sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ex-redator de Época e de Exame responde a Reinaldo Azevedo


Dente Lupus, Taurus Cornus Petit

Dente Lupus, Taurus Cornus PetitFoto: Edição/247

EM LATIM, PAULO NOGUEIRA, EX-DIRETOR DA ABRIL E DA GLOBO, RESPONDE A ATAQUE PARANOIDE DE REINALDO AZEVEDO E ENSINA COMO VENCER, COM ELEGÂNCIA, UM DEBATE

01 de Junho de 2012 às 20:36
247 – O jornalista Paulo Nogueira é, sem sombra de dúvida, um dos mais bem-sucedidos profissionais da imprensa brasileira. Já dirigiu Exame, Época e toda as revistas da Editora Globo. Tem história, portanto. Mas, segundo o blogueiro Reinaldo Azevedo, ele estaria, agora, conspirando contra sua permanência na Abril. Reinaldo, como de costume, fez um ataque temperado pelo ódio e pelo rancor. Abaixo, segue a elegante resposta de Nogueira. O lobo ataca com os dentes, o touro com os chifres e Reinaldo com seu ódio fanático:
Dente Lupus, Cornu Taurus Petit
E lá vem Reinaldo Azevedo de novo.
Eis que me contam que ele me atacou. Dou um Google, e é verdade. Não deveria responder, mas, em respeito aos eventuais leitores do Diário que tenham lido o texto dele, esclareço algumas coisas:
1) Jamais pedi sua cabeça. Ele afirma que pedi, obliquamente, ao criticá-lo em dois textos. É uma interpretação absurdamente pessoal. Eu estaria pedindo a cabeça de toda pessoa de quem discordasse, e ele, aliás, também. Mas entendo, não obstante, que o debate progredirá quando não houver articulistas que sejam tão raivosos e tão levianos e tão inconsequentes como ele e seu coirmão Diogo Mainardi.
2) Ele diz que sou da turma de Nassif, Paulo Henrique Amorim e Leonardo Attuch. Dos três, conheço pessoalmente apenas Attuch, dos tempos em que trabalhamos juntos na Exame. Já deixei claro em alguns textos o quanto me incomoda, sobretudo em Paulo Henrique mas não só nele, o uso da expressão “PIG”, tão nociva quanto “petralha”.
Não pertenço a turma nenhuma: sou um blogueiro independente. Votei em Fernando Henrique várias vezes, em Lula uma. Optei por Dilma nas últimas eleições porque Serra é Serra, primeiro, e depois porque entendo que o Brasil precisa de um governo que dê foco ao combate à desigualdade social.
3) Reinaldo Azevedo diz que não li Horácio. Essa é uma afirmação que nem minha mulher poderia confirmar ou desmentir, e mostra o nível das afirmações de Reinaldo. Dente lupus, cornu taurus petit.O lobo ataca com dentes, o touro com os chifres, segundo Horácio. Reinaldo Azevedo ataca com o que tem: um ódio cego de alguém fanatizado. “Raiva é uma forma momentânea de loucura”, escreveu Horácio. E quando a raiva é presente em cada instante, como em Reinaldo Azevedo?
4) Afirma que quis ser diretor da Veja. Já escrevi sobre isso no livro “Minha Tribo”, e em resumo o que aconteceu foi o seguinte: fui cogitado, no final dos anos 1990, para dirigir a Veja. Quem me contou a história, com detalhes, foi meu chefe de então,  JR Guzzo. Acabei não sendo a escolha final. Na época, isso não me doeu – eu estava na melhor fase de minha carreira, como diretor da Exame. Bom salário, bons bônus, boa equipe. (Uma outra preterição, sim, mais tarde, esta administrativa e não editorial, me machucou. E acabou provocando, indiretamente, minha saída da Abril. Mas isso ficou muito para trás e tento olhar para a frente. Fiquei muito feliz ao reatar laços com a Abril na forma de colaborador de algumas revistas.)
5) Diz que vai me dar leitores ao falar de mim. Horácio se envergonharia se alguém que de fato o leu fosse tomado de um espasmo de tamanha presunção. Aproveito para esclarecer: não trouxe. Vi agora as estatísticas do Diário e a média de leitura é rigorosamente a mesma.
6) Reinaldo Azevedo diz que bajulei Roberto Civita ao dizer que ele não é Murdoch. Dei minhas razões lá, e não me pesou ao escrever interesse nenhum porque, aos 56 anos, como já disse várias vezes, JAMAIS voltaria a ser executivo de uma empresa. Não tenho mais vontade, não tenho mais motivação, não tenho mais idade. E graças a Deus não preciso de dinheiro: fiz um bom pé de meia. Fazer um site de notícias – independente como o Diário — ao retornar ao Brasil? Aí, sim, meus olhos podem brilhar. Se a Reinaldo Azevedo eu ter dito que Roberto Marinho está muito mais para Murdoch do que Roberto Civita soou realmente como bajulação, talvez seja porque ele próprio esteja em dúvida.
7)  Por fim: prometo não dar seguimento a este “debate”. Os leitores do Diário não merecem. E eu tenho coisas mais importantes a tratar.

Crise de Marconi Perillo explode no Jornal Nacional



Crise de Marconi Perillo explode no Jornal NacionalFoto: Edição/247

DEU NO JORNAL NACIONAL: PAGAMENTO DE DESPESAS DE CAMPANHA DE MARCONI PERILLO POR EMPRESA FANTASMA DE CARLINHOS CACHOEIRA TORNA, SEGUNDO PATRÍCIA POETA, "AINDA MAIS DELICADA" A SITUAÇÃO DO GOVERNADOR GOIANO; ENQUANTO O PT ANUNCIA QUEBRA DE SIGILOS FISCAL E BANCÁRIO DE MARCONI, O PSDB O ABANDONA

01 de Junho de 2012 às 21:25
247 – A situação do governador Marconi Perillo “ficou ainda mais delicada”, na expressão da âncora do Jornal Nacional, Patrícia Poeta. O principal noticioso da Rede Globo veiculou nesta sexta-feira 1 reportagem a respeito da denúncia do jornalista Luis Carlos Bordoni de que a campanha de Perillo para governador de Goiás, em 2010, foi contemplada com dinheiro saído da empresa Alberto e Pantoja. Essa companhia pertenceria ao esquema criminoso coordenado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. O JN acentuou que a denúncia prejudica a defesa de Marconi diante da CPI. Foi ouvido o líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, que manifestou a intenção do partido em pedir, no ambiente da Comissão, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Perillo. Igualmente abriu espaço para uma ‘sonora’ do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “Uma denúncia desse tipo sangra qualquer agremiação partidária”, resumiu ele. Sem dúvida, a situação de Marconi, que já não era boa, piorou.
Leia, abaixo, reportagem desta manhã do 247:
Apareceu a Fiat Elba de Marconi Perillo
Goiás 247 – Vinte anos atrás, na crise do impeachment do ex-presidente Collor, a prova definitiva foi uma singela Fiat Elba. O carro havia sido pago com recursos do caixa dois de campanha do esquema PC Farias. Desta vez, a na crise que atinge o governador de Goiás, Marconi Perillo, a Fiat Elba é um jornalista.
Ele se chama Luiz Carlos Bordoni e está no centro da polêmica envolvendo o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele é a testemunha que prova a ligação dos dois, uma ligação que tem as digitais na campanha eleitoral de 2010, quando o tucano foi eleito para o seu terceiro mandato à frente do Estado.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo traz entrevista exclusiva do repórter Fernando Gallo com Bordoni em que este afirma de forma direta que recebeu como pagamento por serviço prestado à campanha de Marconi, da Alberto e Pantoja, empresa fantasma que de acordo com a Polícia Federal era controlada por Cachoeira. O pagamento, de R$ 45 mil – referente à metade da conta – foi feito por um dos principais assessores do governador, Lúcio Fiúza Gouthier, depois de seis meses de atraso. 
"O sr. Lúcio Gouthier me ligou perguntando o número da minha conta pra depositar esse dinheiro. Eu disse a ele que estava viajando, e que minha filha, que paga minhas contas e administra as minhas coisas, iria receber. Dei o número da conta dela para ele. De repente, essa conta foi passada para a Pantoja", afirmou Bordoni ao Estado. "O dinheiro foi depositado pela Pantoja na conta da minha filha. Era dívida de campanha do governador Marconi Perillo dos R$ 90 mil de saldo do trabalho que prestei a ele no programa de rádio na campanha de 2010."
Só pra lembrar: Lúcio Gouthier Fiúza é o assessor de Marconi Perillo que assinou documento afirmando ter recebido R$ 1,4 milhão pela casa do governador, que teria sido vendida para Carlinhos Cachoeira. Ele também é suspeito de ter recebido R$ 500 mil, que teriam sido enviados pelo braço direito de Cachoeira, Wladimir Garcêz, ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, em uma caixa de computador.
Também ao Estado, a assessoria de Marconi negou ter feito os pagamentos por meio da empresa. Luiz Carlos Bordoni diz que decidiu revelar o caso depois do questionamento na CPI direcionado à sua filha, Bruna Bordoni. Foi na conta dela que acabou depositado o valor de parte da dívida da campanha com o jornalista, responsável pelos programas de radio. “Prestei o serviço honestamente. Não vou deixar que ninguém venha avacalhar minha credibilidade por causa de Cachoeira",diz.
Para ler a reportagem do Estado de S.Paulo, clique aqui.
Sobre o assunto, Bordoni publicou em seu blog:
A VERDADE SOBRE O DEPOSITO 
01. Em momento algum disse que o Sr. Marconi Perillo depositou dinheiro em minha conta.
02. Informei que o Sr. Lucio Gouthier Fiuza, encarregado de pagar os saldos de campanha, havia me ligado e pedido o numero de minha conta para depositar uma parcela de 45 mil reais, dos 90 mil remanescentes da campanha de 2010.
03. Disse a ele que estava viajando, que poderia depositar na conta da minha filha, que cuida dos meus assuntos. Passei a ele o numero da conta dela.
04. Ao contrario do que afirmam alguns imbecis, não fui eu quem depositou nada. O deposito foi feito, conforme consta em extrato, pela tal Pantoja et all. Não se pensou nunca em conferir o depositante, pois Lúcio dissera que iria fazê-lo.
05. Em momento algum questionei a honorabilidade do Sr. Governador, como alardeiam certos picaretas da mídia. Não fosse ele probo, jamais teria participado de suas campanhas.
06. Eu somente quis esclarecer a citação do nome de minha filha, durante inquirição do senador Demóstenes Torres e a ilação com o depósito de 45 mil reais feito na conta dela.
07. Apenas narrei a razão do depósito, pois nem mesmo nos sabíamos a origem do dinheiro e, em momento algum, disse ter o governador conhecimento disso.
08. Não e verdade que fui demitido pelo Paulo Beringhs. Eu saí por livre e espontânea vontade.
09. Ao contrário do que alardeiam badamecos e pistoleiras, estou muito bem da cachola, a ponto de saber onde e como encontrá-los.
10. Nada tenho contra a área de comunicação do governo, como alardeiam as piranhas insaciáveis.
11. Ao contrario de certos jornalistas que me hostilizam, não misturo alhos com bugalhos. Nasci independente e morrerei independente.
12. Neste mesmo blog, em “Questão de hombridade”, os senhores verão que fui o único a defender Sua Excelência neste tiroteio cerrado, coisa que nenhum de seus assessores fez. Calados também ficaram os seus bajuladores de plantão, sobejamente conhecidos.
13. Quis esclarecer o fato por que ele colocava sob suspeita a nossa dignidade – minha e de minha filha.
14. Aos que estão a me julgar e condenar, eu rio de todos. Em nenhum há estofo moral para tanto. Sem exceção.
15. Apenas agi para colocar as coisas no devido lugar, mas jamais com o intuito de prejudicar a quem quer que seja.
16. Sei que os canalhas vão tentar promover o meu linchamento, mas não os temo, pois tenho a verdade do meu lado.
17. Não se brinca com a moral alheia. Só os que não a tem ficariam omissos diante do ocorrido.
18. É conhecida a calhordice de tentar desacreditar os que podem causar danos. É o que estão querendo fazer comigo. Se dano houver pelo meu gesto, não foi intencional. Não tivessem nos provocado, eu não estaria aqui. Agora, dano a mim e aos meus eu jamais permitirei.
19. Num mundo onde os boquirrotos duvidam ate da virilidade do meu amigo Jesus Cristo, estou a ouvir o crocito dos corvos. Pobres genitoras  que mal sabem a droga que pariram.
20. Não darei entrevistas sobre o assunto. O que tinha a dizer já foi dito.

Fortuna macabra



O que levou uma mulher de 70 anos, de uma família rica e 

tradicional do Rio de Janeiro, a mandar matar seu próprio filho

Wilson Aquino
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CRIME
A doméstica Maria José da Silva Dias Irmã confessou ter intermediado
o assassinato, a mando da patroa, Maria Selma Costa dos Santos
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Maria Selma Costa dos Santos, hoje com 70 anos, era uma mãe zelosa com os três filhos, duas meninas e um garoto, o primogênito José Fernandes. O marido, o empresário José Geraldo dos Santos Reis, conhecido como Caseca, atualmente com 91 anos, vem de uma família tradicional e rica, com raízes em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ). O pai dele, Gastão Glicério Gouveia José Geraldo dos Santos Reis, fora um político poderoso, prefeito duas vezes do município e dono de um patrimônio que incluía terrenos, imóveis, sítios, lojas comerciais, laboratório médico, franquia da Habib’s e cartórios. Na década de 2000, Caseca decidiu passar o controle dos negócios para o filho. 

No início, tudo ia bem e o clã se reunia em datas festivas como qualquer família. Até que, há cerca de cinco anos, mãe e filho começaram a se desentender devido à desconfiança dela de que ele estaria lesando os familiares na partilha. Numa briga, ela o chamou de “ladrão” e ele revidou dizendo que só não quebrava a cara dela porque era uma mulher. Maria Selma passou a desconfiar que o filho estaria tramando sua morte, e teria sido mais rápida do que ele. Ele foi alvejado às 19h30 de 29 de novembro do ano passado quando saía da casa da mãe. Fria, falsa, ela teria se despedido dizendo “vai com Deus, meu filho.” Após ouvir os estampidos, mudou o tom: “Graças a Deus, este vai para o inferno.” Reis tinha 51 anos e era pai de um garoto de 15.

As frases constam dos depoimentos dados à polícia por testemunhas. Maria Selma nega que tenha sido a mandante do assassinato, mas a empregada doméstica Maria José da Silva Dias Irmã, 42 anos, confessou ter intermediado o crime. Ela declarou ter dado R$ 5 mil de adiantamento ao pistoleiro Isac Paula de Moraes, 22 anos, e mais R$ 15 mil após a realização do serviço. Todos estão presos. O assassino era segurança de rua e deu dois tiros na cabeça e um no tórax do filho de Selma. Ela foi presa na segunda-feira 21 por policiais da Delegacia de Caxias. “Ao mesmo tempo em que ficamos felizes por colocar na cadeia uma assassina, a gente se ressente ao ver essa degradação total do ser humano, por motivo tão torpe”, diz a promotora Cláudia Porto Carrero, garantindo que as provas contra Maria Selma são incontestáveis.
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VÍTIMA 
José Fernandes cuidava dos negócios da família e dava mesada
para a mãe e as irmãs. Ao lado, o prédio onde morava em Ipanema
O crime causa enorme perplexidade porque subverte um dos instintos considerados mais básicos da natureza humana: mães são capazes de defender os filhos até a morte, jamais mandar matá-los. Para a psicóloga Vera Lúcia Moris, às vezes as relações familiares são as mais doentias. “A pessoa alucina numa situação de ódio e perseguição e pode eleger um filho como algoz. E quando tem dinheiro envolvido, as pessoas ficam mesquinhas e cegas”, diz. Infelizmente, ninguém percebeu a tempo a perigosa relação doentia que se estabeleceu entre mãe e filho.

“Até cinco anos atrás, Selma dizia que o Casequinha (apelido de Reis) era um filho maravilhoso. Os dois se davam muito bem”, revelou uma amiga da família que preferiu não se identificar. No entanto, segundo ela, a mãe passou a suspeitar do filho porque ele se recusava a mostrar a contabilidade dos negócios para a família, abrindo alguns dados apenas para o pai idoso e doente. Não que faltasse dinheiro. “Ele (Reis) dava R$ 8 mil de mesada para as duas irmãs e também para a mãe”, contou. Mas enriquecia mais que os outros. Reis morava em um apartamento em Ipanema, um dos bairros mais caros do Rio, e tinha outros imóveis. A mãe se ressentia principalmente por conta da filha caçula, Maria Lúcia, 47 anos, com quem ela se dava melhor.

As brigas mudaram o tratamento entre eles. Reis não mais chamava Maria Selma de mãe e, sim, de “dona Selma.” Seis meses antes do crime, houve uma discussão muito séria e a divisão dos lucros, mais uma vez, estava no foco. “Ela ficou sentida por muitos dias. Depois, começou a dizer que o filho queria matá-la”, contou uma empregada da casa. Era o fim dos laços de afeto. De seu lado, Reis chegou a comentar com a mulher, a professora Vania Filgueiras Lopes, seu receio de que algo ruim acontecesse. Em depoimento à polícia, Vania revelou a conversa com o marido: “Ele chegou tenso. Perguntei o que estava havendo e ele disse ‘a dona Selma está armando alguma coisa para mim’.” Infelizmente, Reis estava certo.
DIÁLOGOS REVELADORES 
Algumas frases de Maria Selma, gravadas com autorização judicial em ligações telefônicas:
"Se ela (enfermeira que cuidava do marido) falar alguma coisa (sobre as brigas dela com o filho) não vai sobrar nem alma nem carne."
(Em conversa com a nora)
"Vou combinar com o advogado para orientar ela (uma das empregadas) a dizer que o José Fernandes era calado e não falava com ninguém."
(Com uma das filhas)
"Tudo vai depender do que a garota (outra enfermeira) falar. Pobre é uma merda mesmo. É tudo lixo. Se ela quiser me ferrar, vou mover céus e terra. Eu tenho dinheiro." 
(Com a nora)
"Vamos vender logo a casa pra não ter que dar nada pro filho dele (neto dela, filho da vítima)"
(Com uma filha)

As confissões de Pagot



Em entrevista à ISTOÉ, o ex-diretor do DNIT, hoje consultor, 

denuncia caixa 2 na campanha do PSDB e conta que, em 2010, 

quando estava na direção do órgão, arrecadou junto às 

empreiteiras para a campanha do PT

por Claudio Dantas Sequeira
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"Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que oRodoanel financiava a campanha do Serra"
Luiz Antônio Pagot
Desde o início do ano, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot tem prestado consultoria em projetos de navegação fluvial. Os negócios vão bem, mas a incursão no setor privado ainda não foi suficiente para apagar a mágoa que guarda pela maneira como deixou o governo, no rastro do escândalo de corrupção no Ministério dos Transportes. Casado, pai de uma filha, o economista, que é oficial reformado da Marinha, considera-se um técnico competente, de confiança, e diz que nutria pelo governo uma fidelidade quase canina. Mas a demissão, que classifica como “traição mortal”, alimenta agora um sentimento de vingança. E motivou Pagot, nos últimos dois meses, a fazer uma série de depoimentos à ISTOÉ. Em três encontros com a reportagem num hotel em Brasília, todos gravados, Pagot contou detalhes sobre a forma como, no exercício do cargo, foi pressionado pelo governo de José Serra a aprovar aditivos ilegais ao trecho sul do Rodoanel. A obra, segundo ele, serviu para abastecer o caixa 2 da campanha de José Serra à Presidência da República em 2010. “Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin”, disse Pagot. Nas conversas com ISTOÉ, Pagot também afirmou ter ouvido do senador Demóstenes Torres um pedido para que o ajudasse a pagar dívidas de campanha com a Delta com a entrega de obras para a construtora. Mas nem o aditivo de R$ 260 milhões para o trecho sul do Rodoanel foi liberado pelo DNIT – embora tenha sido pago pelo governo de São Paulo – nem o favor a Demóstenes foi prestado, segundo Pagot. Porém, ele não resistiu ao receber uma missão do comitê de campanha do PT durante as eleições de 2010. Pagot disse que, quando ocupava a diretoria do órgão que administrava bilhões em obras públicas em todo o País, recebeu do tesoureiro da campanha do PT, deputado José De Filippi (SP), um pedido para arrecadar recursos junto às empreiteiras. “Cada um doou o que quis. Algumas enviavam cópia do boleto para mim e eu remetia para o Filippi. Outras diziam ‘depositamos’”, afirmou. As doações, no entanto, teriam sido feitas pelas vias legais, de acordo com o ex-diretor do DNIT.
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CAIXA 2
Segundo Pagot, empreiteiro confirmou que 8% da verba para o trecho
sul do Rodoanel era desviada para a candidatura de Serra ao Planalto
Os segredos que Pagot guardava até agora ajudam a explicar por que a CPI do Cachoeira adiou deliberadamente sua convocação. Ele diz que está pronto para falar tudo e desafia: “Duvido que me chamem. Muitos ali têm medo do que posso contar.” Nas entrevistas à ISTOÉ Pagot forneceu detalhes dos encontros com o tesoureiro do PT, José De Filippi. Ele contou que, em meados de 2010, foi chamado ao QG petista, no Lago Sul, onde foi apresentado a Filippi, que lhe pediu ajuda para passar o chapéu entre as empreiteiras. Dias depois, revelou, os dois voltaram a se reunir no DNIT, onde Pagot lhe apresentou uma lista com cerca de 40 empreiteiras médias e grandes que tinham contrato com o órgão. Ao analisar hoje a prestação de contas da campanha, Pagot identifica ao menos 15 empresas que abasteceram a campanha do PT a pedido seu: Carioca Engenharia, Concremat, Construcap, Barbosa Mello, Ferreira Guedes, Triunfo, CR Almeida, Egesa, Fidens, Trier, Via Engenharia, Central do Brasil, Lorentz, Sath Construções e STE Engenharia. Elas doaram cerca de R$ 10 milhões, segundo a prestação de contas apresentada pelo PT ao TSE. Filippi disse à ISTOÉ que realmente foi apresentado a Pagot no comitê da campanha durante o primeiro turno da eleição. “Mas a conversa tratou da proposta de Pagot de a campanha receber três aviões do Blairo Maggi”, disse Filippi, que negou ter recebido boletos de depósitos. “Num segundo encontro, depois da eleição de Dilma, ficou acertado que Pagot buscaria recursos para saldar dívidas da campanha eleitoral”, admite Filippi.
"Teve uma reunião no DNIT. O Paulo Preto (diretor da Dersa) apresentou
a fatura de R$ 260 milhões. Não aceitei e começaram as pressões"

Luiz Antônio Pagot
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PRESSÃO
Em 2009, o então diretor da Dersa, Paulo Preto, solicitou
uma audiência no DNIT. Queria um aditivo para o Rodoanel
Com os tucanos paulistas foi diferente. Os pedidos eram para um caixa 2 e ele se recusou a atendê-los. Pagot contou à ISTOÉ que recebeu pressões para liberar R$ 264 milhões em aditivos para a conclusão do trecho sul do Rodoanel. Segundo ele, em meados de 2009, o então diretor da Dersa, empresa paulista responsável pelas estradas, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, solicitou uma audiência no DNIT. Levou assessores, engenheiros e um procurador para tentar convencer Pagot a liberar a quantia. Até então, a obra tinha consumido R$ 3,6 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão em repasses da União. Acompanhado do diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, Pagot disse que o governo não devia mais nada à Dersa. Quarenta dias depois, houve nova reunião, no Palácio dos Bandeirantes, na qual tentaram recolher sua assinatura num Termo de Ajuste de Conduta (TAC), apresentado pelo Ministério Público Federal. “A partir daí começaram as pressões”, diz Pagot. Ele diz que recebia telefonemas constantes, não só de Paulo Preto, mas do deputado Valdemar Costa Neto (PR/SP), do ministro Alfredo Nascimento e de seu secretário-executivo, hoje ministro Paulo Sérgio Passos. O caso foi parar no TCU, que autorizou a Dersa a assinar o TAC, condicionando novos aditivos à autorização prévia do tribunal e do MP. Pagot recorreu à AGU, que em parecer, ao qual ISTOÉ teve acesso, o liberou de assinar o documento.
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ARRECADAÇÃO PETISTA
De acordo com Pagot, o tesoureiro do PT, José De Filippi,
pediu para ele arrecadar junto às empreiteiras
Em meados de 2010, almoçando uma dobradinha no tradicional restaurante Francisco, em Brasília, o procurador de uma empreiteira adicionou para Pagot um elemento novo à já suspeita equação do Rodoanel. O interlocutor, segundo o ex-diretor do DNIT, revelou que no convênio haveria um percentual para abastecer a campanha de Serra. “Aquele convênio tinha um percentual ali que era para a campanha. Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do Serra”, disse. Consulta ao TSE mostra que o comitê de Serra e do PSDB receberam das empreiteiras que atuaram no trecho sul do Rodoanel quase R$ 40 milhões, em cifras oficiais. O representante de uma empreiteira que participou do Rodoanel confirmou à ISTOÉ que manteve contatos com Pagot reivindicando o aditivo. 
Questionado por ISTOÉ, Valdemar Costa Neto confirmou os contatos. Disse que atua “junto à administração pública em favor da liberação de recursos para investimentos que beneficiem” sua região. Nascimento, por sua vez, admitiu ter sido procurado por dirigentes do governo de São Paulo para discutir o aditivo, mas garante que refutou o pedido. Passos negou qualquer pressão.
"Apresentei para Filippi (tesoureiro do PT) uma lista
de 40 empresas. Tinha que ter volume"

Luiz Antônio Pagot
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RESPALDO
A AGU, de Luis Adams, liberou o DNIT de assinar o aditivo para obra em São Paulo
A metralhadora giratória acionada por Pagot também atinge a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ele diz que, em 2010, quando Ideli era candidata ao governo de Santa Catarina, ela pediu uma audiência no DNIT para tratar de três convênios do órgão no Estado, e, ao final do encontro, solicitou que a ajudasse também na arrecadação de recursos. “Ela queria que eu chamasse as empreiteiras e pedisse para pôr dinheiro na campanha dela”, afirma. Como se negou a ajudá-la, Pagot acha que Ideli ficou ressentida e passou a miná-lo quando chegou ao Planalto. Por meio de nota, Ideli negou que tenha recorrido a Pagot para solicitar recursos.
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VERBA PARA A CAMPANHA
Então candidata ao governo de Santa Catarina,
Ideli Salvatti também teria recorrido a Pagot
Mas as pressões em cima do diretor do DNIT não vinham apenas do PT e do PSDB. Outra confissão de Pagot diz respeito a um jantar que teve com Demóstenes (ex-DEM) e a cúpula da construtora Delta no ano passado. Ao final do encontro, Demóstenes teria chamado Pagot para uma conversa privada, num cômodo de sua casa. Na conversa, Demóstenes disse que estava com dívidas com a Delta e que precisava “carimbar alguma obra para poder retribuir o favor” que a construtora fez para ele na campanha. Como se vê, o DNIT era um tesouro cobiçado por muita gente.
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Delta tenta, na Justiça, evitar abertura de sigilos



Delta tenta, na Justiça, evitar abertura de sigilosFoto: Sergio Lima/Folhapress

EMPREITEIRA INGRESSOU COM MANDADO DE SEGURANÇA NO STF PARA IMPEDIR PROCEDIMENTO SOLICITADO PELA CPI DO CACHOEIRA; SE OS PARLAMENTARES NÃO CONSEGUIREM NEM ISSO, COMISSÃO PERDE SENTIDO DE VEZ

01 de Junho de 2012 às 18:14
247 – A Delta Construções ingressou nesta sexta-feira 1º com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a quebra do sigilo da empresa em âmbito nacional, como foi decidido em reunião desta semana da CPI do Cachoeira.O pedido da Delta será apreciado pela ministra Rosa Maria Weber, que deve decidir sobre o caso ainda nesta sexta.
Na terça-feira 29, a CPI aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da construtora em todo o país, apesar da tentativa do PMDB e do PT de tentar manter a investigação apenas no Centro-Oeste – a decisão acabou por desembocar na convocação do governador Agnelo Queiroz (PT-DF) para a CPI, como vingança do PMDB sobre o PT. No mandado de segurança, os advogados da Delta pedem ao STF uma liminar (decisão provisória) para barrar a investigação das contas nacionais da construtora.
A empresa, que chegou a acumular R$ 4,5 bilhões em contratos com o poder público, argumenta que não haveria "fundamentação" para abrir o sigilo das contas nacionais. Segundo a Delta, apenas a filial do Centro-Oeste está sob suspeita de envolvimento com a organização do bicheiro.
A defesa argumenta ainda que "a citação de reportagens jornalísticas sobre o suposto crescimento do faturamento da empresa" não seria motivo o bastante para se devassar as ligações telefônicas dos 30 mil funcionários da Delta. "Não se justificou, por exemplo, qual a necessidade real de a CPMI quebrar o sigilo dos telefonemas e operações bancárias da diretoria regional da Delta no Espírito Santo", dizem os advogados.
Também é ponto de questionamento a quebra do sigilo desde 1º de janeiro de 2003. Para os advogados da construtora, a quebra do sigilo da empreiteira foi decretada "ilegalmente".

J&F desiste de compra e empurra Delta ao abismo



J&F desiste de compra e empurra Delta ao abismoFoto: Edição/247

JOESLEY BATISTA DIZ QUE "A CONJUNTURA LEVOU À DESISTÊNCIA", MAS NEGA QUE A A QUEBRA DE SIGILO DA EMPREITEIRA EM ÂMBITO NACIONAL, SOLICITADA PELA CPI DO CACHOEIRA, TENHA AFETADO A DECISÃO; PROFECIA DE CAVENDISH, DE QUE A EMPRESA QUEBRARIA, SE CONFIRMA, MAS E AS OBRAS DO PAC?

01 de Junho de 2012 às 15:34
247 - A holding J&F, grupo que controla o JBS, desistiu nesta sexta-feira 1º de comprar a Delta Construções, envolvida nos esquemas da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Um contrato preliminar assinado no dia 9 de maio dava direito à holding de Joesley Batista de substituir a estrutura administrativa da empreiteira de Fernando Cavendish, incluindo presidente, diretores e membros do Conselho de Administração.
Uma auditoria na construtora, a ser feita pela KPMG, chegou a ser anunciada, e embasaria a decisão sobre a compra. Em entrevista à imprensa, Joesley disse que a Delta "tem seus méritos, mas a conjuntura levou à desistência" do negócio. "Crise de credibilidade afeta os negócios de qualquer empresa", completou.
Mais cedo, o colunista Guilherme Barros, da Istoé Dinheiro, disse que dois motivos levaram a J&F a reincidir o contrato: a falta de receptividade do governo Dilma Rousseff à operação e a quebra dos sigilos bancário e fiscal da construtora em todo o país, decidida pela CPI do Cachoeira nesta semana. Joesley nega: "(a decisão) não foi provocada pela quebra de sigilo fiscal da empresa, nem pelo estudo da KPMG que ainda não ficou pronto", explicou ele.
Segundo o empresário, o J&F continua analisando outras empresas na área de construção civil. "A Delta foi a terceira empreiteira que olhamos e continuamos olhando outras", disse. Na avaliação de Joesley, a Delta "não tem problema em provar que é idônea", mas vai permanecer sob suspeita e em investigação em longo prazo, o que atrapalha sua operação. "Não achamos que somos a melhor 'pessoa' para administrar uma empresa que vai ter que lutar pela sua sobrevivência", concluiu.
Com a desistência, consuma-se de vez a profecia de Fernando Cavendish: a empresa vai quebrar. Agora é saber como ficam as obras que a empreiteira tocava no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O advogado do diabo



O advogado do diaboFoto: Reprodução

MARCIO THOMAZ BASTOS VIROU PIADA NA INTERNET. “ONTEM MINISTRO, HOJE SINISTRO”, É O QUE DIZEM OS INTERNAUTAS

01 de Junho de 2012 às 16:46
247 – Cioso de sua imagem, o advogado Marcio Thomaz Bastos montou uma equipe de jornalistas para escrever sua biografia autorizada. Mas o dano que a prestação de serviços ao bicheiro Carlos Cachoeira, por R$ 15 milhões, vem lhe causando pode acabar eclipsando os eventuais fatos positivos de sua vida pregressa.
Na internet, Thomaz Bastos já virou até motivo de piada. Circula pela rede um cartaz do filme “O advogado do diabo”, cuja legenda diz: “Ontem ministro, hoje sinistro”. Incomodado, o ex-ministro da Justiça já deu algumas entrevistas, onde defendeu seu direito de advogar a quem quer que seja. E aproveitou ainda para atacar os “canibais da honra”. Pelo jeito, os canibais se espalharam pela web.

A Rota da imprensa



A Rota da imprensaFoto: Edição/247

COLUNISTAS DE VEJA.COM, REINALDO AZEVEDO E AUGUSTO NUNES, EM ARTIGOS SUCESSIVOS, EXIGEM PARA LULA O MESMO QUE A DITADURA MILITAR DETERMINOU A ELE EM 1980: PRISÃO; O PRIMEIRO QUER ATÉ QUATRO ANOS; SEU VIZINHO, ALGEMAS; ELES MERECEM RODAR AO VOLANTE E NA JANELINHA DE UMA VIATURA DA ROTA

01 de Junho de 2012 às 17:59
247 – A partir de 19 de abril de 1980, em plena vigência da ditadura militar, no plantão de João Figueiredo e sob a custódia do delegado Romeu Tuma, Luiz Inácio Lula da Silva passou 30 dias no xadrez do temido Dops – o Departamento de Ordem Política e Social. A ditadura acabou, Figa e Tumão morreram e o Dops foi extinto. Mas há quem continue querendo mandar Lula para trás das grades outra vez. Mais precisamente, e não por coincidência, dois dos mais hidrófobos colunistas de Veja.com: Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, vizinhos de página virtual.
Cada um ao seu modo, Azevedo com seus jatos biliáticos e Nunes usando e se lambuzando de adjetivos, eles partiram de dois fatos isolados, sem dúvida protagonizados por Lula, para embicarem seus leitores na rota do autoritarismo. Ao mesmo tempo investigadores e juízes, fizeram como se estivessem um ao volante de uma daquelas antigas viaturas da Rota, e o outro na janelinha, para exigirem cadeia sem recurso para o que entenderam como crimes de Lula.
Reinaldo enxergou na conversa reproduzida à Veja pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, e negada à revista pelo ex-ministro Nelson Jobim, um verdadeiro atentado de Lula sobre a autonomia do Supremo – ainda que o próprio Mendes, em sua versão atrasada em 30 dias sobre o fato, mal tenha sido enfático sobre a pressão que sobre ele teria sido praticada. Para o colunista, no entanto, Lula deveria ser enquadrado imediatamente no Código Penal como quem tentou obstruir a Justiça e, assim, amargar uma pena de até quatro anos de cadeia.
Nunes, cuja pena claudica à direita num movimento que pode manchar de maneira indelével sua biografia de jornalista centrado, é sempre mais engraçado que Reinaldo, além de ter um estilo incomparavelmente melhor. Mas igualmente escorregou para a pressa e o açodamento, ao enxergar na entrevista de Lula ao Programa do Ratinho um ataque do ex-presidente à legislação eleitoral que mereceria não menos que a humilhante prisão em flagrante com algemas. Nada de reprimendas, multas ou até mesmo a cassação do candidato beneficiado, mas cadeia, xadrez, xilindró. É autoritarismo demais, né, não?
O problema dos dois colunistas não está em seu posicionamento político. Eles podem, é claro, escrever o que quiserem – a tela do computador, afinal, aceita tudo. Mas ao usarem o poder de crítica para pedir a ultrapassagem de todo os ritos democráticos legais existentes na sociedade para tratar de casos como os mencionados – e levar Lula direto de volta para a cadeia --, do primeiro ao quinto se associaram ao que a ditadura fez com o ex-presidente. O pior é que nessa Rota da imprensa ainda tem mais gente querendo entrar para fazer patrulha. Hoje, como dantes, Lula ainda incomoda demais.

Na Carta Capital desta semana: As mil faces de Gilmar Mendes

Blogueiro sujo vai ao Supremo contra Gilmar



Saiu num Blog de Mexericos da Candinha de Brasília:

O ministro Gilmar Mendes acaba de informar ( …)  que vai entrar com uma ação na Procuradoria Geral da República, solicitando o substrato das empresas estatais que usam do uso do dinheiro público para o financiamento de blogs que atacam as instituições.

— É inadmissível que esses blogueiros sujos recebam dinheiro público para atacar as instituições e seus representantes. Num caso específico de um desses, eu já ponderei ao ministro da Fazenda que a Caixa Econômica Federal, que subsidia o blog, não pode patrocinar ataques às instituições.


Navalha
Se for quem este blogueiro sujo está pensando, ele informou ao Conversa Afiada:
Vai ao Supremo contra Gilmar Dantas (*) por:
- abuso de autoridade;
- obstrução de atividade comercial legal;
- tentativa de censura;
- por delírio psicológico incontrolável, com manifestações patológicas óbvias, incompatíveis com a função que exerce.
Se for quem este blogueiro sujo está pensando, ele informou ao Conversa Afiada que vai entrar com um pedido de impeachment de Gilmar Dantas no Senado (*).
Se for este bogueiro sujo mesmo, ele sugere ao Gilmar Dantas: renuncie, dispa-se da toga do “foro privilegiado” e venha para a arena da democracia.
“Vamos para o mano-a-mano”, aqui na planície, debater ideias e confrontar fatos – disse o blogueiro sujo, que falou com exclusividade a este Conversa Afiada.
Se for quem este blogueiro sujo pensa, diz ele que falou assim: Ministro, saia detrás da Veja, do PiG (**), dessas colunas de mexerico.
E sugeriu que Gilmar respondesse à pergunta: o que significa ”o Gilmar mandou subir” ?
Se for quem este blogueiro sujo está pensando, ele pergunta, também: por que o Gilmar Dantas (*) não vai à PGR mover ação contra o Mauro Santayana, outro blogueiro sujo há muitos anos, que pediu ao Supremo para mandar o Gilmar embora ?
Num ponto o blogueiro sujo concorda com esse, em quem ele está pensando: não recomenda nada o Ministro ter dados dois HCs Canguru logo a quem, ao Daniel Dantas !
Lá isso é verdade.
Não orna.
Paulo Henrique Amorim, blogueiro sujo, com fontes entre os blogueiros sujos.