segunda-feira, 19 de março de 2012

Thor Batista abre Twitter para esclarecer acidente



Thor Batista abre Twitter para esclarecer acidenteFoto: Divulgação

FILHO DE EIKE BATISTA PROMETE APOIO PARA A FAMÍLIA DE WANDERSON PEREIRA, ATROPELADO POR ELE NA NOITE DO ÚLTIMO SÁBADO, E RECLAMA DE FALTA DE ILUMINAÇÃO NA BR-040, LOCAL DO ACIDENTE

19 de Março de 2012 às 23:10
247 - Filho do empresário Eike Batista, Thor usou o Twitter na noite desta segunda-feira para expor sua versão do acidente em que se envolveu e causou a morte do ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira. "Boa noite twitteiros. Acabo de criar este perfil pois a família da vítima e amigos merecem esclarecimentos autenticos e votos de apoio.", introduziu, pedindo o auxílio do pai, por meio do próprio microblog, para amplificar o alcance de suas explicações.
Thor disse que permaneceu dentro dos limites de velocidade e reclamou da falta de iluminação da BR-040, pela qual trafegou "cerca de seis vezes dentro de um ano". Em seu relato, o acidente ocorreu da seguinte forma: "Vinha na faixa esquerda com muito cuidado, sem ao menos dialogar com o meu carona, repentinamente um ciclista atravessou do acostamento do lado direito ate o meio da faixa da esquerda, onde trafegam veiculos. Minha imediata reacao foi aplicar forca total nos freios do carro, segurando o volante reto, mas infelizmente foi impossivel evitar a colisao".
Leia o relato  na íntegra (ou no https://twitter.com/#!/Thor631):
1 - Descia a BR-040 após um almoço com amigos, coisa que faço uma vez por mes. No restaurante Clube do Filet em Itaipava.
2 - Durante todo o trajeto, a velocidade do veiculo SLR Mclaren permaneceu dentro dos limites da lei, realizei ultrapassagens. A Estrada
3 - Perto do local do acidente, nao tem iluminacao, por isso utilizava o Farol alto, farol de milha e farol de neblina. Trafeguei por ali
4- cerca de 6 vezes dentro de 1 ano, estava consciente que frequentemente ciclistas atravessam a faixa dupla da auto estrada. 
5- Vinha na faixa esquerda com muito cuidado, sem ao menos dialogar com o meu carona, repentinamente um ciclista atravessou do
6- acostamento do lado direito ate o meio da faixa da esquerda, onde trafegam veiculos. Minha imediata reacao foi aplicar forca total nos
7- Freios do carro, segurando o volante reto, mas infelizmente foi impossivel evitar a colisao.
8- Me recordo que Wanderson empurrava a bicicleta com o pé esquerdo no chao. 
9 - Sentado, porem, no banco da bicicleta. A frenagem trouxe o carro de 100 KM/H até 90 KM/H até o momento da colisao apenas, infelizmente.
Eu conduzo carros com transmissao automatica com 1 pé no acelerador e outro no freio, o que possibilita uma reacao muito mais rapida.
10- Após a colisao, a pressao no pedal do freio continuava, trazendo o veiculo ate 20 Km/h. Meu dever era levar o veiculo ate o acostamento.
11- O forte impacto quebrou o para-brisa, provocando cortes no meu corpo e impossibilitando a minha visão
12- Abri, entao, a porta do motorista, botei a cabeça para fora do carro e conduzi o veiculo ate um local seguro, evitando outra colisao.
13- Estacionei o carro longe da colisao, diria que 200 metros de distancia. Liguei o pisca-alertas e com o auxilio de outros consegui sair.
14- Estava com dores no corpo, com muito sangue no corpo, tremendo de nervosismo, traumatizado. Nunca tinha sofrido um acidente.
15- Por estes motivos, eu estava fisicamente, psicologicamente e emocionalmente INCAPACITADO de prestar socorro ao Wanderson.
16- Outros motoristas vieram me auxiliar. Pedi para que os mesmos chamassem ambulancia urgentemente e prestassem socorros, ja que eu tive -
17- Que ser levado urgentemente ao posto medico do pedágio a 3KM de distancia da colisao, pois sangrava muito e estava atordoado.
18- Ainda no carro a caminho do posto medico, liguei para uma das pessoas que se responsabilizou por prestar socorros a Wanderson.
19- Pois queria muito saber o estado da vítima.Fui informado que a ambulancia ja estava no local da colisao e havia constatado, infelizmente
20 - fui informado que a Wanderson Pereira dos Santos havia falecido. Fiquei sem reação no momento. 
21- Chegando no posto medico da CONCER, ao lado do pedágio, os enfermeiros me levaram para dentro de uma ambulancia. cuidaram primeiro 
22- do carona, que suspeitava ter fraturado a mao.Na minha vez, ele constatou que eu precisava ir ate um Hospital urgentemente 
23- Pedi ao menos para que o enfermeiro jogasse soro no meu braco direito, todo cortado, antes de partir.
24- No meu caminho para o hospital, liguei antes para meu medico, Dr Fabio de Oliveira Jucá. Ele recomendou que eu fosse atendido em minha
25- Casa, e que iria ao meu encontro. Fui levado entao para minha casa, como o medico sugeriu
26- Chegando em casa, contra a ordem do medico, cheio de sangue, cortado e traumatizado, resolvi voltar ao local da colisao para apoiar
27- a Familia e amigos de Wanderson. No caminho de volta, fui informado que houve muito dilaceramento no corpo.
28- Chegando no mesmo pedágio de antes, notei uma movimentacao no posto da POLICIA RODOVIARIA FEDERAL, pedi para ser deixado ali.
29- Ao sair do carro, conversei com alguns agentes da PRF. Um deles me recordo o nome, Agente Penin, sangue O positivo.
30- Perguntei se a vitima tinha recebido assistencia medica. Os agentes me informaram que ele estava sendo retirado naquele momento.
Pedi, imediatamente para que eu fizesse o teste do Bafometro. O resultado foi 0,0. Perguntei entao quais seriam os procedimentos que eu -
32 - deveria tomar, se eu devia voltar ao local da colisao ou se devia prestar depoimento á PRF.
33- Fui levado para dentro da cabine da PRF, onde descrevi todo o ocorrido, num formulario da PRF e assinei, com meus dados pessoais.
34- Um agente da PRF sugeriu que eu fosse numa outra delegacia, mas o meu advogado que estava presente sugeriu que fosse melhor deixar para
35- um outro dia, pois poderia haver muita imprensa na outra delegacia e ia ser ainda pior pra mim, mais uma vez a imprensa ia querer fazer
36- injustiça comigo. Fui autorizado pela PRF a voltar para casa, para que dessem auxilio médico de emergencia, pois eu ainda estava
37- sangrando, com pedacos de vidro da cabeça aos pés. Me ocorreu na hora que eu faria questao de dar todo o apoio á familia de Wanderson.
38- Ordenei que meu advogado entrasse em contato com a familia da vitima, garantindo que EU ia prestar auxilio, assim como pagar o enterrro.
39- No dia seguinte, meu advogado me informou que havia sido feita a pericia do carro no local do acidente, e que o carro teria sido 
40- liberado pela PRF para que pudessemos traze-lo para casa, garantindo deixá-lo intacto.

Cachoeira e mais 80 denunciados por MPF



Cachoeira e mais 80 denunciados por MPFFoto: Folhapress

PROMOTORES ABREM AÇÃO PENAL POR CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO, EXPLORAÇÃO DE JOGOS DE AZAR E CORRUPÇÃO, ENTRE OUTROS; QUADRILHA ERA PROTEGIDA POR POLICIAIS MILITARES, CIVIS E AUTORIDADES; PF TEM 289 GRAVAÇÕES DE CONVERSAS ENTRE CACHOCEIRA E O SENADOR DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO)

19 de Março de 2012 às 19:40
O Ministério Público Federal em Goiás ofereceu denúncia nessa segunda-feira contra 81 pessoas envolvidas com a máfia dos caça-níqueis, desarticulada pela Operação Monte Carlo, que aconteceu no último dia 29 de fevereiro. Segundo os procuradores da República Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira a organização criminosa agia há mais de 10 anos em Goiás e no Entorno do Distrito Federal.
A quadrilha era encabeçada pelo empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira e explorava pontos de jogatina em máquinas caça-níqueis e se mantinha com apoio de policiais civis, militares e até membros destacados da Polícia Federal. As relações de Cachoeira iam além do mundo dos jogos de azar: as escutas telefônicas descobriram que ele mantinha contatos bem assíduos com políticos influentes, como o senador Demóstenes Torres (DEM), inclusive com rádio Nextel habilitado nos EUA para conversarem em segredo. Não tão em segredo, pois a PF descobriu e gravou 298 conversas reservadas do Senador Cachoeira com o “Professor”.
“Esses agentes organizavam pseudoatuações, simulações de trabalhos policiais, tudo para conferir impressão de enfrentamento ao crime, ou, em outros casos, eram utilizados para eliminação de concorrentes e desarticulação de pessoas que se afastavam do controle e orientação do grupo, viabilizando um domínio territorial rígido, de longo prazo e cartelizado da atividade, monopolizando-a em todo o estado”, detalha a denúncia.
Segundo os procuradores esta é a primeira de uma série de denúncias sobre o caso e que esta peça foca na formação de quadrilha armada, corrupção, peculato e violação de sigilo perpetrado por servidores públicos federais, estaduais e municipais.
Nessa primeira denúncia, o Ministério Público Federal pede que seja fixado valor mínimo para reparação dos danos causados pela quadrilha aos cofres públicos, nos termos do artigo 387, IV, do CPP, ou seja, se depender do MPF/GO os criminosos deverão pagar a “conta” dos gastos que o Estado teve para coibir a criminalidade, inclusive em razão das atividades frustradas pelos contínuos vazamentos de informações por servidores públicos. Para tanto, a Secretaria Nacional de Segurança Pública deverá informar os custos para a União no envio e manutenção da Força Nacional de Segurança, no período de maio a agosto de 2011, no Entorno do Distrito Federal, para efetivação do enfrentamento à jogatina e outros delitos, enfatizam os procuradores da República responsáveis pela denúncia.
Veja aqui a relação dos denunciados:

Preconceito e privilégio no caso do atropelamento causado por Thor


Preconceito e privilégio no atropelamento com morte de um ciclista pelo filho do bilionário Eike Batista


O filho mais velho do bilionário Eike Batista com a modelo Luma de Oliveira, Thor de Oliveira Fuhrken Batista, atropelou e matou o ajudante de caminhão Wanderson Pereira dos Santos, aproximadamente às 19h30 do último sábado. Seria apenas mais uma morte nas estradas, caso Thor não fosse filho de quem é. Por causa disso, o atropelamento bombou nas redes sociais.

Segundo o SOS Estradas, acidentes nas estradas brasileiras matam 35 pessoas por dia e ferem outras 417, das quais 30 morrem. Ou seja, 65 mortos por dia. Portanto, o que define se um acidente vai ser notícia ou não depende dos envolvidos.

Foi o que aconteceu no caso do atropelamento de sábado. O jovem filho do bilionário atropelou o ciclista e reconheceu que o fez. Não fugiu. E se dispôs a ajudar a família no que fosse necessário - o que está fazendo, segundo se informa até o momento.

No entanto, a partir daí as opiniões entram em conflito. Segundo Thor e mais uma testemunha (ou duas, de acordo com a fonte) o ciclista atravessou a rodovia Rio-Petrópolis, quando foi atropelado. Segundo outra testemunha, o ciclista estava no acostamento e foi atingido de frente.

Thor pilotava uma Mercedes-Benz SLR McLaren prata, placa EIK-0063, ano 2006, o que, convenhamos, é um luxo pra nós, mas não para um bilionário - 2006?

Aí entram o privilégio e o preconceito. Alguns defenderam o jovem, por ser filho de quem é. Outros o condenaram pelo mesmo motivo. Puro preconceito.

Mas, o que não se pode admitir é o privilégio. Segundo o Código Nacional de Trânsito, em acidentes com vítimas o(s) veículo(s) deve(m) permanecer no local à espera da perícia. Ou, em caso de atrapalharem o trânsito, ser(em) levado(s) a local seguro.

No entanto, advogado do filho de Eike conseguiu pegar o carro e levá-lo para local incerto e não sabido (como gostam de dizer as reportagens policiais), com a promessa de que ele não seria adulterado. Se não fosse advogado de quem é, teria conseguido?

Preconceito e privilégio são duas faces da moeda do sistema capitalista, baseado no ressentimento.

O caso lembra o atropelamento e morte do filho da atriz Cissa Guimarães, como bem observou o Jornal do Brasil:

Em julho de 2010, o empresário Roberto Bussamra, pai do atropelador do filho da atriz Cissa Guimarães, foi indiciado por corrupção ativa depois de ter, segundo policiais militares, oferecido R$ 10 mil para que liberassem seu filho e o carro envolvido na morte do músico.

Na noite do atropelamento, o carro que matou o skatista Rafael Mascarenhas foi retirado do Túnel Acústico, na Gávea, irregularmente, e foi enviado para uma oficina mecânica, em Quintino, na Zona Norte do Rio, para que se consertasse os estragos feitos pelo atropelamento. Eliminando assim, possíveis provas. A suspeita da polícia, era de que o carro de Rafael Bussamra era usado para fazer um pega no momento do acidente. O Túnel Acústico estava fechado para manutenção, mas o atropelador conseguiu adentrá-lo por meio de um vão de emergência.

Segundo o JB, o advogado Cléber Carvalho Rumbelsperger, contratado pela família do ajudante de caminhão atropelado pelo filho do bilionário (advogado de ajudante de caminhão? Hum! Eles [advogados] são rápidos e oportunistas como camelôs... rsrs), afirmou que alguns procedimentos adotados são irregulares:

A primeira suspeita do advogado é sobre as poucas informações da perícia que teria sido realizada no local do acidente e no veículo usado por Thor. A outra suspeita recai sobre o fato do advogado da família de Thor ter ido à delegacia no lugar do atropelador e, em seguida, ter retirado o veículo do pátio da Polícia Rodoviária Federal.

"O documento de ocorrência policial (registro de ocorrência) não diz absolutamente nada. A polícia não ouviu ninguém, ao que me consta. Isso não é de praxe, não é comum se ver isso. É muito estranho que o atropelador deixe o local da morte sem ter ido à delegacia. O motorista foi abordado por policiais na hora do acidente, deveria ter ido à delegacia de polícia para prestar esclarecimentos, mas isto não aconteceu", destacou o representante da família da vítima, baseado numa cópia do registro de ocorrência.

Se o ciclista ajudante de caminhão fosse o bilionário e o atropelador o ajudante de caminhão, a história seria contada do mesmo modo? Familiares conseguiriam retirar a "Brasília amarela" do local, com a promessa de mantê-la intacta?

O que você acha?
http://blogdomello.blogspot.com.br/2012/03/preconceito-e-privilegio-no.html 

Vereador, ciclista, de SP tem escolta policial para não ser atropelado


Escoltado com dinheiro do contribuinte


Em junho de 2011, um ciclista também foi atropelado por um ônibus, mas desta vez na avenida Sumaré, na zona oeste, e também morreu após o acidente. O ciclista era presidente do Conselho de Administração do Grupo Lorenzetti, fabricante de duchas e chuveiros.

Juliana Ingrid Dias, de 33 anos,morreu no dia 03 de março de 2012, ao ser atropelada por um ônibus, na Avenida Paulista, na capital paulista. No momento do acidente, seguia de bicicleta para o trabalho.

Esses dois cidadãos paulistanos não tiveram a “sorte” do vereador José Police Neto (ex PSDB e atual PSD-SP- partido do prefeito Gilberto Kassab), morreram por que não tinha escolta da Policia Militar,pago com dinheiro publico, para desviar o transito, impedido que fossem atropelados.

O vereador tucano, presidente da Câmara Municipal de São Paulo esbanjada regalias oferecidas à custa do contribuinte. Ele tem a sua disposição uma equipe de PMs que o escoltam pelas avenidas sempre que sai pedalar pelas ruas da cidade

Imaginem a seguinte situação: todos os políticos, querendo fazer campanha demagógica de civilidade resolvessem ir trabalhar de bicicleta escoltada por dois PMS. O paulistano que já que não agüenta mais tanta violência,tem que engolir mais essa?

Segundo uma matéria publicado no jornal Folha de São Paulo nesta sexta feira (16), há poucos dias, quando um motorista mostrou ao vereador que todos correm riscos por igual no trânsito da capital, ao fechar sua passagem em uma rua , um dos PMs que pedalavam com o político do PSDB obrigou o motorista a descer do carro e a ouvir um sermão.

Não seria mais lógico o folgado vereador, exigir que seus pares e ele mesmo apresentassem projeto para ciclovias em toda a cidade ?Andar com Guarda-costas, pago pelo cofre publico é muito fácil.

E os milhares de ciclistas Brasil afora, também não merecem uma escolta, ou ele acha que é superior só porque exerce a função de vereador, isso sim é que é ter mentalidade atrasada

Rodarte sobre Sabino: “Esse cara não presta”



Rodarte sobre Sabino: “Esse cara não presta”Foto: Divulgação

EX-PATRÃO DE EX-REDATOR-CHEFE DA REVISTA VEJA DEIXA SUA FAMOSA CALMA DE LADO; “ESSE SUJEITO SÓ QUER ME ENCHER A PACIÊNCIA”, DISSE PRESIDENTE DA COMPANHIA DE NOTÍCIAS AO 247; MARIO SABINO ACIONOU O ESCRITÓRIO PINHEIRO NETO PARA PRESSIONAR A CDN EM QUE FOI RECEBIDO DE BRAÇOS ABERTOS MENOS DE DOIS MESES ATRÁS; “ELE FICOU AQUI CINCO DIAS ÚTEIS”, CONTABILIZA O EMPRESÁRIO

19 de Março de 2012 às 18:59
247 – Avançou para o litígio, com a entrada em cena do mais conhecido escritório de advocacia do Brasil, o Pinheiro Neto, o episódio da contratação pela Companhia de Notícias do ex-redator-chefe da revista Veja, Mario Sabino. O vínculo entre as duas partes terminou, mas Sabino acredita ter contas a acertar. Contas de tal monta, supõe-se, que o fizeram movimentar a famosa banca advocatícia para buscar direitos junto ao empresário João Rodarte, presidente da empresa. O gesto surpreendeu ao próprio Rodarte, que ao 247 reagiu sem meias palavras:
- Esse cara não presta. Trabalhou aqui cinco dias úteis. Ficou esse período, viajou para a Argentina durante toda a semana do carnaval e saiu em seguida. Acertei tudo direitinho com ele, que saiu daqui feliz e satisfeito. Agora, como parece que não tem nada para fazer, quer me encher a paciência. Só pode ser isso, disse Rodarte, famoso entre a mídia por seu temperamento calmo e pacífico.
Na quinta-feira 22, os advogados da CDN e de Sabino irão se reunir. Será neste momento que a empresa vai saber o que o ex-vice presidente de Relações com o Governo está querendo. Em sua contratação, Sabino foi saudado em uma amistosa carta de boas-vindas dirigida por Rodarte a todos os seus colaboradores. Em diferentes reportagens, 247 procurou mostrar que a relação tinha tudo para dar errado, em razão do histórico de polêmicas e casos mal explicados que envolvem Sabino.
“Eu não sei o que ele pode estar querendo, além de me encher”, diz Rodarte. “Como eu disse, acertamos tudo o que havia para acertar e ele saiu daqui sorrindo”.
Na prática, porém, Sabino agiu mais uma vez à sua própria maneira, espalhando, logo após a sua saída, versões desabonadoras sobre os profissionais que integram a equipe da CDN. Em conversas com diferentes jornalistas, ele classificou o ambiente como “de muita mediocridade”, o que o tornaria, para ele, “insuportável”. Sabino anda anunciando que irá montar uma empresa de assessoria “para poucos e bons”, seja lá o que isso for. Na mídia, ele conta com o apoio irrestrito do blogueiro Reinaldo Azevedo, porta-bandeira da direita política na versão eletrônica da revista Veja. E só.

Claramente a favor do aborto



Há algum tempo, a política brasileira tem sido periodicamente chantageada pela questão do aborto. Tal chantagem demonstra a força de certos grupos religiosos na determinação do ordenamento jurídico brasileiro, o que evidencia como a separação entre Igreja e Estado está longe de ser uma realidade efetiva entre nós. Uma das expressões mais claras dessa força encontra-se no fato de mesmo os defensores do aborto não terem coragem de dizer isso com todas as letras.
Sempre somos obrigados a ouvir afirmações envergonhadas do tipo: “Eu, pessoalmente, sou contra, afinal, como alguém pode ser a favor do aborto? Mas esta é uma questão de saúde pública, devemos analisá-la de maneira desapaixonada…”

Talvez tenha chegado o momento de dizermos: somos sim absolutamente a favor do aborto. Há aqui uma razão fundamental: não há Estado que tenha o direito de legislar sobre o uso que uma mulher deve fazer de seu próprio corpo. É estranho ver algumas peculiaridades brasileiras. Por exemplo, o Brasil deve ser um dos poucos países onde os autoproclamados liberais e defensores da liberdade do indivíduo acham normal que o Estado se arrogue o direito de intervir em questões vinculadas à maneira como uma mulher dispõe de seu próprio corpo.
Há duas décadas, a artista norte-americana Barbara Kruger concebera um cartaz onde se via um rosto feminino e a frase: “Seu corpo é um campo de batalha”. Não poderia haver frase mais justa a respeito da maneira com que o poder na contemporaneidade se mostra em sua verdadeira natureza quando aparece como modo de administração dos corpos e de regulação da vida. Esta é a função mais elementar do poder: fazer com que sua presença seja percebida sempre que o indivíduo olhar o próprio corpo.
Nesse sentido, não deixa de ser irônico notar como alguns setores do cristianismo, como o catolicismo e algumas seitas pentecostais, parecem muito mais preocupados com o corpo de seus fiéis que com sua alma. Daí a maneira como transformaram, a despeito de outros segmentos do cristianismo, problemas como o aborto, a sexualidade e o casamento homossexual em verdadeiros objetos de cruzadas. Talvez seria interessante lembrar: mesmo entre os cristão tais ideias são controversas. Os anglicanos não veem o aborto como um pecado e mesmo entre os luteranos, embora se digam contrários, ninguém pensaria em excomungar uma fiel por ela ter decido fazer um aborto.
É claro que se pode sempre contra-argumentar dizendo que problemas como o aborto não podem ser vistos exclusivamente como uma questão ligada à autonomia a que tenho direito quando uso meu corpo. Pois haveria outra vida a ser reconhecida enquanto tal. Esse ponto está entre os mais inacreditáveis obscurantismos.
Uma vida em potencial não pode, em hipótese alguma, ser equiparada juridicamente a uma vida em ato. Um embrião do tamanho de um grão de feijão, sem autonomia alguma, parasita das funções vitais do corpo que o hospeda e sem a menor atividade cerebral não pode ser equiparado a um indivíduo dotado de autonomia das suas funções vitais e atividade cerebral. Não estamos diante do mesmo fenômeno. A maneira com que certos grupos políticos e religiosos se utilizam do conceito de “vida” para unificar os dois fenômenos (dizendo que estamos diante da mesma “vida humana”) é apenas uma armadilha ideo-lógica. A vidahumana não é um conceito biológico, mas um conceito político no qual encontramos a sedimentação de valores e normas que nossa vida social compreende como fundamentais. Se dizemos que alguém desprovido de atividade cerebral está clinicamente morto, mesmo se ele conservar grande parte de suas funções vitais ainda em atividade graças a aparelhos médicos, é porque autonomia e autocontrole são valores fundamentais para nossa concepção de vida humana.
Assim, quando certos setores querem transformar o debate sobre o aborto em uma luta entre os defensores incondicionais da vida e os adeptos de alguma obscura cultura da morte, vemos a mais primária tentativa de transformar a vida em um conceito ideológico. Isso se admitirmos que será necessariamente ideológico um discurso que quer nos fazer acreditar que “as coisas falam por si mesmas”, que nossa definição de vida é algo assentado nas leis cristalinas da natureza, que ela não é uma construção baseada em valores sociais reificados.
Levando isso em conta, temos de saudar o fato de alguns arautos do conservadorismo pretenderem colocar tal questão na pauta do debate político brasileiro e esperar que existam algumas pessoas dispostas a compreender a importância do que está em jogo. Desativar as molas do poder passa pela capacidade de colocá-lo a uma distância segura de nossos corpos.

Oposição promete incendiar senado com primeira CPI da era Dilma


Planalto tenta impedir que senadores ‘rompidos’ do PR viabilizem primeira CPI do governo Dilma 


Menos de uma semana depois de ter sido nomeado líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) recebeu sua primeira missão espinhosa. Tenta evitar que os sete senadores do PR, “rompidos” com o Planalto desde a semana passada, viabilizem a primeira CPI da Era Dilma Rousseff.
Nesta segunda (19), Álvaro Dias (PR), líder do PSDB, ressuscitou um pedido de CPI formulado no ano passado. Destina-se a investigar a corrupção na aplicação das verbas federais da Saúde. Para ficar em pé, o requerimento depende apenas das assinaturas dos senadores do PR.
Ao farejar o cheiro de queimado, Eduardo Braga apressou-se em pedir uma audiência com o colega tucano. Na conversa, argumentou contra a abertura da investigação legislativa. Alegou que a CPI pode incendiar o Senado, conspurcando o funcionamento da Casa.
Alheio aos apelos, Álvaro programou-se para procurar, nesta terça (20), os senadores Blairo Maggi (MT) e Alfredo Nascimento (AM), respectivamente líder e presidente do PR. Vai pedir a adesão do partido à CPI.
Será o primeiro teste à seriedade do alegado “rompimento” do PR com o governo. O partido declarou-se “em oposição” na semana passada, depois de ter sido informado de que não teria de volta o Ministério dos Transportes.
O pedido de CPI da Saúde havia sido formulado em abril de 2011, nas pegadas de uma auditoria do TCU. Numa inspeção feita sobre 2,5% das verbas liberadas pelo Ministério da Saúde entre 2007 e 2009, destectaram-se desvios de mais de R$ 600 milhões.
Para reforçar o pedido, Álvaro Dias adicionou aos achados do TCU os fatos revelados neste domingo (18) em reportagem do ‘Fantástico’. O programa da TV Globo levou ao ar apuração que consumiu dois anos de trabalho.
Autorizado pela direção do Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um repórter fez-se passar por chefe do setor de compras. Nessa função, abriu licitações para a aquisição emergencial de produtos e serviços.
Sem saber que estavam sendo filmados, representantes de quatro empresas ofereceram propina ao falso chefe de compras para vencer as licitações. As ofertas, explícitas e por vezes debochadas, resultaram em cenas chocantes.
Na origem, a oposição planejara abrir uma CPI mista, com deputados e senadores. No Senado, são necessárias 27 assinaturas, já coletadas. Na Câmara, exige-se um mínimo de 171 rubricas, ainda não atingido.
Agora, aproveitando-se da rebelião do PR, o tucanato decidiu concentrar-se no Senado. Supondo-se que os sete senadores rebeldes acomodem seus jamegões no requerimento de CPI, o número de adesões sobe para 34.
Desse modo, o governo teria maiores dificuldades para pressionar aliados a retirarem assinaturas do pedido de CPI. Daí a movimentação preventiva de Eduardo Braga.

Nobel da Paz defende lei da Libéria que criminaliza homossexualidade


Blair, Sirleaf e a jornalista do Guardian. As respostas da presidente da Libéria deixaram o ex-premiê britânico desconfortável
Blair, Sirleaf e a jornalista do Guardian. As respostas da presidente da Libéria deixaram o ex-premiê britânico desconfortável
Ao longo dos anos, o Comitê Norueguês do Nobel já recebeu diversas críticas por conta de suas escolhas para o prêmio Nobel da Paz, cujo objetivo é celebrar as ações daqueles que tomaram atitudes para promover a paz no mundo. Neste ano, ao dividir o prêmio entre as ativistas Leymah Gbowee e Tawakul Karman e a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, o comitê saiu ileso diante dos críticos. Até esta segunda-feira.

Nesta segunda, o jornal britânico The Guardian publicou uma entrevista conjunta com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair e com Sirleaf,reeleita para a presidência da Libéria em novembro de 2011, e o resultado foi bombástico. Na frente de Blair, que se notabilizou, entre outras coisas, por comandar um governo que defendia os direitos dos homossexuais, Sirleaf defendeu as leis da Libéria que consideram crime passível de prisão de um ano a “sodomia voluntária” e se esquivou até mesmo de pronunciar a palavra “homossexualidade”.
“Eu já tomei uma posição sobre isso… não vamos assinar tal lei.” “Eu não vou assinar nenhuma lei que tenha a ver… com essa área. Absolutamente nenhuma. Nós gostamos de nós da maneira que somos” (…) “Temos alguns valores tradicionais em nossa sociedade que gostaríamos de preservar”.
Questionado sobre as respostas de Sirleaf, Blair, que está na Libéria como fundador da organização Africa Governance Initiative (AGI), disse que o foco de sua instituição era a infra-estrutura e a geração de empregos na Libéria e que não ia comentar a posição de Sirleaf sobre este assunto. A jornalista pressionou Blair para obter uma resposta, mas foi interrompida por Sirleaf, que se mostrou irritada.
Blair se recusou a dar qualquer conselho sobre reformas para os direitos dos gays. Ele soltou uma risada abafada depois que Sirleaf o interrompeu para deixar claro que Blair e sua equipe só poderiam fazer aquilo que ela disse que eles poderiam. “A AGI Libéria tem termos de referência específicos. Eles cumprem suas funções nesses termos de referência. É só isso que pedimos deles”, disse ela, cruzando os braços e encostando na cadeira.
Confira o vídeo abaixo:

ENTREVISTA COM O CANDIDATO: Ronaldo Lessa (PDT)




O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) é o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para prefeitura de Maceió. Lessa quer voltar ao posto em que, segundo ele, se sentiu mais à vontade. “Se naquela época houvesse a possibilidade de reeleição, eu certamente teria tentado”, afirma. Sem cargo desde 2006, quando não conseguiu se eleger senador, o alagoano quer editar novamente a aliança que o levou ao segundo turno em 2010, quando tentava voltar novamente ao governo do estado.
O que faz o senhor querer voltar ao cargo? Na verdade, se naquela época houvesse a possibilidade de reeleição, certamente teria tentado. Fui vereador e deputado, mas me encontrei muito mais no poder executivo. Acho que porque sou engenheiro civil. Meu plano era o Senado, algo que ainda não fiz, mas a possibilidade que existe no momento é disputar a capital. De tudo o que fiz, ser prefeito foi o que mais gostei.

Que partidos o apóiam? Minha candidatura está sendo estimulada principalmente por aqueles que me acompanharam na eleição de 2006. Tenho a simpatia do PT, PCdoB, PMDB, PV e PTB, embora alguns também tenham pré-candidato.

O prefeito Cícero de Almeida (PP) pode apoiá-lo? Acredito que sim. O candidato de coração do Cícero é Mozart Amaral (PMDB), secretário de obras. É um cara ótimo. Tenho uma boa relação com ele, mas não acredito que sua candidatura ganhe densidade até junho. Nessas circunstâncias, sobretudo se o PMDB caminhar comigo, acredito, sim, no apoio do prefeito.

João Lyra (PSD), que retirou sua candidatura em 2004 em prol de Cícero, também pensa em se candidatar. É uma alternativa. A mim, Cícero havia dito que se Lyra fosse candidato, seria difícil ele me apoiar. Entretanto, ouvi dizer que, na semana passada, durante um jantar-entrevista num restaurante de Maceió, o prefeito voltou atrás. Disse que é o grupo quem decidirá esse apoio. Ou seja, depende mais de quais partidos chegam unidos em junho do que dele próprio.

Faz dezesseis anos que o senhor deixou o cargo. O que mudou desde então? Muita coisa, mas precisava ter mudado mais. A população cresceu estupidamente. Apesar do que foi feito, o transito é um transtorno, a saúde precisa de mais atenção, o saneamento básico é muito deficiente. Precisamos de mais diálogo com o governo federal para projetos que precisam de muitos recursos, como transporte de massa.

E que pensa em fazer? Tenho muitas ideias, pois sempre morei aqui e conheço os problemas da cidade. Mas também muita coisa que não depende da gente. Por isso, devo montar grupos de estudo para pensar em soluções para a cidade a partir de abril.

Quais serão as prioridades? Na educação, precisamos aprofundar algumas conquistas. O número de vagas dobrou quando fui governador, mas precisamos focar em alguns setores, como as escolas técnicas. A saúde é uma grande deficiência no estado. Precisarei da melhores cabeças do setor público e privado para traçar o melhor caminho. Mas é visível que não dá para se ter uma saúde de qualidade pagando R$ 20 reais por consulta ao médico da rede pública. A violência explodiu no estado, e foi-se o tempo em que o prefeito podia deixar esse assunto exclusivamente na conta do governador.

Em 2010, sua candidatura quase foi barrada por causa da lei Ficha limpa. Pode acontecer novamente neste ano? Espero não ser vítima, como da vez anterior. Usaram uma condenação ridícula do TRE de Alagoas para barrar a minha candidatura, e me perseguiram até o fim. É salutar que a Justiça possa afastar as coisas ruins da política, mas alguns usam esses instrumentos para atingir indevidamente o adversário.
Marcelo Osakabe (FOTO: Hermínio Oliveira/ABr)