quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Local de trabalho de José Dirceu é vistoriado pela Justiça


noticias.r7


No escritório, Dirceu trabalhará como assistente. Segundo Gerardo Grossi, amigo do petista há décadas, sua primeira tarefa será organizar a biblioteca. O salário mensal é de R$ 2.100. 
 
 

Aliado de tucanos ensaia volta à chefia do MP de SP.

A notícia abaixo é um escárnio, sob qualquer aspecto, uma tremenda imoralidade, dada numa nota de um jornal que se especializou em vomitar moral, a fazer o denuncismo seletivo e dirigido contra o PT em associação com os demais órgãos de comunicação de massa que formam a velha imprensa e falam para os analfabetos políticos que não enxergam um palmo além do nariz.

É o Estado tomado, vergado a interesses privados, especialmente quando estão em curso várias investigações envolvendo suborno, propinas pagas a autoridades do executivo paulista, comandado pelo PSDB e grossa corrupção no escândalo do chamado "tremsalão." Isto cheira a uma providencial medida para blindar o governador Alckmin, seu governo e grupo político, em ano eleitoral para conter quaisquer medidas que avancem em direção ao esclarecimento das denúncias que executivos da Siemens e Alstom fizeram, sob a proteção da delação premiada que pôs a descoberto um esquema de licitações viciadas e sobre faturamento de preços que precarizaram o sistema metroviário paulistano.

Se o ex presidente Lula, durante seu governo ou a presidenta Dilma no atual, ousassem algo do tipo para protegerem-se de investigações na área criminal com o fito de amparar companheiros ou aliados de partidos que dão sustentação política a seu governo, não tenha dúvida de que seria um Deus nos acuda. O exército de celerados, falsos moralistas que escreve para esses pulhas que apinham as redes sociais estaria numa cruzada pseudo moralista para purificar a república do lulopetismo, o cancro, o antro de corrupção no dizer deles que teria de ser extirpado em nome da decência.

Mas os tucanos tudo podem por que contam com o aparelho, o enclave, a fortificação que ergueram na imprensa, no ministério público e na justiça como pode ser visto em Minas Gerais com um jornalista arbitrariamente preso, sob as mais estapafúrdias acusações que se fossem levadas mesmo a sério, respingariam nas famiglias que operam o jornalismo de coxeira que é feito para um público amoral, imbecilizado que mal sabe a diferença entre bife ali na mesa de bife a milanesa como já dizia aquele velho ditado.

Era pra isso que eles defendiam com tanto veemência a desaprovação da PEC 37 com  o apoio dos coxinhas que saíram as ruas em protesto acerca daquilo que sequer sabiam do que se tratava. Pois saibam agora é disso que se trata. Autonomia do MP para investigar é dada para aqueles que usam a instituição para perseguir adversários políticos, o "eles" que estão do outro lado. Os nossos, passa-se ao largo, colocamos aliados em posições estratégicas para retardarem, engavetarem e impedirem investigações.

A “PEC 37″ paulista. Ex-secretário de Serra vai para a chefia do MP?

Autor: Fernando Brito
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Aliado de tucanos ensaia volta à chefia do MP de SP.

O título da nota do Estadão não podia ser mais revelador.
Anuncia  procurador Luiz Antonio Guimarães Marrey, duas vezes secretário do ex-governador José Serra ” tem o discurso pronto para entrar na corrida pelo cargo de procurador-geral de Justiça de São Paulo”.

Diz o jornal que “até recentemente, Marrey dizia que não tinha mais pretensões de tentar reassumir a cadeira de mandatário da instituição. “Meu tempo já passou, agora só quero dar meus pareceres”, afirmava.

Hoje, entretanto, o seu grupo se reúne para decidir sobre a candidatura.
A história de Marrey junto ao tucanato é antiga.

Em 1995, Mário Covas – com quem começaram os contratos suspeitos de faude do “trensalão” – o nomeou procurador-geral, deixando de lado o nome de José Emmanuel Burle Filho, primeiro colocado na eleição entre os promotores.

Permaneceu ali por três governos tucanos e só saiu para ser secretário de Serra na Prefeitura de São Paulo e, depois, no Governo do Estado.

Sua volta súbita já virou ironia entre alguns procuradores que chamam sua candidatura de “PEC-37″, numa referência à frustrada emenda constitucional que pretendia retirar os poderes investigatórios do Ministério Público.

Pura maledicência.

Não trem nada a ver uma coisa com a outra.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=12981

Bispo Macedo tripudia e ri de “muita gente que se matou” devido ao Plano Collor

Falando para fiéis, o bispo Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) expõe como teria comprado a Rede Record. Tripudia e ri de “muita gente que se matou”, devido ao Plano Collor, e diz que foi Deus quem “moveu a mão” do ex-presidente para beneficiar uma única pessoa: ele mesmo, o bispo Macedo.

Segundo Macedo, mesmo que “todo mundo” seja prejudicado, aquele que tiver uma “aliança” será beneficiado por Deus.

Vídeo 

No vídeo, o bispo Macedo começa explicando que havia comprado a Rede Record por R$ 7 milhões; havia dado R$ 3 milhões de entrada, que ficaram retidos no banco, até que ele completasse o pagamento, sendo que, nem ele, nem os donos da Record podiam mexer no dinheiro até o negócio se concluir.

Veja o que ele diz ):

(reprodução a partir de 4:43 min do vídeo, grifei).

Bispo Macedo:

“Você se lembra do Plano Collor? Muita gente se matou, muita gente perdeu dinheiro, gente acabou com a vida. Sim ou não? O dinheiro que foi confiscado não foi isso? Foi a maior bênção que aconteceu para nós (a plateia ri). Vocês estão rindo agora, mas, ó, a gente ria que não era brincadeira. O pessoal se matando por aí e nós, a gente, kkkkkkk (imitando risadas). Graças a Deus. Deus moveu a mão do Collor para beneficiar apenas uma pessoa: eu (com ênfase, sob muitas risadas dos fiéis).

Eu posso provar isso para vocês, porque o dinheiro que nós tínhamos dado (os R$ 3 milhões) estava retido e os donos da Record se viram em aperto, porque eles não tinham dinheiro. Então, o jeito deles pegarem aquele dinheiro era fazer outra negociação conosco. E aí, já era (gargalhadas da plateia). Você não sabem disso. Eu tinha falado para eles (os donos da Record): vamos mudar esse contrato, é leonino, não dá (…) e o Collor veio (imita alguém assinando um papel). Somente a gente foi beneficiado. Aquilo (o Plano Collor) foi uma bênção. (…) Aí tomamos posse (da Record) (…).

Um dia o Collor me chamou, porque eu ajudei ele também. E aí ele falou: “Poxa…” (relata uma conversa supostamente banal que teve com Collor, aconselhando- a ler somente notícias boas). O que aconteceu? Veio o impeachment. Mas ele (Collor) para se vingar de um inimigo dele, que também era meu, a Globo, Roberto Marinho, assinou a outorga (da Rede Record). Pronto, já era. É isso o que aconteceu (sob aplausos). É forte. É forte, não é?

Quer dizer, eu estou falando isso para a glória do meu Deus (olhando para cima). Quer dizer, quando você tem uma aliança com ele (Deus), não tem jeito. Ele muda a lei, Ele faz das tripa coração, mas ele beneficia você. Ainda que todo mundo seja prejudicado, mas você, pode ter certeza, vai ser beneficiado. (…)”

http://www.youtube.com/watch?v=HajDHqxvImo

http://blog.opovo.com.br/pliniobortolotti/bispo-macedo-tripudia-e-ri-de-muita-gente-que-se-matou-devido-ao-plano-collor/

Mainardi é minha anta

 por Eduardo Guimarães

Em 2007, o ex-colunista da revista Veja (hoje um dos apresentadores do programa Manhattan Connection, da Globo News) Diogo Mainardi publicou livro que surpreendeu o país por ter como título insulto ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que batia recordes sucessivos de popularidade e terminou seu governo com 80% de aprovação.
O livro “Lula é minha anta”, porém, segundo seu autor não questiona a inteligência do ex-presidente – e seria prova ainda maior de burrice se o fizesse –, pois cita o animal como “substantivo” e não como “adjetivo”.
Explico: Mainardi via Lula como “anta” no sentido de um animal a ser caçado, ou melhor, a ser cassado. Literalmente.
O título do livro teve origem em uma das colunas do sujeito publicada na Veja em 2005 sob o título “Uma anta na minha Mira”. No trecho do texto reproduzido abaixo, o autor explica a “razão” do insulto ao então primeiro mandatário do país.
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“(…) Passei o ano todo amolando Lula. Dediquei-lhe mais de trinta artigos. Prometi derrubá-lo em 2005. Fracassei. Prometo derrubá-lo em 2006. Chegaram a atribuir motivos ideológicos à minha campanha contra o presidente. Não é nada disso. Tentei derrubá-lo por esporte. Há quem pesque. Há quem cace. Eu não. Prefiro tentar derrubar Lula. Ele é minha anta. Ele é minha paca (…)”
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O ex-editor da Editora Globo Paulo Nogueira escreveu recentemente em seu blog, Diário do Centro do Mundo, que se tornou desafeto de Mainardi por ter dito que ele “vivia de Lula”, ou seja, que a única projeção real que obteve em sua carreira se deveu à caça que empreendeu ao petista ao longo dessa obsessiva campanha de três dezenas de artigos.
Alguém pode discordar do blogueiro do DCM?
Mainardi não conseguiu “derrubar” Lula em 2006 nem nos anos seguintes por uma simples razão: não é um homem de ideias, não faz críticas sérias a Lula, ao PT, a Dilma, aos governos petistas e ao país em que vive, o qual, aliás, ele detrata de uma forma que brasileiro algum pode aceitar.
Após recente polêmica em que esse indivíduo se meteu ao tentar – e não conseguir – humilhar a empresária Luiza Trajano, presidente da rede varejista Magazine Luiza, no programa de que participa na Globo News, eclodiu nas redes sociais um outro texto dele, também de 2005, em que faz um pavoroso ataque a este país.
Sim, o Brasil tem muitos problemas – entre os quais sua classe política, suas instituições em geral, como ocorre em tantos outros países jovens como este –, mas o que Mainardi disse não deriva desses problemas, mas de um verdadeiro ódio que nutre não só ao país, mas ao seu povo.
Um trecho daquele texto hediondo esclarece tudo:
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“(…) Entre viajar para os Estados Unidos e rodar pelo Brasil, é muito mais recompensador viajar para os Estados Unidos. O potencial turístico brasileiro costuma ser grandemente superestimado. Jamais seremos uma meta preferencial dos estrangeiros. O país tem pouco a oferecer. Só desembarcam aqui os turistas mais desavisados. Ou então os que buscam sexo barato. O mundo está cheio de lugares mais atraentes que o Brasil. Da Tunísia à Croácia, da Indonésia à Guatemala. Temos muitas praias. Mas nosso mar é feio. Turvo. Desbotado. Com despejos de esgoto. Pouco peixe. Peixe ruim. Chove demais. Chove o ano todo. Não temos monumentos. Não temos ruínas arqueológicas. Nossas cidades históricas são um amontoado de casebres ordinários e igrejas com santos disformes. Não temos o que vender porque não sabemos fazer nada direito. Não temos museus (…)”
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É por proferir “pérolas” como essas que tanta gente, no Brasil, despreza Mainardi.
Aliás, a repulsa nacional a esse sujeito é tanta que post que publiquei nesta semana sob o sugestivo título “Diogo Mainardi paga mico na Globo News” bateu o recorde de audiência deste Blog, com mais de 32 mil pessoas que curtiram o texto no Facebook – até o momento em que escrevo (23/01), pois a “curtição” continua correndo solta naquela rede social.
O comportamento sociopático do enfant terrible em questão ecoa desde 1979, no período “black block” dele, quando, de relógio Rolex no pulso – filhinho de papai que era –, apareceu depredando uma agência bancária durante uma greve do setor (vide foto acima). A cena saiu em destaque na revista Veja (edição nº 576 de 19 de set. de 1979).
Ao longo da vida, essa anta (adjetiva) continuou praticando depredações. Depredou a boa educação, depredou o bom gosto, depredou – ou tentou depredar – a imagem de seu país, depredou a lógica, depredou o jornalismo, depredou a literatura, depredou a verdade e, no último domingo (19/01), depredou o programa Manhattan Connection.
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/01/mainardi-e-minha-anta/

Conselho “reprova” 60% dos formandos em medicina. Mas não eram os estrangeiros os incapazes?


Autor: Fernando Brito
med
Saíram os resultados do exame de suficiência aplicado pelo Conselho de Medicina de São Paulo.
59,2% dos mais de 2.843 médicos formandos foram reprovados por não terem atingido 60% de acertos nas questões oferecidas, resultado pior do que o de 2012, quando 54,5% não atingiram o índice esperado.
Pediatria foi a área de pior desempenho: a média não atingiu mais que 47% de acertos entre os médicos formados em São Paulo.
Boa parte das questões pediátricas foram as de pior índice de acerto:
Transcrevo, sem alterações, o documento do próprio Cremesp:
“Questões que tiveram baixa proporção de acertos podem revelar a falta de conhecimento dos participantes na solução de eventos frequentes no cotidiano da prática médica. 
Muitos daqueles que participaram do Exame do Cremesp de
2013 demonstraram desconhecer o diagnóstico ou tratamento adequado de situações comuns e problemas de saúde frequentes, como pneumonia, tuberculose,hipertensão, atendimento em pronto-socorro, dentre outros. A seguir, alguns exemplos de questões com alto índice de erro:
  • 71% erraram qual é o ganho ponderal (em kg); crescimento de perímetro encefálico e de comprimento (ambos em cm) esperados em criança no primeiro e no segundo ano de vida: primeiro ano (7 kg; 12 cm. e 25 a 30 cm) e segundo ano(2,5 Kg; 2cm e 10 a 12 cm).
  • 67% erraram, no atendimento a menino de 8 anos, qual é o agente causador de tosse gradualmente progressiva num período de duas semanas: Mycoplasma pneumoniae.
  • 68% erraram o fato de que a bronquiolite tem seu pico de incidência em crianças entre 3 e 6 meses de idade.
  • 67% não souberam afirmar que o grau de redução da pressão arterial é o principal fator determinante na diminuição do risco cardiovascular em paciente hipertenso.
Nenhum destes médicos deixará de ter o registro concedido pelo Conselho.
Muitas de suas deficiências serão supridas na residência médica, pela prática  e pelo tempo.
Mas existe uma que, infelizmente, não foi medida na prova e não vai ser corrigida, ao contrário, tende a piorar.
O desinteresse pelo paciente e o mercantilismo com que se observa a saúde.
O resultado do exame do Cremesp não é razão para debochar ou desmerecer estes médicos, dos quais o país e as pessoas precisam.
É razão, sim, para olharmos o que está se tornando a medicina.
Quando os dirigentes da categoria parecem mais assustados com a chegada de médicos para atender pessoas que estão abandonadas e às quais os médicos brasileiros – nem mesmo os novos, recém formados – querem ir atender do que com mais da metade dos formandos não saber que reduzir a pressão arterial diminui o risco cardíaco num hipertenso, há algo muito mais sério que esta surpreendente ignorância.
Porque a ignorância se supre, com esforço. Um esforço que muito raramente vemos existir, infelizmente.
Mas a indiferença, o mercantilismo e a desumanidade, nem com muito esforço. 
http://tijolaco.com.br/blog/?p=12962

O STF vai abrir o mais bem guardado segredo de Joaquim Barbosa


Entre hoje e amanhã, o presidente interino do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski tornará publico o Inquérito 2474, o chamado “gavetão”, o mais bem guardado segredo do Ministro Joaquim Barbosa.
O “gavetão” é a peça originária do Inquérito 2245, que resultou no “mensalão”. Na ocasião, o relator Joaquim Barbosa cindiu o inquérito 2245 e as partes não aproveitadas se transformaram no inquérito 2474, aberto em março de 2007, que ele manteve sob segredo de Justiça.
Apesar de garantir que não haveria mais “gavetas” no STF, Joaquim Barbosa recusou-se a divulgar o conteúdo do inquérito.
Em 2011 deferiu pedido formulado pela defesa de Daniel Dantas, abrindo apenas a ele o inquérito (http://tinyurl.com/kgnobew). Mas negou a dois condenados do “mensalão” alegando que não teria nenhuma relação com a AP 470. No entanto, soube-se que laudos da Polícia Federal, que atestariam a participação de Daniel Dantas no financiamento de Marcos Valério, foram encaminhados para o Inquérito 2474, e não para o 2245. Assim como laudos que atestavam a aplicação dos recursos da Visanet em campanhas promocionais.
Ao dar publicidade ao Inquérito, Lewandowski permitirá que não apenas Dantas, mas todos os interessados possam conhecer seu conteúdo.

AS DÚVIDAS SOBRE A 2474

Há suspeita de que, ao excluir as contribuições de Dantas, atestadas por laudos da Polícia Federal,  a PGR teria encontrado dificuldades em justificar o montante movimentado por Valério. Daí a razão de ter tratado como desvio os R$ 73 milhões da Visanet, ignorando laudos técnicos que atestavam a aplicação dos recursos em campanhas.
O PGR Antônio Fernando de Souzase fixou em um parágrafo do relatório de auditoria inicial do Banco do Brasil:
“A inexistência, no âmbito do Banco do Brasil, de formalização de instrumento, ajuste ou equivalente para disciplinar as destinações dadas aos recursos adiantados às agências de publicidade dificulta a obtenção de convicção de que tais recursos tenham sido utilizados exclusivamente na execução de ações de incentivo ao abrigo do Fundo”.
O relatório não  nega a aplicação  dos recursos. Apenas – dada a fragilidade dos relatórios – informava não  ser possível assegurar que “foram utilizados exclusivamente nas ações  de incentivo ao abrigo do fundo”.
O PGR Souza ignorou o “exclusivamente” e entendeu que o relatório atestava que a totalidade das verbas publicitárias da Visanet haviam sido desviadas. Posteriormente, aposentou-se e passou a trabalhar em um escritório de advocacia agraciado com um contrato gigante com a Brasil Telecom.
A divulgação do 2474 poderá ser de boa valia para Barbosa esvaziar boatos de que seu filho teria sido contratado por uma das empresas beneficiadas com recursos da Visanet, e cujo caso foi transferido para o “gavetão”. Ou de que o Banco Rural teria feito com a TV Globo operações semelhantes às que fechou com o PT. 

http://jornalggn.com.br/noticia/o-stf-vai-abrir-o-mais-bem-guardado-segredo-de-joaquim-barbosa#.UuEowu8jyWd.facebook

O sonho do Itaú: um Brasil de “coxinhas” elegendo o governo


 Autor: Fernando Brito
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Vejam como é miudinho, miudinho o pensamento de nossa elite empresarial.
Na Folha, agora há pouco, na reportagem “Em dois anos, 75% da população será de classe média, prevê Itaú”, de Clóvis Rossi:
Ricardo Villela Marino, executivo-chefe para América Latina do Itaú Unibanco, tocou música para os ouvidos do público de Davos, ao anunciar que 75% dos brasileiros estarão na classe média de hoje até 2016.” (…)
Classe média significa consumo, que significa bons negócios, e bons negócios são o que mais perseguem os executivos que compõem a principal clientela do encontro anual na cidade suíça.
(…)
Um segundo efeito político foi apontado por Villela Marino, mas este é no mínimo polêmico: “Quando os pobres sobem para a classe média, o voto não está mais atado a benefícios sociais”.
E se o voto não está mais “atado” a benefícios sociais, a que estaria “atado”?
Sem a atração dos benefícios reais que vem de políticas econômicas inclusivas, desenvolvimentistas, promotoras de bem-estar, os eleitores (e seus votos) estariam atraídos por que forças?
O poder econômico e sua mídia?
Pelas ondas de “moralismo” que ela é capaz de levantar, capaz de mobilizar estas “classes médias” a agirem contra seus próprios interesses reais?
Classe média que os bancos arrocharam, pisotearam, sangraram e sugaram com juros de fazer inveja a agiota?
Sim, é isso o que olham com esperança, na certeza de que não se desenvolverão os sentimentos de identidade, de solidariedade e, portanto, de Nação que nos faltam para entender que precisamos nos defender e nos afirmar, porque, ainda que não 75%, mas 100% dos brasileiros fossem de classe média – neste elástico conceito que chama de classe média quem ganha R$ 1000 mensais – ainda seríamos um povo muito pobre perto do que podemos ser.
Talvez por isso a instituição que o senhor Vilella dirige, o Itaú, invista tão pouco numa visão estratégica do Brasil praticamente só opere financiamento para a indústria com recursos que o próprio Governo oferece, pelas linhas do BNDES.
Ou porque está sendo cobrada pela Receita  em 18,7 bilhões de reais em impostos atrasados por conta das fusões e incorporações que transformaram no maior banco privado do país, o que dá quase todo o valor utilizado em 2013 pelo Bolsa-Família, que foi de R$ 24 bilhões.
Aliás, como a correção destes tributos é pela taxa Selic, que os bancos pressionam para manter lá em cima, a esta altura já supera o valor do Bolsa-Família, um destes “malditos” benefícios sociais aos quais o eleitor está “atado”.
Quem sabe “desatado”, o eleitor possa eleger governos mais gentis com o Itaú, alguém mais semelhante ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que o banco leva a passear no Oriente Médio para atrair especuladores para nosso mercado financeiro “desatado”?
A partir de 2016, com 75% dos brasileiros na classe média, será que conseguem?
Acho que vão ter de tentar mais tarde de novo…
http://tijolaco.com.br/blog/?p=12957