terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mais uma de Cabral: Isenção fiscal para empreiteiro


Fernando Cavendish por trás de mais uma negociata de Cabral
Fernando Cavendish por trás de mais uma negociata de Cabral


Cabral continua fazendo seus negócios e ninguém faz absolutamente nada. Ele zomba do Rio de Janeiro, do MP, da Justiça e trata a ALERJ, ou pelo menos a maioria dos deputados como seus subalternos que lhe devem obediência.Conforme vocês verão abaixo na reprodução do Diário Oficial do Estado, na última quinta-feira (22) foi publicada a resolução da secretaria de Fazenda concedendo isenção fiscal para os materiais e equipamentos que o consórcio liderado pela Delta comprar para a obra de reforma do Maracanã. O detalhe é que a resolução diz que os materiais que forem adquiridos e não utilizados no Maracanã terão que recolher imposto posteriormente. E quem vai fiscalizar é a secretaria de Fazenda de Cabral. Podem imaginar a farra em que isso vai dar. Quanto material não vai ser adquirido para outras obras que será beneficiado com isenção fiscal porque o governo Cabral não vai fiscalizar nada que seja de Fernando Cavendish, amigo do peito do governador.

É inconcebível que Cabral continue beneficiando seu amigo Fernando Cavendish, dono da Delta, na mais completa impunidade, sangrando os cofres públicos continuamente na cara de todos.


Reprodução do Diário Oficial do Estado
Reprodução do Diário Oficial do Estado



Em tempo: Agradeço ao leitor Luis Fernando, de Campos que nos alertou sobre o D.O. 

Garotinho denuncia manobra da justiça eleitoral do Rio para cassar o seu e o mandato de Rosinha




Vocês se lembram da matéria que eu publiquei no blog, no último dia 15, dando conta que o governador Cabral estava tramando para tirar Rosinha da prefeitura? Quem não lembra leia abaixo.


Reprodução do Blog do Garotinho (Clique na imagem para ampliar)
Reprodução do Blog do Garotinho (Clique na imagem para ampliar)


Depois disso, no dia 23, alertei que o deputado Eduardo Cunha andava espalhando em Brasília que Cabral estava pressionando o presidente do TRE – RJ, Luiz Zveiter para influenciar uma decisão contra Rosinha. Recorde a matéria abaixo.

Reprodução do Blog do Garotinho (Clique na imagem para ampliar)
Reprodução do Blog do Garotinho (Clique na imagem para ampliar)


Hoje ao chegar a Brasília mais um deputado do PMDB me procurou para afirmar: “Abre o olho, querem a sua cabeça e da prefeita. Está tudo armado. Eles estão desesperados com medo de tomar uma surra nas eleições municipais. Querem te isolar”. Não dei muita importância, até que às 16h17m, o site do TRE – RJ divulga de maneira inexplicável que até quinta-feira a juíza de Campos irá decidir sobre o caso de Rosinha. Como vocês verão no texto abaixo, reproduzido do TRE – RJ não há nenhuma afirmação da juíza. É o próprio TRE – RJ que praticamente impõe à juíza um prazo para decidir, o que é frontalmente contra a lei. Aliás, se vocês consultarem o site do TRE poderão verificar é o único caso em que a manchete já induz à condenação. Veja o texto abaixo.

Reprodução do site do TRE - RJ (Clique na imagem para ampliar)
Reprodução do site do TRE - RJ (Clique na imagem para ampliar)


Não tenho mais dúvida, a sentença já está pronta, e é no sentido de fazer o jogo da oposição de Campos, que há muito já espalhava pela cidade a notícia da cassação de Rosinha. Agora à tarde, depois da notícia do TRE – RJ estive pessoalmente com o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski e relatei todo o caso a ele. Estive também com a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, que me recomendou que argüisse imediatamente a suspeição da juíza, o que faremos logo cedo amanhã.

Nem conheço a juíza Gracia Cristina Moreira do Rosário, que é a responsável pelo processo em Campos, mas infelizmente diante de todos os acontecimentos não terei outra alternativa, a não ser após pedir o seu impedimento, representar contra a mesma no Conselho Nacional de Justiça.

O povo de Campos certamente também reagirá, pois sabe que na eventualidade da decisão que está preparada, a cidade poderá voltar às mãos dos corruptos que enriqueceram às custas do dinheiro público. 

Os sinhorzinhos mandam os capitães do mato a Paris


por Rodrigo Vianna

O Eduardo Guimarães já havia escrito aqui sobre o comportamento patético de jornalistas brasileiros em Paris. Meus colegas (!) parecem ter vergonha do presidente que tivemos durante 8 anos. Ou então, querem agradar aos patrões. Numa entrevista coletiva com o diretor da “Sciences Po” (instituição francesa que vai dar um título  “honoris causa” a Lula), repórteres brasileiros pareciam enojados: por que Lula vai ganhar a honraria? “Ele não é um dos nossos”.

Qualquer presidente merece sempre  tratamento crítico. E é nisso que os jornalistas vão se apegar para explicar o comportamento patético em Paris. Mas o que ocorreu lá foi diferente. Foi a manifestação de uma doença social brasileira. Doença que é mais grave entre esse batalhão raivoso que não suporta as 3 derrotas seguidas sofridas em 2002, 2006 e 2010.

Poder-se-ia (pronto, com ridículas mesóclises os brasileiros mostram que foram à Universidade, feito Janio Quadros) atribuir as perguntas ridículas em Paris a um certo mau-humor. O sujeito vai a Paris, vê aquela cidade maravilhosa, e fica de mau-humor. Sei. Na verdade, trata-se da herança escravocrata que está impregnada em tantos de nós brasileiros. A turma da Senzala só pode entrar na Casa-Grande se for “criado da casa”. Lula entrou na Casa-Grande pela porta da frente. Imperdoável.

Mas o relato fica mais eloquente na descrição do jornalista argentino do “Página 12″, que também estava lá. Normalmente, não gosto de argentino falando mal do Brasil. Dessa vez, é diferente. Ele fala mal da nossa imprensa trôpega, filha ideológica da Casa-Grande. Expõe o ridículo das perguntas feitas pelos repórteres brasileiros. E a classe do professor francês ao respondê-las. Na verdade, a descrição feita pelo “Página 12″ não é uma crítica ao Brasil. Ao contrário: é um tremendo elogio! Apesar dessa imprensa,  o Brasil elegeu Lula 2 vezes. O Brasil derrotou a mentalidade escravocrata que domina nossa imprensa. Derrotou as capas da “Veja”. Derrotou Ali Kamel e sua obsessão de  relativizar essa história de “preconceito racial”. Derrotou a família Frias (num almoço na “Folha, na campanha de 2002, Otavinho tentou humilhar Lula pelo fato de o líder o petista  não ter diploma e não falar inglês). Derrotou a mentalidade de senhor de engenho que domina muitas redações brasileiras.

Mas os derrotados insistem. Deixemos ao jornalista argentino a tarefa de expor os sinhozinhos ao ridículo.
A pedidos, aqui o artigo traduzido para o português pelo “VioMundo”

Abaixo, o texto no original, em espanhol. 
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Uno de los colegas preguntó si estaba bien premiar a quien se jacta de no haber leído nunca un libro. El profesor mantuvo su calma y lo miró asombrado. Quizá sepa que esa jactancia de Lula no consta en actas, aunque es cierto que no tiene título universitario. Tan cierto es que cuando asumió la presidencia, el 1º de enero de 2003, levantó el diploma que les dan en Brasil a los presidentes y dijo: “Lástima que mi mamá se murió. Ella siempre quiso que yo tuviera un diploma y nunca imaginó que el primero sería el de presidente de la república”. Y lloró.
“¿Por qué premian a un presidente que toleró la corrupción?”, fue la siguiente pregunta.

por Martin Granovsky, no “Página 12″

Pueden pronunciar sians po. Es, más o menos, la fonética de sciences politiques. Con decir Sciences Po basta para aludir al encastre perfecto de dos estructuras, la Fundación Nacional de Ciencias Políticas de Francia y el Instituto de Estudios Políticos de París.

No es difícil pronunciar Sians Po. Lo difícil es entender, a esta altura del siglo XXI, cómo las ideas esclavócratas siguen permeando a gente de las elites sudamericanas.

Hoy a la tarde, Richard Descoings, director de Sciences Po, le entregará por primera vez el doctorado Honoris Causa a un latinoamericano: el ex presidente de Brasil, Luiz Inácio “Lula” da Silva. Hablará Descoings y hablará Lula, claro.

Para explicar bien su iniciativa, el director convocó a una reunión en su oficina de la calle Saint Guillaume, muy cerca de la iglesia de Saint Germain des Pres, en un contrafrente desde el que podían verse los castaños con hojas amarillentas. Meterse en la cocina siempre es interesante. Si uno pasa por París para participar como ponente de dos actividades académicas, una sobre la situación política argentina y otra sobre las relaciones entre la Argentina y Brasil, no está mal que se meta en la cocina de Sciences Po.

Le pareció lo mismo a la historiadora Diana Quattrocchi Woisson, que dirige en París el Observatorio sobre la Argentina Contemporánea, es directiva del Instituto de las Américas y fue quien tuvo la idea de organizar las dos actividades académicas sobre la Argentina y Brasil de las que también participó el economista e historiador Mario Rapoport, uno de los fundadores del Plan Fénix hace 10 años.

Naturalmente, para escuchar a Descoings habían sido citados varios colegas brasileños. El profesor Descoings quiso ser amable y didáctico. Sciences Po tiene una cátedra de Mercosur, los estudiantes brasileños acuden cada vez más a Francia, Lula no salió de la elite tradicional de Brasil, pero llegó al máximo nivel de responsabilidad y aplicó planes de alta eficiencia social.

Uno de los colegas preguntó si estaba bien premiar a quien se jacta de no haber leído nunca un libro. El profesor mantuvo su calma y lo miró asombrado. Quizá sepa que esa jactancia de Lula no consta en actas, aunque es cierto que no tiene título universitario. Tan cierto es que cuando asumió la presidencia, el 1º de enero de 2003, levantó el diploma que les dan en Brasil a los presidentes y dijo: “Lástima que mi mamá se murió. Ella siempre quiso que yo tuviera un diploma y nunca imaginó que el primero sería el de presidente de la república”. Y lloró.
“¿Por qué premian a un presidente que toleró la corrupción?”, fue la siguiente pregunta.

El profesor sonrió y dijo: “Mire, Sciences Po no es la Iglesia Católica. No entra en análisis morales, ni saca conclusiones apresuradas. Deja para el balance histórico ese asunto y otros muy importantes, como la electrificación de favelas en todo Brasil y las políticas sociales”. Y agregó, tomando Le Monde: “¿Qué país puede medir moralmente hoy a otro? Si no queremos hablar de estos días, recordemos cómo un alto funcionario de otro país debió renunciar por haber plagiado una tesis de doctorado a un estudiante”. Hablaba de Karl-Theodor zu Guttenberg, ministro de Defensa de Alemania hasta que se supo del plagio.

Más aún: “No excusamos, ni juzgamos. Simplemente no damos lecciones de moral a otros países”.
Otro colega preguntó si estaba bien premiar a quien una vez llamó “hermano” a Muamar Khadafi.

Con las debidas disculpas, que fueron expresadas al profesor y a los colegas, la impaciencia argentina llevó a preguntar dónde había comprado Khadafi sus armas y qué país refinaba su petróleo, además de comprarlo. El profesor debe haber agradecido que la pregunta no citara, con nombre y apellido, a Francia e Italia.

Descoings aprovechó para destacar en Lula “al hombre de acción que modificó el curso de las cosas”, y dijo que la concepción de Sciences Po no es el ser humano como “los unos o los otros” sino como “los unos y los otros”. Marcó mucho el et, “y” en francés.

Diana Quattrocchi, como latinoamericana que estudió y se doctoró en París tras salir de una cárcel de la dictadura argentina gracias a la presión de Amnistía Internacional, dijo que estaba orgullosa de que Sciences Po le diera el Honoris Causa a un presidente de la región y preguntó por los motivos geopolíticos.
“El mundo se pregunta todo”, dijo Descoings. “Y tenemos que escuchar a todos. El mundo no sabe siquiera si Europa existirá el año que viene.”

En Siences Po, Descoings introdujo estímulos para que puedan ingresar estudiantes que, se supone, corren con desventaja para aprobar el examen. Lo que se llama discriminación positiva o acción afirmativa y se parece, por ejemplo, a la obligación argentina de que un tercio de las candidaturas legislativas deban ser ocupadas por mujeres.

Otro colega brasileño preguntó, con ironía, si el Honoris Causa a Lula formaba parte de la política de acción afirmativa de Sciences Po.

Descoings lo observó con atención antes de contestar. “Las elites no son sólo escolares o sociales”, dijo. “Los que evalúan quiénes son mejores son los otros, no los que son iguales a uno. Si no, estaríamos frente a un caso de elitismo social. Lula es un tornero que llegó a la presidencia, pero según tengo entendido no dio un ingreso sino que fue votado por millones de brasileños en elecciones democráticas.”

Como Cristina Fernández de Kirchner y Dilma Rousseff en la Asamblea General de Naciones Unidas, Lula viene insistiendo en que la reforma del Fondo Monetario Internacional y del Banco Mundial está atrasada. Dice que esos organismos, así como funcionan, “no sirven para nada”. El grupo Brics (Brasil, Rusia, India, China, Sudáfrica) ofreció ayuda a Europa. China sola tiene el nivel de reservas más alto del mundo. En un artículo publicado en El País, de Madrid, los ex primeros ministros Felipe González y Gordon Brown pidieron mayor autonomía para el FMI. Quieren que sea el auditor independiente de los países del G-20, que integran los más ricos y también, por Sudamérica, la Argentina y Brasil. O sea, quieren lo contrario de lo que piensan los Brics.
En medio de esa discusión llegará Lula a Francia. Conviene hacerle saber que, antes de recibir el doctorado Honoris Causa de Sciences Po, debe pedir disculpas a los elitistas de su país. Un obrero metalúrgico no puede ser presidente. Si por alguna casualidad llegó a Planalto, ahora debería guardar recato. En Brasil, la casa grande de las haciendas estaba reservada a los propietarios de tierras y esclavos. Así que Lula, ahora, silencio por favor. Los de la casa grande se enojan.

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Prisão de comandante de batalhão acusado de ser autor intelectual da morte de Patrícia Acioli choca opinião pública


Em princípio a Constituição Brasileira consagra, dentro do estado democrático de direito, o postulado jurídico da presunção da inocência concedendo, a qualquer cidadão, independente de raça, cor, credo, cargo, status social e grau cultural o direito à ampla defesa e ao contraditório. Todos são inocentes até decisão condenatória definitiva. Isso é sabido.
No entanto, causa espécie e choca  a sociedade fluminense, a recente decretação de prisão do ex-comandante do 7o Batalhão de Polícia Militar, unidade localizada na Região Metropolitana do Rio, no município de São Gonçalo.O Tenente Coronel Claudio Luis de Oliveira, exercendo atualmente o comando do 22o BPM, junto à Favela da Maré, uma das mais conflagradas áreas da guerra do tráfico, que foi apontado, por um dos três executores já presos (um cabo PM), em troca da delação premiada, como mandante do assassinato da Juíza Patrícia Acioli. Inacreditável.
Difícil  e até mesmo constrangedor acreditar- as apurações irão confirmar ou não a gravíssima acusação- que quem tem a missão de comandar, servir, proteger, liderar e dar o exemplo, possa ter se associado e acumpliciado a subordinados hierárquicos para ordenar a prática de crime tão bárbaro e covarde (21 tiros à curta distância), que chocou a sociedade e colocou sob grave ameaça o Poder Judicário, o mais representativo entre os três poderes de um estado democrático.
Ressalte-se aqui o trabalho investigativo, de alta qualidade e  eficácia, efetuado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro na elucidação do crime. Nada ficamos a dever,  em termos de inteligência e investigação, às melhores polícias do mundo, apesar da flagrante carência de estrutura e equipamentos de polícia científica em muitos estados da federação. Registre-se, também, por dever de justiça, que o oficial superior ora acusado possui, em sua folha de serviços, na área operacional, relevantes missões de combate ao banditismo e à criminalidade atípica do Rio.
No entanto, tudo isso será apagado se a gravíssima acusação for confirmada em juízo. Terá então esquecido o juramento perante a Bandeira Nacional -como tantos outros policiais- de servir e proteger a sociedade e não aviltá-la, quanto mais quem tem a nobre missão de comando. O covarde assassinato da juíza Patrícia Acioli tem que servir inclusive como divisor de águas no processo de depuração dos quadros da polícia, não só no Rio, mas em todo o páis.Não dá mais para conviver com quem veste farda e se associa ao crime, como no caso recente de corrupção e associação ao tráfico por integrantes de uma Unidade de Polícia Pacificadora no Rio (UPP), um projeto de policiamento de proximidade tão promissor e essencial à sociedade, que não pode ser ser contaminado. 
O fortalecimento e melhor estruturação das corregedorias de polícia é medida por demais urgente e necessária. O perigo da contaminação policial pelo crime e pela fraqueza moral preocupa cada dia mais a toda sociedade, a destinatária dos serviços policiais. Precisamos de uma polícia cidadã, democrática e sobretudo confiável. Não há mais como fugir de tal premissa. É hora e vez da faxina policial.
                        Milton Corrêa da Costa é coronel da PM do Rio na reserva

Imprensa brasileira foi à França reclamar de premiação a Lula


Não pode passar batido um dos momentos mais patéticos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.
A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.
No relato da própria repórter de O Globo que fez essa pergunta constrangedora havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados  Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.
A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.
Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.
Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.
Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.
O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

Kajuru candidato pelo PPS



Kajuru candidato pelo PPSFoto: Divulgação

O JORNALISTA E APRESENTADOR DE TEVÊ SE FILIOU AO PARTIDO E DEVERÁ CONCORRER A VEREADOR NAS ELEIÇÕES DO ANO QUE VEM EM SÃO PAULO

27 de Setembro de 2011 às 19:24
O jornalista e apresentador Jorge Kajuru se filiou hoje ao PPS e no ano que vem poderá estar na lista de candidatos a vereador pelo partido na cidade de São Paulo. A vontade da legenda é ter o jornalista como candidato em 2012 e, de acordo com a assessoria de imprensa do PPS, Kajuru vê a intenção com bons olhos. Segundo a sigla, o jornalista já deu entrada no pedido de transferência de seu título de eleitor de Goiânia para a capital paulista.
Kajuru tem 35 anos de carreira como repórter esportivo, radialista e apresentador de televisão. Paulista nascido em Cajuru, no interior do Estado, ele trabalha atualmente no canal Esporte Interativo. Suas declarações polêmicas já o levaram à Justiça, processado por cartolas do futebol, políticos e personalidades da televisão.

Fruet é o candidato, mas a guerra é entre Beto e Gleisi



Fruet é o candidato, mas a guerra é entre Beto e GleisiFoto: DIVULGAÇÃO

NESTA QUARTA, O EX-TUCANO GUSTAVO FRUET ANUNCIA SUA FILIAÇÃO AO PDT PARA CONCORRER À PREFEITURA DE CURITIBA. POR TRÁS DISSO, HÁ UMA DISPUTA PESADA QUE JÁ SE ANUNCIA PARA 2014 ENTRE O GOVERNADOR BETO RICHA (ESQ.) E A MINISTRA GLEISI HOFFMANN

27 de Setembro de 2011 às 20:05
Leonardo Attuch_247 – Fazia tempo que Curitiba não vivia uma eleição municipal tão importante. A capital paranaense será o palco de um grande ensaio para a guerra de 2014 entre PT e PSDB – e com possíveis “penetras”, como o PSB. Do ponto de vista local, o movimento mais relevante acontece nesta quarta-feira, às 15h, com o anúncio do ingresso no PDT do ex-deputado tucano Gustavo Fruet. Ele, que foi uma das principais lideranças do PSDB durante a CPI do Mensalão, em 2005, agora costura o apoio do PT à sua candidatura. E é muito provável que consiga. Líder nas pesquisas, com 25% das intenções de voto, contra 20% do atual prefeito Luciano Ducci e 20% de Ratinho Júnior, Fruet pode vir a ser uma peça decisiva para o objetivo maior do PT no Paraná, que é conquistar o governo estadual em 2014. A candidata será a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, contra o atual governador Beto Richa, do PSDB.
Essa aliança entre o PT e um ex-tucano é inusitada e repercute até no processo do Mensalão. Graças ao trabalho de Fruet, a CPI identificou o principal foco de financiamento político, que se dava por meio dos repasses da empresa Visanet ao publicitário Marcos Valério. Ele sabe que será confrontado pelos adversários com esse tema, mas afirma que a coerência está mantida. “Eu estarei focado nas questões locais, mas reafirmo tudo o que disse na CPI”, disse Fruet ao 247.
Há pouco mais de uma semana, Fruet teve uma conversa decisiva com o ministro Paulo Bernardo, antes de selar a escolha de seu novo partido. O que se costura é um acordo entre PT e PDT já no primeiro turno – na qual o PT ficaria com a vice, com Angelo Vanhoni. Em contrapartida, caso Fruet seja eleito, Curitiba seria uma trincheira importante no projeto de eleger Gleisi Hoffmann governadora em 2014.
Adversários fortes
O processo, no entanto, não será tão simples. O governador tucano Beto Richa conta com uma boa avaliação e, com a máquina nas mãos, tem conseguido montar uma frente gigantesca de apoio – até mesmo os deputados do PDT, de Fruet, na Assembleia Legislativa o apoiam. Além disso, Luciano Ducci, o candidato de Richa em Curitiba, conta também com o apoio de Eduardo Campos, do PSB, que pretende eleger pelo menos seis prefeitos em grandes capitais – uma delas, a do Paraná.
O jogo que se desenha para 2014 tem em Curitiba sua representação mais próxima da realidade. O grande antagonismo se dá entre PT e PSDB. E o PSB já desponta como um curinga importante, que, por ora, apoia um lado, por ora, apoia outro. E que pode até sonhar com um voo próprio em 2014.

A grande vitória de Kassab



A grande vitória de KassabFoto: RICARDO LISBOA/Agência Estado

POR SEIS VOTOS A UM, TSE ACEITA PEDIDO DE REGISTRO DO PARTIDO CRIADO PELO PREFEITO DE SÃO PAULO. PSD JÁ NASCE COMO A SEXTA MAIOR BANCADA DA CÂMARA FEDERAL, COM 40 DEPUTADOS, E AUMENTA A BASE DE APOIO AO GOVERNO DILMA ROUSSEFF. KASSAB, QUE VAI MAL EM SÃO PAULO, GANHA O BRASIL

27 de Setembro de 2011 às 20:55
Rodolfo Borges_247 – Não faltou suspense, mas Gilberto Kassab conseguiu aprovar seu PSD no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O plenário do TSE oficializou a nova legenda por seis votos a um na noite desta terça-feira, elevando para 28 a quantidade de partidos políticos do Brasil e redistribuindo as peças no tabuleiro da política nacional. O PSD nasce como o terceiro maior partido do país de aumenta a base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff. Mal avaliado em São Paulo, Kassab ganha força em âmbito nacional.
O PSD já nasce com a sexta maior bancada da Câmara, com 40 deputados em exercício – outros três estão licenciados para ocupar cargos de secretários estaduais e o partido tem ainda quatro suplentes –, mas o registro concedido nesta terça-feira deve elevar esse número para 52 parlamentares, além de aumentar o número de filiações pelo país – não será surpresa se Henrique Meirelles se anunciar candidato pelo PSD em dezembro.
Há duas semanas o futuro líder do partido na Câmara, Guilherme Campos, já adiantava ao Brasil 247 que o PSD começara a selecionar seus filiados nos estados, privilegiando quem aderiu no início do projeto e, inclusive, rejeitando filiações. Com a aprovação da sigla, o PSD se credita a disputar as eleições municipais de 2012.
No julgamento do TSE, o ministro Marcelo Ribeiro, que havia pedido vista na sessão da última quarta-feira, para analisar melhor as assinaturas colhidas pelo partido, considerou válidas quase 511 mil assinaturas – mais que o mínimo exigido pela legislação eleitoral, de 491 mil. A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, foi mais generosa e, já na sessão anterior, havia validado 514 mil assinaturas.
O único a votar contra a criação do PSD foi o ministro Marco Aurélio Mello, que não aceitou as assinaturas apresentadas pelo partido de Kassab sem que elas passassem, antes, pela verificação dos Tribunais Regionais Eleitorais. “Aprendi desde cedo que é muito difícil consertar o que começa errado e sempre tive presente que no Direito, com princípios, institutos, o bem justifica o fim, mas não o fim ao meio, e que a segurança jurídica é o preço módico que pagamos inclusive para viver em um estado democrático de direito e que a segurança jurídica pressupõe o respeito irrestrito às regras”, disse Mello.

Íntegra do discurso de Lula na França



Discurso de Luiz Inácio Lula da Silva
Doutor Honoris Causa – Sciences Po
Paris, França
27 de setembro de 2011

Minhas amigas e meus amigos,

É uma grande honra, para mim, receber o título de Doutor Honoris Causa do Instituto de Ciências Políticas de Paris. Honra que se torna ainda maior por eu ser o primeiro latino-americano a recebê-lo.

Estou profundamente grato à direção da Sciences Po e a todos os seus professores, funcionários e alunos por me conferirem uma láurea tão prestigiosa.

Esta casa, a um só tempo humanística e científica, é reconhecida e admirada no mundo todo por seus elevados propósitos e pela excelência do seu corpo docente e discente.



É uma instituição que representa de modo exemplar o compromisso da França com a liberdade intelectual, a dignidade da política e o aperfeiçoamento permanente da democracia.

Representa essa França consciente de suas conquistas materiais e espirituais, ciosa de seus valores civilizatórios, mas nem por isso menos aberta a povos e mentalidades diferentes, à compreensão do outro.

Essa França insubmissa e libertária que, durante séculos, inspirou – e continua, de alguma forma, inspirando – a trajetória de muitos países, entre eles o Brasil.

Essa França que, desde o século 18  até os dias atuais, é tão relevante para o Brasil, seja no terreno das ideias políticas e sociais, seja na esfera da educação e da cultura, seja no que se refere às parcerias produtivas e tecnológicas.

Minhas amigas e meus amigos,

Mais do que um reconhecimento pessoal, acredito que este título de Doutor Honoris Causa é uma homenagem ao povo brasileiro, que nos últimos anos vem realizando, de modo pacífico e democrático, uma verdadeira revolução econômica e social, dando um enorme salto histórico rumo à prosperidade e à
justiça.Depois de prolongada estagnação, o Brasil voltou a crescer de modo vigoroso e continuado, gerando empregos, distribuindo renda e promovendo inclusão social.

Deixamos para trás um passado de frustrações e ceticismo. Os brasileiros e as brasileiras voltaram a acreditar em si mesmos e na sua capacidade de resolver problemas e superar obstáculos, por mais difíceis que sejam.

Graças a um novo projeto de desenvolvimento nacional, com forte envolvimento da sociedade e intensa participação popular, conseguimos tirar 28 milhões de pessoas da miséria e levamos 39 milhões de pessoas para a classe média, no maior processo de mobilidade social da nossa história.

Em oito anos e meio foram criados 16 milhões de novos empregos formais. O salário mínimo teve um aumento real de 62%, e todas as categorias de trabalhadores fizeram acordos salariais com ganhos acima da inflação.

Além disso, implantamos vários programas de transferência direta de renda, dos quais se destaca o Bolsa Família, que é o principal instrumento do Fome Zero e, no final do ano passado, beneficiava 52 milhões de pessoas.

Dessa forma, a desigualdade entre os brasileiros atingiu o menor patamar em 50 anos. Nos últimos dez anos, a renda per capita dos 10% mais ricos aumentou 10%, enquanto a dos 50% brasileiros mais pobres teve um ganho real de 68%.

O consumo se ampliou em todas as classes, mas no segmento popular cresceu sete vezes.

Os pobres passaram a ser tratados como cidadãos. Governamos para todos os brasileiros e não apenas para um terço da população, como habitualmente acontecia.

Acreditamos firmemente que o desenvolvimento econômico precisa estar a serviço da redução das desigualdades sociais, sem paternalismo, promovendo a inclusão das pessoas mais pobres à plena cidadania.

Acreditamos, igualmente, que isso pode, deve e será feito sem que se descuide do equilíbrio macroeconômico, combatendo com firmeza a inflação.

Minhas amigas e meus amigos,

Ao mesmo tempo que resgatávamos grande parte de nossa dívida social, trabalhamos para modernizar o país, preparando-o para os desafios produtivos e tecnológicos do século 21.

Investimos fortemente em educação, pesquisa e desenvolvimento.Orgulho-me de ter criado 14 novas universidades federais e 126 extensões universitárias, democratizando e interiorizando o acesso ao ensino público.

Também lançamos o Reuni, um programa para fortalecer o ensino público universitário, com a valorização dos docentes.

Ele contribuiu para que dobrássemos o número de matrículas nas instituições federais.

Mas não ficamos restritos a isso e instituímos o Prouni, um sistema inovador de bolsas de estudo em universidades particulares. Com ele, garantimos que 912 mil jovens de baixa renda pudessem cursar o ensino superior.

E a oportunidade não foi desperdiçada: os jovens com bolsas do Prouni têm-se destacado em todas as áreas, liderando em muitos casos os exames nacionais de avaliação feitos pelo Ministério da Educação. Ou seja, bastou uma chance e a juventude brasileira deu firme resposta ao mito elitista segundo o qual a
qualidade é incompatível com a ampliação das oportunidades.

Também me orgulho muito de termos inaugurado 214 novas escolas técnicas federais, que criaram possibilidades inéditas de formação profissional para a juventude.

A boa qualidade do ensino na rede de escolas técnicas federais também abre as portas para as universidades, mesmo para quem trabalha durante o dia inteiro, porque durante o meu governo aumentamos o número de vagas nos cursos universitários noturnos.

Esses jovens têm que continuar sonhando, têm que lutar para conquistar o doutoramento, para trabalhar nos diversos centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico que existem no Brasil.

Deixamos de considerar a educação como um gasto para tratá-la como investimento que muda a vida das pessoas e do país. Por isso, em meus dois mandatos, triplicamos o orçamento do Ministério da Educação, que saltou de 17 bilhões de reais para 65 bilhões de reais em 2010.

Essas mudanças eram imprescindíveis, pois a garantia de acesso à educação de qualidade, da pré-escola aos cursos de pós-graduação, é um dos principais instrumentos para promover a igualdade social, combater a pobreza e assegurar um desenvolvimento econômico, científico e tecnológico sustentável em longo prazo.

A educação foi colocada como prioridade estratégica para o país. O investimento público direto em educação passou de 3,9% do Produto Interno Bruto em 2000  para 5% em 2009. E, agora, a presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso de ampliar o investimento em educação progressivamente até atingir 7% do Produto Interno Bruto.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil já tem muito a mostrar no segmento de pesquisa e desenvolvimento. A Lei da Inovação, aprovada em dezembro de 2004, incentivou as universidades a compartilhar seus projetos de pesquisa e desenvolvimento com as empresas públicas e privadas, para alavancar a inovação tecnológica no ambiente
produtivo.

O número de cientistas envolvidos em pesquisa e desenvolvimento passou de 126 mil em 2000 para 211 mil em 2008. E o número de patentes depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) cresceu de 21 mil em 2000 para 280 mil em 2009.

Além disso, o governo federal destinou 41 bilhões de reais ao setor de pesquisa e inovação no período de 2007 a 2010, através do Programa de Aceleração do Crescimento.

Minhas amigas e meus amigos,

Uma das preocupações do meu governo – e que continua a ser um firme compromisso da presidenta Dilma – foi garantir que o crescimento econômico e os investimentos estruturantes fossem sustentáveis do ponto de vista ambiental.

Nos últimos anos, o Brasil superou a falsa contradição que opunha o desenvolvimento à sustentabilidade ambiental.  Nesse período, a taxa de desmatamento caiu 75%.

Em nosso governo, fixamos como meta reduzir as emissões de CO2 entre 36% e 39% até 2020. Esse compromisso foi incorporado à Política Nacional de Mudanças Climáticas, apresentada em Copenhague, em dezembro de 2009, e posteriormente transformada em lei pelo Congresso Nacional.

O Brasil é uma referência no enfrentamento dos desafios ambientais do século 21, pois é responsável por 74% das unidades de conservação criadas no mundo desde 2003. Também alcançamos recentemente o menor nível de desmatamento dos últimos 22 anos.

Minhas amigas e meus amigos,Os avanços que conquistamos nos últimos anos foram possíveis porque
praticamos intensamente a democracia. Não nos limitamos a respeitá-la – o que é um dever –, mas levamos suas possibilidades ao limite, promovendo um amplo processo de participação social na definição das políticas públicas.

Estabelecemos uma nova relação do Estado com a sociedade, na qual todos os setores sociais foram ouvidos, mobilizados, e puderam discutir não somente com o governo, mas também entre eles próprios.
Multiplicaram-se os canais de interlocução da sociedade com o Estado, o que contribuiu de modo decisivo para que crescimento econômico e desenvolvimento social caminhassem juntos.

Para tanto, realizamos 74 conferências nacionais entre 2003 e 2010, precedidas por reuniões em níveis municipal e estadual , que contaram com a presença de cerca de 5 milhões de pessoas.

Discutimos e aprofundamos nessas conferências temas importantes: do meio ambiente à segurança pública; dos transportes à diversidade sexual; dos direitos dos indígenas às políticas de telecomunicações; da igualdade racial à política nacional de saúde , dentre muitos outros.

Conselhos de políticas públicas, com ampla representação popular, foram criados junto a todos os ministérios.

Em outras palavras, apostamos decididamente na política. Porque sempre acreditamos na força da política como promotora da emancipação individual e coletiva.

A participação política é o melhor antídoto contra a alienação e as tentações autoritárias.

Eu próprio sou produto da política. A luta sindical me deu a convicção de que era necessário incorporar os trabalhadores às decisões políticas.

Foi por isso que, em 1980, criamos o Partido dos Trabalhadores, que em menos de 20 anos tornou-se o maior partido de esquerda da América Latina e chegou à Presidência da República. Também construímos a maior a central sindical da América Latina, a Confederação Única dos Trabalhadores.

Tenho a plena convicção de que os problemas da sociedade só podem ser resolvidos com mais democracia e mais envolvimento da sociedade no exercício do poder.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil não está sozinho nessa trajetória virtuosa, que reuniu democracia, desenvolvimento econômico e justiça social.

A esperança progressista do mundo, hoje, navega no vento que sopra do Sul.

A América do Sul não é mais o estuário dos problemas do mundo, e sim a mais promissora fronteira da luta pela justiça social em nosso tempo.

Sem os países em desenvolvimento, não será possível abrir um novo ciclo de expansão que combine crescimento, combate à fome e à pobreza, redução das desigualdades sociais e preservação ambiental.

No momento em que se está constituindo um mundo multipolar, a América do Sul afirma a sua presença no plano internacional, renovando a confiança em si e na capacidade de seus povos de construir um destino comum de democracia e crescimento econômico com inclusão social.

Vivemos numa região de paz. Não há ódio religioso entre nós. Os governantes de todos  os nossos países foram eleitos em pleitos democráticos e com ampla participação popular. A democracia é o nosso idioma comum.

Minhas amigas e meus amigos,

Avançamos muito no Brasil nos últimos anos. Ampliamos a inclusão social e a democracia se fortalece cada vez mais. Elegemos, pela primeira vez na nossa história, uma mulher para a Presidência da República.

Fizemos muito, mas ainda há muito por ser feito. E o governo da presidenta Dilma Rousseff assume esta responsabilidade.

Lançou o programa Brasil sem Miséria para erradicar totalmente a extrema pobreza.

Fortaleceu a área da educação, ao ampliar o programa e ensino técnico e aumentar o número de bolsas de estudos no exterior.

O lançamento de uma nova política industrial, com o programa Brasil Maior, fortalecerá a inovação e a competitividade.

Por último, quero enfatizar que o conhecimento e a informação são cada vez mais importantes para o aprimoramento espiritual da Humanidade e também para viabilizar o progresso econômico e o bem-estar dos povos.

O governante que não enxerga isso, não está preparado para governar uma Nação. Governante que não sonha não transmite esperança. Agradeço novamente à Science Po por ter sido agraciado o título de Doutor Honoris Causa e estou honrado por fazer parte do seleto grupo de pessoas que mereceram esta honra.

Muito obrigado.

e NY, Temer decreta o fim da faxina de Dilma



De NY, Temer decreta o fim da faxina de DilmaFoto: PEDRO LADEIRA/FRAME/AE

"VOCÊ NÃO PODE FAZER UM GOVERNO COM A VASSOURA NA MÃO", DISSE O VICE-PRESIDENTE, APÓS DISCURSAR DURANTE ALMOÇO PROMOVIDO PELO CONSELHO DAS AMÉRICAS E CÂMARA DE COMÉRCIO BRASIL-ESTADOS UNIDOS, EM NOVA YORK

27 de Setembro de 2011 às 18:43
O vice-presidente da República, Michel Temer, rebateu hoje as críticas de que a presidente Dilma Rousseff fez uma faxina incompleta nos setores do governo envolvidos em denúncias de corrupção, irregularidades e mau uso do dinheiro público. "Você não pode fazer um governo com a vassoura na mão. As decisões foram tomadas e o governo segue adiante", disse Temer a jornalistas, após discursar durante um almoço promovido pelo Conselho das Américas e Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em Nova York.
Temer afirmou que mudança em ministérios "é algo mais do que natural". "Mas a administração não reduziu a atividade por causa dessas mudanças". Segundo o vice-presidente, não existe risco de uma crise institucional no País devido às denúncias envolvendo os ministérios. "Não há fatores que possam abalar a Presidência da República."
O vice-presidente disse ainda que a relação do governo com o PMDB vai muito bem e afirmou estar confiante em relação ao desempenho do PMDB nas eleições municipais de 2012 justamente por causa do sucesso do apoio do PMDB ao governo.

PSD mal nasceu e já tem pré-candidato a presidente



PSD mal nasceu e já tem pré-candidato a presidenteFoto: DIVULGAÇÃO

GOVERNADOR DE GOIÁS, MARCONI PERILLO (DIR.) APOIA O PARTIDO DE GILBERTO KASSAB DE OLHO NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2014; O TUCANO JÁ AVISOU QUE, SE LULA FOR CANDIDATO, NEM AÉCIO NEVES NEM GERALDO ALCKMIN TERÃO CORAGEM DE ENFRENTÁ-LO PELO PSDB; MARCONI GARANTE QUE TEM, TANTO PELO PSDB QUANTO PELO PSD

27 de Setembro de 2011 às 18:39
Vassil Oliveira, especial para o Brasil_247 - O PSD nasce em Goiás sob a tutela do governador tucano Marconi Perillo, que tem planos estratégicos próprios para a nova legenda. Os principais integrantes do partido no Estado ou estão em postos-chave do governo, ou gravitam na base marconista. A começar pelo provável presidente da legenda no Estado, Vilmar Rocha, que é deputado federal licenciado e secretário-chefe da Casa Civil. 
O prefeito de São Paulo e líder da criação do PSD, Gilberto Kassab, tem ciência das articulações com o tucano e não vê problema. Em março, quando esteve em Goiânia para o lançamento oficial do partido, chegou a afirmar, referindo-se a Marconi: "Ele sabe que, efetivamente, pode contar com o PSD aqui em Goiás." 
Com o PSD dominado, Marconi Perillo busca atingir dois objetivos – três, se valer a vontade de seus admiradores. O primeiro é acomodar aliados de legendas adversárias ou consideradas não muito confiáveis ao seu projeto e ao seu governo. É o caso de Vilmar e do também deputado federal Heuler Cruvinel, que deixarão o DEM. 
Os dois integram a ala dos democratas que sempre fechou com o governador. No partido ficam o senador Demóstenes Torres e o deputado federal Ronaldo Caiado, independentes e em outros tempos adversários do tucano. Tempos que podem voltar. Demóstenes é comumente citado pelos democratas como possível candidato ao governo em 2014, quando Marconi poderá tentar a reeleição. 
O segundo objetivo do governador com o PSD é tentar mais um lance de aproximação com a presidente Dilma Rousseff (PT). Desde que assumiu o governo, Marconi busca ao menos uma audiência com Dilma, e nada. Politicamente, pesam contra ele dois fatos. O primeiro, ter afirmado que avisou Lula do mensalão, sem apresentar provas a não ser a sua palavra. 
Na prática, Marconi forneceu munição contra o ex-presidente bem no auge das denúncias. Lula não esquece e não perdoa, como já deixou claro aos seus mais frequentes interlocutores no Estado. Não esquece também – já que conta a mesma história toda vez que vem ao Estado –, que Marconi teria prometido votar e trabalhar pela volta da CPMF, quando ainda estava no Senado, o que não cumpriu. 
O outro fato a desabonar o governador no governo federal e, por extensão, entre os petistas, está a manobra que liderou em abril de 2008, quando presidente da Comissão de Infraestrutura, para convocar Dilma para depor sobre o suposto dossiê de gastos sigilosos do governo FHC. Dilma era ministra-chefe da Casa Civil e estava em um momento difícil – como Lula, antes –, sob intenso bombardeio. Como esquecer? 
Corrida contra o tempo
Marconi tem motivos pragmáticos para querer se reconciliar com a presidente. No ano passado, logo depois de confirmada sua vitória nas urnas, ele enviou carta à Caixa Econômica Federal ameaçando não cumprir, quando assumisse o governo, os termos de uma negociação com o governo que liberaria, de imediato, recursos que garantiriam R$ 3,7 bilhões de empréstimo para salvar a Celg, a empresa de energia de Goiás. 
O tucano acreditava que, no governo, retomaria a negociação e sairia como o seu salvador. Na teoria, seria uma volta por cima, já que ele é apontado, inclusive por Lula, como o responsável por quebrar a empresa. Na prática, o que se vê é outra história: como o dinheiro de fato não saiu e não há previsão de qualquer outro empréstimo salvador, o Estado poderá perder a concessão da estatal. Este ano, em visita a Goiás, Lula voltou a afirmar abertamente que Marconi atrapalhou a liberação do empréstimo para a Celg. 
O caso Celg tem provocado desgaste político para Marconi. Por um lado, ele gasta discurso e espaço na mídia em justificativas que, ao mesmo tempo, reforçam o seu ato do final do ano. A negação, no caso, é combustível que mantém acesos os discursos e críticas dos oposicionistas. Por outro, as dificuldades da Celg diminuem o caixa do Estado e fazem o governo gastar mais tempo e mais espaço também na mídia para insistir e defender que tudo está para ser resolvido e o desenvolvimento de Goiás não será comprometido. Detalhe: a Celg é hoje comandada por seu vice, que é filiado ao DEM e foi indicado por Caiado. 
Marconi presidente
Mas o que anima mesmo as rodas de conversa de marconistas no Estado é a perspectiva nacional que o PSD pode dar a Marconi. Os principais aliados do governador sonham com a filiação dele no partido ou então com o apoio que ele poderá ter para o seu projeto de disputar a presidência da República em 2014 – principalmente contra Lula. 
Em março, durante evento do PSDB, Marconi afirmou em discurso que se Lula for candidato, nem Aécio Neves nem Geraldo Alckmin terão coragem de enfrentá-lo, o que então abriria caminho para ele entrar na disputa. A presidência, para os marconistas, é caminho natural para seu líder e o projeto é acalentado, incentivado e destacado em regularidade na mídia goiana.
Partido nasce grande
Ex-democratas, ex-peemedebistas, ex-adversários do governador. Este é o PSD goiano. Na lista de filiados estão o deputado federal Thiago Peixoto, atual secretário da Educação, e o estadual Francisco Júnior. Ambos do PMDB. 
Thiago era tido até o ano passado como a principal promessa peemedebista para enfrentar justamente Marconi. E Francisco era uma das apostas do ex-governador e ex-prefeito Iris Rezende para consolidar a tentativa de renovação do partido. 
A justificativa dos dois para sair: falta de espaço no partido para seus projetos políticos. Francisco quer ser candidato a prefeito de Goiânia, algo difícil no PMDB, já que o partido está fechado com o PT na capital; Thiago sonha com o governo em 2018, como sucessor natural de Marconi – que, em tese, seria reeleito em 2014. 
Armando Vergílio, deputado federal pelo PMN e até dois meses atrás secretário de Cidades de Marconi, também já anunciou filiação na legenda. A lista vai contar ainda com deputados estaduais, prefeitos e vereadores. O mais recente a comunicar que assinou ficha é o deputado estadual Ademir Menezes. Ex-vice-governador, Menezes estava entre o PSD e o PSDB. Esperou o governador voltar de viagem para conversar com ele e anunciar a decisão.
É fato que o PSD nasce como uma das principais forças políticas do Estado. Maior, por exemplo, que DEM e PP. E nasce pelas mãos de Marconi. Para onde vai? Eis a questão.