terça-feira, 14 de outubro de 2014

O bolsa Vovô da qual Aético Never foi beneficiário

Alô, Estadão: não é Dilma, é o site da Câmara que diz que Aécio estava na mamata aos 17 anos!

14 de outubro de 2014 | 19:18 Autor: Fernando Brito
bocao
Estadão diz que a “página oficial” de Dilma Rousseff está acusando Aécio Neves de, ainda menor de idade (ele nasceu em março de 1960) estar ocupando cargo nomeado na Câmara dos Deputados.
É o site da Câmara, disponível para todos, mesmo os seletivos repórteres do Estadão, se quiserem ao menos ir lá dar uma olhada: está aqui, meus caros.
E não foi o primeiro, porque antes, sempre segundo a Câmara, ele já tinha tido antes uma boquinha no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, onde seu outro avô, beneficiário do golpe de 64, Tristão da Cunha, imperou por mais de uma década!
Se um fato é real, documentado, não é “fulano diz que”. É fato e pronto, não importa quem diga ou de quem se diga.
Sem querer ensinar jornalismo aos meus colegas do Estadão, o trabalho correto, profissionalmente era procurar a Câmara, indagar sobre as informações, recolher os documentos e publicar.
A Câmara, inclusive, dá-se ao trabalho de registrar as origens daquilo que publica: “Gabinete do Deputado Aécio Neves, o livro ” A construção da democracia”, da própria Câmara, escrito por Casimiro Neto, publicado em 2003,  e o Sistema de Informações Legislativas (SILEG) – Módulo Deputado.”
Está lá, com todas as letras:
“Dentre suas atividades profissionais e cargos públicos destacam-se: economista, BDMG; oficial de gabinete, CADE, Ministério da Justiça, Rio de Janeiro, RJ, 1977; Secretário de gabinete parlamentar, Câmara dos Deputados, 1977-1981; secretário particular do governador Tancredo Neves, MG, 1983-1984; Secretário Particular para Assuntos Especiais, Presidência da República, 1985; diretor de loterias, CEF, Brasília, DF, 1985-1986. Foi, também, presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude, Ministério da Educação e Cultura, 1985.”
“Boquinhas” e “bocões” desde rapazote, quando ele próprio admite que levava a vida a pegar onda nas praias do Rio.
Entre 1977 e 1986, uma década de contracheque sem trabalhar, nomeado por favoritismo político, apenas por ser “neto”.
Se isso não é “mamata”, o que seria uma mamata?
Com a palavra  Arnaldo Jabores,  Reinaldo Azevedo,  Rodrigo Constantino e outros campeões da moralidade: o que acham deste “Bolsa-Vovô?
http://tijolaco.com.br/blog/?p=22095

O CASO DOS VÍDEOS SOBRE AÉCIO NEVES QUE ESTÃO SENDO CENSURADOS NO YOUTUBE




O documentário “Helicoca — o helicóptero de 50 milhões de reais”, produzido pelo DCM, foi retirado do YouTube por causa de uma reivindicação de direitos autorais.


O responsável pelo pedido, um certo “Jorge Scalvini”, não existe. É um perfil fake da internet. Recorremos ao Google há uma semana, mas até agora nada. Isso é resultado de uma prática kafkiana chamada “notice and take down”, em que o autor é obrigado a provar ao YouTube que existe, enquanto o denunciante só necessita de um CPF.


A derrubada do “Helicoca” está longe de ser um episódio isolado. Há pelo menos dois casos similares. Ambos envolvem Aécio Neves.


O primeiro é o do instigante “Liberdade, Essa Palavra”, filme sobre o qual JÁ FALEI AQUI. Foi o trabalho de conclusão do curso de jornalismo de Marcelo Baêta. “Liberdade…” trata da relação da imprensa mineira com o governo de Aécio em seu primeiro mandato (2003/2006).


São várias histórias sobre a pressão da administração aecista sobre jornalistas e as demissões que decorreram dela. Andrea Neves, irmã e braço direito, é um dos personagens principais. Na época, o PSDB mineiro colocou no ar uma resposta acusando Baêta de “petista” e seu trabalho de “manipulação” e “fraude”.


O original de “Liberdade, Essa Palavra” (um verso de Cecília Meireles) foi abatido do YouTube por causa de — adivinhe — REIVINDICAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS.


A trajetória de “Gagged in Brazil” (“Amordaçados no Brasil”) não é muito diferente. Foi escrito e dirigido por Daniel Florêncio para a Current TV, canal por assinatura e portal da web criado por Al Gore.


Tema e período são os mesmos da obra de Baêta. Daniel mostra a cumplicidade da mídia com o projeto de poder de Aécio. Uma editora da TV Globo aparece, sem ser identificada, relatando que a emissora esperava que Aécio estivesse “do lado da Globo”.


Uma matéria no Jornal Nacional elogiava o “déficit zero” nas contas públicas do estado. Logo após a “notícia” narrada por Fátima Bernardes, entrava nos comerciais um anúncio do governo de MG repetindo quase ipsis verbis o que a âncora relatara.


“Gagged” foi ao ar na Current TV no Reino Unido e nos EUA em maio de 2008. Uma semana mais tarde, foi postado no YouTube, com legendas, e bombou em pouco tempo.


Quatro meses depois, sairia da Current.com. Florêncio — que mora em Londres há dez anos — escreveu no OBSERVATÓRIO DE IMPRENSA que sua editora lhe esclareceu o seguinte: “Os executivos seniors do canal nos EUA receberam cartas com severas considerações e críticas sérias em relação ao filme. As cartas foram enviadas pelo PSDB de Minas Gerais. O PSDB afirmava que meu filme tinha caráter político-partidário, que não representava a realidade no estado e questionava minha conduta ética”.


Por desejo do diretor de programação David Newman, o gerente de jornalismo Andrew Fitzgerald deu início a uma investigação. “Elaborei dossiês, contatei minhas fontes no Brasil, e escancarei meus procedimentos para Andrew Fitzgerald”, diz Daniel. Fitzgerald o avisaria, afinal, que “Gagged in Brazil” estava de volta à Current TV.


No YouTube, porém, o desfecho foi outro. No dia 3 de fevereiro deste ano, Florêncio recebeu um alerta de um desconhecido, querendo saber o que houve com o filme. Quando clicou no link, pumba!: infração de copyright, requisitado por um certo Gabriel Amâncio. Ganha um pão de queijo quem acredita que Gabriel Amâncio é um cidadão de carne, osso, miolos e músculo.


Como no caso de “Liberdade”, outras versões estavam disponíves. Mas a eliminada contava com quase meio milhão de visitas, além dos links em sites, blogs e nas redes sociais. Na internet, a relevância varia de acordo com o número de links e visitas. O objetivo era fazer com que o documentário se tornasse irrelevante no Google, Bing, Yahoo etc.


O PSDB perpetrou um vídeo-resposta a “Gagged” que explodiu milagrosamente no YouTube. Os comentários, veja só que curioso, eram de países da Ásia, África, Europa. Todos falsos. Daniel explicou a ciência por trás dessa façanha num outro filme curto, que eu posto abaixo. Basicamente, é um spam. Assista enquanto Jorge Scalvini não dá as caras.


Aécio tem processos contra Facebook, Twitter e Google. Quem o representa é o escritório de advocacia Opice Blum, tido como autoridade em direito digital. Segundo um perfil na Piauí, seu contrato é como pessoa física.


Uma advogada afirmou à revista que as ações contra buscadores fazem referência a “uma mentira que espalharam na rede dizendo que o senador é acusado em ação judicial promovida pelo Ministério Público de ter desviado 4,3 bilhões de reais”.


Foi o Opice Blum que moveu a ação contra o Twitter para descobrir os dados cadastrais de 66 contas que, supostamente, fariam parte de uma “rede virtual de disseminação de mentiras e ofensas”. Uma dessas contas é a do DCM.


Noves fora a onda de repulsa que essas arbitrariedades causam, a cada vídeo retirado aparecem outros, num efeito multiplicador. O “Helicoca”, por exemplo, tem cinco versões no YouTube no momento em que digito estas maltraçadas. Fora as do Vimeo e as do Daily Motion. Existem outras tantas de “Gagged” e de “Liberdade, Essa Palavra”.


Já dizia a fabulosa Hannah Arendt: “Somente quando as coisas podem ser vistas por muitas pessoas, numa variedade de aspectos, sem mudar de identidade, de sorte que os que estão à sua volta sabem que vêem o mesmo na mais completa diversidade, pode a realidade do mundo manifestar-se de maneira real e fidedigna”.


Marina Silva citava Hannah Arendt com frequência. Não sei se Aécio Neves tem ideia de quem se trata.


http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-caso-dos-videos-sobre-aecio-neves-que-estao-sendo-censurados-no-youtube/

Manifesto de Marina por Aécio: ignorância, rancor e má-fé

Por Igor Felippe, no Escrevinhador
Votarei em Aécio e o apoiarei, votando nesses compromissos,
dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do
candidato e de seu partido e, principalmente, entregando à
sociedade brasileira a tarefa de exigir que sejam cumpridos
Marina Silva – 12/10/2014


O candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) apresentou no horário político o pronunciamento de Marina Silva em apoio ao PSDB. Assim, a candidata do PSB deu sua contribuição para o tucano, que quer conquistar uma fatia gorda dos seus mais de 20 milhões de votos.
O manifesto de Marina por Aécio, com um tom solene um tanto forçado, é uma lição de desconhecimento do país, misturado com um profundo rancor, pitadas de uma falsa ingenuidade e sinais de má-fé (para ler, cliqueaqui).
A candidata derrotada inicia colocando que o documento que Aécio Neves apresentou tem compromissos dirigidos à Nação, não a ela. Assim, Marina se coloca de forma humilde, buscando ofuscar o papel de protagonista – que, de fato, teve – na “adesão” do tucano aos tais compromissos.
Logo depois, de forma muito matreira, ela afirma que a sociedade que deve cobrar o tucano em relação às promessas. Dessa forma, exime-se de qualquer responsabilidade se for desrespeitada a plataforma que a teria levado a apoiar o PSDB.
Marina faz uma breve análise das eleições. Resgata a aliança com Eduardo Campos, a coligação de partidos “pela primeira vez” exclusivamente em torno de um programa.
Ignora o fracasso na tentativa de construção do Partido Rede, que a obrigou a se unir ao então governador de Pernambuco para participar das eleições. Superestima uma coligação de partidos médios e pequenos, em torno de um tal programa que mais atrapalhou que ajudou a sua campanha.
Esquece que a aliança política construída pelo PT na eleição de 2002, em torno de Lula, tinha como base um programa que incidia nos efeitos colaterais das políticas neoliberais. Inclusive, a candidata fez parte dessa construção.
Marina reclama também dos “ataques destrutivos de uma política patrimonialista, atrasada e movida por projetos de poder pelo poder, mantivemos nosso rumo, amadurecemos, fizemos a nova política na prática”.
O que Marina chama de ataques foi uma intensa disputa de ideias e propostas, relacionadas à independência do Banco Central e ao papel do pré-sal para o desenvolvimento do país. Isso é ataque pessoal? O que Marina queria? Que os candidatos adversários passassem a mão na sua cabeça e aceitassem as suas propostas?
Na verdade, a figura da candidata foi respeitada, sem questionamentos em relação à sua trajetória. Além disso, ela ignora que também foi criticada por Aécio Neves, que foi quem cunhou, por exemplo, a imagem de que seu programa tinha sido escrito a lápis e poderia ser apagado.
Antes de anunciar o já esperado apoio a Aécio Neves, ela faz uma introdução sobre o que entende por política, afirma que seria egoísmo se eximir neste momento e critica as velhas alianças pragmáticas. Na eleição de 2010, quando Marina ficou neutra no segundo turno, ela priorizou os interesses próprios em detrimento do que era melhor para o país?
O auge do pronunciamento de Marina é quando a candidata traça um paralelo da eleição de 2002 e, esta, de 2014. Ela compara o compromisso assumido por Aécio no documento “Juntos pela Democracia, pela Inclusão Social e pelo Desenvolvimento Sustentável” (leia aqui), um resumão de ideias genéricas, com a “Carta ao Povo Brasileiro”, lançada pelo então candidato Lula.
Em 2002, o sistema financeiro fez uma guerra especulativa ao candidato Lula, usando seus instrumentos para desestabilizar a economia e prejudicar a campanha do PT. Assim, arrancou os compromissos de Lula, que afirmou na carta que manteria a estabilidade econômica e não romperia contratos. No fundo, o que os bancos queriam é que o governo Lula não tocasse nos seus interesses.
Marina avalia que a carta de Aécio seria um compromisso similar ao de Lula, mas com a sociedade brasileira, em torno da democracia, da inclusão social e do desenvolvimento sustentável…
Assim, ela iguala o poder do sistema financeiro e o poder de uma sociedade dentro de uma concepção abstrata. A sociedade aos olhos da candidata é um corpo homogêneo em movimento com posições convergentes.
Marina demonstra um profundo desconhecimento da sociedade, da história e das contradições no processo de formação do Brasil. A “sociedade” não poderá cumprir o mesmo papel que o sistema financeiro desempenhou em 2002, porque existem contradições, inclusive antagônicas, no seu interior. É a boa e velha luta de classes, que alguns deixaram de acreditar, mas que resiste.
O melhor exemplo dessas contradições é a jornada de junho de 2013, que mobilizou jovens em todo o Brasil em torno da defesa do transporte público e contra a violência da polícia, mas que no processo congregou bandeiras antagônicas, como a luta pelo respeito aos direitos humanos e pela redução da maioridade penal.
Somente quem pode fazer avançar a luta pela democracia, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável são as forças sociais organizadas com interesse de sustentar esses compromissos. Por isso, a plataforma de Aécio para ganhar o apoio de Marina não passa de um carro novo e moderno, mas sem um motor que possa fazê-la avançar.
O mais interessante é que a maioria das organizações que defendem os compromissos que Aécio “assumiu” a pedido de Marina apoia a candidatura de Dilma Rousseff (PT), mesmo sabendo dos limites do seu governo.
Essas organizações sabem bem que o PSDB, no governo FHC e nos governos estaduais, tem uma dura política de criminalização dos movimentos sociais. Ou seja, os tucanos atuam justamente para reprimir os atores sociais que protagonizarão as mudanças sociais.
Vale lembrar a ação da Polícia Militar, sob o governo do tucano Geraldo Alckmin, contra os protestos dos jovens pela redução da tarifa do transporte público em São Paulo, no ano passado. Vale lembrar da greve dos petroleiros em 1995, que foi reprimida pelas Forças Armadas a mando de FHC. Vale lembrar do Massacre de Eldorado dos Carajás, que deixou 17 mortos na conta da Polícia Militar do Pará, sob mando do governo estadual do PSDB.
Os bancos defenderam seus interesses em 2002 e obrigaram Lula a se enquadrar ao modelo econômico que subordina a indústria e o trabalho. Depois, o sistema financeiro continuou a fazer pressão sobre o governo. Ou seja, não foi a mágica carta de Lula que fez valer os interesses dos banqueiros. Foi a ação política de um dos mais poderosos setores da economia.
Agora, Aécio faz compromissos vagos, com evidentes interesses eleitorais, para atender Marina. Só que, sob um governo tucano, os sujeitos da luta social são reprimidos. Então, quem poderá fazer pressão para o governo Aécio respeitar tais compromissos? Marina acredita na sinceridade de Aécio, mas lavou as mãos e de antemão avisou que não tem nenhuma responsabilidade.
http://marinasilva.org.br/posicionamento-de-marina-silva-segundo-turno-da-eleicao-presidencial/

Titio Dornelles sabe tudo sobre a Petrobras

DORNELLES, O HOMEM-BOMBA DA CPI DA PETROBRAS QUE CONSTRANGE AÉCIO


Por que o Juiz Moro não vaza o que sabe sobre quem nomeou Aécio vice-presidente da Caixa?

 Testemunho do primo de Aécio à CPI da Petrobras poderia ser contribuição importante, não fosse incômoda


Senador e primo do candidato tucano presidiu o PP, responsável por Paulo Roberto Costa, o investigado, chegar aonde chegou na Petrobras. Um depoimento seu poderia ajudar a entender a engrenagem do esquema


Em depoimento na Justiça Federal do Paraná, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, disse que foi indicado pelo PP (Partido Progressista) para a diretoria de Abastecimento da empresa. Proibido pelo juiz Sérgio Moro de citar nomes de parlamentares ou autoridades que detivessem foro privilegiado, Costa citou apenas o nome de José Janene, ex-deputado, morto em 2010.


No entanto, Costa fez questão de afirmar que só conheceu Janene em 2004. É obvio que já conhecia outros membros do PP bem antes disso, afinal não se imagina que um esquema de corrupção clandestino recrute profissionais através de anúncios de empregos nos classificados de jornais ou internet do tipo “Procura-se diretor corrupto. Exige-se, além da capacidade técnica, intermediar propinas junto a empreiteiras. Remuneração: participação no rateio das propinas”.


Um dos principais líderes do PP em 2004 era o senador Francisco Dornelles (RJ), que tornou-se presidente do partido a partir de 2007, ficando até 2013. Segundo o depoimento de Paulo Roberto, foi a partir de 2007 que passou a ter mais obras em refinarias, sua área de atuação e que o esquema teria produzido mais movimentação financeira.


Não vamos aplicar a deturpação da teoria do domínio do fato para criminalizar o senador Dornelles apenas por ele ser presidente do partido. Mas no mínimo ele foi uma testemunha privilegiada de boa parte do que se passou neste período, nas conversas e reuniões partidárias.


Como senador e homem público, deve seu testemunho à CPI da Petrobras para explicar como foi o processo de aproximação de Paulo Roberto Costa com o PP, e descrever como se dava a relação do ex-diretor com o partido no período em que foi presidente da agremiação.


Mas há problemas políticos no caminho, típicos da disputa eleitoral, para este depoimento acontecer.


O senador Dornelles é também primo do candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, para quem faz campanha no Rio de Janeiro, onde é também candidato a vice-governador de Luiz Fernando Pezão (PMDB), a disputar o segundo turno. Aliás, o próprio Dornelles assinou a nomeação do então jovem recém-formado Aécio Neves diretor da Caixa Econômica Federal quando foi Ministro da Fazenda de José Sarney em 1985, o que torna mais conturbado seu necessário testemunho em uma CPI em meio ao processo eleitoral.


Infelizmente, o juiz  Sérgio Moro se contentou com a resposta, bem orientado por advogados da defesa, que incrimina apenas o ex-deputado morto e a citação da sigla partidária, sem perguntar como ocorreu o processo anterior de aproximação de Paulo Roberto com o PP, que desvendaria para o cidadão brasileiro como nascem esses esquemas de corrupção que cooptaram um engenheiro de carreira e concursado.


O depoente, por instrução do juiz para não anular o depoimento, não poderia citar nomes de pessoas com foro privilegiado, referindo-se a eles como “agentes políticos”, mas precisava detalhar como se deu sua própria atuação desde o começo, como foi a aproximação de um técnico de carreira concursado com agentes políticos do PP para cometer atos ilícitos e obter vantagens indevidas.


Em nome da transparência e do interesse público, se a Justiça Federal do Paraná deixou esta lacuna, a CPI precisa preenchê-la. Além da punição criminal de envolvidos, função de CPI é também aprimorar as instituições levando à criação de leis, normas e sistemas que evitem que tais esquemas se repitam. Conhecer a gênese e o funcionamento da engrenagem dos crimes de corrupção é tão importante como punir os responsáveis pelos ilícitos já praticados.


Outro ingrediente explosivo para o ambiente eleitoral é que Paulo Roberto Costa foi diretor da Gaspetro, subsidiária da Petrobras. Segundo seu próprio depoimento, as indicações para diretorias eram políticas desde que ele ingressou na Petrobras, em todos os governos, mas o juiz Moro também não fez perguntas sobre essas nomeações anteriores durante o depoimento. Naquele período, a Gaspetro realizou grandes obras com empreiteiras, como o gasoduto Brasil-Bolívia, e havia parcerias para construir termoelétricas a gás. O PP apoiou também o governo de FHC e indicou pessoas para cargos, inclusive o próprio Dornelles foi ministro do Desenvolvimento (1996-1998), e depois do Trabalho (1999-2002).


Outra solução para o cidadão ter conhecimento com transparência de como se deu a aproximação de Paulo Roberto Costa com o PP seria o próprio juiz  Sérgio Moro fazer outro depoimento aberto ao conhecimento público com perguntas que tragam respostas a essas lacunas. Senão, o depoimento já tomado, e explorado eleitoralmente, com versões ao gosto de marqueteiros, e de editorialistas com suas visões subjetivas dos fatos e suas preferências políticas, se tornará peça histórica de interferência indevida no processo eleitoral, qualquer que seja o resultado das urnas.


Detalhe importante que ainda será tratado devidamente: já há colunistas, como Paulo Moreira Leite, que diz ter apurado nos meios jurídicos associando a divulgação anormal do depoimento de Costa a uma possível nomeação do juiz Sérgio Moro a ministro do STF, caso Aécio Neves seja eleito.


http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/10/14/titio-dornelles-sabe-tudo-sobre-a-petrobras/

Blogueiros sujos contra Aécio, o Censor

O Conversa Afiada reafirma que ele deveria se submeter a um teste sobre se consome drogas !




Conversa Afiada reproduz do Barão de Itararé:



MANIFESTO DO CENTRO DE ESTUDOS DA MÍDIA ALTERNATIVA BARÃO DE ITARARÉ


Na semana de luta pela democratização da comunicação, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé declara o candidato Aécio Neves como o Inimigo Público nº 1 da Liberdade de Expressão e aponta o retrocesso que uma vitória do tucano significaria na luta pela regulação democrática dos meios de comunicação.


Em sua trajetória na política, Aécio Neves tem atuado ostensivamente como censor. São incontáveis os casos de intervenção direta do tucano nos veículos de comunicação e nas redes sociais para impedir a publicação de notícias negativas a seu respeito ou sobre o seu governo.


A censura praticada por Aécio Neves assume várias formas: a ligação direta para os donos dos veículos de comunicação, perseguição a jornalistas e comunicadores sociais e ações judiciais para impedir publicações e retirar conteúdos da internet.


Aécio e o PSDB são autores de duas ações para retirada de conteúdo na internet. Uma delas quer retirar da rede mundial de computadores todos os links (levantamento aponta que são mais de 20 mil conteúdos) que fizerem menção ao desvio de verbas praticado pelo tucano no governo de Minas Gerais. A outra –  que corre em segredo de Justiça! – pede que sejam tomadas providências contra perfis e comunidades na internet que relacionam Aécio ao consumo de drogas.


Durante a campanha eleitoral, Aécio Neves entrou com um processo contra o Twitter exigindo que os registros cadastrais e eletrônicos de 66 usuários da rede social lhe fossem entregues, entre os quais de blogueiros, jornalistas e ativistas digitais. Também foi amplamente divulgada a invasão do apartamento da jornalista Rebeca Mafra, pela polícia do Rio de Janeiro, por solicitação de Aécio Neves, que citou a jornalista por crime contra a honra.


Estes são apenas alguns exemplos da faceta autoritária do candidato Aécio Neves. Um político que não consegue conviver com a liberdade de expressão não terá nenhum compromisso com a sua promoção. Ao contrário, suas ações no Senado Federal mostram inclinações opostas, como ficou explícito durante a votação do Marco Civil da Internet, aliás, uma lei que em parte surgiu para responder a tentativa do senador tucano, Eduardo Azeredo, de instituir o AI 5 Digital e transformar a internet num ambiente de controle e sem liberdade.


Neste momento crucial para o avanço da democracia no Brasil, o Barão de Itararé reitera seu compromisso com a liberdade de expressão, um direito que pressupõe que todas e todos os cidadãos possam manifestar livremente suas opiniões. Tal direito só pode ser garantido se o Estado criar mecanismos que impeçam a existência de monopólios privados atuando na comunicação. E, infelizmente, o Brasil é um exemplo de como a ausência destes mecanismos traz danos irreparáveis à democracia.


Reconhecemos, ainda, que poucos passos foram dados nos últimos anos para enfrentar a necessária regulação democrática dos meios de comunicação, e assim promover mais pluralidade e diversidade na mídia brasileira, combatendo o monopólio privado da mídia que atua, no país, como partido de oposição.


Neste sentido, afirmamos que é imprescindível aumentar a mobilização da sociedade para lutar por um novo marco legal para as comunicações, ampliando a coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para uma Mídia Democrática e exigir que um novo governo da presidenta Dilma Rousseff assuma o compromisso, já sinalizado pela candidata, de fazer a regulação econômica da mídia.


O Brasil não pode andar para trás.


Contra a censura, em defesa da Liberdade de Expressão!

São Paulo, 14 de outubro de 2014

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2014/10/14/blogueiros-sujos-contra-aecio-o-censor/

As denúncias e o caso Gabriel Chalita


Em todo modelo democrático, há a influência de grupos econômicos na política. Seja nos Estados Unidos ou no Brasil, cada partido político monta alianças com grandes grupos que irão financiar suas campanhas e ter direito ao butim.
São partes interessadas todos os grupos que dependem de demandas do Estado – de empreiteiras a grupos de mídia -, que dependem da regulação pública – empresas de telecomunicações -, no caso dos EUA empresas ligadas ao complexo industrial-militar.
A diferença do Brasil é o grau de promiscuidade da política com os negócios, que chegou a tal ponto que criou uma cadeia improdutiva da corrupção, na qual todos se beneficiam.
O partido que está no poder – seja o federal ou nos estados – beneficia-se e aos seus, enquanto situação. Do outro lado, o principal partido de oposição se beneficia do discurso da denúncia – especialmente se não tem bandeiras para colocar no lugar.
Ponto central nesses jogos são os grupos de mídia. São eles que dão repercussão a denúncias. Quando isentos, são grandes fiscais da cidadania. Quando parciais, tornam-se cúmplices de jogadas do pior nível.
***
O jogo é simples. Aparece uma testemunha qualquer, com idoneidade ou não, e faz uma acusação verbal contra o alvo a ser destruído. Pouco importa se a acusação tem fundamento ou não. Aceitam-se até acusações em off, sem a menor garantia de que exista ou não um acusador.
O passo seguinte é conseguir um procurador que transforme a manchete em inquérito. Depois, há a investigação de praxe, que fornecerá mais materiais para denúncias, em um processo de retroalimentaçao.
No final, pouco importa se nada foi apurado, se a pessoa era inocente, se as denúncias eram falsas. O estardalhaço foi suficiente para liquidar com sua vida ou carreira política. E nada ocorrerá com os que participaram da trama - de procuradores e veículos de mídia.
***
Um exemplo notório desse jogo é o que ocorreu com o ex-deputado Gabriel Chalita.
Secretário da Educação de Geraldo Alckmin, acumulou um bom cacife eleitoral.
José Serra cercou seu espaço no PSDB e Chalita se viu obrigado a mudar de partido. Foi para o PMDB, candidatou-se a prefeito de São Paulo e obteve 13% dos votos. Seria um candidato competitivo ao governo do estado de São Paulo.
***
De repente, aparece um ex-assessor com uma denúncia amplamente repercutida pela revistaVeja – que sempre atuou como braço armado de Serra.
Na sequencia, o então Procurador Geral da República Roberto Gurgel enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de abertura de inquérito contra ele. Em São Paulo, foram abertos 11 inquéritos pelo Ministério Público Estadual.
Os jornais de São Paulo foram inundados de declarações dos promotores estaduais, divulgandodocumentos, fotos, e-mails do ex-assessor, mesmo antes de apurar sua consistência e veracidade.
***
A maior parte das denúncias foi arquivada, por falta de provas. Restaram alguns episódios menores, de âmbito administrativo. Mas a carreira política de Chalita estava liquidada; sua vida pessoal, devassada. O que aconteceu com os veículos que divulgaram as falsas denúncias?
Nada. No precário modelo jurídico brasileiro, eles têm liberdade para matar.
http://jornalggn.com.br/noticia/as-denuncias-e-o-caso-gabriel-chalita

Cúpula da Rede deixa partido denunciando que ele se tornou mercadoria à venda


Jornal GGN - Sete coordenadores do Rede Solidariedade em São Paulo saíram do partido em protesto à adesão de Marina à candidatura de Aécio Neves. São eles os coordenadores executivos Valfredo Pires e Marcelo Pilon; os coordenadores de comunicação Emílio Franco e Renato Ribeiro; os coordenadores de finanças Gérson Moura e Marcelo Saes e o coordenador de organização Washington Carvalho.
No manifesto divulgado dizem que: ""Um apoio, explícito ou velado, por parte da Rede a qualquer um dos candidatos finalistas reforça o argumento daqueles que acusam a sigla de ser mais do mesmo, de ser só uma nova roupagem para a velha e corrupta política que tanto nos dispusemos a combater".
Na parte mais dura do manifesto: "As nossas esperanças de um Brasil mais justo, mais ético e mais sustentável mostraram-se como mercadorias, à venda por promessas que não surtirão resultados a médio e a longo prazo", ressaltou.

Da Folha

Apoio a Aécio provoca debandada na cúpula da Rede em São Paulo

Em carta, sete coordenadores do partido pediram renúncia de suas atribuições
GUSTAVO URIBEDE SÃO PAULO
O apoio da ex-senadora Marina Silva (PSB) ao candidato do PSDB à sucessão presidencial, Aécio Neves, causou uma debandada na Executiva Estadual da Rede em São Paulo.
Em carta divulgada nesta segunda-feira (13) sete coordenadores do partido, que não conseguiu autorização na Justiça Eleitoral e foi abrigado pelo PSB na disputa eleitoral deste ano, pediram renúncia de suas atribuições no comando estadual.
No texto, o grupo afirma que o apoio a qualquer um dos candidatos à sucessão presidencial neste segundo turno reforça a polarização entre PT e PSDB, criticada pela Rede no primeiro turno da disputa eleitoral.
"Um apoio, explícito ou velado, por parte da Rede a qualquer um dos candidatos finalistas reforça o argumento daqueles que acusam a sigla de ser mais do mesmo, de ser só uma nova roupagem para a velha e corrupta política que tanto nos dispusemos a combater", disse.
Em uma crítica ao PSDB, o grupo afirma que não pode servir indiretamente a um projeto de poder que "já foi testado" e com o qual não concorda. Ele ressalta ainda que não responderá pelo "assassinato" de ideais e princípios que o atraíram à Rede.
"As nossas esperanças de um Brasil mais justo, mais ético e mais sustentável mostraram-se como mercadorias, à venda por promessas que não surtirão resultados a médio e a longo prazo", ressaltou.
Ao todo, deixaram a Executiva da Rede em São Paulo os coordenadores executivos Valfredo Pires e Marcelo Pilon; os coordenadores de comunicação Emílio Franco e Renato Ribeiro; os coordenadores de finanças Gérson Moura e Marcelo Saes e o coordenador de organização Washington Carvalho.
"No primeiro turno, a Rede tinha como discurso sair da polarização entre PSDB e PT. E, agora, quebra-se essa posição", criticou Pires.
Em nota divulgada na última sexta-feira (10) a Executiva Nacional da Rede manifestou como legítimos no segundo turno os votos de seus militantes "em branco, nulo ou em Aécio Neves".
O porta-voz da Rede em São Paulo Alexandre Zeitune lamentou o desligamento dos coordenadores do comando estadual do partido.
"A Rede esclarece que, apesar da tentativa de construir um diálogo com respeito a opiniões diversas, não foi possível se chegar a um consenso", afirmou, por meio de nota.
http://jornalggn.com.br/noticia/cupula-da-rede-deixa-partido-denunciando-que-ele-se-tornou-mercadoria-a-venda

É assim que a justiça age sorrateiramente quando é para beneficiar aqueles que são seus protegidos

Votos de Toffoli e Mello podem anular condenações do caso TRT

Jornal GGN – Os réus do caso TRT tentaram uma manobra jurídica para anular a condenação. Consistia em abrir mão de seu advogado – acusando-o de abandono de caso. Depois, contratou um ex-Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Sepúlveda Pertence, que alegou que o réu José Eduardo Ferraz sofreu cerceamento de defesa.
O HC foi concedido pelo Ministro Félix Fischer, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Que sequer ouviu o Ministério Público Federal. Depois, subiu para o STF. Lá, os Ministros Luis Roberto Barroso e Rosa Weber negaram o pedido, tratando a demissão do advogado como manobra.
No entanto, os réus foram beneficiados pelos três Ministros restantes da turma. Luiz Fux não votou, alegando suspeição. E os votos a favor foram de Dias Toffolli e Marco Aurélio de Mello.
O MPF considerou " estarrecedor que processo incluído no Programa Justiça Plena', do Conselho Nacional de Justiça, tenha condenação anulada --oito anos após o julgamento pelo TRF-3 e dois anos após a inteira confirmação desse julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça".
As informações foram divulgadas pelo jornalista Frederico Vasconcellos.
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