quinta-feira, 23 de junho de 2016

Se o PT e lideranças petistas ainda são alvos da Lava Jato, significa que Moro não tem provas contra Lula.


A Lava Jato está em sua trigésima primeira fase e continua avançando sobre pessoas e empresas, numa confissão clara de que não tem provas para mandar prender Lula. São quase uma centena de delatores, quebras de sigilos fiscal, bancário, telemático e telefônico, grampos ilegais e ainda não conseguiram reunir um conjunto de provas que justifiquem pelas vias do processo legal a prisão de Lula.

As críticas pipocam de todos os lados, denunciando os abusos, o arbítrio de um juiz que se adonou da República, se julgando acima das leis e da constituição e que já causou um enorme prejuízo em termos econômicos, com desemprego em massa, quebra de empresas, desgaste da imagem do Brasil mundo a fora, merecedor do prêmio "medalha de ouro" em corrupção, insígnia "gentilmente" ofertada pelo New York Time, para o regozijo dos membros da força tarefa da Lava Jato que não saem da ponte aérea Brasil/E.U.A e lá se apresentam para prestar satisfação de como sua investigação mergulhou o Brasil na mais gigantesca crise institucional da república, atingindo o ápice quando se deu o afastamento da presidenta constitucional para que um larápio assumisse em seu lugar.

Até o programa nuclear brasileiro que é uma questão de segurança nacional e que juiz algum nos E.U.A se atreveria meter o nariz, se lá houvesse a mais fundamentada suspeita de corrupção que justificasse a abertura de uma investigação, está sendo investigado.

Em nome de que interesses só podemos imaginar, considerando as tentativas recentes do governo dos E.U.A de forçar a AIEA ( Agência Internacional de Energia Atômica ) a fazer "uma inspeção completa no processo brasileiro de enriquecimento de urânio em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, por desconfiar de que as centrífugas tenham sido compradas clandestinamente no Paquistão, conforme informou a um jornal paulista um ex-funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos."

Só falta Moro usar das suspeitas do governo dos E.U.A e mandar investigar se as centrífugas não foram mesmo compradas ilegalmente no Paquistão, como alega a AIEA, testa de ferro dos interesses dos E.U.A.

Sabe-se lá se a força tarefa de fato assumiu essa suspeita e a investiga, uma vez que tais investigações correm em segredo de justiça? Não seria nada surpreendente se mais tarde tudo ficasse a descoberto e as intenções ocultas de interferir numa questão de segurança nacional que incomoda o mundo, haja vista ser o Brasil um dos poucos a está no clube seleto de países que desenvolveram tecnologia que permite dominar todo o ciclo de enriquecimento do Urânio, se revelasse em confirmação, de que as investigações se iniciaram baseadas nas suspeitas de uma agência internacional que milita contra os interesses do Brasil, na questão da energia atômica, camufladas pelo disfarce de que a origem é o esquema Petrobras.  Isso não é nada duvidoso. Sobretudo, diante das constantes visitas desses procuradores aos E.U.A.

O fato é que a Lava Jato prendeu o cientista chefe que coordena o programa nuclear brasileiro e volta a fazer o cerco a pessoas próximas, que têm relações estreitas, politicamente falando, com o ex presidente Lula, para com as prisões realizadas na trigésima fase da Lava Jato, forçar delações, afim de se obter provas que confirmem que Lula é o grande chefe da quadrilha que tomou de assalto a Petrobras.

Se após dois anos de lava Jato, o PT e lideranças petistas ainda são alvos dessa operação, significa que os investigadores não conseguiram as provas de que desesperadamente buscam para prender Lula, em que pese a infinidade de delatores e de delações que mais complicam não Lula, e sim Aécio e que tais.

Moro volta a jogar pedras na "Geni", depois de encontro com ministro da justiça do golpista Michel Temer





A senhora da foto, é cunhada de Vaccari, ex tesoureiro do PT e que está preso a quase um ano. O nome dela é Marice Corrêa de Lima, foi presa em uma das fases da Lava Jato porque a filmagem de uma agência do Banco Itaú, a teria gravado sacando dinheiro num caixa eletrônico que para Moro era prova de recebimento de propina.

Ocorre que a imagem divulgada para todo Brasil pela imprensa, com destaque para o indefectível Jornal Nacional que dedicou quase toda sua edição ao escracho de Marice, tratada como se fora uma bandida de alta periculosidade, não era dela, mas da irmã, esposa de Vaccari, Giselda Rousie de Lima.

Marice foi presa por um erro de Sérgio Moro, teve o nome difamado em todo Brasil e depois foi solta sem nenhum pedido de desculpa e por isso ficou.

Marice nunca tinha recebido uma intimação para prestar depoimento e mesmo assim foi presa preventivamente e por engano. Até hoje amarga a decepção de ter sido presa pela PF, transportada num dos voos da PF para Curitiba, sem nada dever a justiça. Um escárnio, o mais infamante vilipêndio.

Já a mulher de Eduardo Cunha comprovadamente recebeu milhares de dólares em suas contas bancárias, produto de um esquema de corrupção sobejamente conhecido e fartamente documentado e apesar de Moro tentar intimá-la por duas vezes, não conseguiu encontrá-la, no entanto, nenhum mandato de condução coercitiva foi expedido para levá-la à força à presença de um delegado, continuando solta sem ser incomodada.

Esse tratamento privilegiado dado a mulher de Cunha ao qual Marice não teve direito, assim como dezenas de acusados que foram conduzidos coercitivamente sem jamais receber uma intimação para prestar depoimento, inclusive o ex presidente Lula que foi preso ilegalmente por várias horas num aeroporto de São Paulo, expõe a seletividade da operação.

Mostra que a Lava Jato é uma operação política, comandada pelo Ministério Público, pela PF e por Sérgio Moro, essa TROIKA que age coordenadamente com um alvo previamente escolhido, cujo desfecho final será a prisão do ex presidente Lula, pretextando combater a corrupção, numa conspirata que foi decisiva para o afastamento da presidenta Dilma que deu lugar a uma malta de bandidos, alojada na presidência para saquear e desmontar o Estado nacional.

Temos aí os efeitos colaterais da Lava Jato que puseram a descoberto toda sujeira do mundo político em geral, desnudando velhos e podres esquemas que funcionaram em todos os governos e que ainda estão em andamento e não acabarão, contra à vontade da TROIKA que pretendia investigar, acusar, prender e condenar somente petistas, mas por falta de competência para encontrar provas, se utilizou de métodos nada convencionais de mandar prender para obter confissões que, pelo excesso de delatores e delações, não podia, embora tentasse inúmeras vezes, impedir que viesse à tona, o envolvimento de políticos fora do alvo investigado, o PT, escancarando de vez a seletividade e os objetivos ocultos dessa força tarefa que atropelada pelos fatos foram revelados.

Coincidentemente quando vozes se erguem pelo fim da Lava Jato e a imprensa que antes a tudo coonestava, mas que agora começa a cobrir a operação com um viés de crítica, porque a continuidade dessa operação ameaça o governo golpista de Temer, dado o envolvimento do governo interino com os esquemas de corrupção investigados, e o PGR Rodrigo Janot tem sua atuação duramente condenada pelos abusos cometidos, ameaçado de sofrer um processo de impeachment pelo senado, com o foco concentrado no PMDB, Moro deflagra mais uma fase da operação Lava Jato, contra a Geni de antes, o PT, depois de ter se encontrado no dia anterior com o ministro da justiça do golpista Michel Temer.

É um jogo de cartas marcadas tão descarado que nem é preciso desenhar.