quarta-feira, 7 de maio de 2014

PSDB vai à Justiça Eleitoral contra pesquisa sobre falta d'água em SP





A falta d’água no Estado de São Paulo afetou 23% dos paulistas nos últimos três meses. O índice sobe para 35% na região metropolitana, contra 30% na capital e 14% no interior. O problema é duas vezes maior entre as famílias de menor renda, atingindo 12% dos que ganham mais de dez salários-mínimos e 25% entre os que recebem até um salário.”

“Os dados são de pesquisa do Instituto Data Popular, que ouviu 18.534 pessoas em 70 cidades do Estado. Pelo levantamento, 59% dos paulistas acreditam que sofrerão com falta d’água até o fim do ano. E apontam como principal culpado pelo problema o governo estadual (Geraldo Alckmin (PSDB) (41%), a Sabesp (29%), o governo federal (9%) e a falta de chuva (7%).”


 PSDB quer proibir  que a população saiba da falta de água

O diretório paulista do PSDB apresentou nesta quarta-feira (7) uma notificação à Justiça Eleitoral contra o Instituto Data Popular por causa de uma pesquisa de opinião sobre a falta d'água no Estado, governado pelo tucano Geraldo Alckmin.

O partido considera que o levantamento feito com 18.534 pessoas em 70 cidades "tem nítida natureza eleitoral" e deveria ter seguido recomendações como o registro prévio. Parte dos resultados foi publicada na coluna Mônica Bergamo de hoje.

Procurado para comentar a ação, o presidente do instituto, Renato Meirelles, não foi localizado.

Segundo a pesquisa, a falta de abastecimento afetou 23% dos paulistas nos últimos três meses. O índice sobe para 35% na região metropolitana, ante 30% na capital e 14% no interior. O problema é duas vezes maior entre as famílias de menor renda, atingindo 12% dos que ganham mais de dez salários-mínimos e 25% entre os que recebem até um salário.

Ainda de acordo com o instituto, 59% dos paulistas acreditam que sofrerão com falta d'água até o fim do ano. Eles apontam como principal culpado pelo problema o governo estadual (41%), a Sabesp (29%), o governo federal (9%) e a falta de chuva (7%).

Para o PSDB, embora a pesquisa não seja sobre intenção de voto, ela "trata da avaliação do eleitor quanto a serviços públicos" e "impacta o ambiente eleitoral, em ano em que se realizam as eleições estaduais com a possibilidade de reeleição".

A legenda pede, no documento, que o Tribunal Regional Eleitoral notifique o Data Popular para que o instituto forneça informações como o nome de quem contratou a pesquisa, valor pago por ela, questionário aplicado aos entrevistados e metodologia.

Além disso, o partido quer autorização para ter "acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados, incluídos os referentes à identificação dos entrevistadores" para que "possa confrontar e conferir os dados publicados". Deu na Folha

MP investiga Sabesp por descumprimento de acordo para uso do Cantareira  


O MP (Ministério Público de São Paulo) investiga a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que opera o Sistema Cantareira, por suposto descumprimento uma série de exigências estabelecidas em 2004 para a outorga de captação de água nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Entre elas estão a falta de um plano de emergência para épocas de seca, falta de monitoramento do nível do rio Piracicaba e inexistência de ações que visassem reduzir a dependência da região de Campinas e da grande São Paulo do Sistema Cantareira.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/05/psdb-vai-justica-eleitoral-contra.html

QUEM COMETE A BARBÁRIE


Não sei se tenho alguma coisa pra contribuir sobre o terrível linchamento de Fabiane Maria de Jesus. Mas isso mexeu comigo. Mexeu com muita gente.
No sábado, dia 3 de maio, Fabiane, que vivia no bairro Morrinhos, em Guarujá, litoral de SP, estava voltando de bicicleta da igreja, quando foi cercada por uma multidão e barbaramente atacada. Pelo jeito, o pessoal que não estava batendo estava filmando a cena, pois há (ou havia) vários vídeos desse linchamento (porque hoje não basta cometer a violência, é preciso também filmá-la e publicá-la nas redes sociais). 
Quando a polícia chegou, pensou que Fabiane estava morta. Ela foi levada ao hospital, ficou dois dias em coma, e morreu ontem. Era dona de casa, casada com um porteiro, tinha duas filhas.
Foi uma das vítimas da barbárie. No Guarujá, havia boatos que uma mulher estaria sequestrando crianças para rituais de magia negra. Ou seja, uma bruxa estava à solta. 
Na sexta, dia 2, uma montagem com um retrato falado da "vagabunda" foi publicada na página do Facebook Guarujá Alerta.Não se sabe quem fez a montagem, mas o retrato falado é de 2012, e a foto da mulher de cabelo loiro é de uma usuária qualquer no FB, comobem explicado aqui
Também não se sabe exatamente a responsabilidade da página Guarujá Alerta. Por mais que tenha permitido que um dos seus seguidores postasse a montagem, a página vinha dizendo que, apesar dos insistentes rumores, não havia qualquer registro na polícia de uma sequestradora de crianças na região. A princípio, quando a tragédia eclodiu, o administrador da página (ou os administradores, não dá pra saber, porque são anônimos) veio com bravatas, alegando perseguição política. Depois, baixou o tom, e agora insiste que não falará nada para não prejudicar as investigações.
Ao ler sobre esse linchamento, muitas memórias me vieram à mente. Lembrei de uma das cenas mais chocantes que vi na TV, em toda minha vida: um capítulo da novela Sinal de Alerta, do grande Dias Gomes. Era uma novela das dez da noite, e eu só tinha onze anos. Se não me engano, o primeiro capítulo já mostrava uma cena de linchamento. Eu nunca tinha visto aquilo. Nem sabia que isso existia. Isso de pessoas fora de si espancarem uma pessoa até a morte, com as próprias mãos. Aquilo foi marcante pra mim. Talvez tenha sido meu primeiro momento de "pare o mundo que eu quero descer". 
Morei quinze anos em Joinville, a dois quarteirões de um posto da polícia, que não fazia nada. Não ajudava a diminuir a criminalidade na vizinhança, não apartava brigas de vizinhos, sequer evitava que o bosque ao lado do posto fosse desmatado. E todo mundo sabia que ter ou não ter o posto policial ali dava na mesma. 
Porém, teve um dia em que fui levar meu cachorrinho pra passear, e percebi que vários moradores estavam apontando pro posto policial e comentando. Parece que os policiais haviam capturado um bandido e ele estava dentro do posto, "recebendo um trato", de acordo com meus vizinhos. Eles falavam com grande admiração da polícia torturar um suspeito. Era exatamente isso que eles queriam da PM. 
A maior parte dos meus vizinhos em Joinville era espectadora assídua de noticiários policiais. Não só os de rede nacional, mas os locais, que devem ser mais sangrentos e justiceiros ainda. Os crimes que viam noticiados pautavam suas conversas. Ouso dizer que uma das grandes frustrações desses meus vizinhos era não ter a chance de fazer "justiça" com as próprias mãos. Eles tinham muitos planos do que gostariam de fazer.
Foi lá em Joinville também que uma vizinha mais distante, meio desconhecida, uma vez pediu emprestada minha linda gata preta, Blanche. Ela precisava da Blanche só um pouco, só pra tirar um tiquinho de sangue pra fazer algum tipo de feitiço. Eu não me lembro o que respondi. Creio que fiquei paralisada, sem reação, estupefata demais com o medievalismo alheio.
Além desses pensamentos atravessados, ao ler sobre o assassinato de Fabiane também pensei que eu vivo dizendo como nós feministas precisamos tomar cuidado com o punitivismoexcessivo, de como feministas têm de estar ao lado dos direitos humanos,sempre. Às vezes, nos casos mais famosos e escabrosos de estupro ou feminicídio, aparecem feministas defendendo pena de morte, tortura, até castração, ou simplesmente um desejo de fazer justiça com as próprias mãos, de condenar sem provas, sem julgamento. 
Eu me horrorizo com essas palavras, e penso: se houvesse um estuprador próximo, elas participariam de seu linchamento? Não estou falando de legítima defesa, nem de manifestações, nem de escrachos públicos. Estou falando desse sentimento justiceiro, tão perigoso, tão bárbaro.
Mas não posso negar que a primeira pessoa que me veio à mente ao ler sobre Fabiane foi uma mulher que não tem nada a ver com feminismo: Rachel Sheherazade, âncora do SBT. No início de fevereiro, ao comentar o caso de um adolescente (negro, óbvio; a maior parte dos linchados é negra) que foi preso a um poste no Rio por justiceiros, Rachel disse
"É, o marginalzinho amarrado ao poste era tão inocente que, em vez de prestar queixa contra os seus agressores, ele preferiu fugir, antes que ele mesmo acabasse preso. É que a ficha do sujeito está mais suja do que pau de galinheiro. No país que ostenta incríveis 26 assassinatos a cada cem mil habitantes, que arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível. 
"O Estado é omisso, a polícia, desmoralizada, a justiça é falha, quê que resta ao cidadão de bem , que ainda por cima, foi desarmado? Se defender, é claro! O contra-ataque aos bandidos é o que eu chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite. E, aos defensores dos direitos humanos, que se apiedaram do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: faça um favor ao Brasil, adote um bandido".
Rachel (e todo o senso comum; meus vizinhos em Joinville, tenho certeza, e, sei lá, 70% da internet?) defendeu a barbárie. Mais tarde, diante da polêmica,ela afirmou ter dito que a ação dos "vingadores" (não justiceiros, eles mesmos com extensa ficha criminal) era "compreensível", não "aceitável". Mas acho que seu comentário por inteiro não deixa qualquer margem de dúvida sobre sua opinião, que é, infelizmente, a da maioria: que só existe uma coisa pior que bandido -- que são os defensores de direitos humanos. Afinal, direitos humanos para humanos direitos, né?
A multidão que linchou Fabiane era composta por "cidadãos de bem", por "humanos direitos"? Provavelmente sim, seja lá o que quer dizer "cidadão de bem", um termo moralista pra chuchu. Então por que estamos horrorizadxs agora? Por que Rachel não aparece para dizer que a atitude dos linchadores de Fabiane foi "compreensível"? Por que ninguém vem defendê-los? Ah, porque Fabiane era inocente! Porque ela não era uma bruxa. Tá, e se fosse? Isso tornaria a atitude dos linchadores mais aceitável, opa, compreensível?
Em fevereiro, pouco depois da polêmica de Rachel, a Folha de SP entrevistou um sociólogo, que disse: "A sociedade civil está ficando progressivamente descontrolada". Não é que o número de linchamentos estourou, mas houve, segundo ele, uma "ligeira intensificação de ocorrências". Se antes havia em média quatro linchamentos por semana no Brasil, agora há cerca de um por dia. E pra maior parte há vídeos, fotos, defensores desses "cidadãos de bem" (leia esta excelente entrevista de 2008 sobre linchamentos). 
Em meados de abril, houve um caso inusitado em Brasília. Um ladrão passou num ponto de ônibus e roubou vários pertences das pessoas que estavam ali. Pouco adiante, foi rendido pelo segurança de um supermercado, e as pessoas em volta correram para linchar o assaltante. 
Uma das pessoas que tinham sido roubadas no ponto de ônibus, uma jovem chamada Jhamille que estava indo para uma entrevista de emprego, também correu pra lá. Mas não pra linchar o sujeito, e sim para protegê-lo. Ela não permitiu que o homem, já nocauteado no chão e ferido, continuasse a ser agredido. 
Além do mais, ela foi a única das pessoas assaltadas por aquele ladrão que foi à delegacia prestar queixa contra ele. "Fiz o meu dever de cidadã ao protegê-lo e denunciá-lo".
Jhamille é um exemplo. Mas, por causa de seu gesto, ela recebeu inúmeras ameaças e xingamentos, de gente que acha "compreensível" fazer justiça com as próprias mãos.
Se tivessem havido mais Jhamilles e menos Rachéis no linchamento de sábado, talvez Fabiane estivesse viva. 

http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2014/05/quem-comete-barbarie.html

Paulistano é assim que a Folha lhe trata, como um idiota

Analisando o parecer de Janot sobre o pedido de quebra de sigilo

http://jornalggn.com.br/noticia/analisando-o-parecer-de-janot-sobre-o-pedido-de-quebra-de-sigilo


JANOT LEVANTA A BOLA PARA BARBOSA CHUTAR DIRCEU, AS LEIS E A CONSTITUIÇÃO
Seria bom que aqueles que elogiam Rodrigo Janot lessem direitinho o seu parecer, em que não acolhe a ação da promotora Milhomens para quebrar, de forma ampla, geral e irrestrita, o sigilo telefônico da Presidência da Republica.
Pois, nas suas 11 páginas, Janot afirma que sua negativa é condicional, e frisa em 5 ocasiões a expressão "nos termos em que foi formulado", sendo uma vez no caput e outra na conclusão, onde afirma (sem os sublinhados):
No caso concreto, nos termos em que foi formulado, o pleito não merece acolhimento, (...). Entretanto, todas as conclusões ora firmadas não elidem a possibilidade de, em havendo a proporcionalidade e a justificativa devida, o pleito seja analisado em outras circunstâncias."

Repetindo: Nada impede que "o pleito seja analisado em outras circunstâncias" ?

O que seriam as enigmáticas "outras circunstâncias" do doutor Janot ?
Teriam algo a ver com as "denúncias informais de anônimos ou de jornais", tão acatadas pela promotora ? Um agente penitenciário "em dificuldades" e assumindo denúncias bastaria ? Uma nova notinha de jornal, quem sabe ?
Ou teriam a ver com a mera forma da ação, uma vez que o pleito em si em tese não tem irregularidade, como diz o próprio parecer ?
Estaria Rodrigo Janot dando conselhos a Milhomens, ao juiz da VEP e a Joaquim Barbosa de como fazer a coisa certa ? De como prosseguir, enquanto quiserem, com tais ações fora da lei ?

E assim fornecendo a Joaquim Barbosa os argumentos para que possa devolver a petição, com os conselhos de Janot, para a VEP analisar e depois enviar para a promotora Milhomens analisar e refazer, e depois devolver para a VEP analisar e enviar para Barbosa, que a analisará e depois a enviará para Janot analisar se "os novos termos" da petição lhe agradam e então dar novo parecer e enviá-lo para Barbosa, que então analisará o parecer e o aprovará, ou então, caso Janot não achar ainda no ponto, enviar novas instruções para o juiz da VEP analisar e enviar para a promotora Milhomens, e assim por diante...
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.... estando portanto garantidos pelo menos mais alguns meses de estupro das Leis e da Constituição, e da tortura de alguém sob a guarda do Estado. Quem sabe, até as eleições ? Ou até o golpe propriamente dito ?.


Joaquim Barbosa deve estar babando com a levantada de bola de Rodrigo Janot.
Ainda mais quando conta com o suporte total e a vasta experiência dos órgãos da imprensa golpista, criadores de circunstâncias para implantação da ditadura civil-militar e para tantos outros golpes que já sofremos.
JANOT IGNORA O ATO CRIMINOSO DA PROMOTORA
É importante observar que toda a análise de Janot se limita apenas à questão do uso de dados de ERBs (Estações de Rádio-Base), e assim começa: "Importante assentar, de início, que não há, em tese, nenhuma irregularidade na adoção de medidas investigativas mediante o uso de ERBs". Em seguida, Janot apenas mostra que a ação de Milhomens não atende os requisitos para tal medida investigatória, e tira sua conclusão E só.

Em momento algum do parecer, Janot analisa a legalidade de um pedido de investigação da Presidência da República ser feito por uma promotora de baixo escalão do MP, e da flagrante usurpação das suas próprias competências (do PGR), a única pessoa, no Ministério Público, a quem a Constituição autoriza fazer um tal pedido. Para se ter uma idéia, cita uma única vez, de forma burocrática, a palavra Planalto, no trecho (pág. 10): "Como se verifica da explicação técnica constante nas fls. 49/50, as coordenadas indicadas referem dois pontos: o Palácio do Planalto (ponto 1) e o complexo da Papuda (ponto 2).". Pronto.
Resumindo: o PGR Rodrigo Janot desconhece totalmente, no seu parecer, a ilegalidade de uma tentativa de crime, reconhecido até pelo presidente do STF (imagine só) em nota a um jornalmas, vergonhosamente, não aonde deveria fazê-lo, nos autos do processo. Um verdadeiro golpe contra o Estado Brasileiro, cometido por uma subordinada do senhor Janot, que assim releva perigosamente uma quebra de hierarquia e uma insubordinação de membro do MP, abrindo as portas da anarquia nos domínios em que deveria zelar, como Chefe pela disciplina.

Janot chega ao cúmulo de ignorar, sem pejo, a investigação sobre esta ação da promotora Milhomens, aberta pelo próprio CNMP, órgão de que é o Presidente, onde consta, por escrito, que não só a Presidencia da República, mas também o STF e o Congresso Nacional, ou seja, os 3 poderes da República, nas suas mais altas instâncias, seriam objeto da quebra de sigilo telefônico.

E, para alguém que detém a função maior de defensor da Sociedade (que lhe paga o salário e lhe delega as funções) e de fiscal das Leis e da Constituição, Janot ignora solenemente a grita da própria Sociedade pelo Estado Democrático de Direito e contra a tirania, a tortura e a ação das minorias golpistas, que tanta infelicidade já trouxeram ao nosso país. 
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As reações de Aloysio e Genoíno diante de perguntas espinhosas

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Jornal GGN – Essa semana, em um fórum sobre liberdade de imprensa e democracia, representantes de veículos como Folha, Estadão, Correio Braziliense e TV Globo criticaram o relacionamento do PT com a mídia. Todas as críticas foram no seguinte sentido: desde que assumiu o poder, o partido tem se esforçado para manchar a imagem da imprensa nativa, numa atitude "anti-democrática e contrária à liberdade de expressão". Sem debatedores de outros veículos, o fórum deixa a dúvida no ar: seria o PT a única legenda a exercer algum tipo de repressão contra a imprensa? 
A diferença entre as reações de Aloysio Nunes (PSDB) e José Genoino (PT) diante de perguntas espinhosas pode ser um exemplo de que não. Basta considerar o recente estouro do senador tucano com um “blogueiro” que lhe perguntou sobre seu “suposto envolvimento” na formação do cartel dos trens paulistas e, de outro lado, a postura do ex-deputado petista diante da insistência do programa CQC (Custe O Que Custar) em entrevistá-lo com aquela dose de “humor” já conhecida pelo público.
Nesta quarta-feira (7), repercute nas redes sociais um vídeo gravado por Rodrigo Grassi. O militante abordou Aloysio Nunes nos corredores do Senado. Se apresentou ao tucano como colaborador, "na blogosfera, do Botando Pilha". Rodrigo foi assessor da deputada petista Erica Kokay e ganhou notoriedade após publicar um vídeo em que o ministro Joaquim Barbosa é hostilizado por populares. 
Grassi fez três perguntas a Aloysio Nunes:
- Qual a importância das CPIs?
- O que o senhor acha do seu partido lá em São Paulo, ter enterrado algo em torno de 70 CPIs?
- E o seu suposto envolvimento no caso [da formação de cartel para fraudar as licitações da CPTM e Metrô]?
Grassi foi preso pela polícia do Senado após o episódio, mas já está solto. Ao jornal O Globo, o senador, que correu atrás do militante dizendo "vá pra p* que te pariu, vagabundo. Eu vou comer o teu c*", afirmou que "não tinha outra atitude que não partir para cima dele para lhe dar um pescoção". Aloysio disse que foi "agredido". "Não tenho envolvimento em caso nenhum de metrô. (...) Só não dei um pescoção nele porque ele correu mais do que eu", concluiu.
Durante pelo menos cinco anos, como pode se constatar em vídeos disponíveis na internet, o programa CQC tentou insistentemente entrevistar José Genoíno. A busca por uma fala do ex-deputado se intensificou após ele ser condenado por corrupção ativa no julgamento do mensalão, em 2013.
Naquele ano, o CQC produziu um quadro especial em que prometia a “primeira entrevista de Genoíno” ao programa. Genoino – que classificou, por inúmeras vezes, o “jornalismo provocativo” do CQC como uma prática desprovida de preocupação em extrair informações da fonte, se limitando apenas a constrangê-la em rede nacional – se recusou a falar com a equipe de reportagem destacada para segui-lo pelos corredores do Congresso.
Mesmo assim, frente ao silêncio absoluto de Genoíno, o CQC fez as seguintes perguntas:
- Genoino, você veio aqui (Congresso) se esconder porque na prisão é pior? Aqui tem mais bandido, então é mais fácil?
- Tá fazendo voto de silêncio, deputado? Vai ser bom na prisão, porque lá X9 (gíria para quem fala demais) se ferra...
- Você não ficou chateado porque o Maluf não foi preso ou condenado, o pessoal todo não foi condenado, e o senhor está aí. Foi o único que foi com o João Paulo Cunha, esse pessoal (do mensalão)?
- Genoino, você vai passar onde o revéillon? Papuda? Já sabe qual vai ser a prisão?
O ex-deputado petista nada fez ou disse diante das investidas do CQC.
Genoino e a "imprensa provocativa"
Em 2013, Genoino, durante entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na RedeTv!, afirmou que tem “uma posição crítica aos programas de humor”. “E faço questão de não citar esse programa. Porque o humor que ataca a pessoa, que faz execração pública, que desrespeita as normas civilizatórias e usa a pessoa para criar uma situação de constrangimento é um fenômeno de intransigência.”
O jornalista perguntou a Genoíno se não seria mais fácil ele dar a entrevista e evitar a repercussão negativa do caso, já que, inevitavelmente, o CQC, assim como outros programas e veículos de comunicação, tem licença para trabalhar dentro do Congresso.
Genoino explicou, então, que não considera o jornalismo praticado pelo CQC legítimo. “Eu me recuso a dar [entrevista] para não legitimar esse tipo de programa. Você dá a entrevista e ela é enfeitada, botam adereços na sua cabeça”, comentou, em alusão aos efeitos de edição. “Eu falo e discuto em qualquer entrevista, seja dura ou não, desde que seja uma entrevista”,pontuou.
O petista ainda sustentou que a atual legislação não facilita o uso do direito de resposta quando o entrevistado ou personagem de alguma reportagem se sente prejudicado. “Eles têm o direito de estar lá e eu tenho o direito de não dar entrevista, porque as perguntas são provocativas, são de ataque, não têm nível respeitoso de transmitir a informação. E no Brasil não tem o direito de resposta, isso é uma lacuna em nossa legislação”, finalizou.

Barbosa adia mais uma vez decisão sobre Dirceu

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa resolveu protelar mais uma vez a autorização para José Dirceu cumprir a pena em regime semiaberto.
Encaminhou ao Procurador Geral da República os argumentos da promotora de Brasília, que alegou ter recebido denúncia  anônima sobre supostas ligações de Dirceu pelo celular.
Tem-se na presidência da mais alta corte uma pessoa notoriamente desequilibrada, apossando-se dos poderes conferidos à presidência para desmoralizar amplamente a casa e a própria imagem da Justiça.
Não se sabe até quando outros Ministros – e autoridades do Judiciário – aceitarão passivamente um comportamento que compromete todo o sistema judiciário, que passa à opinião pública a ideia de que a Justiça é seletiva e o magistrado pode recorrer a toda sorte de chicana contra os adversários e a favor dos apaniguados.
Mesmo que Barbosa se escude da forma mais indigna nos poderes constitucionais de presidente do Supremo, nada impede a manifestação pessoal de pessoas que respeitam e prezam o Judiciário.
http://jornalggn.com.br/noticia/barbosa-adia-mais-uma-vez-decisao-sobre-dirceu

OS 23 DE FELIPÃO IRÃO LEVANTAR O PAÍS?