sábado, 20 de setembro de 2014

Datafolha: Marina chora pela derrota!




Por Altamiro Borges

O Datafolha divulgado nesta sexta-feira (19) foi péssimo para Marina Silva, a presidenciável-carona do PSB. O tal “furacão” arrefeceu. A pesquisa mostra que a Dilma Rousseff ampliou sua vantagem. Para piorar, Aécio Neves esboçou uma pequena reação. O cambaleante tucano cresceu dois pontos – de 15% para 17% – e encostou um pouco mais na disputa pelo segundo lugar. A própria Folha tucana, do mesmo grupo empresarial do instituto, foi forçada a admitir que a “presidente se fortaleceu mais um pouco na corrida eleitoral. A dianteira sobre Marina no primeiro turno agora é nítida. O que até a semana passada ainda era um empate técnico se transformou numa inédita vantagem de sete pontos: 37% a 30%”.

Na simulação do segundo turno, a pesquisa também foi trágica para a ex-verde. “A dianteira de Marina sobre Dilma nunca foi tão baixa: 46% a 44%, um empate técnico. No fim de agosto, a vantagem da candidata do PSB era de dez pontos (50% a 40%)”. O dado mais espantoso do rápido enfraquecimento da candidata-carona do PSB é o do aumento da sua rejeição. Em agosto, 11% dos entrevistados do Datafolha afirmavam que não votariam em Marina Silva; agora, este índice subiu para 22% e a ex-senadora conseguiu até ultrapassar Aécio Neves (21%). Ainda segundo a nova pesquisa, a candidata perdeu votos em todas as regiões, em todas as faixas etárias e em todos os segmentos sociais.

Para Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, a “tendência de queda da ambientalista [sic]” se explica pelos ataques que ela sofreu nos últimos dias e também pela “estratégia da campanha de Aécio” – o candidato preferido da mídia tucana, que agora volta a sonhar com uma improvável reação. “Quem mais se beneficiou da guerra entre Dilma e Marina foi justamente aquele que ficou fora dela. A estratégia da campanha de Aécio de reuni-las sob o rótulo do continuísmo e de se posicionar como o candidato da ‘mudança de fato’, parece ter surtido efeito em parte dos eleitores. Em 15 dias, o tucano oscilou positivamente três pontos percentuais, destacando-se entre os mais escolarizados e ricos”.

A estratégia da vitimização dançou!

A Folha só não reconheceu que a “estratégia” da mídia também foi derrotada. Desde a morte de Eduardo Campos, ela fez de tudo para alavancar Marina Silva e viabilizar o segundo turno da eleição presidencial. A dosagem da exposição, porém, foi muita alta, uma overdose, e quase “matou” o próprio Aécio Neves. Numa cena patética, o tucano convocou várias coletivas para afirmar que não desistiria da sua candidatura. A candidata-carona do PSB parecia um furacão, mas se mostrou muito frágil. Seu programa evidenciou que ela representava uma “terceira via” neoliberal, tão nefasta quanto o tucano. Ela não resistiu às críticas, numa metamorfose ambulante deprimente. Dilma Rousseff explorou estas fragilidades.

A “tendência de queda da ambientalista [sic]” ficou patente faz alguns dias. A mídia tucana voltou a soar o sinal de alerta, temendo uma derrota já no primeiro turno. De imediato, ela deflagrou uma operação patética de vitimização da Marina Silva. Ela foi exposta chorando, com jeitinho de coitadinha. Até a “Veja”, que não nutre muita simpatia pela “ex-petista”, deu uma capa apelativa. Reinado Azevedo, o pitbull da revista, também denunciou os “ataques covardes” da presidenta Dilma. Toda este onda de vitimização, uma das mais ridículas da história do país, não conteve a queda de Marina Silva. Seu chororô teatral não comoveu o eleitor. O Datafolha foi péssimo para ela e evidenciou o fiasco da estratégia da mídia oposicionista!

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/2014/09/datafolha-marina-chora-pela-derrota.html

Marina perde força no "povão"


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O fato de ter posições políticas e eleitorais bem definidas - e, ao contrário de outros, que jamais as assumem abertamente – não impede este blog de fazer análises eleitorais com base em fatos, não em desejos.

Há oito dias, escrevia-se aqui que apresentar o quadro eleitoral como “estável” era falso, porque escondia “um movimento que as variações eleitoral por classe de renda revelam”.

Era o desgaste e o “encolhimento” de Marina Silva nos grupos de maior renda que, afirmava-se, iria se espalhar:

“A rejeição a Marina, por razões político-ideológicas é um processo já em curso e vai se espalhar mais. O pouco ou muito está fora do controle do governo, porque depende do impulso da mídia.”

A tabela aí em cima, preparada com os dados daquele post e mais os do Datafolha de hoje mostra exatamente isso: a onda de refluxo do marinismo chegou na periferia. Se vai produzir muito estrago ou danos menores, está nas mãos da mídia, que hesita em se tornar totalmente dependente de Marina no processo político.

Está, para mim, evidente que a sorte desta eleição se dará na famosa “classe C”, os filhos pródigos de projeto de Lula, que ascenderam pelas mãos de um governo desenvolvimentista e distributivista mas, pela falta de política associada a este processo percebem como sucesso individual, apenas, o que que é essencialmente coletivo.

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/2014/09/marina-perde-forca-no-povao.html

A DILMA O QUE É DE DILMA



Dilma cresce devagar e sempre a cada levantamento, enquanto a disputa entre Marina e Aécio pelo 2o. lugar pode repetir conflito entre Lula e Brizola em 1989
Se as eleições fossem hoje, e o país vivesse pelas regras eleitorais anteriores a 1989, quando não havia o sistema de dois turnos, Dilma Rousseff estaria reeleita — na matemática.
Se o último Data Folha já registrou o crescimento de Dilma, em dois levantamentos internos, recém-saídos do forno, disponíveis na noite de sexta-feira, ela se encontrava na casa dos 38 e 39% das intenções de voto, apresentando uma tendência de alta, sem grandes saltos nem movimentos especulares, mas de notável regularidade.

A disputa quente, ao menos neste momento, é pelo segundo lugar. Enquanto Dilma cresce inclusive onde parecia parada, como São Paulo, Marina encontra-se em queda no país inteiro e sua diferença em relação a Aécio Neves diminui a cada levantamento.

Conforme pesquisas de tipo tracking — um levantamento baseada na média de intenções de voto de três dias consecutivos, considerada a mais apropriada para apurar as tendencias da disputa — a distancia de Dilma para Marina se ampliou.

Chegou a dez pontos. Em outro levantamento do mesmo tipo, a distância é de quinze pontos. Mesmo olhando esses números com a reserva necessária a todo levantamento dessa natureza, pois ele não obedece a nenhum controle além das próprias campanhas e seus patrocinadores, eles parecem confirmar que a boca do jacaré entre as duas concorrentes principais está abrindo.
Já a diferença de Aécio para Marina diminuiu. Ficou em dez pontos, num dos levantamentos. Em apenas seis, em outro. Embora Marina ainda seja vista com a adversária provável no segundo turno, cresceu a visão, na campanha do PT, de que a chance de Aécio Neves ir para a segunda rodada deixou de ser um exercício imaginário e se transformou numa hipótese real.
Quando faltam quinze dias para a votação, a previsão é de um primeiro turno literalmente imprevisível, que pode lembrar 1989, quando Lula e Leonel Brizola chegaram emparelhados em segundo lugar e o candidato do PT venceu por 400 000 votos — diferença tão apertada que, fora o DataFolha, a maioria dos institutos nem arriscou uma previsão nas pesquisas de boca-de-urna, feitas após a votação.

Mesmo real, o crescimento de Aécio tem um limite. Sua agressividade de adversário original do PT pode contribuir para retirar eleitores conservadores de Marina. Ao mesmo tempo, impede que tenha acesso a eleitores da candidata do PSB que se situam num universo progressista, descontentes com o governo mas em medida ainda maior com a memória do PSDB.

A consolidação de Dilma numa dianteira respeitável envolveu duas situações particulares. O PT teve de mostrar agilidade para encarar uma mudança fora de qualquer cálculo — a troca de Eduardo Campos por Marina Silva, a apenas 45 dias antes da votação –, que deu origem a outra campanha, com outro adversário, outro programa, outro debate. Aquilo que fora pensado e preparado como um clássico confronto entre PT e PSDB transformou-se em outra disputa.
De uma hora para outra Dilma foi levada a enfrentar uma situação estranha ao mundo de pancadaria aberta que enfrentou desde a posse no Planalato, em 2011: uma candidata ex-PT, que podia valer-se de seu passado no partido e no ministério para receber apoio de petistas desgastados após 12 anos de governo, e de suas alianças do presente para conseguir apoio junto a quem fazia oposição desde sempre.Tudo envolvido num ambiente de religiosidade e mistério.
A crítica às propostas conservadoras de Marina, a começar pela independência do Banco Central, serviu para tirar o centro de gravidade da candidata do PSB — uma permanente ambiguidade — e definir um terreno onde a candidatura Dilma tem sido capaz de caminhar com segurança.

Outro aspecto envolve a avaliação do governo, o teste definitivo de qualquer governante que tenta uma reeleição. Mais do que falar sobre o futuro, uma candidata se ancora no passado de governo — para crescer ou afundar. Em qualquer parte do mundo, o eleitor prefere fatos a promessas, não é mesmo?

Os números melhoram regularmente, mostrando que Dilma não é uma candidatura no vazio nem caminha contra a corrente principal de eleitores. Seu crescimento ocorre aonde se esperava, junto a camada de brasileiros que residem nos patamares mais baixos de renda, junto aos quais o PT sempre obteve apoio.

Sem querer imaginar que tudo se passou às mil maravilhas e nada merece crítica, está provado que ela é uma presidente que tem o que mostrar, para decepção de quem imaginava que iria fazer oposição a um governo desastrado, e mesmo para aqueles que falavam em tom condescendente do copo meio cheio, meio vazio. Os debates e entrevistas têm mostrado que é difícil condenar o governo de voz baixa, olho no olho, com argumentos racionais. Essa é a grande mudança produzida na campanha.

A fase atual da campanha mostra o reencontro de Dilma e seu governo. A disputa política e a propaganda na TV permitiram fazer o contraponto ao jornalismo-catastrofe praticado pelos grandes meios de comunicação.

Os números mostram que, sem avanços espetaculares, mas num movimento constante, a cada dia cresce a parcela do eleitorado que gosta do que vê no governo e reconhece a continuidade de Lula. Este é o grande trunfo da presidente.

Marina não sabe como funciona o BNDES

Merece análise o fato de Marina Silva ter pretensões de governar o Brasil sem conhecer as instituições brasileiras. A última pérola da candidata pessebista em seu Twitter é a seguinte: “O BNDES deu R$ 500 bi p/ ½ dúzia de empresários. O orçamento do Bolsa Família é R$ 24 bi. R$ 500 bi equivale a 20 anos de Bolsa Família”.
Se Marina lesse o Muda Mais, saberia que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) não financia pessoas e, sim, empresas. De acordo com o próprio site(link is external) do Banco, o apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de equipamentos e exportação de bens e serviços. Além disso, o Banco atua no fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas. Ou seja, o Banco não dá dinheiro para as empresas, oferece financiamento, recebendo os recursos de volta, com os devidos juros. Porém, juros justos e não que inviabilizem o negócio das empresas.
Falando em Bolsa Família, criado por Lula e expandido por Dilma Rousseff, os investimentos do governo federal no programa, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), batem os R$ 24 bilhões ao ano(link is external). Isso não é pouco e Marina sabe. De seu lado, os investimentos do BNDES para as empresas movimentam a economia do Brasil e têm impacto em outras áreas, como geração de empregos. Todos esses pontos fazem parte de uma engrenagem que faz o Brasil se movimentar e crescer. Com o comentário que fez, Marina também parece desconhecer esse aspecto do funcionamento do nosso país.
Mas parece que esse tuite é mais uma dica do que Marina pretende fazer com o BNDES e outros bancos públicos, caso seja eleita. Não custa lembrar que a mesma Marina defende uma participação menor dos bancos públicos na economia(link is external). Seu programa de governo(link is external) diz "Acesso a recursos subsidiados pelo Tesouro Nacional, por meio dos bancos públicos, não pode ser o fator principal de sucesso das nossas empresas". Essa medida, que sinaliza positivamente ao mercado financeirotem sido duramente criticada por Dilma que se preocupa com a possibilidade de ver inviabilizados programas como o Minha Casa Minha Vida e financiamentos populares. Agora, parece que também o apoio aos empresários brasileiros pelo financiamento do BNDES está em risco.
http://www.mudamais.com/divulgue-verdade/marina-nao-sabe-como-funciona-o-bndes

Janot aconselha direito de resposta para Dilma em programa do PSDB


Jornal GGN – Em parecer enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rodrigo Janot é favorável ao direito de reposta por propaganda em que o candidato à presidência Aécio Neves mostrou a imagem de Dilma Rousseff, candidata à reeleição, com a inscrição “Mensalão”. De acordo com o parecer de Janot, enviado na quinta-feira, dia 18, ao TSE, “ao promover imagem sabidamente inverídica, ofensiva e prejudicial à Dilma Rousseff, a propaganda veiculada nos dias 13, 14 e 15 de setembro ultrapassou os limites da crítica e do debate político, inerentes ao processo eleitoral”.
Nas Representações enviadas por Dilma Rousseff, a alegação de que a publicidade eleitoral “montou um cenário para atribuir a ela um ônus de criminalidade, exibindo, abaixo de sua imagem, a inscrição 'Mensalão' de forma a compor um carimbo depreciativo de sua honra”. Nos argumentos, disse que a peça tinha o propósito de envolvê-la com os fatos julgados na Ação Penal 470.
Para Janot, ao se examinar a mídia, pode-se verificar alusão clara da imagem de Dilma Rousseff e de Marina Silva ao chamado “escândalo do Mensalão” e explica ser fato público e notório que nenhuma delas teve qualquer participação no episódio. "O fato de Dilma Rousseff e Marina Silva terem sido, à época, ministras de Estado no governo do Partido dos Trabalhadores, em nada pode atrelar a sua imagem ao aludido episódio criminoso. Tal relação revela-se maliciosa e sabidamente inverídica, com amplo potencial de prejudicialidade à imagem das ofendidas", diz o parecer.
Para ele não há que se falar em 'ofensa genérica e específica' já que há expressa correlação da imagem de Dilma a “um fato criminoso de extrema gravidade e de amplo conhecimento nacional”. Ele se manifesta pela concessão de direito de resposta “considerando ser necessário garantir aos eleitores o devido esclarecimento de imagens que podem deturpar os fatos como realmente são”. 
http://jornalggn.com.br/noticia/janot-aconselha-direito-de-resposta-para-dilma-em-programa-do-psdb

Aécio e Marina debatendo, entrevistador ri e Lula comenta