bancária, um golpe no valor de R$ 470 mil. Mas não foi só isso. Em outro local, um estabelecimento comercial, o suspeito passou quatro cheques sem fundo. Pelos crimes, Ricardo deverá cumprir 18 anos de prisão em regime fechado.
Segundo o delegado responsável pelo inquérito, o documento com a foto do artista e outra identidade falsa foram usados para abrir uma empresa fictícia. O passo seguinte foi abrir uma conta bancária. Depois, “Jack” usava o limite dos cheques e dos cartões de crédito para aplicar golpes.
Ainda de acordo com o delegado que investiga o caso, existe a possibilidade de outras pessoas terem sido vítimas do suspeito e que os lucros obtidos irregularmente serem bem maiores.
Ricardo foi preso na última semana dentro de uma agência bancária no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, tentando abrir uma conta com um documento falso. Os policiais chegaram até o suspeito após uma denúncia anônima. Com ele, foram encontrados diversas carteiras de identidade e, uma delas, estava com a foto do ator norte-americano Jack Nicholson, de 74 anos. Curiosamente, Ricardo em nada se parece com o consagrado artista.
Relembre o caso:

Lula vai receber antibióticos por 10 a 14 dias, diz médico


DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuará a ser medicado com antibióticos pelos próximos 10 a 14 dias, afirmou o médico Artur Katz. "Não obrigatoriamente esse período terá que ser no hospital", afirmou.
No domingo, Lula foi internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por causa de uma pneumonia.

Segundo o médico, a doença é efeito da baixa imunidade causada pelo tratamento contra o câncer na laringe.


"O tratamento ao qual o presidente fez é extraordinariamente pesado", afirmou. O tumor foi diagnosticado em outubro.

Katz disse que novos exames foram feitos para detectar a presença de tumores e nada foi encontrado. Segundo ele, porém, os exames não são conclusivos porque a radioterapia, terminada em 17 de fevereiro, ainda tem efeitos sobre o organismo do ex-presidente.

"O inchaço não permite uma avaliação adequada." O médico explicou que o ex-presidente sente incômodo para se alimentar.

De acordo com o médico, Lula não tem mais febre e está se sentindo bem. No entanto, ele afirmou que não há previsão de alta. "Seria precoce mandá-lo para a casa, por exemplo, hoje."

Os exames feitos hoje identificaram a doença, mas não se sabe qual foi o agente causador, que pode ser um vírus, uma bactéria ou um fungo.

Os médicos do ex-presidente também não estão permitindo visitas. Katz afirmou que a medida serve para dar um "descanso na corda vocal".

Os deputados petistas João Paulo (PE) e Jilmar Tatto (SP) tentaram encontrar o ex-presidente no hospital, mas foram impedidos. "Os médicos disseram que Lula passa bem. Está sem febre e tomando soro em companhia de dona Marisa", disse João Paulo.

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, tinha um encontro marcado com Lula para discutir o apoio do partido à candidatura do petista Fernando Haddad. A reunião, porém, foi cancelada.

Durante o tratamento, o ex-presidente manteve uma intensa agenda política. Só no hospital foram 34 encontros.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1057371-lula-vai-receber-antibioticos-por-10-a-14-dias-diz-medico.shtml 
Editoria de Arte/Folhapress

Baixarias e dossiês voltam a circular na internet após Serra lançar-se candidato




Hoje, José Serra ainda tem dois obstáculos formais a serem removidos para sua candidatura a prefeito de São Paulo pelo tucanato: são os outros pré-candidatos tucanos José Aníbal e Ricardo Tripoli, irredutíveis em exigir disputa pela candidatura no voto, via prévias, conforme resoluções partidárias.

No fim de 2009 andou circulando um email com um dossiê de uma suposta ex-assessora de José Aníbal com denúncias contra ele envolvendo sexo, poder e dinheiro. Por falta de provas documentais sobre as denúncias de interesse público, mesmo Aníbal sendo um tucano, nem "blogs sujos" (segundo José Serra) publicaram, afinal o assunto dava pauta mas faltava apuração para completar uma matéria. Poucos sites e blogs fizeram notas sobre o fato (como este e este). Com o tempo, talvez por Aníbal não se candidatar a cargos executivos, o assunto esfriou, sem despertar maior interesse em apurar.

Agora que José Serra entrou na disputa pela candidatura tucana, coincidentemente há relatos de que o dossiê contra Aníbal voltou a circular. O fato lembra a campanha presidencial de 2010 quando a "militância" serrista usou e abusou da boataria espalhando mentiras escabrosas contra Dilma.

http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2012/03/baixarias-e-dossies-voltam-circular-na.html

Haddad diz que PSB pediu um mês para decidir apoio



Haddad diz que PSB pediu um mês para decidir apoioFoto: ERNESTO RODRIGUES/AGÊNCIA ESTADO

"OBVIAMENTE EU SEI QUAL É A OPINIÃO DELE (CAMPOS) A RESPEITO DA SITUAÇÃO LOCAL, MAS ELE NÃO ME ANTECIPOU OS MOVIMENTOS QUE FARIA", DISSE O PRÉ-CANDIDATO DO PT À PREFEITURA DE SÃO PAULO

Por Agência Estado
05 de Março de 2012 às 18:37Agência Estado
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad afirmou hoje(5) que o presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, pediu ao PT cerca de um mês para definir o apoio dos socialistas na eleição municipal. Segundo Haddad, Campos não explicitou qual deve ser a decisão do seu partido. Campos, que também é governador de Pernambuco, já sinalizou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que preferia caminhar com o PT nas eleições paulistanas.
"Obviamente eu sei qual é a opinião dele (Campos) a respeito da situação local, mas ele não me antecipou os movimentos que faria. Temos que ter calma para aguardar os desdobramentos das discussões internas e respeitar os nossos interlocutores", afirmou. A conversa entre Haddad e Eduardo Campos ocorreu no final de semana, por telefone. Hoje pela manhã, Campos disse em São Paulo que não prometeu nenhum apoio ao pré-candidato petista.
Tempo de TV
Haddad admitiu que o tempo de televisão que o PT teria no primeiro semestre deste ano e que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fará falta em sua pré-campanha. "Isso está fazendo falta neste momento, sobretudo em função do meu perfil, o fato de eu estar estreando em uma eleição. Talvez eu seja o único estreante nas eleições municipais. Esse tempo vai nos faltar, mas isso já está dado, não há como contornar essa dificuldade", disse Haddad.
Ao mesmo tempo o petista minimizou a importância "absoluta" do tempo de TV. "Não sou daqueles que veem o tempo de TV como algo absoluto. Há aquele tempo mínimo a quem do qual você tem dificuldade de apresentar toda a sua plataforma. Mas o nosso objetivo é apresentar toda a plataforma e o tempo de TV tem que ser visto a luz do alcance da sua proposta."

Campos escapa, por ora, da polarização PT-PSDB



Campos escapa, por ora, da polarização PT-PSDBFoto: HELVIO ROMERO/AGÊNCIA ESTADO

DE PASSAGEM POR SÃO PAULO, PRESIDENTE NACIONAL DO PSB E GOVERNADOR DE PERNAMBUCO, EDUARDO CAMPOS, DIZ QUE ALIANÇAS DO PARTIDO AINDA NÃO FORAM FECHADAS; LIDERANÇAS PAULISTANAS PREFEREM SERRA, MAS HADDAD É OPÇÃO EM NÍVEL NACIONAL

Por Agência Estado
05 de Março de 2012 às 17:03Agência Estado
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, negou hoje que os diretórios estadual e municipal da legenda tenham fechado questão em torno da eventual aliança com o PSDB na cidade de São Paulo para as eleições de outubro, e garantiu que esta definição não sairá antes de junho - mês em que serão realizadas as convenções partidárias. "Este processo não se conclui antes de junho", disse, após participar de palestra na Associação Comercial de São Paulo. "Por que o PSB tem de tomar a decisão agora?", indagou.
De acordo com o líder do PSB, o partido está iniciando o processo de discussão sobre a política de alianças em São Paulo e minimizou a força de sua legenda na cidade, dizendo que ela não tem a força necessária para definir o quadro sucessório na Capital. Campos negou também que tenha feito acordo com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o partido apoie o pré-candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad. "Não tem nenhuma decisão preestabelecida em relação a nenhum município, nunca tratamos disso", argumentou.
O governador ressaltou que o PSB tem compromisso apenas com a própria sigla e não com outras legendas. "Quem decide o futuro do PSB é o próprio PSB", reforçou.
Eduardo Campos citou que a política de alianças de seu partido é debatida nas esferas municipal e estadual. E para os municípios com mais de 200 mil habitantes, a decisão precisa ser referendada pelo diretório nacional. Apesar dessa regra, ele negou que exista a intenção de uma intervenção futura em São Paulo, mesmo o partido sendo mais próximo dos tucanos no Estado, enquanto no âmbito nacional, estar mais próximo do PT da presidente Dilma Rousseff. "Ninguém vai impor a ninguém uma posição", frisou.
O governador de Pernambuco chegou ontem (04) a São Paulo e participou de um jantar com o prefeito da Capital, Gilberto Kassab (PSD). Nesta manhã, Campos deu palestra na Associação Comercial de São Paulo, acompanhado do secretário estadual de Turismo, Márcio França, também presidente do Diretório Estadual do PSB, do vereador Eliseu Gabriel, presidente do Diretório Municipal da legenda, além de lideranças do PSD, como Kassab, o vice-governador Guilherme Afif Domingos, e o ex-deputado federal Índio da Costa.
Juntos
O prefeito de São Paulo, que apoia a pré-candidatura do tucano José Serra, disse que torce para que o PSB e o PSD estejam juntos no mesmo palanque, mas que a decisão cabe aos pessebistas. "Eu não participo deste processo de alianças", explicou o prefeito. Kassab disse ainda que está focado na gestão da cidade e que o pré-candidato do PSDB à sua sucessão, José Serra, não pediu para que ele ajude nas negociações para o fechamento de alianças neste pleito. "Minha prioridade é administrar São Paulo. Não fiz essa articulação nem na minha campanha para a reeleição, se ele (Serra) pedir, eu posso ajudá-lo, mas ele não pediu", disse o prefeito, que deixou o prédio da Associação Comercial para almoçar com Eduardo Campos.
Presidente estadual
O presidente do Diretório Estadual do PSB e secretário estadual do Turismo, Márcio França, admitiu que existe uma proximidade maior de seu partido com o PSDB em São Paulo, mas ressaltou que a política de alianças do partido passará pelo referendo do presidente nacional da sigla, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. "O que é certo, é que nossa posição nunca será contrária à do governador Eduardo", afirmou. E lembrou que nos últimos anos nunca houve um processo de intervenção do Diretório Nacional nas instâncias inferiores. "Não é tradicional no partido esse tipo de procedimento", complementou.
O líder do partido no Estado disse, por várias vezes, "que a opinião do governador evidentemente conta", mas que no quadro atual, a sigla caminha ao lado dos tucanos. "O certo é o seguinte: a convivência vai aproximando as pessoas e hoje a gente está convivendo com o PSDB, por conta do governo (Geraldo Alckmin)", afirmou França.
Segundo o secretário de Turismo do governo paulista, antes da entrada de José Serra na disputa, o partido já havia ponderado com Alckmin a possibilidade de não se aliar naturalmente com os tucanos na Capital. "Na época, foi dito ao governador Geraldo Alckmin de todas as nossas dificuldades, caso fosse o ex-governador José Serra o candidato. Que a eleição seria muito nacionalizada", recordou.
França ponderou que o PSB vem costurando alianças tanto com os tucanos quanto com os petistas em todo o Estado. "O quadro estadual hoje está numa engenharia com mais de 50 cidades importantes, a maioria com o PSDB. Mas, temos também relações duradouras com o PT em cidades da Grande São Paulo e do ABC", explicou.
O líder pessebista disse que cumpre uma função política no governo Alckmin e que não teria dificuldade em deixar a administração estadual, caso o seu partido venha a apoiar o pré-candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad. "Naturalmente que eu criei com o governador (Alckmin) uma relação de proximidade política, pela convivência e não vou constrangê-lo e nem ficar constrangido", afirmou.
Na mesma linha do que havia afirmado mais cedo o governador Eduardo Campos, França destacou que os diretórios estadual e municipal da sigla não definiram, ainda, quem o partido pretende apoiar neste pleito, nas eleições pela Prefeitura da Capital. "O quadro estadual e municipal ainda está em processo de evolução", justificou. E revelou que tem simpatia pessoal por Haddad, mas que a situação do PSB hoje é de maior proximidade com os tucanos. "Se for por uma tendência local, o que posso mensurar hoje é uma posição pró-PSDB".
Questionado se o partido estaria disposto a negar apoio ao candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, França disse que nem sempre PSB e PT caminharam juntos. "Muitas vezes, a gente pode estar juntos em eleições, mas eu ressalto que a gente não está junto em outras tantas eleições". Para o pessebista, apesar do respeito "ao craque Lula", ele acredita que o ex-presidente saberá respeitar uma posição contrária do PSB. "Ele vai compreender, do mesmo jeito que muitas vezes a gente pediu coisas para ele, que ele não pôde ceder."

Os posts do juiz que condenou Lúcio Flávio Pinto



Por Hugo Merces

Veja o que o juiz que condenou Lúcio Flávio Pinto postou no Facebook

O juiz Amílcar Roberto Bezerra Guimarães, que atualmente responde pela 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Pará, foi o responsável pela condenação do jornalista Lúcio Flávio Pinto em 2006, quando substituiu, por um dia, o juiz responsável pelo caso que envolve denúncias de grilagem contra o empresário Cecílio do Rego Almeida.
Agora, provocado pela declaração de suspeição a todo o TJE-PA feita por Lúcio Flávio, em meados de fevereiro, quando decidiu não mais recorrer da sentença indenizatória, e pela campanha empreendida em apoio ao jornalista, o senhor Amílcar Guimarães escreveu os seguintes textos em sua página no Facebook. Nem é preciso dizer muito sobre esse episódio lamentável, pois os textos falam por si:
p>Post 1: “O jornalista Lúcio Flávio Pinto ofendeu a família Maiorana em seu Jornal Pessoal. Aí o Ronaldo Maiorana deu-lhe uns bons e merecidos sopapos no meio da fuça, e o bestalhão gritou aos quatro cantos que foi vitima de violência física; que a justiça não puniu o agressor etc..,.
Mais tarde, justa ou injustamente, o dito jornalista ofendeu o falecido Cecílio do Rego Almeida. A vítima, ao invés de dar o…s sopapos de costume, como fez o Maiorana, recorreu CIVILIZADAMENTE ao judiciário pedindo indenização pela a ofensa.
Eu fui o juiz da causa e poderia ter julgado procedente ou improcedente o pedido, segundo minhas convicções.
Mas minha decisão não valia absolutamente nada, eis que a lei brasileira assegura uma infinidade de recursos e o juiz de primeiro grau nada mais faz do que um projeto de decisão que depende de uma série de recursos a ser confirmada pelos Tribunais.
Tomei uma decisão juridicamente correta (confirmada em todas as instâncias), mas politicamente insana: condenei a irmã Dorothy do jornalismo paraense em favor do satanás da grilagem.
Aí o jornalista faz um monte de insinuações; entre elas de que fui corrompido etc…
Meu direito de errar, de graça ou por ignorância, não foi respeitado. A injustiça tinha necessariamente que resultar de corrupção, não é Lucio?
Detalhe, é que a condenação foi ao pagamento de R$- 8.000,00, de maneira que se eu tivesse sido comprado seria por um valor, imagino, entre 10 e 20% do valor da condenação.
Isto é o que mais me magoa; isto é o que mais me dói: um magistrado com a minha história; com o meu passado, ser acusado por um pateta como LFP de prolatar uma sentença em troca de no máximo R$- 1.600,00.
Pensei em dá-lhe uns sopapos, mas não sei brigar fisicamente; pensei em processá-lo judicialmente, mas não confio na justiça (algo que tenho em comum com o pateta do LFP).
Então resolvi usar essa tribuna para registrar o meu protesto.
Mas se o Lúcio for realmente MACHO e honrar as calças que veste, esta desafiado para resolver nossas pendências em uma partida de tênis.
Escolha a quadra, o piso, as bolas, o local, data e hora,
CANALHA!!!!! “
Post 2: “Eu quero me aposentar. bem que esse otário do LFP poderia fazer uma recamação no CNJ. Juro que não me defento e aceito a aposentadoria agora. Me ajuda, babaca!!!!!!”
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-posts-do-juiz-que-condenou-lucio-flavio-pinto

FHC: diferenciar concessões de privatizações é ‘oportunismo eleitoral’, que leva ao ‘debate tolo’


Fernando Henrique Cardoso veiculou nas páginas deste domingo um artigo sobre os leilões em que o governo de Dilma Rousseff levou ao martelo três dos maiores e mais movimentados aeroportos do país: Guarulhos, Campinas e Brasília.
No texto, o ex-mandarim da Era tucana como que saboreia a rendição do petismo ao receituário que antes criticava.
A íntegra da peça de FHC, intitulada ‘Ainda as Privatizações’, pode ser lida aqui. Vai abaixo o aperitivo de três parágrafos –os dois primeiros e o último:
As recentes e tardias decisões do governo federal de enfrentar o péssimo estado da infraestrutura aeroportuária deram margem a loas por parte de quem conhece a precariedade de nossos aeroportos e a justificativas envergonhadas por parte de dirigentes petistas segundo os quais ‘concessões’ não são ‘privatizações’, como se ambas não fossem modalidades do mesmo processo.”
“Passados tantos anos das primeiras privatizações de empresas e concessões de serviços públicos e dada a sua continuidade em governos controlados por partidos que se opunham ferozmente a elas, a relevância ideológica da discussão é marginal. Só o oportunismo eleitoral pode explicar porque insistem em um tolo debate que sustenta ser ‘patriótico’ manter sob controle estatal um serviço público, ao passo que concedê-lo à iniciativa privada, com ou sem a venda da propriedade, é coisa de ‘entreguista’.”
[...]
“Os que criticam as privatizações são os mesmos que se gabam dessas empresas e de sermos hoje a quinta economia do mundo. Esquecem-se de que isso se deve em muito ao que sempre criticaram: além das privatizações, o Plano Real, o Proer, à Lei de Responsabilidade Fiscal, enfim, a modernização do estado e da economia. Mas, atenção: não basta fazer concessões e privatizar. É preciso fazê-las com critérios pré-definidos, elaborar editais claros, exigir que se cumpram as cláusulas das licitações e evitar que as agências reguladoras se transformem em balcões partidários. Esperemos para julgar o que ocorrerá com os aeroportos.

Eduardo Campos, amigo de Lula, chega a SP e encontra seu PSB acomodado no colo de Serra


Governador pernambucano e presidente do PSB federal, Eduardo Campos voou da sua Recife para a capital paulista na tarde deste domingo (4). No oficial, sua agenda prevê apenas uma palestra. Ocorrerá na Associação Comercial de São Paulo, nesta segunda (5). Versará sobre o modelo de gestão adotado em Pernambuco.
No paralelo, Eduardo vai tratar de três temas: José Serra, Fernando Haddad e a encruzilhada em que meteu o PSB. Se lhes fosse permitido decidir, os dirigentes locais do partido fechariam com Serra. Mas o PT dá de barato que o governador vai usar sua autoridade de dirigente nacional para impor o apoio a Haddad.
Eduardo reuniu-se na noite passada com Márcio França, presidente do PSB estadual e secretário de Turismo do governo tucano de Geraldo Alckmin. Terminado o encontro, o blog contactou Márcio. Deu-se pouco depois da meia-noite. E então?, quis saber o repórter.
“Ficamos de conversar mais amanhã”, limitou-se a dizer Márcio, empurrando a perspectiva de resolução do impasse para esta segunda. Será um dia movimentado para Eduardo. No fim das contas, a palestra na Associação Comercial, compromisso oficial, tornou-se mero etcétera das encrencadas conversas paralelas.
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Se os médicos permitirem, Eduardo pretende avistar-se com o amigo Lula, às voltas com nova internação no Hospital Sírio Libanês. De resto, é assediado por dirigentes do PT, pelo colega Alckmin e por Gilberto Kassab, espécie de embaixador de Serra nas negciações com o PSB.
A novela do PSB-SP foi resumida em texto veiculado aqui na semana passada. No estágio atual, pode ser resumida em dois lances: 1) Seduzido por promessas de Kassab e por acordos com Alckmin no interior do Estado, o PSB está no colo de Serra. 2) Para tornar-se credor de Lula, Eduardo terá de negar-se a si próprio.
Cinco dias atrás, Eduardo Campos dissera o seguinte à repórter Ângela Lacerda: “Não é tradição do PSB fazer nenhuma intervenção, nunca houve isso na nossa história. Acredito que a direção municipal e a direção estadual do PSB de São Paulo vão conduzir esse processo com tranquilidade.”
O mandachuva do PSB acrescentara: “Sair das minhas funções de presidente nacional do partido para discutir cada eleição de capital e de municípios com mais de 200 mil eleitores não seria uma tarefa possível.” O diabo é que, em política, o vocábulo ‘possível’ está contido no ‘impossível’.

Após trocar Haddad por Serra na capital, Kassab se achega a candidato de Lula em São Bernardo



Prefeito de São Paulo e presidente do PSD federal, Gilberto Kassab não se farta de dizer que seu compromisso na sucessão da capital paulista é com o tucano José Serra, não com o PSDB. Como que decidido a demonstrar que fala sério, Kassab achega-se ao PT em vários municípios do interior de São Paulo.
No tricô de Kassab com o petismo, o ponto que chama mais atenção é o apoio do PSD ao prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, que vai às urnas de 2012 como candidato à reeleição. Na expressão de um líder do PT, o acerto está “consolidado”.
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Marinho não é um petista qualquer. Ex-presidente da CUT, mantém com Lula uma relação do tipo unha e cutícula. No governo do amigo, ocupou dois ministérios: o do Trabalho e o da Previdência. Hoje, é visto como a principal aposta de Lula para a sucessão estadual de 2014, contra as pretensões reeleitorais de Geraldo Alckmin.
Quer dizer: depois de roer a corda que estendera para Lula na capital, trocando o flerte com o petista Fernando Haddad pelo apoio ao tucano José Serra, Kassab se recompõe com o ex-soberano no seu berço sindical e político. De quebra, alimenta uma cobra cujo principal objetivo é picar Alckmin daqui a dois anos.
Como se fosse pouco, Kassab exibe seus pendores de homem-elástico da política noutras praças. Entre elas, Osasco. Ali, o aliado de Serra negocia o apoio do seu PSD à candidatura municipal do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, um petista que frequenta o processo do mensalão na condição de réu.

Está provado: Demóstenes defende cachoeira



Está provado: Demóstenes defende cachoeiraFoto: Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL_Divulgação

DIÁRIO DA MANHÃ DESTACA PROJETO DO SENADOR DEMÓSTENES TORRES (DEM/GO) DE RESORT NO ARAGUAIA, COM IMAGEM DE CASCATA; É UM JEITO IRÔNICO DE ROMPER A CENSURA; EM ENTREVISTA AO POPULAR, SENADOR DIZ QUE NÃO PODE SER CONDENADO POR SER AMIGO DE CARLOS CACHOEIRA E DESTACA QUE A IMPRENSA IGNORA A ASSUNTO

05 de Março de 2012 às 11:01
247 – Quando havia censura nas principais redações brasileiras, o jornal Estado de S. Paulo ganhou notoriedade ao publicar versos de sonetos de Camões, no espaço onde as reportagens eram cortadas pelos censores. No Brasil, a censura acabou, mas nem tanto. Jornais regionais nem sempre podem noticiar com total liberdade o que ocorre na política local. Talvez seja este o caso do Diário da Manhã, de Goiânia, que tem sido tímido na cobertura da Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlos Cachoeira e ainda poderá dissecar sua surpreendente influência na máquina pública de Goiás – tanto na segurança pública como na área econômica.
No entanto, mesmo sem destacar as estripulias do senador Demóstenes Torres (DEM/GO), amigo do peito do bicheiro, e do governador Marconi Perillo, do PSDB, que franqueou a máquina do Estado ao contraventor, o Diário da Manhã publicou hoje uma primeira página com fina ironia. Ela destaca um projeto do senador Demóstenes Torres de um parque no Araguaia, com uma foto de uma cachoeira ao lado. Às vezes, como dizem os publicitários, uma imagem vale mais do que mil palavras.
Mais audacioso na cobertura, o jornal “O Popular” publicou uma entrevista com Demóstenes. Nela, o senador diz que “não pode ser condenado por uma amizade” e comemora o fato de o escândalo não estar recebendo a cobertura adequada de veículos como Folha, Globo e Estadão. Leia, abaixo, a entrevista do senador que trocou 298 telefonemas com o bicheiro, a quem chamava de “professor”:
“Desafio qualquer um a apresentar qualquer prova”
As investigações da Operação Monte Carlo mostram, conforme o publicado ontem pelo jornal Correio Braziliense, que o senador Demóstenes Torres (DEM) conversou 298 vezes com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, por telefone, entre fevereiro e agosto de 2011. Em entrevista ao POPULAR, Demóstenes afirmou que as ligações foram motivadas pela separação de seu suplente, Wilder Morais, cuja mulher foi viver com Carlinhos Cachoeira. Ele diz que superará desgastes políticos.
Caio Henrique Salgado04 de março de 2012 (domingo)
As transcrições feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram que o senhor falou diariamente com Carlinhos Cachoeira entre fevereiro e agosto de 2011. O senhor sempre manteve esse contato próximo com ele?
Apenas mais recentemente por eu ser amigo do Carlinhos e do meu suplente Wilder Morais e a questão da separação da mulher dele (que foi viver com Cachoeira).
As investigações também mostram que o senhor chama Carlinhos Cachoeira de professor.
Eu chamo todos dessa maneira. Eu chamo (governador) Marconi Perillo de professor, o (presidente do Senado) José Sarney (PMDB-AP). Se você for meu amigo, também vou lhe chamar de professor. Eu chamo qualquer pessoa dessa forma. Quem me conhece, sabe disso.
O senhor acha que essa repercussão em torno da amizade entre vocês prejudica sua carreira política?
Só há repercussão em Goiás, em alguns veículos, e só no Correio Braziliense. Fora disso, a coisa já está superada.
Então, o senhor não teme desgastes políticos?
É claro que vai haver desgastes na minha imagem política, mas eu tenho certeza que vai preponderar o seguinte: eu fui relator dos maiores projetos do Brasil e poderia, por exemplo, ter recebido propina das teles para evitar lesão às empresas interessadas (durante a tramitação da proposta que regulamentou, em 2011, o ingresso das empresas de telecomunicações no mercado de TV a cabo). Muita gente do Congresso levou dinheiro. Inclusive goianos. E eu não levei nada. Fiz republicanamente. Eu não faria nada que pudesse desonrar minha família e os goianos. Eu não posso ser condenado por uma amizade. Eu desconhecia a atividade paralela dele e estou absolutamente tranquilo. Sei que o momento é de desgaste, mas, no decorrer de tudo, vai ficar provado que não houve nada. Eu desafio qualquer um a apresentar qualquer prova contra mim. Lamento, o momento é de desgaste, mas vou provar que não fiz nada. Vou provar que sou honrado.
O senhor fará pronunciamento sobre isso no Senado?
Eu vou conversar com os colegas. Não há qualquer possibilidade de eu não mostrar para a Casa o que aconteceu.