terça-feira, 2 de agosto de 2011

Parem a matança!

 



1/8/2011, Alla Korusun, New Eastern Outlook
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu

Muammar Gaddafi resiste
Temos de reconhecer que nem todos os governantes africanos são covardes. O coronel Gaddafi, da Líbia, não se assustou com ameaças de EUA e OTAN. Não abandonou o país em busca de lugar sossegado onde se esconder e esconder a família.

O mais ignorante dos africanos já aprendeu, hoje, que ao tentar impor alguma ‘democracia’ na África, os EUA só fazem impor o próprio domínio para, em seguida, cuidar de resolver seus problemas de energia; e, também, porque interessa aos EUA bloquear a expansão econômica dos chineses que lançam olhos para o continente africano.

Ninguém pode não ver que, diferente de muitos outros governantes em todo mundo, Gaddafi nunca esqueceu as promessas que fez aos líbios. Gaddafi fez mais pela integração dos países africanos que toda a ONU. Sempre trabalhou para fazer da África interlocutor capaz de conversar em pés de igualdade com o ocidente colonizador e branco. Seu esforço foi limitado pelos interesses paroquiais e excessos de corrupção de vários de seus assessores; e pela falta de visão política de outros. Mas hoje, quanto mais cresce a violência da agressão estrangeira à Líbia, mais os cidadãos africanos vão abrindo os olhos.

Hoje constroem barricadas na própria terra, mas amanhã, quando os lacaios de Tio Sam lhes derem as costas – porque quem ande à caça de dinheiro fácil solidariza-se, com a mesma facilidade com que dá as costas e trai – e forem deixados sozinhos, entregues às suas misérias econômicas, sociais e políticas, os povos africanos, embora tarde e por mais tarde que seja, com certeza se levantarão contra os “patrões” europeus e norte-americanos. E outra vez o mundo estará às voltas com mais guerras.

O problema será deixado aqui às nossas portas, para que a África resolva. E o Tio Sam esconder-se-á, fugindo da terrível ameaça para o outro lado do Oceano Atlântico, de onde continuará a enviar mercenários, armas, aviões e explosivos para sua cabeça-de-praia afroeuropeia.

Mais cedo ou mais tarde – tarde demais, como sempre – os EUA e seus satélites sairão da África, como sempre saem, como saíram do Vietnã, de Angola e do Afeganistão, sem dar ouvidos à condenação da comunidade internacional. E deixarão a Europa e a África a lamber as próprias feridas. E longe, bem longe, os EUA já se estarão preparando para recolher os lucros de mais uma (nova) guerra.

O neocolonialismo não acontecerá! Os países africanos não podem ser controlados ou pressionados! Os cidadãos africanos nunca o admitirão. E, não, não desejo para a África, que viu tantos homens e mulheres partir escravizados pelos oceanos, ter de relembrar aquele passado!

Não mencionei deliberadamente as várias fés religiosas, que já lutam ou em breve estarão lutando entre elas. Não são fator determinante, mas só até que os regimes que hoje governam os países africanos sejam obrigados a realinhar-se, a fazer algum “reset”, por artificial ou falso ou forçado que seja. O pretexto só superficialmente válido – a democracia – é “a pior forma de governo, exceto todas as demais que se tentaram” (Winston Churchill). Nesse caso, armas de precisão e bombas teleguiadas por GPS e laser são usadas como ferramentas de democratização.

Mas como já se vê, até as “bombas” mais confiáveis “erram” e matam civis inocentes. Se Muammar Gaddafi for morto, resolver-se-á talvez a questão de democratizar a Líbia e a África?

Mais dia menos dia, conheceremos a verdade dos novos pactos secretos de repartição do mundo. Haverá mais segredos revelados por atores como WikiLeaks, e não tenho dúvida de que haverá revelações sensacionais.

Europeus e todos os demais têm de entender que sua ‘democracia’ está pisando nos calos de muitos povos. Esses povos jamais esquecerão. Os povos têm memória muito mais longa que seus governantes. Relembrem o passado, cavalheiros. Considerem o futuro e parem imediatamente a matança!

Pode-se pôr fim à guerra com uma bandeira branca. E o primeiro a levantá-la pode ainda entrar para a história como verdadeiro pacificador e legítimo herói da democracia.

PR deixa bloco de apoio a Dilma no Senado

CATIA SEABRA
GABRIELA GUERREIRO

DE BRASÍLIA


Senadores do PR vão deixar o bloco de apoio ao governo federal no Senado depois da "limpeza" promovida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes --com o afastamento de pelo menos 24 integrantes da pasta que tem o partido em seu comando.

O líder do partido no Senado, Magno Malta (PR-ES), conseguiu o apoio dos outros seis senadores da bancada para assinarem documento que formaliza o desembarque.



O último a aderir ao documento, senador Clésio Andrade (PR-MG), cedeu aos apelos de Malta e assinou o documento no final desta tarde. Depois de receber ligação do líder, Andrade aceitou aderir à decisão.

O documento contraria decisão do PR de reunir seu comando nacional para tomar a decisão conjuntamente. A expectativa era que a executiva nacional da sigla se reunisse nesta semana para deliberar sobre as consequências das demissões no Ministério dos Transportes no partido.

Malta disse que "não faz sentido" ao PR continuar no bloco do governo sem ter forças para ser ouvido na Casa. "Vamos continuar na base [de apoio ao governo] porque eu acredito na Dilma. Mas vamos sair de bloco. Para que bloco? Não quero concordar com o execramento público de inocentes que estão sendo arrastados para o esgoto porque alguns estão se fazendo de paladinos da moralidade."

O senador Blairo Maggi (PR-MT) cobrou da presidente a mesma postura "dura" adotada com o PR em relação as outros partidos que ocupam ministérios acusados de corrupção.

"Depois do PR, já dois partidos sofreram denúncias e nada foi feito. Por que só o PR? Eu espero por parte da Presidência o mesmo tratamento que foi dado ao PR: a mesma rapidez, o mesmo jeito. Que afaste as pessoas,veja se há problema ou se não há e traga de volta aqueles que não tem problema algum."

O senador devasso de Minas que nunca permitiu uma CPI em seu governo diz que CPI é um instrumento democrático, mas para investigar o governo Dilma o governo corrupto dele não

Oposição consegue assinaturas para instalar CPI da Corrupção


GABRIELA GUERREIRO
CATIA SEABRA

DE BRASÍLIA


A oposição conseguiu o apoio de 27 senadores para instalar a CPI da Corrupção com o objetivo de investigar irregularidades no Ministério dos Transportes e em outras pastas.

O senador governista Reditario Cassol (PP-RO), suplente de Ivo Cassol (PP-RO), foi o último a assinar o pedido do PSDB para que a comissão seja instalada.



O líder do PSDB na Casa, Alvaro Dias (PR), disse que vai protocolar ainda nesta terça-feira o pedido de instalação da CPI. Para que a comissão seja instalada de fato, nenhum dos 27 senadores que assinou o pedido pode retirar a sua assinatura.

Dias reuniu as últimas quatro assinaturas ao longo do dia. Além de Cassol, também assinaram o pedido os governistas João Durval (PDT-BA), Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Zezé Perrella (PDT-MG).

"A presença de um senador sob suspeita [o ex-ministro Alfredo Nascimento] é recomendação para que se instale a CPI. A prioridade da oposição é insistir na criação da comissão. Há justificativas sobrando para que ela seja instalada", afirmou Dias.

Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), há um "tsunami" de denúncias no governo que justificam a instalação da CPI no Senado. Além das denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, a oposição quer usar a comissão para apurar denúncias em outras quatro pastas do governo.

"CPI é um instrumento democrático. Sabemos das nossas limitações diante da maioria do governo, mas estamos em busca de novas assinaturas", afirmou Aécio.

O traficante Nem é o anfitrião das celebridades, com "as bênçãos" de Beltrame


Reprodução da capa do jornal O Dia
Reprodução da capa do jornal O Dia


O secretário José Mariano Beltrame poderia esclarecer à imprensa por que continua valendo sua ordem de que a polícia está proibida de entrar na Rocinha? Como já mostrei no blog, há dois anos policiais civis estavam em São Conrado, com todas as informações e prontos para prender Nem, mas veio ordem de Beltrame de que era para abortar a operação.

Uns dizem que a proibição de Beltrame é por motivos políticos, já que quem herdou os votos da Rocinha, que eram do vereador ligado ao tráfico Claudinho da Academia (já falecido) foi o líder do PMDB na ALERJ, André Lazaroni, que tem o apoio de Nem. Outros dizem que é porque Cabral quer preservar a imagem de artistas e celebridades que freqüentam os bailes de Nem. Aliás, o Rio de Janeiro com tantas boates de alto nível, gostaria de saber por que essas celebridades gostam tanto dos bailes do Nem? Por que será? Mas há outras versões que misturam essas duas citadas acima com outras muito mais graves.

Policiais meus amigos dizem que desde que vigora a ordem de Beltrame para deixar o Nem em paz, todos os fins-de-semana daria para fazer uma edição inteira dessas revistas tipo “Ricos e Famosos”. É claro que muitos artistas e famosos vão na onda dos bailes da moda, mas que tem muita "gente boa" que vai lá por outros motivos, isso todo mundo sabe.

A pergunta que continua no ar é: Secretário Beltrame por que o senhor proibiu a polícia de fazer operações na Rocinha e o traficante Nem é intocável?


Em tempo: O mais irônico é que a ordem da PM é para proibir bailes funk nas comunidades, sob a alegação de que é um chamariz para a venda de drogas. Na Rocinha os bailes acontecem com “proteção policial”.

Nascimento nega acusações e reclama da falta de apoio do governo

DE SÃO PAULO

O ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes) afirmou nesta terça-feira (2), ao reassumir seu mandato no Senado, que, em momento algum, pediu ou determinou ação de que pudesse se arrepender.

"Venho aqui com a consciência tranquila. Nos mais de seis anos em que fui ministro, jamais houve um momento em que minha honra e minha lisura tenham sido questionadas. Em momento algum pedi ou determinei ação de que pudesse me envergonhar", disse.


"Como é possível agora ser submetido a julgamento desprovido de provas e de forma tão sumária?", questionou.

Nascimento disse ainda que renunciou ao cargo por não ter recebido apoio do governo. "Diante dos ataques violentos contra mim desferidos, não recebi do governo o apoio que me havia sido prometido pela presidente. Deixei o ministério para que aqui no Senado pudesse esclarecer os fatos e colocar o debate no devido lugar."

Ele afirmou que, quando assumiu o Ministério dos Transportes, a pasta não tinha credibilidade e destacou ter promovido a retomada dos investimentos.

O ex-ministro disse ainda sentir "profundo pesar" ao ver o nome de seu filho envolvido nas denúncias. Segundo ele, o crescimento da empresa de seu filho, que saltou de um capital inicial de R$ 50 mil para mais de R$ 50 milhões no ano seguinte, ocorreu foi decorrente da captação de recursos junto a terceiros.

"O meu filho não é ladrão, eu vou provar porque tenho toda a documentação, vou buscar a correção dessa injustiça que cometeram com meu filho."

Nascimento destacou ainda que os fatos colocados sob suspeição pela imprensa se deram no período em que ele não era ministro. "Deixei o comando da pasta em março de 2010, para lá voltei em janeiro deste ano, para dar continuidade ao trabalho."

"Não gerenciei nem executei o Orçamento de 2010. O ministério que deixei em 2010 é diferente do que encontrei no meu retorno."

MEDIDAS

Nascimento disse que todas as medidas tomadas por ele, como a suspensão de licitações e os afastamentos de auxiliares, foram combinadas com a presidente.

O ex-ministro destacou que sempre combateu irregularidades. "Jamais deixei de determinar investigações."

Ele ainda saiu em defesa de seu partido. "Eu não sou lixo, o meu partido não é lixo, nossos sete senadores não são lixo. Somos homens honrados e queremos que seja apurada, pelo menos, a minha participação como senador da República no Ministério dos Transportes."

"O Partido da República faz parte do processo de mudança conduzido pelo ex-presidente Lula e agora continuado pela presidente Dilma. Fomos o primeiro partido a apoiar a presidente Dilma. Dilma era a pessoa que reunia e reúne as qualidades necessárias para dar continuidade a esse projeto. Continuamos a apoiá-la, convencidos de que é isso o que esperam os nossos eleitores que nos depositaram seus votos e confiança."

Nascimento também defendeu a indicação de nomes pelos partidos. "É uma prática usual em nosso país, mas a aprovação dos nomes exige a aceitação pela Presidência."

"Em momento algum determinei a prática de atos lesivos aos cofres públicos ou agi em nome de interesses partidários. Peço encarecidamente à vossa excelência que promova as investigações cabíveis inclusive sobre a minha pessoa, para que eu possa me defender e receber do Judiciário o reconhecimento da minha inocência."

Lula Marques/Folhapress
O senador e ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, faz pronunciamento na tribuna do plenário do Senado para explicar denúncias

O senador e ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, faz pronunciamento na tribuna do plenário do Senado para explicar denúncias

A água não ia ficar mais barata em Uruguaiana?



A população de Uruguaiana foi surpreendida com a primeira conta d’água, após a privatização do serviço no município. Um dos argumentos utilizados pelo prefeito de Uruguaiana, Sanchotene Felice (PSDB), para defender o rompimento do contrato com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi que a privatização iria baratear a tarifa d’água em cerca de 14%. Não foi isso que uma parte considerável dos usuários viram nas suas contas. Muitos consumidores tiveram reajustes salgados que chegaram até 300% em alguns casos.
O jornal Cidade, de Uruguaiana, destacou assim a surpresa: “Foz mostra garras afiadas no primeiro faturamento”. Diante das inúmeras reclamações a respeito da tarifa, a empresa Foz do Brasil veio a público dar explicações. O jornal publicou as explicações da empresa:

Segundo a Foz, com a concessão dos serviços de água e esgoto em Uruguaiana, uma nova metodologia de cobrança passou a ser aplicada. O modelo atual segue os padrões de tarifa mínima de 10 m³ por economia, número referencial adotado na maior parte dos municípios brasileiros. Segundo a empresa, a nova estrutura tarifária estava prevista no edital de licitação e está também de acordo com as diretrizes da Lei 11.445 (Lei Nacional de Saneamento) que, em seu artigo 30, estabelece que a estrutura de cobrança dos serviços públicos de saneamento básico poderá levar em consideração a quantidade mínima de consumo “visando à garantia de objetivos sociais, como a preservação da saúde pública, o adequado atendimento dos usuários de menor renda e a proteção do meio ambiente”.

Os critérios para aplicação da estrutura tarifária têm como referência as características do imóvel: residencial social, residencial, público, comercial ou industrial. Para garantir um modelo de cobrança justo famílias de baixa renda, que possuam imóveis residenciais com financiamento público de 40m² e imóveis residenciais com 60m² de área construída e com seis pontos de água se enquadram na Tarifa Social. Para garantir um modelo de cobrança justo famílias de baixa renda, que possuam imóveis residenciais com financiamento público de 40m² e imóveis residenciais com 60m² de área construída e com seis pontos de água se enquadram na Tarifa Social.
Dadas as explicações, cabe perguntar: a água não ia ficar 14% mais barata conforme promessa feita pelo prefeito Sanchotene Felice?

http://rsurgente.opsblog.org/2011/08/01/a-agua-nao-ia-ficar-mais-barata-em-uruguaiana/

Senado dos EUA aprova pacote e evita temido calote

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que corta US$ 917 bilhões em gastos e eleva o teto da dívida para US$ 15,2 trilhões --evitando assim um calote da dívida pública americana.

O projeto já foi aprovado na véspera pela Câmara dos Deputados americana. Ele segue agora para a Casa Branca, onde o presidente Barack Obama prometeu assiná-lo imediatamente.

A votação ocorreu nas últimas horas antes do prazo final dado pelo Tesouro americano, meia-noite desta terça-feira. A partir desta data, o governo já não podia garantir o pagamento aos investidores dos juros sobre seus títulos. O governo também poderia deixar de pagar gastos correntes, como os beneficiários da Seguridade Social, além dos benefícios dos veteranos de guerra e empresas que trabalham para o governo.

Associated Press
Imagem retirada de vídeo mostra a votação do pacote anticalote no Senado; 76 votos a favor e 24 contra
Imagem retirada de vídeo mostra a votação do pacote anticalote no Senado; 76 votos a favor e 24 contra

O plano não agradou parte da ala democrata, mas contava com o endosso do líder da maioria, o democrata Harry Reid, e do líder republicano Mitch McConnell. Ele foi aprovado por 74 votos a favor e 26 contra --eram necessários 60 votos para a aprovação.

O projeto é fruto de um acordo entre republicanos e democratas, alcançado após meses de intenso debate e especulação no mercado financeiro.

O projeto eleva o teto da dívida em US$ 900 bilhões, dos atuais US$ 14,3 trilhões para US$ 15,2 trilhões. Era uma exigência dos republicanos, maioria na Câmara dos Deputados, que cada dólar da elevação do teto fosse compensado com cortes de gastos.

Deste dinheiro, US$ 400 bilhões podem ser emprestados imediatamente --o que garantiria os ameaçados benefícios sociais e empresas que prestam serviços para o governo. Outros US$ 500 bilhões serão liberados até fevereiro.

Outro US$ 1,2 trilhão em novos cortes deve ser proposto por um comitê bipartidário até o Dia de Ação de Graças, em novembro deste ano.

Apesar do complexo debate no tema, a elevação do teto da dívida é algo corriqueiro nos Estados Unidos. Neste ano, contudo, a decisão foi contaminada pela campanha das eleições gerais de 2012, nas quais Obama tentará a reeleição.

O plano não agradou a todos os republicanos (que viram os cortes como muito modestos), nem todos os democratas (que viram os cortes como muito amplos).

O problema, contudo, vai muito além das questões partidárias. Sem a elevação do teto da dívida, funcionários da administração Obama previam danos graves à economia mundial.

Os EUA atingiram seu limite de endividamento em maio, mas o governo usou manobras para garantir o pagamento das contas até esta terça-feira.

O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse ao canal de TV ABC News que teme que a confiança mundial ficou abalada "por este espetáculo". "Isto, de algumas formas, é um julgamento sobre a capacidade do Congresso de agir", disse.

DEPUTADOS

A Câmara dos Deputados aprovou o plano na noite de segunda-feira com 269 votos a favor e 161 contra. Para que o plano fosse aprovado, era necessário que 216 deputados votassem a favor.

Houve apenas quatro abstenções e até a deputada democrata Gabrielle Giffords -- que levou um tiro na cabeça em Tucson no começo do ano -- compareceu à votação.

Entre os democratas, 95 votaram contra e 95 a favor. Entre os republicanos, 173 votaram a favor e 66 foram contra.

Os republicanos votaram rapidamente, mas a maior parte dos democratas aguardaram até os últimos minutos para votar --o que permite avaliar quantos votos serão necessários para aprovar o pacote.

PT foi investigado até 99, mostram documentos da Polícia Civil

Do iG

Departamento de Comunicação Social da polícia manteve dossiê sobre PT até 1999, quando órgão foi extinto

Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 02/08/2011 07:00

A Polícia Civil de São Paulo espionou clandestinamente o PT durante todo o primeiro mandato do tucano Mário Covas no governo do Estado. Segundo documentos secretos disponibilizados pelo Arquivo Público do Estado e obtidos pelo iG, o Departamento de Comunicação Social da polícia manteve um dossiê sobre o PT até 1999, quando foi extinto por ordem de Covas.

A maior parte dos documentos arquivados no dossiê 079 (PT) são recortes de jornais ou transcrições de reportagens do rádio ou TV, preferencialmente sobre disputas internas, crises, proximidade com movimentos populares radicais e denúncias de corrupção envolvendo petistas. O ex-ministro da casa Civil, Antonio Palocci, é objeto de um dossiê específico com número 305. Na época Palocci, então prefeito de Ribeirão Preto, era visto como uma liderança ascendente no partido.



Foto: AE Ampliar
Lula anuncia apoio do PT ao candidato Mário Covas ao governo de São Paulo, em novembro de 94. Geraldo Alckmin aparece atrás

O DCS produziu dossiês sobre praticamente todos os partidos políticos a partir de 1983. Mas referências ao PSDB, PFL (hoje DEM) e PPS acabam em 1995, quando Covas tomou posse, enquanto a pasta do PT continuou sendo alimentada até a extinção do departamento, em 1999.

Além dos recortes, o dossiê 079 mostra que a polícia tucana produzia informação própria e chegou a infiltrar agentes em eventos ligados ao PT. De acordo com os documentos, a espionagem era acompanhada pela Secretaria de Segurança Pública.

O relatório 049/98, endereçado ao então secretário-adjunto de Segurança, Luiz Antonio Alves de Souza, relata uma assembléia do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindisaúde) realizada na sede do Sindicato dos Químicos, no bairro da Liberdade, no dia 16 de setembro de 1998, menos de um mês antes do primeiro turno das eleições daquele ano, quando Covas e o então presidente Fernando Henrique Cardoso tentavam a reeleição.



Foto: AE Ampliar
Lula durante campanha em 1998; PT foi alvo de arapongagem

Na época, Covas aparecia em terceiro lugar nas pesquisas de opinião, atrás de Francisco Rossi e Paulo Maluf e pouco à frente da petista Marta Suplicy. Havia risco de o governador ficar fora do segundo turno e os sindicatos de servidores estaduais ligados à CUT e ao PT preparavam para o dia seguinte uma grande manifestação contra o governo tucano em frente ao Palácio dos Bandeirantes.
Um agente infiltrado que assina como “Gama 42” acompanhou a assembléia e fez um relatório de três páginas com destaque para a mobilização rumo o ato no Palácio dos Bandeirantes e à movimentação eleitoral dos sindicalistas.

“Sônia Takeda (dirigente do Sindisaúde) apresentou resultado de uma prévia que foi feita no local onde, de 149 votos, 133 foram dados ao Lula, um ao Enéas (Carneiro, candidato a presidente pelo Prona) e alguns brancos e nulos: repetindo-se o mesmo para o Senado, onde Suplicy teve 141 votos, um para João Leite e outro para Oscar e, para Marta Suplicy, foram dados 143 votos e um para o Rossi”, diz o documento.

No final, Covas foi para o segundo turno contra Maluf com apenas cinco mil votos a mais do que Marta, acabou reeleito mas morreu em 2001, deixando o governo nas mãos do vice, Geraldo Alckmin (PSDB), atual governador do Estado.

Embora seja citado nominalmente como destinatário do relatório, o ex-secretário adjunto de Segurança Luiz Antonio Alves de Souza negou ter tomado conhecimento da ação policial na assembléia do Sindisaúde. “Mandamos monitorar uma greve de motoristas de ônibus em 1998 porque existia risco de depredação das garagens e piquetes para impedir que os ônibus fossem para as ruas. Não autorizei nem soube de nada no Sindisaúde”, disse ele.

O ex-secretário adjunto atribuiu a responsabilidade pela arapongagem a delegados e policiais que agiam à revelia da secretaria, com objetivo de desestabilizar o governo e beneficiar Maluf. “Infelizmente a polícia tinha muita gente remanescente da época do Erasmo Dias (secretário de Segurança no governo Maluf). Era véspera de eleição. Eles faziam essas coisas para prejudicar o Covas. Existia o risco de ele ficar fora do segundo turno. Esse pessoal preferia o Maluf”, afirmou Souza.

Polícia espionou momentos da história, como comícios pró- Diretas e eleição de Tancredo

A globo fala de corruptos mas vive rodeado deles

Globo e Ricardo Teixeira: tudo a ver
Por Altamiro Borges


Com o título “Fifa irritou Dilma ao negar credencial para concorrentes da Globo”, o Blog do Perrone
postou uma nota reveladora:



Um dos principais motivos de irritação de Dilma Rousseff com o COL (Comitê Organizador Local) e a Fifa foi um pedido negado de credencias para jornalistas que fazem a cobertura diária do Palácio do Planalto. Às vésperas do sorteio das eliminatórias da Copa de 2014, a equipe da presidente pediu cerca de 80 credenciais. Conseguiu algumas, mas a Fifa não quis dar autorização para Record e SBT acompanharem Dilma no evento.

p>OCOLO COL informou ao estafe presidencial que a federação internacional não poderia ferir o contrato com a TV Globo, que tinha exclusividade na solenidade, organizada pela Geo Eventos, da qual a emissora é uma das sócias.

Dilma se irritou. Ela e seu estafe interpretaram como uma retaliação de Ricardo Teixeira à Record, que tem exibido reportagens com denúncias contra o dirigente. A equipe da presidente alegou que o COL e a Fifa podem escolher os seus parceiros. Mas o Governo Federal tem que garantir os mesmos direitos a todos. E é praxe os jornalistas de Brasília seguirem a comitiva presidencial.

Como resposta, o governo marcou uma entrevista de Pelé, na véspera do sorteio, no Museu de Arte Moderna do Rio, fora da jurisdição da Fifa e do COL. Lá todas as emissoras de TV tinham passe livre...
*****
A notícia só confirma o que muitos já sabem. A TV Globo, que manda e desmanda no futebol brasileiro, mantém uma promíscua relação com o chefão da CBF. Ela omite as várias denúncias de corrupção contra o poderoso cartola; na outra ponta, a emissora tem um tratamento privilegiado na transmissão desta paixão nacional. Parafraseando o seu slogan, Ricardo Teixeira e TV Globo, tudo a ver!

Nos últimos dias, na guerra nada santa pela audiência, a TV Record fez bombásticas denúncias sobre o estranho enriquecimento do cartola. As reportagens de Luiz Carlos Azenha são demolidoras. Na véspera do sorteio das eliminatórias da Copa, alguns blogs também publicaram que a Rede Globo embolsou R$ 30 milhões dos cofres públicos para organizar a festança (leia aqui).

O silêncio do casal global

Willian Bonner e Fátima Bernardes se fingiram de mortos no Jornal Nacional e nem tocaram no assunto. Já os “calunistas” globais, como o bravateiro Arnaldo Jabor, também evitaram abordar a corrupção no futebol. Será que é por que a TV Globo tem a exclusividade na transmissão dos jogos? Será que é por que a poderosa emissora, além da exclusividade, ainda abocanha recursos públicos para suas festinhas?

Ricardo Teixeira, que se acha imune e impune, nunca escondeu suas relações privilegiadas com a TV Globo. Em recente entrevista à revista Piauí, ele inclusive explicitou que “caga um monte” para as denúncias feitas por outros veículos. “Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na TV Globo”, afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Quem “caga um monte”?

Arrogante, ele disse ainda que só ficará preocupado com as denúncias envolvendo seu nome “quando sair no Jornal Nacional”. E ameaçou os jornalistas e veículos que o denunciam: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada”.

A TV Globo também deve “cagar um monte” para o que pensam os brasileiros. Ela só não fala isto porque não é otária, como o chefão da CBF! Explorando uma concessão pública, ela mantém o maior império midiático do país. Pode ressaltar ou omitir o que bem desejar, sempre na defesa dos seus interesses econômicos e políticos. Ela ataca os inimigos e protege os amigos!

Bem que a presidenta Dilma Rousseff poderia ser mais conseqüente nas suas “irritações”. O problema não reside apenas nas credenciais da Copa do Mundo.

TAM usa pilotos reprovados no inglês em voo ao exterior

A TAM decidiu liberar pilotos reprovados em teste de inglês a trabalhar em voos internacionais --o que contraria regulamentos de aviação brasileiro e internacional.

A decisão da TAM ocorreu após 13,8% dos seus cerca de 370 pilotos de voos internacionais terem sido reprovados em um teste de revalidação de inglês em abril e maio.

A informação é de reportagem de Ricardo Gallo publicada na Folha desta terça-feira "(íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

A empresa, no entanto, diz que os reprovados só operam quando a aeronave está em território nacional e que, ao entrar no exterior, outro piloto assume o posto. Segundo a TAM, o índice de reprovados caiu para 5%, após parte deles se submeter a novos testes.

Uma ordem mal compreendida em inglês contribuiu para a colisão entre dois aviões em pleno ar na Índia, em 1996. O piloto de uma das aeronaves descera a um nível diferente daquele autorizado pela torre de controle. Morreram no acidente 349 pessoas.

Para a Anac, o 'objetivo' da norma que exige nível mínimo do idioma não foi desrespeitado, em razão de o piloto reprovado trabalhar apenas em território nacional. A FAA (agência americana) e a Easa (europeia), onde estão oito dos 19 destinos internacionais da TAM, investigam o caso.

Editoria de arte/Folhapress